Projeto VIVA +

sábado, 25 de maio de 2013

DIÁLOGO – ALICERCE PARA AS BOAS RELAÇÕES PAIS & FILHOS.


Fala-se muito em diálogo.  Estudiosos, terapeutas, psicólogos, enfim, todos são unânimes em afirmar que o diálogo é indispensável entre pais e filhos.   Fica então nos pais a pergunta que não quer calar:  “-Mas que diálogo ?  Não dá pra ficar mudo dentro de casa.  Conversa, mal ou bem, sempre existe.  Então porque, toda hora, essa recomendação   ?

Diante desta insistente recomendação, fica nos pais a impressão que se deve dizer aos filhos, apenas algo mais que o essencial, desconsiderando assim a relevância do conselho, sendo o mesmo ainda sufocado pelos afazeres domésticos ou profissionais.

 O diálogo não é apenas uma forma de comunicação, é uma importante ferramenta de acompanhamento dos filhos, tanto no que concerne ao temperamento quanto ao comportamento e até mesmo em relação à saúde, pois através do diálogo podemos perceber na vóz, se há algo de errado, no falar ou se expressar.

Por isso a necessidade do diálogo constante, porque através da vóz, mudanças são denunciadas, comportamentos diferentes, fora do que seria o habitual, são percebidos; alterações da fala, provenientes de aborrecimentos ou de tristezas, também.

O diálogo permite aos filhos saberem que estão sendo assistidos, passando à eles a tranquilidade emocional, decorrente de uma convivência familiar estável e também harmoniosa.  O diálogo, quando recorrente, favorece elevação da tolerância diante dos problemas e adversidades, vacina necessária e indispensável para se evitar, ainda que acidentalmente, uma experimentação de droga, principalmente o crack, cuja dependência é praticamente instantânea e leva apenas poucos segundos até chegar ao cérebro.

Diálogo é o alicerce das boas relações e segurança para um bom convívio.  Não custa dinheiro e é de graça; substitui mesadas, presentes e vontades atendidas sem nenhuma resistência ou condição.  O diálogo, se trabalhado ainda com a verdade, aumenta o seu valor educacional, religioso e cultural.  Evita faltar com a palavra, inibe mentiras e desculpas intermináveis.

Não há obstáculo maior para um pai ou uma mãe, tentar recuperar o crédito perante os filhos, principalmente depois de tantas desculpas sem resultado.  Melhor para um filho, saber que nunca ou tão cedo irá ganhar o que tanto deseja, do que frustrar-se sempre com falsas promessas e perder de vês o crédito nos pais.   Diálogo também serve para engajar os filhos dentro da realidade financeira dos pais e saberem esperar o momento certo de ter o que deseja.  Isso também é uma forma de amar os filhos.

Espero que este diálogo tenha servido para explicar o que significa ter uma conversa diferente com os filhos; aquela que permite saber realmente, que está tudo bem ou saber que eles precisam de ajuda ou de apoio e que isso só foi possível através do diálogo.  Você se beneficia e seus filhos, mais ainda.  Que tal uma conversa gostosa ?
              
                                                           Amadeu Epifânio



Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

quarta-feira, 22 de maio de 2013


MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR.


Existe ainda um paradoxo à ser resolvido e definitivamente extinto, no que se refere à questão da co-dependência (expressão essa relacionada aos familiares ou os pais de filhos dependentes).  À quantos anos estas drogas vêm destruindo lares e sonhos no mundo todo ? E Porque então as famílias (ainda virgens deste mal que assola o mundo), tornam-se negligentes diante de tão maléfica ameaça perante seus filhos ?   Pelo visto as drogas continuam agindo feito a “velha ratoeira” doméstica, isto é, arcaica, mas letal.

Há algum tempo atrás (talvez até em meu antigo blog), eu havia falado sobre velhos males da sociedade, que se criaram à partir da negligência familiar sobre seus filhos, como por exemplo a pedofilia, abusos cometidos contra bebês em idade muito tenra; comportamentos arredios e agressivos; o Bullying e as drogas, entre outros mais.

Esses males, por incrível que pareça, atinge diretamente às famílias, por estas acharem que a sua “casa” é como uma fortaleza intransponível e que por essa razão se acomodam nos cuidados que deveriam dar aos filhos, por achar que não correm riscos.  Muitos destes riscos, relacionados à comportamentos fora do comum dos filhos, ocorrem mesmo é dentro da própria casa, de sua fortaleza e passado despercebido.
 
As drogas, por exemplo, não invade os lares e sim os filhos que às deixa entrar;  com a pedofilia a mesma coisa, a negligência é a porta aberta que permite sua entrada.  Um bebê pode não entender o que se passa quando está sendo abusado, mas de qualquer forma ele se sente agredido, seguido de um enorme sentimento de pavor.  Sua postura, à partir deste dia, pode sofrer severas transformações e os pais, por não saber dos motivos desta alteração de comportamento, considera como sendo rebeldia ou malcriação e acaba por castigá-lo, piorando ainda mais seu quadro psicoemocional.

Toda mudança de comportamento e de temperamentos dos filhos, sem uma causa aparente, precisa ser investigada, se necessário com ajuda de um psicanalista.

Com centenas de jovens envolvido com drogas, a família parece considerar que é sempre o telhado do vizinho que pega fogo e que a fumaça jamais chegará à invadir a sua casa, quanto mais o fogo (as drogas).  Existe mil maneiras de prevenir nossos filhos contra essa ameaça horrível e essas formas de prevenção estão espalhadas ao longo deste blog em diversos artigos, cada qual dirigido à determinadas posturas, algumas para serem aplicadas, enquanto outras, para serem evitadas.

Cada um deve acreditar que a força de uma união pode derrotar uma ameaça local e, desta forma, de bairro em bairro, de cidade em cidade, essas porcarias vão aos poucos sumindo, não apenas pela repressão policial, mas pela melhor arma que temos para combater: A FAMÍLIA.   Divulgue o Blog do Projeto Conscientizar, bem como os seus artigos e estaremos fazendo de cada cidade ou País, onde chegar este Projeto, um lugar mais seguro de se viver.

Conheçam à fundo os artigos deste blog, para que tenham melhor argumento para ajudar outras famílias deste ameaça das drogas. É a nossa missão perante o próximo.

                                                            Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

Somos pelo o que somos.

quinta-feira, 16 de maio de 2013


O EMOCIONAL – Um lado dos jovens que não conhecemos muito.  Nem eles.


Sempre questionei como as pessoas são capazes de fazerem tanta besteira, tendo inclusive, na maioria delas, plena consciência das consequências pertinentes e inerentes à cada ação desastrosa cometida, como é o caso de ultrapassagens perigosas nas estradas, o acesso à drogas letais como o crack e a cocaína; tomar bebida alcoólica e dirigir em seguida, etc.

No caso de jovens e adolescentes, nem é preciso muito para tirar os jovens de seus eixos, uma vês que sua instabilidade emocional já os persegue (em sua grande maioria) desde criança e de forma inconsciente, isto é, sentem-se estranhos, angustiados, tristes e na maioria das vezes não conseguem descrever com precisão o que se passa com eles.

Estas sensações, quando somadas às adversidades e problemas da juventude e adolescência (que não precisa ser muito), tende a se agravar, levando-os à estados de tristeza sem nenhuma razão aparente ou o oposto, isto é, estados de hiperatividade e irritabilidade (quando não agressividade), principalmente com as pessoas mais próximas, uma vês que, com estas, eles teriam mais liberdade para manifestar sua inconstância emocional.

A falta de paciência com pequenas coisas já costuma ser um sintoma evidente, de que algo não está bem, seja em crianças, jovens ou mesmo com adolescentes.  Sintomas que podem levá-los à dificuldades de se concentrarem nos estudos ou de se relacionar, dada a inconstância no temperamento. Nos relacionamentos poderá fazê-los escolher outros tipos de amizades, priorizando nestes, o que deseja ouvir, mais do que precisa ouvir.

Neste estágio, suas prioridades e valores estão em baixa, como família, a própria vida e seus projetos, já que ele (ou ela) pode estar acreditando que seja incapaz de construir algo de bom para si, como relações amorosas, estudo específico ou mesmo uma profissão.

E pensar que tudo começou com um mal estar, cujo qual nem sabem de onde surgiu e como se criou dentro de si e o que é pior, não foi se quer questionado ou mesmo investigado para que, não tendo razão específica, procurasse tratar de alguma forma.

Problemas que ocorrem com nossos filhos, nunca são frescuras ou razão de fazermos pouco caso, pois “ninguém faz nada senão em razão de algo que o motive”.  Se alterações fora do comportamento ou temperamento habitual existem, é porque algo maior o esteja de alguma forma provocando e desestabilizando-o(a) emocionalmente.

Poder parar um pouco para ouví-los, pode ser uma excelente estratégia para tentar levantar, identificar e quem sabe corrigir o que ou quem esteja errado (ou errando).  Estabelecer abertura para se discutir qualquer assunto, também ajuda, desde que não se faça repreendas ou castigos, para não se pôr à perder talvez, a melhor oportunidade de diálogo.

Não precisamos esperar o pior acontecer, para saber que algo estava errado com eles.   Faz de conta que está tendo a oportunidade de dizer as coisas que não teve antes, a chance de dizer.   “Edificar casa sobre a rocha” também significa construir uma relação familiar que possa superar todas as adversidades, com equilíbrio, temperança, Deus, afeto e amor.  Uma mistura forte pra segurar na família, seus pilares mais importantes.  Os filhos.

                                       
                                                                  Amadeu Epifânio


Projeto Conscientizar - Viver bem é Possível !


Somos pelo o que somos.


Continuem divulgando este Projeto, você pode estar tirando mais um jovem das  
drogas ou evitando o ingresso de muitos.

segunda-feira, 6 de maio de 2013


CONCEPÇÕES CONTRADITÓRIAS EM RELAÇÃO ÀS DROGAS.  Porquê acontece ?


É sempre de perplexidade a reação das pessoas ao saberem que um conhecido seu tornou-se dependente de drogas.  Podíamos jurar que aquela pessoa jamais se envolveria com drogas, dada sua condição financeira estável, família estruturada, pessoa bem relacionada, etc.

Bom, ouvimos diversas vezes que a droga não faz escolhas e agarra a primeira oportunidade que aparece, de tornar mais um jovem, dependente seu.   Já foi o tempo que podíamos aconselhar os filhos ou determinar qual grupo era potencialmente mais vulnerável.  Hoje tudo isso é passado e qualquer um (sem distinção alguma), pode tornar-se também, potencialmente capaz de experimentar um crack ou uma cocaína.

Eu coloquei no facebook, dias atrás, algumas frases sobre drogas e a primeira era: “Temos mais medo de chutar um prato de macumba que experimentar uma droga”.   Curioso, não é mesmo ?  Mas é verdade.  Eu já mencionei aqui no blog, em outros artigos, que a mente funciona como um banco de dados, um armazenamento das informações que vamos acumulando ao longo do tempo.

Estas informações passam por uma espécie de filtro, onde é determinado (por nós mesmos, inconscientemente) o que é perigoso para nós e o que não é.   Nós assimilamos, em certo momento da vida, que um prato de macumba, visto numa encruzilhada, se chutado ou consumido os alimentos ou bebidas postos ali, poderá nos trazer severas consequências, inclusive espirituais.

Mas porque os milhões de usuários, dependentes de todo tipo de drogas, não tiveram dentro de si a concepção de perigo dessas drogas e o mal que elas causariam em si próprio ?   Por uma simples razão:  as drogas, até hoje (e apesar de todo estrago já causado), não passa de um mero “remédio amargo”, ao alcance de todos.   Remédio para as dores do coração, da baixa-estima, das perdas(...), do inconformismo, dos sentimentos de abandono e de vazio(...) e uma série de outros sintomas, cujo remédio não é vendido em farmácia, e por incrível que pareça, também não foi encontrado dentro de casa.

Jovens ainda virgens de drogas, o são por três razões:  ou estão encontrando o remédio em família, ou têm seu nível de tolerância elevado ou porque têm à Deus dentro de si, por mais tempo e mais vezes, do que outros que nem acredita ou no máximo levam uma lembrança no peito...e só.  Elevar o nível de tolerância já é uma boa vacina contra experiência de drogas.  O problema é que este exercício compreende outros, como aprender com os erros, com as perdas, os fracassos, porque tudo isso não passam de degraus, para aumentar nosso conhecimento, o discernimento e finalmente e aí sim, a nossa tolerância.  Quem aguenta as dores do coração, não precisa de remédio, ainda mais amargo.

Elevar o nível de tolerância, na falta de um remédio familiar e até na falta de Deus, parece ser ainda a melhor e única alternativa para o jovem e ainda sim, seguindo os exercícios citados acima e sendo correto, Deus também estará com eles.

Nada incomoda até que nos incomoda”, ou seja, sempre achamos que podemos suportar nossas dores e ressentimentos, mas sempre somos traídos...por nós mesmos.  “Ninguém faz nada senão em razão de algo que o motive” e isso também vale para as drogas, o alcoolismo, o bullying, os transtornos compulsivos, pedofilia, etc.

                                                           Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar - Viver bem é Possível !

LIVRO DE VIAGEM


                       Não há coisa pior do que pessoas mal preparadas para dar informações.

 Sr. Genaro, italiano (75 anos), estava se preparando para fazer sua segunda viagem de volta à sua terrinha, quase 50 anos depois que saiu de lá.  Passaporte velhinho, foto amarelada, começou ele mesmo a tratar da renovação do passaporte para a sua tão sonhada viagem, que ganhara por participar de um sorteio.

 Como não conhecia e não entendia nada de internet, resolveu tentar resolver pessoalmente a questão.  Afinal, era só para renovar e não para tirar um novo passaporte, o que achava que iria ser mais fácil.  Foi até o posto da Polícia federal, depois de muito rodar à pé procurando e se dirigiu ao balcão de informação onde encontrou lá outro senhor, o Sr. Tanaka, um  japonês já de meia idade, quase a mesma do sr. Genaro e que tinha sido remanejado de outro setor, por atrapalhar o serviço dos outros colegas de trabalho.

Sr. Tanaka nunca tinha visto um passaporte na vida e seus pais (bota tempo nisso) chamava os passaportes de livro de permissão de viajem (ou apenas, livro de viagem) e colocou uma faixa na frente do balcão, informando para quê ele estava atrás daquele balcão: “AQUI - LIVRO DE VIAGEM” .Sr. Genaro estava procurando uma placa escrita PASSAPORTE, enquanto todo mundo lhe indicava o balcão do Sr. Tanaka.  Ele então foi ele ter com o Sr. Tanaka.

- É aqui que renova passaporte ?
- Passaporte ? não, livro de viajem né ?
- Mas eu não quero livro, eu quero renovar meu passaporte.
- O senhor não quer viajar ?  pergunta Sr. Tanaka.
- Claro que sim.
- Então vai precisar de livro de viajem.
- meu senhor, depois eu compro livro, agora eu só quero renovar meu passaporte.
- Depois o senhor fazer isso aí, agora precisar de livro de viajem né ?
- mas o que é isso ? venda casada ? o que está acontecendo aqui ?
- Meu amigo não grite, aqui é local de silêncio.
- silêncio uma ova, isso não é hospital, é a polícia federal.
- O senhor procure ser mais claro no que deseja. (insiste o sr. Tanaka)
- Mais claro ainda ? já disse, eu quero viajar e pra isso eu preciso renovar o passaporte.
- Olha, esquece esse negócio aí de passaporte que isso é nome de whisk e não fornecemos informações para bêbados nem alcoólatras.
- Mas quem é que está bêbado aqui ?  O senhor ficou louco ?
- Calma meu amigo, o senhor está se alterando, deve ser o efeito da bebida.
- mas que bebida meu amigo, o senhor não tem noção do que está dizendo.
- Se o senhor não se acalmar, terei de chamar o segurança por desacato.
- Isso não pode estar acontecendo, só pode ser um pesadêlo.
- Senhor, tem outras pessoas querendo ser atendidas, diga logo o que o sr. Quer.
- Já disse, eu quero renovar meu passaporte.
- mas que passaporte, o sr. só insite nisso ! Já disse que aqui é lugar de livro de viajem.
- O senhor está brincando comigo não está ?  ESTÁ BEM ! Eu compro este livro de viagem.
- Senhor, aqui não vendemos livros..
- o senhor está querendo me enlouquecer ou o quê ? há duas horas só fala nesse maldito livro e agora que finalmente eu quero comprar, o senhor diz que não vende ?
- Mas quem foi que disse que eu vendia livros aqui.
- Isso não está acontecendo.
- O que não está acontecendo ?
- O senhor quer me dizer o que está fazendo aí do outro lado do balcão ?
- isso aqui é um guichê de atendimento para pessoas que precisam de livros de autorização para viajar.
    
                     Foi quando caiu a ficha do seu Genaro. Ele então apanhou o seu passaporte do bolso e mostrou ao seu Tanaka e disse, com toda calma que o desespêro pode proporcionar:
- por acaso este livro é parecido com isso aqui ?
- mas então o senhor também tem um livro.  Porque não disse logo.  O senhor não precisar tirar um, é só renovar.
- Jura ?
                     Seu Genaro teve um acesso de fúria e destruiu todo posto da polícia federal, que o algemou e o levou preso por desacato e destruição do patrimônio público.  Depois de interrogado, o delegado até entendeu os motivos da raiva e ainda queria ajudá-lo.

- Olha seu Genaro, pelo o que o senhor fez eu não posso soltá-lo, mas como o senhor é estrangeiro, eu poderia extraditá-lo para a Itália. O senhor ficaria pouco tempo preso e iria poder passear pela sua terra e com as passagens paga pelo governo daqui e de lá, não seria ótimo ?   
- Sim, claro, quando posso ir ?
- Receio não poder ajudá-lo nisso.
- Mas porque não, doutor delegado ?
- Seu passaporte está vencido.

                                                                                 Por: Amadeu Epifânio

quinta-feira, 2 de maio de 2013


AS 3 FASES PARA UMA BOA EDUCAÇÃO.

Não é de hoje que estranhamos comportamentos arredios advindos de jovens que mal saíram do estágio de infância, mas que ainda apresentam traços relacionados com esta faixa etária, como rebeldias e até agressividades (dependendo do caso). Não é prematuro afirmar que tal comportamento esteja relacionado intrinsecamente com a ausência de autoridade dos pais e que, permanecendo a fraqueza desta conduta, o estágio de rebeldia tem-se a manter-se ou mesmo agrava-se com o passar do tempo.

A questão da delegação de autoridade, da paterna à materna (ou vice-versa), é um dos primeiros dilemas conjugais, tão logo os filhos nascem, o que de pronto é reconhecido e identificado pela criança, tão logo esta já adquira os primeiros sinais de entendimento sobre o “mundo” que a rodeia.   Como já diz o velho ditado: “Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa”, aqui neste caso, quando a autoridade é ausente, a criança é quem manda, até como instinto de sobrevivência dela.

Porque sempre é um dilema impor comando sobre um ser tão indefeso ?   O papel dos pais (para simplificar suas atribuições) deve passar, impreterivelmente, por 3 (três) fases distintas, à saber:  A primeira é a fase do comandante, que vai desde o nascimento do bebê até a puberdade.  É a etapa que compreende as lições (ou noções) de autoridade, hierarquia e disciplina. Essa característica de comando é primordial para que a criança perceba de pronto, que existe “alguém mais forte” do que ela e sobre o(a) qual deverá exercer o princípio da obediência.   

A segunda fase à ser aplicada é a do treinador (semelhante às do jogo de vôlei, por exemplo), quando o mesmo interrompe a partida sempre que o time não está rendendo.   Em outras palavras, é difícil fazer nossos filhos “parar de jogar”, mas podemos (como pais) solicitar à eles um “tempo-técnico” para passar-lhes novas instruções.  Tais instruções compreendem as etapas de disciplina e de educação.   Essa técnica permite e favorece um maior contato com os filhos e estes por sua vês, contam de forma ininterrupta, com o apoio “técnico” dos pais, além do afeto mútuo decorrente.   É bom que fique claro que não existe idade certa para se introduzir os dois tipos de comando, pois é os pais que irão perceber, quando é hora da criança entender para cumprir as ordens recebidas.   

Bom, se bem aplicadas as etapas anteriores, resta-nos a terceira e definitiva etapa, que é a do observador, que compreenderá a continuidade do ofício de treinador, aliado à uma relação de confiança mútua, construída ao longo de todo o processo, desde o nascimento da criança.  Para se educar os filhos, é preciso pará-los e isso só pode ser feito com a devida autoridade e disciplina.  

Em escolas públicas ou privadas, sempre existe o dilema, por parte dos professores e até da direção da escola, de como lidar com alunos tão imperativos, rebeldes e até agressivos.   Sinal de que os pais não conseguiram fazê-los parar para ensinar.   E, à meu ver, não cabe aos professores e às instituições de ensino, educar os “filhos dos outros”.

Neste festival de higiene, onde todos lavam as mãos, qual o destino mais provável destes jovens ? 

Para facilitar o trabalho, vou deixar-lhes umas dicas, que muitas vezes passam despercebidos pelos pais, mas não pelos filhos.

a) Maior cumplicidade com a vida e o futuro deles;
b) Monitoramento das idéias que rolam na cabeça deles;
c) Compensar ausência física com presença psicológica;
d) Redução dos atritos conjugais, também na frente deles;
e) Comando firme sem precisar ser arbitrário;
f)  Maior participação dos filhos nas decisões familiares;
g) Presentes fora de hora, somente por merecimento;
h) Permissões ou negativas, sempre justificadas com a verdade;
i) Demonstre respeito, saiba ouví-los.

                                                                            Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !


sábado, 27 de abril de 2013


PARA SE COMETER UM ERRO, ÀS VEZES É PRECISO SÓ UMA OPORTUNIDADE.


Muitas podem ser a causa da experimentação de um crack ou de uma cocaína mas, seja qual delas for, pode depender apenas de uma oportunidade para sua consumação.  Existe uma batalha que é travada dentro do nosso corpo, na nossa mente, entre o consciente e o inconsciente, ou seja, o enquanto o nosso consciente deseja ardentemente ver resolvido o conflito pelo qual passa, o inconsciente, sem nada perguntar, nos oferece o que seja talvez, a melhor das respostas que o seu estado consciente leva consigo.  A ideia da droga.

Isso mesmo, a droga é, num primeiro momento, uma ideia, a concepção do que seja viavelmente útil para atenuar um sofrimento, considerado até então insuportável e, consequentemente imensurável, daí a sensação de desespero por um alívio, sem tanto pensar em consequências ou no “dia depois de amanhã, como ele vai estar”.

Num momento desses a oportunidade pode estar ao alcance das mãos, que pode ser dinheiro, “companhia”, um carro, a conversa em família que não houve ou que, pela falta de tato, foi interrompida e quem sabe, sem a oportunidade de uma nova chance.

Oportunidade pode ser a falta de uma distração, de um desentendimento familiar ou amoroso ou afalta de Deus; pode ser a falta de perspectiva, de expectativa ou de esperança.  Oportunidade não é uma coisa e sim um momento, uma faca de dois gumes, que pode ser tanto servir para o bem ou infelizmente, ser utilizada para se consumar o anseio de um desespero.

Não ceda uma oportunidade destrutiva, faça criar uma oportunidade nova que faça destruir a já existente e à partir daí, uma nova chance para se criar novas oportunidades para mantê-los afastados dos perigos e dentro de ambientes mais seguros.

Tudo que se precisa às vezes é de uma oportunidade, de ganhar ou de perder a chance de conversarmos pelo menos mais uma vês, para tentar, talvez, fazê-los mudar na cabeça, a ideia que os faria perder, doravante, todas as oportunidades, em troca de uma que, amanhã, estarão amargamente sofrendo de arrependimento, pela oportunidade que agarraram com tanto ímpeto  e que agora, estarão à espera de outra oportunidade, que os leve para uma vida nova e cuja oportunidades agora, eles mesmos terão de criar sozinhos.

Tomara que este texto, na língua for lida em cada canto deste planeta, possa hoje criar a oportunidade de chamarem os filhos e dar à eles a chance de saberem que, da forma que for, é a forma de amar de cada pai, de cada mãe, de cada cuidador ou tutor e que estes precisam fazê-los entender e aceitar, para que depois não venham trocar esta chance por uma falsa oportunidade, no mundo obscuro, penoso e sofrido, da dependência química.


                                                     Amadeu Epifânio


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Viver bem é Possível !

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