PORQUE SE TORNAM AGRESSIVOS COM OS PAIS ?
Hoje
em dia, tornar-se pai ou mãe, infelizmente é algo que não acompanha manual de
instrução. As maternidades quando muito, nos oferecem cartilhas, mas apenas
sobre cuidados especiais nas primeiras semanas e orientações sobre vacinas.
Porém, com relação à trato, orientação e mesmo educação, não, eles não dão nada.
Resta aos pais tatear o perfil dos
filhos desde o seu nascimento, percebendo, anotando e gravando na memória todas
suas reações, com relação aos vários estímulos que recebe.
Sabemos
que toda criança (tal como fomos um dia), vem a este mundo com uma infinidade
de dúvidas e perguntas, as quais foram se acumulando, ao longo de sua fase
gestacional. Principalmente quem eram os donos daquelas vozes que conversavam
tanto comigo ou, quem eram os que tanto brigavam, enquanto estive lá dentro
ouvindo e percebendo a aflição daquela que me abrigou por todo esse tempo,
sentindo sua angústia e seus sofrimento ?
Não
são apenas dúvidas que se criaram em torno de eventos negativos ou de momentos
bons. São concepções criadas em torno delas. Pontos de partida, referenciais
que determinarão a maneira de pensar, tanto daquele feto ao nascer, quanto da
criança nascida, durante seu crescimento, cuja as posturas agora dos pais e
familiares, ajudarão à compor as conclusões desta criança, se tais concepções
se confirmarão (através de bons relacionamentos e de boa convivência) ou, se
mostrarão oposto ao que foi idealizado, ficando aquela criança já com pé atrás,
desenvolvendo (como auto defesa) uma apatia natural, se não com os dois, com
pelo menos um, seja o pai ou a mãe ou o primogênito(a).
Quando
um ser já está formado, ainda dentro do útero, suas vivências já estão sendo
armazenadas involuntariamente, dentro de um disco rígido inconsciente, sendo este
lado que muitas vezes determinará e reinará na criança, por alguns momentos (pela
falta de melhor entendimento) o seu temperamento, com base em sua experiência
precoce uterina (mais os prováveis aspectos hereditários, também de
personalidade de seus antecessores + (se for ocaso e caso exista) de fatores
patológicos hereditários, como casos de diabetes, etc.).
A fase
gestacional deve ser a fase mais tranquila possível e qualquer susto ou
discussão, deve a mãe imediatamente após, recolher-se em seu quarto, procurar
primeiro, relaxar à si próprio e em seguida, buscar uma posição bem
confortável, para em seguida poder conversar com o feto, acariciando a barriga,
buscando tranquilizar a criança em seu ventre. Jamais se deve subestimar um bebê ou uma
criança pequena, supondo que ela não venha ouvir alguma discussão ou mesmo que
seja pequena para entender. Se todo
problema fosse só isso.
Não
importa se eles entendam ou não. Só de ouvir e a forma com que ouvem, já pode
ser suficiente até mesmo pra desencadear alguma forma de transtorno, como
ansiedade, pânico ou mesmo, depressão precoce, já à partir entre os 7 à 10 anos
de idade. Justamente o que ela não
conseguiu entender lá trás, é que está fazendo com que aquela idade esteja
agora cobrando ao corpo crescido, uma explicação do que ela ouviu, sendo essa
cobrança feita agora de maneira inconsciente, causando na criança atual,
reações e manifestações involuntárias, daquelas que os pais costumam chamar de
frescura precoce, rebeldia ou mais uma daquelas fases que precisam de imposição
de limites e castigos.
Se há
um temperamento precoce inexplicável, pode o ser para os dias atuais, mas que
precisa ser melhor investigado e pelos pais, Tipo: Faça acordo tranquilo com
eles, de poderem dizer o que estão pensando ou sentindo, mesmo contra os pais
ou um dos dois (sem nenhuma imposição de castigos) e prestem atenção no que
eles disserem. Se conseguirem dizer, tanto melhor e menos complicado, pois
torna-se a oportunidade de poder corrigir na boa ou mesmo brincando, qualquer
um dos lados.
Se por
acaso disser que "não sabem" porque estão agindo de tal maneira, sim,
é possível sim que não saibam, sinal de que a razão está presa dentro do
inconsciente deles. Neste caso,
estabeleça um tratado um pouco diferente de paz, de que à partir daquele dia,
far-se-ão um acordo de dizerem apenas a verdade entre vocês, de não se
enganarem e dizer o que vem à mente. Isso poderá deixar livre o caminho e o
"clima" para que o inconsciente libere essa informação ou, que aceite
a nova condição imposta desse tratado, de bom relacionamento e com isso, poder
sufocar os efeitos do que não foi revelado. Dependendo do empenho dos pais nessa
empreitada, sim, pode dar certo e acabar esse conflito.
Tenham
os pais por referência de que nenhuma reação é gratuita e estará sempre
condicionada à alguma insatisfação ou inaceitação, que somente poderá ser
considerada como um capricho, se caso for constantemente alimentado por
vontades e desejos, satisfeitos de maneira incondicional, sendo às vezes (por
uma razão ou outra), interrompido, o que certamente irá gerar uma revolta,
sabendo de antemão que mesmo assim foi uma atitude condicionada.
Com
toda certeza, pais e filhos nasceram em cenários diferentes, realidades e
culturas diferentes. Até tempos dizíamos
“coitadinhos, mas que coisa indefesa”.
Hoje já estão nascendo com DNA’s auto defensivos, de imposição, prontos
pra assumir até mesmo o controle da casa por indefinição de uma disciplina para
estabelecer uma ordem no local onde nasceu.
Durante a Terceira Guerra, que não tarda em chegar, quem sabe se já não
virão preparados com conhecimentos bélicos, eletrônicos ou industriais.
Brincadeiras
à parte, uma realidade provocada por nossa formação em auto suficiência, de
achar que os filhos estão sempre preparados para se virarem sozinhos, sem
depender tanto dos pais, pra tudo. Esta
sensação de autossuficiência é que está se transformando em mais um gene de
DNA, à se incorporar nas próximas gerações, onde de coitadinhos e indefesos,
estarão nascendo como revolucionários independentes. Essas transformações, meus queridos amigos, já
começou à muitos anos, desde lá atrás, nos anos 40 e 50 e não é por menos que
já nasceram pessoas como Lula, Dilma, FHC, Che Guevara, Fidel Castro; Agora a turma do Estado Islâmico (que amam a
morte como amamos a vida). Isso não é brincadeira.
Estamos sendo responsáveis sim, por todos os
desvios de conduta dos nossos filhos, desde sua geração até o caminho para as
drogas e outras perdições. Devemos nós,
adultos, parar com nossos caprichos de criança crescida e nos preocupar mais
com as gerações que estamos criando.
Amadeu Epifânio
Gostei deste conteudo. Equilibrado e ao mesmo tempo poetico, prof Amadeu como sempre.
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