Projeto VIVA +

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


EDUCAÇÃO INFANTIL – O que se faz aqui, pode se levar para a vida toda.

É bastante comum (e considerado até normal), perdermos um pouco daquele zelo exagerado que tínhamos com os filhos quando ainda bebes, ao atingirem faixa etária dos 3 a 6 anos de idade mais ou menos.  Achamos que é uma idade onde já devam compreender certas coisas e por isso mesmo passamos à fazer algumas cobranças, como obediência e organização com os brinquedos por exemplo.

Essa faixa etária compreende uma etapa crítica na vida das crianças, pois é nesta idade que castelos se desfazem, expectativas se quebram, em torno de ideais que involuntariamente elas criam em torno dos pais, como sentimentos de exclusividade com o pai ou com a mãe (esta por causa do afeto materno desde a amamentação).

Irritabilidade (que muitos pais chamam de malcriação), pode ser a quebra do reinado que a criança idealizou, quando estabeleceu que a mãe seria, doravante, somente sua e que odiaria qualquer um que se aproximasse ou tirasse dela a atenção que lhe deveria ser exclusiva.  Nesses casos sempre sobra para o pai receber o título de “persona no grata”.  É possível acontecer também o inverso. 

Mas lembre-se, isso não acontece de forma consciente, mas involuntário.  Por causa deste tipo de concepção, muitas crianças crescem com “um pé atrás” ou com a “guarda levantada” em relação ao pai ou à mãe, simplesmente porque um ou outro alimentou na criança esta sensação, por não ter tido compreensão ou paciência para lidar com este temperamento arredio e prematuro.

A forma ainda mais primitiva (e errada) dos pais lidarem com isso é decidir o que os filhos devem fazer ou vestir ou ainda deixá-lo escolher o que quer, na triste ilusão de fazer acalmar sua histeria (manifestação involuntária que denuncia que o mesmo está sem comando).

Nem tanto o mar, nem tanto a terra.  Não se pode ser tão “servo” dos filhos nem tão autoritário, pois ambas as condições o levam para temperamentos rebeldes e até agressivos, quadro também com fundamento psicológico involuntário (instinto de defesa da criança diante da possível ameaça de um castigo, como instinto provável dos pais diante deste comportamento).  Um ciclo que pode perdurar e piorar.

É preciso fazer a criança entender o seu momento, a sua realidade e a realidade dos pais, que trabalham fora e que precisam ficar ausentes durante o dia e que não precisam ficar “pagando imposto” pro filho por isso, com presentes e vontades, toda vez que tem que sair para trabalhar.  Fazer isso é cair na ilusão de achar que o presente os fará esquecer a ausência do dia. Na verdade, para os pais, é um tiro no próprio pé, pois os acabará afastando afetivamente.

Filhos pequenos só querem se sentir que são parte da vida dos pais e não alguém que sempre pode ficar sozinho, ter de esperar para ficar alguns minutos com os pais ou ter que aguentar o mau humor deles, antes de ir para a cama, quando retornam do trabalho.

Ajude-os à se sentirem úteis e participativos.  Faça-os entender que aquilo que irão comprar (vestuário ou brinquedo), deverá trazer-lhe benefício e satisfação por mais tempo, do que outros que utilizará apenas poucas vezes.  Existe dois tipos de desejo: o momentâneo e o necessário.  Tente-o fazer entender a diferença para que não acostumem a comprar apenas pelo impulso.  Fazendo isso, o estará ajudando a crescer também por dentro e para o futuro, além de não torná-lo uma criança cheia de conflitos e de temperamento difícil (quadro que pode ser reversível, mas com empenho principalmente dos pais-Aguardem artigo específico sobre isso).

Converse, partilhe, ensine-os desde pequenos, para que tenham uma juventude e adolescência saudável, receptivos à educação, à novos relacionamentos e ao ambiente escolar.  Somos pelo o que somos, ensinamos e formamos, dentro de um ambiente verdadeiramente familiar.


                                                                                        Amadeu Epifânio

 
Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

domingo, 16 de dezembro de 2012


TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR  (5ª Parte) 

Sou o problema ou parte do problema ?

 
 

Transtorno Afetivo Bipolar,  quando recai geneticamente sobre uma pessoa, é como um raio que cai sobre uma casa, ou seja, fator externo, sem culpa, não provocado e muito menos sem condições de prever quando e em quem cairá.  O bipolar é tido discriminadamente como uma “pessoa problema” e não (ou nunca) como alguém que carrega consigo um problema.

Bem verdade que isso não ameniza muito as coisas.  De qualquer forma eu não gostaria de ter um besouro pousado nas minhas costas (sem que eu pudesse tirá-lo), picando-me vês em quando e me deixando bastante irritado, à ponto de refletir minha irritação aos que estão próximos de mim.

O bipolar ainda conta com um agravante (se não tratado psicologicamente).  As crises, muito embora intensa, quando ativas, promovem uma espécie de bem estar na própria pessoa, por estar conseguindo explodir e descarregar (involuntariamente) o conteúdo acumulado desde a última crise (vide a quarta parte sobre o tema).  Este bem estar é ativado ou provocado pela mente, para aliviar-se do desconforto emocional causado pelas adversidades e aborrecimentos do dia a dia. 

Esse fator já ocorre em todos nós, bipolar ou “normais”.  A questão é que no bipolar existe uma preocupação maior em decorrência do transtorno, já que aqui o pouco é potencializado pelo mesmo, fazendo parecer “tragédia grega”.  De qualquer forma não há, num primeiro momento, como bloquear ou impedir que uma crise aconteça, muito menos minimizar as palavras que sai nesse ardente momento.

Eu disse num “primeiro momento”, pois, se trabalharmos o problema, poderá minimizar os efeitos das crises diminuindo sua intensidade, através de duas providências.  Na primeira, mudando a forma de encarar o problema, sua bipolaridade e adversidades, que não costuma ser muito otimista em função do desgaste emocional causado pela bipolaridade. 

Em segundo, trabalhar para absorver subsídios que a mente utilizará para amenizar os desconfortos (hoje valendo-se quase 100% das crises, numa concepção praticamente egoísta e sem culpa para o corpo que o abriga).  Tudo que seja positivo é válido nessa hora, como gostar de música, teatro, bons livros, a Bíblia, assistir à shows (sem que lhe cause estresse ou aborrecimentos);  bom relacionamento familiar e com amigos.   Sair, fazer um programa familiar, um piquenique ou parque aquático ou de diversão.

O importante é priorizar o que gosta e com prazer, como hobes por exemplo.  A mente absorverá o sentimento resultante da prática destes eventos e entenderá como sendo bom para o corpo e passará a adotá-los gradativamente, substituindo-o em lugar das crises.  A tendência deverá ser crises menos intensas, uma vês que estas deverão ficar em segundo plano, no que concerne à sua utilização como subsídio.  Se o trabalho lhe causa mais satisfação que aborrecimento, faça-o, mas com prazer e não esqueça de dividir o seu dia com Deus, compartilhando-o dos seus projetos, mesmo os diários.

Muitas formas de transtornos (ainda que genéticos), têm fundamento psicológico, contribuindo para o seu agravamento e dificultando (ou atrasando) seu portador de buscar ajuda mais cedo para tratamento.  Qualquer que seja a forma de transtorno, deve ser tratada de duas formas, ou seja, com medicação, por psiquiatra (para conter e controlar o estado consciente) e a parte psicológica, para trabalhar e descobrir a causa que ocasionou o transtorno e que esteja mantendo-o através de crises ou qualquer forma de compulsividades.  Só não espere resultado pra ontem, pois muitas vezes a causa é profunda e até chegar lá pode levar certo tempo. 

Pode haver situações onde não haja traumas.  Apenas uma reavaliada em suas concepções (vide artigo “O que nos falta aprender”) já poderá levá-lo à uma melhora considerável e até progressiva.

Quem tem transtorno ou comorbidades (+ de 1 transtorno), sempre ouve críticas do tipo:         “-Você está muito focado no problema”.  É ou não é ?  Pois agora eu que digo pra você: fique focado no problema, desde que seja para se ajudar, dentro de tudo que você leu até aqui.

O Transtorno Afetivo Bipolar pode ter seu quadro agravado ou mantido de 3(três) maneiras, se não tratado ou trabalhado.  Características da personalidade, estado clínico e o ambiente em que vive.  Personalidade pode ser trabalhada e até melhorada; quadro clínico com medicação adequada, também; ambiente de convivência também pode ser trabalhado e melhorado.

 Portanto, temos três fatores promissores, no que concerne à melhora do quadro, senão a cura.  

Quem já se sente bem, com certeza trabalhou de alguma forma para isso.  Só se deve ter cautela quanto a decidir interromper a medicação por conta disso.  Há de ter certeza absoluta de que a cura não dependa mais da medicação e, para se ter certeza disso, só com orientação do médico psiquiatra e, se tiver que parar a medicação, precisa ser feita de forma gradativa, que o médico determinará como isso será feito.

Peço à Deus serenidade para lidar com este pequeno grande desafio, porque Viver bem é Possível !   Um excelente começo de semana para todos.

                                                                                                  Amadeu Epifânio

 

Projeto Conscientizar  -  Somos pelo o que somos.

 

Contatos: e-mail: epifaniodg@hotmail.com

               Celular:  DDD 21-6742-0694 (claro)


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


 O QUE NOS FALTA APRENDER...

Ainda à pouco pensava aqui com os meus botões sobre a dificuldade que é, ingressar numa universidade ou passar no vestibular e também sobre o que nos espera do outro lado, tão logo deixemos este mundo terreno para trás, ou seja, o julgamento do dia do juízo final. (Mt 25, 31-46)

Nossa vida terrena é um pré-purgatório, um vestibular para acessarmos a vida eterna. Temos nossa vida inteira (no tempo de cada um) para estudarmos e aprendermos com as lições que a vida nos oferece todos os dias, como oportunidades de aprendizado.  Se chegamos à nos questionar se a nossa vida está valendo à pena e, se chegamos à conclusão que não está, é porque estamos mais focado na vida pessoal que no propósito espiritual.

Para chegarmos a conclusão que vale a pena, devemos contemplar as dificuldades pela quais passamos (mesmo as dolorosas), pois elas enriquecem o aprimoramento do nosso ser, tornando-nos mais fortes e preparados, para lidarmos com as mesmas dificuldades que tanto às vezes nos revolta (pedras que se põem à nossa frente para retirá-las com prudência, mas que acabamos por chutá-las e novamente nos depararmos com elas num futuro próximo(...)).

Para poder dizer isso à vocês, passei pelo mesmo calvário de aprendizado e, mantendo meu foco em preparar-me para ocupar um lugar especial do outro lado, descobri que fazendo isso, (pensando desta forma), estava automaticamente melhorando meu discernimento e lidando com meus problemas e sofrimentos de maneira bem menos difícil que em outros tempos, pois desta forma ganhei também a ajuda valorosa de Deus.  Nossa essência neste mundo não consiste em livrar-nos dos problemas, mas estarmos sempre preparados para enfrentá-los ou saber evitar(...).

Vou dar-lhes outro exemplo:  Imagine-se numa tabela de campeonato de futebol.   Sua capacidade de compreensão e entendimento está diretamente ligado à sua posição na tabela.  À medida que o seu foco se firma mais na sua evolução espiritual, sua posição vai subindo na tabela (podendo um dia chegar ao topo), e à medida que você se revolta com os problemas e sofrimentos, sua posição vai caindo até chegar na zona do rebaixamento, onde lá já estão os alcoólicos, os dependentes químicos, os revoltados, os “incompreendidos”, entre tantos outros.

A vida tá difícil ?  Estude para o vestibular, pra não cair na zona de rebaixamento ou perder o direito de usufruir um lugar especial do outro lado, adquirido desde que nascemos (e desde que merecido).  Mas isso já não é a gente quem decide, não é mesmo ?   Só precisamos fazer a nossa parte, fazendo direito a lição de casa e “estudar”, muito.   Somos pelo o que somos.

                                                                             Amadeu Epifânio

 

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

 

 

sábado, 8 de dezembro de 2012

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR (4ª Parte)


Quando, como e porque entramos nas crises ?


As crises do transtorno afetivo bipolar podem estar diretamente ligados ao lado involuntário da pessoa, razão pela qual quase nunca se percebe quando um bipolar está iniciando uma crise, muito menos ter controle enquanto este lado obscuro se manifesta e esvazia o que tiver dentro de si, acumulado deste a última crise.


Em outros artigos publicados aqui mesmo neste blog, já havia falado sobre este lado involuntário, que leva inclusive muitos jovens para as drogas e muitas pessoas para o álcool, jogo e compulsividades diversas.  Sempre existe algo neste lado involuntário para ser expurgado numa crise (nunca acaba) porque a vida é repleta de experiências, positivas e negativas.  As negativas quase sempre ruminamos, porque não gostamos de perder.


As negativas quase sempre estão centradas em aborrecimentos, desespero, raiva, negação, frustração, decepção, entre outros.  Sempre que o nosso lado consciente deprime, alimentamos o nosso lado involuntário.   Ele é como uma panela de pressão.  Se guardamos coisas como ressentimentos, a pressão na “panela” aumenta e consequentemente aumenta a irritabilidade quando explode, na hora de botar tudo pra fora.


Se, pelo contrário, procuramos resolver os problemas ao invés de guardá-los;  se procuramos nos reconciliar com quem brigamos ao invés de virarmos as costas, quando a panela explodir (as crises), sua intensidade será muito mais branda e quem sabe, reduzida.  O transtorno afetivo bipolar acaba sendo um potencializador do que estiver guardado dentro do lado involuntário (um HD que ninguém sabe quanto tem ou à quanto tempo está lá).


Se não conhecemos este nosso lado obscuro, melhor deixá-lo quieto, não é mesmo ?  O que se deve fazer é cuidar para não deixar abrir esta “caixa de pandora” ou deixar entrar lá o menos possível, para ajudarmos a minimizar os efeitos das crises.


É preciso trabalhar o equilíbrio emocional, tomar atitudes racionais, sem brigas e irritabilidade, sempre buscando conciliar interesses, principalmente quando os seus depende de terceiros (seja quem for).  Trabalhe sua espiritualidade, sua religiosidade, mas de maneira correta, puxando partido para confraternização ou solidariedade, quando for o caso.


Considere a herança genética do Transtorno bipolar, como quem herda apenas um gene que lhe dificulta usar de racionalidade e temperança diante dos obstáculos e por isso mesmo ele pode ser trabalhado e superado, se preciso com ajuda de psicólogos ou terapeutas.   


Até ontem você estava lidando com um transtorno neuropsicológico, ficando sempre à mercê do problema.  Agora você tem um foco para trabalhar e não precisa deixar de fazer suas tarefas ou seu trabalho habitual, pois são eles que irão lhe ajudar nesta nova etapa, porque oportunidades para exercitar equilíbrio e discernimento é que não vai faltar.


Não pare a medicação e contribua para acertar logo na combinação remédio x dosagem, pois o tratamento ajudará você a trabalhar seu lado consciente, para aliviar os efeitos da crise.  Se a família sofre com as crises, então ela também pode participar desta nova etapa, com o propósito de fazer chegar à um estágio de convivência harmoniosa.


Com medicação certa e sem abusar de álcool ou drogas, dá pra levar uma vida perfeitamente normal.  O bipolar que já goza desta estabilidade, com certeza já trabalha para que isso seja possível e de forma natural.  Se um consegue, outros também podem.


Não objetive trabalhar para esvaziar todo o lado involuntário, porque sempre haverá conteúdo lá, tanto para o bipolar quanto para os que se consideram normais, que volta e meia vivem se explodindo por aí e agredindo os outros, tanto físico quanto verbalmente.  Sendo assim, não se considere tão diferente dos outros.  A diferença é que no bipolar, as crises são mais periódicas.


Uma coisa importante.  Trabalhando o lado consciente para minimizar as crises, consequentemente e automaticamente poderá estar trabalhando para minimizar também os efeitos da depressão que costuma vir depois da crise, já que um é basicamente sequência do outro.    Quando a crise esvazia o que tinha lá até o presente momento, natural que fique a sensação de vazio depois;  uma sensação de angústia que não se sabe de onde vêm, mas que está lá, mexendo, interferindo e deprimindo.  Ocupe a mente com alguma atividade, apenas por algumas horas, mas que seja gratificante pro ego (não faça forçado, do contrário não adianta).   Mas faça, pra sair logo dessa deprê. 


Sei que é difícil ou complicado deixar comentários aqui no blog, pois não sei como facilitar isso para vocês, leitores.   Vou buscar uma configuração ou um blog diferente (mas sem perder o conteúdo evidente) para facilitar a postarem de comentários.  Enquanto isso, se desejarem, podem entrar em contato comigo através do E-mail, que deixarei logo abaixo.  Peço à Deus que os abençoe e os ajude a alcançar o equilíbrio de convivência que tanto anseiam, para que a família nunca fique ameaçada.  Um grande abraço à todos.


                                                   
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto Didata.



sábado, 1 de dezembro de 2012


SOB  O  OLHAR  ATENTO  DE  DEUS.


Estas são as palavras que Deus nos diz, sempre que fazemos nossas orações, seja para pedir ou agradecer, por nós ou por terceiros.  Atrás de cada oração existe uma coisa chamada intenção e é aí que está centrada nossa maior condição para receber a graça tão desejada, ainda que seja apenas o perdão de Deus (o que não é tão simples).

Cada vês que entramos numa igreja (casa de Deus) e nos colocamos diante dÊle de forma sincera e humilde, imagine Êle se aproximando de você e dizendo: “-Eu vejo você”.  No filme Avatar, essa expressão representa um olhar para dentro do coração, não deixando-se levar apenas por uma bela aparência ou pela oportuna conveniência, mas principalmente pela intenção.

O Rei Davi, ao entrar no tabernáculo sagrado de Deus (erguido pelo próprio Davi), as pessoas ali presentes, já discutiam quem seria o novo Rei à ocupar o seu trono.  Mas Davi admitiu e reconheceu seu erro e pecado e vendo Deus, sinceridade em suas palavras, o perdoou com reserva.

Ciente que Deus me observa em toda minha essência, sinto-me por um lado em plena segurança, porém, vejo aumentar também em mim a responsabilidade em manter-me fiel aos seus preceitos, para que sempre possa usufruir (como de fato estou) da graça e da providência à meu favor, cujo qual sempre me beneficio, sempre que uma nova necessidade surge diante de mim.

Também ouso a dizer à Deus: “Eu vejo você”.  Porque vejo nÊle um Pai extraordinário; compreensivo, justo e solidário, comigo e para com as pessoas pela quais eu peço sua especial proteção e benção.  Essa relação próxima faz com que melhore minha percepção à respeito das dificuldades ou mesmo perante a maldade das pessoas.  De que não adianta eu ficar perdendo meu precioso tempo, desperdiçando-o em amarguras, raivas, revoltas ou vinganças.

É preciso que saibamos que não somos (nem nos foi dado tal poder ou autorização), cavaleiros do apocalipse, para vivermos julgando e condenando as pessoas por seus erros.  Aqui não é o purgatório e ninguém é advogado do diabo, para viver tentando ou infernizando a vida dos outros por mero prazer.   Lembre que Deus está dizendo para você o tempo todo e todos os dias:  “Eu vejo você”.   Acho melhor começar a mudar o seu jeito de ver as coisas.

“-Eu vejo você”.  Já pensou podermos dizer isto à qualquer pessoa ?  Poder olhar dentro delas e ver a real intenção de suas ações e palavras, com total imparcialidade ?   As pessoas têm o livre arbítrio de errar, mas também para acertar.  Só depende delas. Deus apenas aguarda o contato delas para ajudá-las.  Enquanto isso Êle vai te lembrando todos os dias: “-Eu vejo você”.

                                                                      Amadeu Epifânio

 

Projeto Conscientizar  -  Viver bem é Possível !

quarta-feira, 28 de novembro de 2012


TRANSTORNO BIPOLAR – É possível viver bem (3ª Parte). Depressão Pós Crise.


No artigo anterior (2ª parte), eu falei da importância de se trabalhar nosso lado interior, provável causa do desencadeamento dos fatores que podem levar às crises, pela dificuldade em lidar, administrar ou entender o que se passa e assim ficar sempre vulnerável às adversidades do dia a dia, do transtorno e suas respectivas conseqüências.
Enquanto isso, as crises se desencadeiam e quase sempre machucam àqueles que estão perto ou convivem, porque forte são as palavras que resvalam feito chicote no lombo; ardendo e ferindo.  Ciente do mal (sem culpa) que causou durante a crise (mas que ainda sim, feriu), natural que queira esconder-se logo após, pois é maior a dor que o(a) faz esconder-se (na depressão) do que a vontade em retratar-se com as pessoas que feriu.
O Transtorno Bipolar aumenta a sensibilidade, aumentando sensivelmente o estresse, o que faz tanto aumentar a irritabilidade das crises quanto o mergulho na depressão. 
Difícil é a dificuldade em compreender o momento crítico do bipolar, não se  estabelecendo alguma plataforma de reconciliação.  O que sugere também (para os familiares ou quem com ele convive) passar por algumas sessões de psicoterapia para ajudar a fortalecer a paciência e melhorar o entendimento, diante deste difícil desafio, para ajudá-lo(a) inclusive, a trabalhar seu lado interior, para que ambos se beneficiem.
Para o bipolar, seu transtorno é como uma prisão, cuja única forma de contato é apenas uma pequena janela, onde quem está de fora mal consegue vê-lo por inteiro do lado de dentro e age e reage apenas pelo o que vê, pelo lado de fora.  Sem que se estabeleça uma visão melhor e mútua, a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, que neste caso, acaba sendo o do bipolar, por nunca ter seu problema relevado.
“A depressão é resultado da tristeza causada pelas crises e do não poder fazer muito (ou nada), para evitar machucar, de novo, da próxima vês”.

Por isso a necessidade de se trabalhar o aspecto psicológico ou psicoemocional, ainda que se tenha adquirido geneticamente o problema, visto que o mesmo acaba interferindo no dia a dia, na vida social, profissional e principalmente familiar.  Não esquecer de pedir à Deus, especial atenção à você e auxílio para que o médico acerte o quanto antes, medicação e dosagem, para que consigas logo, a paz que tanto anseias.
Leia também os dois primeiros artigos sobre o tema, que postei na semana passada.  Tente ajudar o médico a acertar na medicação.  Se necessário busque uma segunda opinião, mas não abandone o tratamento.  Talvez ainda não tenha acertado no remédio certo, por não ter tido ainda, conhecimento preciso à cerca dos sintomas e efeitos colaterais do que já prescreveu anteriormente.  É aí que você entra.
Somos pelo o que somos.  Sendo assim, está em nós a decisão de tornar melhor a nossa vida e daqueles(as) com quem escolhemos viver e proteger, seja marido, esposa, namorados, filhos ou pais.
Tenho ciência da dificuldade que, é a convivência com um bipolar, mas a dor que se sente, pelos familiares, é conseqüência da falta de um melhor entendimento sobre o problema da bipolaridade.  O transtorno bipolar já é uma psicopatologia difícil de entender e carregar consigo.  A falta de compreensão de quem “está de fora” só tende a piorar, pois para o bipolar, acaba sendo como uma ofensa ou agressão verbal, que ele certamente irá revidar, conseqüentemente e involuntariamente, da mesma forma.
Como mencionei no artigo anterior, são eventos que se acumularão à outros, para serem expurgados na próxima crise, criando um ciclo vicioso, que se não tratado, nunca acabará, se não piorar.   “Não existe culpa, quando não se procura por ela”.

                                                                               Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !
Contatos: E-mail: epifaniodg@hotmail.com


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR – É possível viver bem (2ª Parte).


                        Comentei no primeiro artigo sobre TAB que as dúvidas são bastante variadas.  Isso porque em cada pessoa o problema assume características diferentes e peculiares à cada um, porque a vida de cada um, em condições normais, também é diferente e um mesmo problema pode se apresentar de maneira diversa pra cada pessoa.  Por isso a dificuldade de se prescrever e acertar o remédio e a dosagem certa, logo na primeira tentativa.

Eu já comentei em outros artigos que o nosso corpo dá sinais sempre que algo não funciona bem e faz isso através de diversas formas de manifestação, físicas e biológicas.  Muitos não carregam consigo o transtorno bipolar, mas que nem por isso estão livres de manifestar os mesmos sintomas, como irritabilidade, agressão verbal (quando não física), entre outros.

Existem pessoas que vivem guardando dentro si o resultados de experiências que não dão certo(...) e esses resultados vão se acumulando ao longo do tempo ou da vida, sendo que em algum momento (como numa panela de pressão) toda essa carga acumulada tenderá a explodir de alguma forma, como em crises de choro, irritabilidade, inconstância de pensamentos e atitudes e até depressão.

O portador de transtorno afetivo bipolar leva consigo uma pequena vantagem em relação às outras pessoas que se consideram “normais”, mais que não conseguem pôr pra fora um pouco dessa carga de emoção acumulada.  Para os que têm o transtorno, ele acaba servindo como válvula de escape (aliviador de pressão). 

O grande problema é que as pessoas que convive com o bipolar não têm essa concepção e acabam revidando e sofrendo junto, quando o certo seria prestar atenção (ou gravar) os momentos de crise, para depois sentar e conversar sobre o que foi dito.  Independente de ser bipolar ou não, os momentos de raiva ou de alteração de humor (mais elevado) é mais, manifestação de erupção dos sentimentos acumulados do que o desejo de agredir, além de ser uma resposta da mente para promover o equilíbrio psíquico do corpo que o abriga.

No bipolar essa descarga tem praticamente hora certa para acontecer e, o que tiver acumulado até aquele momento, vai ser expurgado para fora, como um vulcão que tem pequenas erupções para aliviar sua temperatura interna.  As crises, no bipolar, acontecem porque sempre existe algo para ser expurgado, provavelmente angústia, uma pequena revolta por ter que carregar esse problema consigo ou por não conseguir realizar tarefas domésticas ou profissionais.  Tem ainda a tristeza, pela tristeza causada nos familiares ou namorados, por causa das crises.

A melhor maneira de levar uma vida normal é trabalhar o lado de dentro, se preciso com ajuda profissional de um terapeuta ou psicólogo, para que as crises sejam cada vez menos intensas, tendendo para crises bem mais brandas e mais espaçadas, pois se não há o que ser expurgado, não haverá motivo para grandes explosões, não é verdade ?

Nada acontece por acaso, transforme seu adversário em aliado e explore e releve o que sai de dentro (sem querer) durante as crises e trabalhe isso para melhorar, porque viver bem é possível.


                                                    Amadeu Epifânio







Projeto Conscientizar – Somos pelo o que somos (e o que podemos ser).


terça-feira, 20 de novembro de 2012

DROGAS – O Grande Algóz do Jovem é a Ferida Aberta (2ª Parte)
                      Olá, terminei a primeira parte do artigo anterior (do mesmo tema), abordando a importância de se estabelecer um diálogo constante com os filhos, pelo menos uma relação de confiança mútua, para que os jovens tenham em quem se escorar quando as coisas começar a ficar difíceis para ele ou ela.
A fase adolescente é a fase mais crítica dos filhos.  É como se fosse o vestibular da vida, para ver se o que aprenderam até agora é suficiente para administrar tudo que eles não conseguem entender direito, como conflitos, decepções, rompimentos amorosos, perdas em geral (de namorados, familiares, empregos, mesadas, etc). 
Como numa escola normal, na escola da vida deve também existir o interesse do aluno em aprender, principalmente quando falham em alguns testes (às vezes nem tão difícil de lidar), mas que precisam usá-los para situações futuras para não caírem no mesmo erro.
Quando os pais não conseguem conversar com os filhos e extrair deles o que tanto os incomoda e os impedem de dialogar com os pais, é na dependência química ou alcoólica que eles acabam descobrindo, pois as drogas arrombam o lugar onde estavam guardados esses “motivos” e os tráz à consciência para serem utilizados como justificativas, para cada vês que ele for consumir a droga.
Quando os dependentes (por influência da droga ou abstinência da mesma), fazem acusações aos pais ou queixas de fatos que ocorreram com eles, geralmente a família não entendem e revidam as acusações piorando ainda mais a situação deles, já que essas discussões serão utilizadas como fator motivacional (ou justificativa) para um novo consumo.
As queixas que forem proferidas durante a dependência é para serem ouvidas e reveladas, pois em geral é a ferida aberta que o levou “involuntariamente” às drogas.  Essa ferida física (dependência) só tenderá à se fechar quando a ferida psicológica for sanada, pois que aquela está aberta para que todos vejam que existe uma outra “interna” que precisa ser curada e fechada.  Tão logo a ferida interna se resolva, o dependente começará à pedir ajuda para se tratar, pois que o fator motivacional principal para o consumo, já não existe mais.
Mesmo em sofrimento por causa da droga, o usuário precisa sentir confiança de que irá pisar em terreno seguro, se quiser por conta própria se tratar (salvo nos casos de internação forçada e mesmo assim sujeito à recaída, se a ferida psicológica não for tratada).
Não deixem para descobrir tarde demais os conflitos internos dos filhos, mesmo aqueles que julgamos como bobos, mas que se arrastado por meses ou semanas e dependendo da gravidade, pode ser suficiente para pesar na balança, na hora de escolher involuntariamente, experimentar um crack ou cocaína.  Sinal que naquele fatídico momento sua vida não valia mais que a droga.
Mesmo tendo passado pela adolescência sem drogas, ainda sim (nós, adultos) ainda fazemos escolhas erradas, que nem sempre conseguimos corrigi-las em tempo hábil. Então, não vamos condenar os jovens por escolhas não conscientes, motivadas por razões e fatores recentes ou antigos, mas que minaram o equilíbrio emocional deles, enfraquecido quem sabe, também por nossa ausência, mais psicológica do que física, na vida deles.

Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar  

Somos (e também falhamos) pelo o que somos.

Viver Bem é Possível !

domingo, 18 de novembro de 2012

 TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR – É possível viver bem.
Estive lendo uma apostila que montei, de perguntas e respostas sobre o tema, extraído de um site da internet, que aborda a questão do Transtorno Afetivo Bipolar com responsabilidade e seriedade, buscando sanar dúvidas de portadores deste e de outros tipos de distúrbios. 
As dúvidas são bastante variadas e grande parte delas são pessoas que convivem com parentes, filhos, pais e namorados portadores do transtorno afetivo, não apenas por causa de uma difícil relação com essas pessoas (por sentirem-se despreparadas para lidar não com elas, mas com o  problema em si) e, numa atitude prudente e racional, vão em busca de auxílio profissional.
Entre tantas dúvidas, vou citar as mais comuns, tipo aquelas que tomam a medicação corretamente e sente-se bem e vivendo uma vida normal e, em razão disso acham que já estão curadas e alguns até pensam em parar a medicação, enquanto apenas uma pequena minoria toma a atitude correta e perguntar antes ao médico.  Geralmente nunca é recomendável interromper uma medicação, principalmente quando se está dando certo, é nadar nadar pra morrer na praia.  Mas, se ainda sim deseja sanar essa dúvida crucial, procure o seu médico, pois (se for o caso), o certo é que a medicação vá se suspendendo de forma gradativa e nunca de uma vês só.
Interromper a medicação, além de ter que recomeçar tudo outravêz, é sempre doloroso para os dois lados (paciente e família), pois é preciso novamente conciliar medicação e dosagem e isso pode representar um novo “calvário”.
O portador do TAB precisa aprender conhecer-se melhor, em função da realidade que vive, pois desta forma poderá e muito, ajudar no próprio tratamento, à si próprio e na prescrição dos remédios,  orientando o médico à respeito dos sintomas e efeitos colaterais de cada remédio, bem como da dosagem de cada um, visto que acertar na dosagem é também um desafio.
Houve algumas perguntas à respeito do consumo de maconha (por conta do paciente) durante o tratamento.  Nessa questão os psiquiatras do site são categóricos em afirmar o quanto a maconha é prejudicial, tanto ao paciente quanto para a eficácia do respectivo tratamento.
São muitas as dúvidas e vou postar mais alguns artigos sobre as perguntas que extraí do site, mas até lá procure ser mais solícito ao tratamento e, na dúvida, procure sempre o médico ou mesmo uma segunda opinião de um outro profissional; só não tome atitudes unilaterais e precipitadas, pois o prejuízo será somente seu e refletido para as pessoas que convive com você.
Mesmo com transtorno afetivo bipolar, somos pelo o que somos.  Você não está entregue diretamente aos ditames do seu problema, mas lembre-se que com sua ajuda, você pode ter uma vida tão normal quantos os outros “que se acham normais” (rsrs) mas que também não são tão diferentes de você, já que também tem seus problemas e suas crises, quando não sobem pelas paredes. rsrs
Aguarde os próximos artigos sobre este tema.  Se preferir, pode deixar no e-mail outros temas que gostaria que fosse abordado aqui no blog.   Também estou precisando de ajuda, pois acredito que as pessoas não estejam conseguindo postar seus comentários aqui no blog e como sou leigo nessas coisas, gostaria de pedir aos mais instruídos, como facilitar para os leitores a postagem de comentários.  Quem souber, pode deixar a orientação também no e-mail logo abaixo.
Que Deus ilumine e dê força à todos para este desafio que, sabemos que não é pequeno, mas que para Deus nada também é impossível.  Contudo, Êle quer ouvir de você o teu desejo, tal como fez com o cego Bartimeu, que mesmo sabendo que era cego, ainda perguntou o que ele queria que fizesse.  Jesus quer nos conhecer para nos ajudar.  O que está esperando ?
Viver bem é Possível !
Projeto Conscientizar
Amadeu Epifânio – Idealizador.
E-mail: epifaniodg@hotmail.com

sábado, 17 de novembro de 2012

 QUAL O LIMITE DA NOSSA PERCEPÇÃO DE RISCO ?
                        Uma pergunta que todos nós deveríamos fazer à nós mesmos, já que nem sempre conhecemos o limite da intolerância e da ignorância; da imprudência e da negligência; da ofensa e da agressão.   Como os outros vêem aquilo que você faz com eles e com os outros ?  Com certeza uns  ficam surpresos e vêem sua paz ameaçada, enquanto outros (ou a maioria) sentem pena por causa da estagnação ou regressão espiritual, por se preocupar mais em atrasar a vida dos outros do que avançar na própria.
Percepção de risco também deve estar na seqüência daquela gloriosa frase que muitos gostam de proferir, alguns com orgulho, outros com arrogância: “-Eu sei o que estou fazendo!”.  Mais tarde, com certeza, estarás apreensivo e frustrado com as conseqüências do ato cometido, enquanto outros estarão dando os parabéns pelo ato inconseqüente.
Percepção de risco é o que está faltando nos jovens, quando próximos demais do risco de experimentar uma droga e ver sua vida começar à andar de marcha à ré.  Falta de percepção que também está em muitos pais, quando não vêem ou sentem a necessidade de instruir os filhos para que eles adquirirem sua própria percepção.  Nesses casos, a omissão e negligência acabam se tornando a “Ferida Aberta” dos filhos, o algóz que os levará à escuridão da dependência química.
Percepção deve estar também na insegurança (às vezes infundada) do ciúme, que pode fazer uma relação (até então harmoniosa), regredir e por em risco uma vida construída à dois (ou mais, quando já se têm os filhos).  Às vezes vale mais dar uma segunda chance, do que perder a chance de continuar.   Não houve propriamente um erro, mas o ato de se fazer o que acreditou ser o certo naquele momento, motivado pela ação de alguém (às vezes do próprio cônjuge) que também acreditou que estava fazendo o que era certo(...).   Ambos agora podem ter a chance de fazer realmente o que é certo, juntos.
Percepção não é instinto, é agir com base no que se têm adquirido até o momento e que com certeza nos servirá de alerta, sempre que o nosso lado interior manifestar-se livre demais, à ponto de quase assumir nosso controle e fazer um monte de burradas, sem que tenhamos a chance de controlar e impedir.  Já viram o filme “O Professor Aloprado” ?  É por aí.  Pense no teu lado interior como um gênio preso dentro de uma garrafa.  Percepção, é quando a intenção ou o desejo de fazer coisa errada estiver fluindo fácil demais, ou seja, é o gênio sentindo o cheiro da liberdade. Já pensou no estrago que ele fará se você deixá-lo sair ?   Com certeza, somos pelo o que somos.

                                                                          Amadeu Epifânio

Viver bem é Possível !  -  Projeto Conscientizar
Contatos: 55-21-6742-0694 (claro)
E-mail: epifaniodg@hotmail.com