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quarta-feira, 18 de setembro de 2019

DE VOLTA AOS TRILHOS !!!


ACORDANDO PRA VIDA !


Temos vivido momentos difíceis nestes últimos anos e, à medida que aumenta nossas dificuldades, dores e adversidades, lamentavelmente diminui muito, nossa relação para com Deus e tudo que acreditamos por religiosidade, não importando a crença.  Sejamos francos:  Não temos trabalhado muito, nossa ligação com Deus, que dirá nossa fé.  Muitos acreditam que religião, Fé e Deus, são como “souvernir”, os quais devem ser procurados apenas, em momentos específicos e, independentemente do resultado que obtenha (positivo ou não), o colocamos de volta na “prateleira”, até a próxima utilização.  Perdoe-me o aparente excesso de realismo.  É que existem situações que não se deve ficar passando a mão sobre a cabeça, como se tivéssemos premiando as pessoas por suas precipitadas concepções religiosas, as quais, além não surtirem efeito prático, ainda os leva à descrença religiosa e principalmente com Deus.

Nos momentos atuais, o mundo tem propagado de maneira exacerbada, a banalização da vida e do discernimento, apelando para o imediatismo prático, indiferente, agressivo, quando não violento.  Tem manifestado reações de ódio e vingança, em diversas situações, como nos feminicídios, confrontos entre a força policial e bandidos, quando não são os civis à pagarem a conta da violência gratuita entre aqueles, que resvala em balas perdidas, em todas as direções.  A corrupção presente em membros das coorporações policiais, acabam por promover e contribuir para o aumento (não só da violência em si), mas no impulso psicológico que todo ser humano tem, de causar dolo à outrem, em razão dos seus traumas sofridos quando criança.  Nossas instituições são “freios motivacionais, psicológicos e morais”, os quais deveriam fazer com que, pensássemos antes de agir.  Mas ao invés disso, a humanidade vai na regra do: “Porque ele fez, também posso fazer”.

A educação infantil também tropeça em princípios e alicerces básicos.  Quando o certo deveria ser a formação moral, ética e familiar, que contribui para uma estabilidade psicoemocional (à qual deveria capacitar crianças, jovens e adolescentes, à lidarem com suas frustrações e adversidades), a simples falta resulta em sentimentos de revolta e frustração consigo mesmo, sentindo-se incapazes de enfrentar os próprios desafios, impossibilitando-os de criarem perspectivas profissionais futuras de sucesso ou, ao menos financeiramente estável.  Não dá mais pra ficarmos parados diante da vida, enquanto as oportunidades passam por nossa janela, como uma brisa num calor escaldante (tal como está a vida hoje), com centenas de milhares de pessoas inseguras, seguindo qualquer corredeira, que os leve em qualquer direção, apenas para não se sentirem sós (mesmo que a corredeira os afaste dos sonhos, que um dia desejou alcançar).
Tudo isso limita nossa criatividade na solução de problemas, tendendo resolver para o que for mais prático e imediatista, para resolver o problema hoje e, deixar para depois, o que empurramos pra frente.  Eu já havia dito em outros artigos que, vivemos sob diversas formas de estímulos, que nos faz acreditar que vivemos integralmente, no controle da nossa vontade.  Não percebemos o quão escravos ficamos de uma rotina estressante (até de prazeres), para compensar e atenuar as pressões diárias, geradas à partir das dificuldades que temos, de controlar compromissos, deveres e obrigações, como filhos, trabalho, relatórios, clientes que não sabem esperar e chefes que não cansam de cobrar resultados. Definir prioridades e respectivo tempo para cada um, é uma forma de se reorganizar e ter de volta a velha sensação (prazerosa) de estar novamente, no controle.

Crianças, jovens e adolescentes, se esmeram mais no que veem, do que ouvem, de forma que, de nada adianta querer ensinar (ainda que o certo) no grito, porque eles verão que a atitude anula o ensinamento e a oportunidade de aprender aquela certa lição, terá passado em branco e desperdiçado.  O termômetro que nos mostra se, estamos fazendo do jeito certo, é vê-los praticando o que ensinamos.  Isso nos mostra que estamos retomando o controle da situação (em vez dela sobre nós).  

Ninguém disse que seria fácil, mas que não precisa ser impossível.  Ficará mais fácil quando estabelecermos um propósito, isto é, que tudo que fazemos deve haver uma razão específica, para sabermos se estamos conseguindo cumprir o “cronograma”.  Vai parecer meio paranóico no começo, mas depois pegamos o jeito e o hábito e (melhor), transferimos esse hábito para os nossos filhos, diminuindo consideravelmente, a “carga” de ensiná-los, deixando que aprendam sozinhos, à lidarem com seus desafios e valorizar mais, as suas conquistas.

A vida difícil não é para nos irritar, ela é difícil para provocar-nos à nos adaptar.  Ela é como o chefe que grita para nos cobrar, nos fazer acordar, porque o tempo urge e não espera e as providências e decisões não podem esperar.  Apenas quando retomarmos o controle (de novo) da situação, é que poderemos escolher quais problemas resolver e quais poderão esperar e como serão resolvidos.  A melhor forma de não nos sentirmos sós e ociosos, é treinar o controle sobre a nossa vida, perguntar-nos porque estamos passando por tal problema e porque...e porque...e porque, até desfragmentar o problema e resolvê-lo por partes, em vez de um “todo” enorme e difícil.  Se não fizermos por vontade própria, a vida virá como um tsunami e nos arrastará, dificultando cada vez mais, de assumirmos o controle. 

Está com você agora !  Mas se ficar difícil, lembre-se que Deus não é souvernir de prateleira e, mais do que wi-fi de celular, Ele está sempre conectado mas, para que possamos entrar nessa frequência com Deus, precisamos ficar “debaixo da área de cobertura” e por 24 horas.  Isso não é Ele que exige, é uma condição mínima que precisamos estar, para merecermos tal ajuda. 

Tenha por si, estabelecer um telefone vermelho com Deus (e mantenha).  Isso nos obrigará à aceitar os problemas e até a dor, como condição intrínseca, para o nosso amadurecimento espiritual (ou religioso, se preferir).  Com este canal aberto, as coisas ficarão menos difíceis. Nossas preocupações serão compartilhadas e a compreensão, mais aguçada.  Só pra lembrar, não sofremos por ter os problemas, mas por não entendê-los.

“Não estamos sós” (nunca estivemos), mas precisamos fazer a nossa parte, para merecer essa a atenção de Deus.

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.






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