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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

MORTES MISTERIOSAS !

UM OLHAR PSICANALÍTICO ALÉM DO FORENSE.


Ultimamente assisti algumas séries policiais, sobre mistérios que predominam, em mortes e desaparecimentos e a respectiva dificuldade em compreender a forma que acontecem e a falta ou insuficiência de fatos, as quais poderiam levar tanto à pistas quanto a conclusão do caso. Obviamente a vida sempre imita a arte, de forma não ser difícil encontrar situações semelhantes, na vida real.

Vivo afirmando, em artigos e agora também em vídeos (gravados por mim), que nada acontece por acaso, que em tudo existe uma razão específica para ocorrer.  São motivações que muitas vezes um suspeito, ou não sabe explicar ou mente para esconder uma verdade (em forma de medo), que mesmo ele não sabe a origem da existência, ainda que tenha sido forte o bastante para incitá-lo em cometer um assassinato.

Quando nos referimos ao termo “misterioso”, obviamente não estamos nos referindo à crimes comuns, onde corpos são abandonados em locais fáceis de se achar.  Não.  Estamos falando de corpos (ou de pessoas) desaparecidas (pelo menos até hoje não encontradas) ou, se encontradas, estavam provavelmente em condições que vão além da compreensão humana.  Crianças, idosos, mulheres, jovens, pessoas cuja reputação não lhe pesasse nenhuma mácula, que justificasse a forma como corpo foi achado ou jamais encontrado.

Nesses casos, o maior de todos os mistérios, não reside sobre a vítima em si, mas na falta de informações de pessoas que conheciam a vítima, que conviveram ou tiveram algum tipo de contato ou cumplicidade.  É como se de repente a vítima nunca tivesse existido ou que já se fizessem anos desaparecido (a) e cujas lembranças vão se esvaindo da mente, até não restar mais nada que possa ser dito.  Em casos como esses, na grande maioria das vezes, o caso é lamentavelmente arquivado.

O que deixamos escapar?  Questionam-se os peritos forenses, não entendendo como um possível crime não pôde ser resolvido ou pelo menos esclarecido, independente ou não de achado o corpo ou qualquer vestígio que pudesse colocar qualquer pessoa, como possível suspeito.  Mas e se a verdade não quisesse ser encontrada?  Com um propósito desses, não seria tão difícil esconder a verdade, sem contar que seria bem mais convincente negar qualquer envolvimento. Estou falando do que está “escondido sob nossa consciência” em nossos inconscientes e cujo conteúdo pode ser capaz, tanto de mentir quanto praticar algum tipo de crime hediondo. 

Não manipulamos os inconscientes, pelo contrário, são eles à nos governar, de forma alternada, dependendo da condição tanto psicoemocional quanto cultural para nos fazer agir.  O processo aritmético desses dois fatores (quando provocados ou revividos), podem ser capazes de fazer coisas incompreensíveis ao entendimento humano.  Contudo, ainda que uma pessoa consiga esconder qualquer ligação com um possível envolvimento delituoso, o corpo e suas atitudes podem vir a denunciar tal mentira, aos olhos de um bom psicanalista e também excelente observador.  É a falta desse profissional que pode arquivar um caso, por falta de um suspeito ou de provas (ou os dois).

Resumindo, informações que faltam para possível elucidação de um crime ou desaparecimento, podem não estar emergente, mas submersos e bem protegidos por seus respectivos inconscientes (à depender de cada situação e condição).  Quando a língua se cala, o corpo é quem fala.  O problema é que este ainda, não foi devidamente “interrogado”.

Todos temos por onde sermos desprezíveis. Cada um de nós traz consigo um crime feito ou o crime que a alma lhe pede pra fazer.       (Fernando Pessoa)

Professor Amadeu Epifânio – Pesquisador/Psicanalista Cognitivo.

PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL                                                      Influência Pregressa em Respostas Emocionais

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