ESTÁ DIFÍCIL DOMÁ-LOS ?
Eis um grande mistério para os
pais, adultos e até professores, que é entender a criançada de hoje, para poder
educá-los, ensiná-los, orientá-los mas sem...tocá-los. rsr Não é verdade ? Entender o porque de tanta hiperatividade,
autonomia, criatividade, agitação, rebeldia, agressividade, ciúmes, etc.
Terapeutas, educadores, psicólogos
e pais, atribuem falta de limites, excesso de mimação e de vontades e por
aí vai. Será ? Educação é feito remédio controlado para
transtornos psiquiátricos, ou seja, quando dado o "remédio" certo
para o "diagnostico" certo, o remédio funciona porém, quando dado um
remédio para o diagnostico errado, o que se espera é uma série de efeitos
colaterais e, muitas vezes, até persistentes.
Quero dizer que adotar uma medida
supondo ser problema que acreditamos, acabamos por agravar ainda mais, retardando qualquer chance quanto à uma solução de conflitos. Antes de dizer o porque de tudo isso, vale
lembrar algumas falhas banais que os pais cometem hoje. Primeiramente, família hoje, não mais dialogam, se
comunica: vem comer, vai dormir, vem jantar, onde vai, volta quando, já estudou
? toma cuidado, etc.
Outra falha (que já comentei
algumas vezes em outros artigos) é que, pais que tem filhos pequenos se
esquecem de "ajoelhar". Ou
seja, querem adivinhar as razões do comportamento arredio porém, pensando como
adulto; Não vai chegar à conclusão nenhuma exceto se não, algo que vá contra ao
que a criança espera de uma postura democrática e justa, por parte do genitor
que esteja em conflito (ou outro membro da família). Se essa postura dos pais for uma constância,
o resultado será (por parte da criança) a criação de um conceito aritmético
negativo, difícil de reverter e, em razão dos pais não entender, acabam endossando
o conceito.
Se quiserem reverter a postura
apática do filho, seja em relação ao pai, mãe, irmão ou à qualquer outro membro, terão de fazê-lo também de forma aritmética reversa, ou seja, posturas positivas que
deverão ser adotadas e mantidas com certa freqüência, à fim de que o
inconsciente da criança seja antes (do lado consciente) convencido da real
intenção de mudança, para que influencie o lado consciente.
Outra razão de mudanças precoces e
bruscas nos filhos, como rebeldia, insubordinação, agressividade, brigas com
colegas, dá-se em razão de uma característica imposta pelo inconsciente, de
auto-desafio (e sem limites, diga-se de passagem), à fim de compensar o distanciamento
afetivo dos pais, obviamente sem intenção.
Atitudes que passam batidos, achando que a criança jamais vai perceber
ou se importar. Mas se importa, porque
criança (especialmente os pequenos do zero aos dois anos de idade, em média),
ainda depois de nascidos, desejam estar coladinhos na mãe o tempo todo e, nos
dias atuais, esse ritual já não é tão praticado como eles queriam.
O resultado é uma enorme
frustração, de não continuar sentir-se quentinho (como ainda estava dentro do
útero), depois de nascido. Para
proteger o psicoemocional do pequeno corpo, seu próprio inconsciente se vale do
recurso de auto desafio, à fim de não fazê-lo ficar pensando na falta de afeto
o tempo todo, mantendo-o ocupado a maior parte do dia. Em face disso, o que vemos nas escolas principalmente
de ensino fundamental II e médio, são alunos peraltas, hiperativos, inquietos,
desafiando autoridade de professores e inspetores e sendo constantemente
advertidos e punidos, sem contudo melhorar sua conduta (quando não mantém ou piora).
Apesar do quadro de aparente falta
de governabilidade, é possível reverter a postura e fazê-los focar novamente,
tanto nos estudos quanto na obediência e bom comportamento. As próprias crianças mal sabem porque agem
desta forma e pensam estar gostando do que fazem. O ambiente escolar cumpre simultaneamente
dois papéis. De um lado é o ambiente onde podem extravasar (quando saem do
controle e supervisão dos pais). Do
outro o de continuidade da postura autoritária dos pais, ao puní-los compulsoriamente,
sem que possam refletir sobre sua postura. Para eles isso é como uma afronta, uma
provocação, que não trás resultados benéficos para o aluno, mantendo sempre o mesmo
cabo de guerra entre alunos, pais e escolas.
Tudo que a escola, pais e
cuidadores devem fazer é corresponder à expectativa inconsciente de auto
desafio, pois isso os deixará mais tranquilos, menos agitados e mais participativos.
Podemos corresponder ao auto
desafio através de algumas medidas, tais como:
a) Transferir aos alunos e filhos, a oportunidade de tomarem
decisões;
b) Fazer uso de barganhas, satisfazendo o de
interesses de ambos;
c) Fazê-los entender que nem tudo que desejam é possível;
d) Não fazer uso de temperamentos intempestivos (brigas e
broncas);
e) Preferir sempre o diálogo, à ordens.
f) Ofereça sempre o coração e os ouvidos para qualquer conversa.
g) Usem sempre da verdade, sem embromações e mentiras.
h) Mesmo que não sejam religiosos, faça com que conheçam à Deus.
i) Procure sempre colocá-los na condição inversa, para compreender
o que não aceita.
j) Ao invés de apenas dizer "não", explique também o
porquê.
k) Quando filhos se rebelam nunca é de graça. Ouça, descubra e ensine.
m) Limites devem vir apenas do entendimento, não de uma ordem.
n) Drogas é involuntário,
Tolerância e controle emocional são a vacina e isso só se consegue nas boas relações.
Filhos não se rebelam, eles apenas nos dizem (ainda que não de forma clara)
que algo está falhando e que precisamos investigar e corrigir em tempo
hábil. Uma tripulação unida é a certeza
de uma viagem segura. Pense nisso.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista
PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL
Influência Pregressa em Respostas Emocionais
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.