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domingo, 6 de dezembro de 2015

DEPRESSÃO DIAGNOSTICADA


Constituição, Curso e Proposta Terapeutica.



A depressão (não sendo comorbidade) tem cunho psicológico e, ao contrário da maioria dos demais transtornos, a razão de origem da depressão não é infantil.  Existe um caminho à ser trilhado até que se chega à depressão, no âmbito patológico, não sendo, portanto, criada da noite pro dia (independentemente das circunstância, natureza ou razão aparente).   De um evento ocorrido (traumático, acidental ou de natureza prolongada), existe um período, um processo de etapas que vai de uma simples tristeza ou chateação, até a depressão propriamente dita (à que requer tratamento psiquiátrico).  Esse período tem uma carência que vai de 5 a 7 anos, para se consolidar a depressão. 

Durante esse período a pessoa passa por inúmeras experiências, relacionados ao seu ambiente, de terceiros, de pessoas próximas (amigos, colegas de trabalho e parentes que não moram junto, fora os próprios familiares). Devemos lembrar que existe ainda o paradigma do tabu, de que depressão, para muitos, ainda é um caso de frescura, merecendo toda sorte de julgamentos e de preconceitos, advindos de em expert em depressão (como os existe milhões de técnicos de futebol).

Outro fator não relevado por muitos, são os de natureza inconsciente, cuja influência é determinante no processo de baixa auto estima, por não conseguir suportar o que não consegue entender, por ter sua influência "invisível" (fato que leva muitos familiares à suspeitar que seu ente esteja "variando".

Infelizmente são mais os fatores que corroboram para o quadro depressivo, do que momentos que evitaria tal destino. O tempo que eu atribuí (de 5 a 7 anos), dá-se em razão de que um paciente precisa adquirir hábitos negativos (conceitos e concepções negativas), para que sua constância se converta num hábito compulsivo e destrutivo à si próprio, cujos pensamentos de natureza retrógrado, acabe finalmente levando-o ao quadro depressivo.

Para que esses pensamentos adquiram uma constância, também não há de ser tão repentino, pois como afirmei, é preciso que os fatores ambientais se estabilizam, não havendo mais nenhuma forma de provocação, tanto ambiental quanto familiar, para que o paciente comece a estruturar em si a idéia negativa de irreversibilidade do conceito criado (e não aceito).

Depois que o paciente entra neste estágio, muito difícil revertê-lo, até porque foram os próprios familiares os propulsores que o levaram ao quadro. Vale lembrar que pessoas patológicamente depressivas, tornam-se demasiadamente criteriosas (quando não repulsivas) no que desejam ouvir, não importa de quem seja (já sabendo que o mais virão serão críticas e conselhos vagos). Isso se dá em razão do paciente estar quase que 100% sob influência do seu emocional inconsciente, se portando involuntariamente como uma criança pequena.

A melhor terapia para o depressivo (diagnosticado) como tal, é a abordagem feita de dentro pra fora, intervindo diretamente sobre o inconsciente, sem fazer nenhum tipo de cobrança de reação ou de resposta. A motivação deve resgatar, no paciente depressivo, valores, habilidades, sonhos, projetos, desejos, conquistas, relações positivas e intensas, viagens, enfim.

Fazer relembrar apenas uma coisa de cada vês e não esperar resposta. Deixar a informação e retirar-se com respeito e carinho.

Frases do tipo: "Fulano, ano passado você organizou aquele evento como ninguém. Ninguém mais sabe dar o capricho que só você dá. Está todo mundo esperando que nos ajude de novo".

Da mesma forma, outras tentativas podem ser feitas, utilizando outras motivações, como já citadas. É preciso que a mente, o inconsciente, tenha tempo hábil para processar essa informação, resgatar este tal evento dos seus registros e trazê-lo à lembrança, para "lubrificar o ego".  Outra preocupação importante: Essas abordagens, jamais devem ser feitas por pessoas que por ventura o depressivo já não gostasse, pois que a demagogia é algo que dói em qualquer um.   É preciso que seja alguém que ele (ou ela) goste e/ou confie ou mesmo (em última hipótese) um estranho, mas que saiba proceder a abordagem da forma correta, atribuindo-lhe o devido valor.

Enquanto isso não ocorre, NADA DE JULGAMENTOS OU DE CONSELHOS FÚTEIS E APENAS PRESENÇA DE PESSOAS (NÃO MUITAS AO MESMO TEMPO) QUERIDAS, COMO NETOS, AFILHADOS, ETC.

Depressão é coisa séria (tanto quanto ideação suicida) e deve ser tratado com seriedade e respeito. A própria mente do depressivo quer ajudar o próprio corpo, mas precisa de subsídios válidos.



                                 ProfAmadeu Epifânio
                             Idealizador - Pesquisador 

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