Projeto VIVA +

sábado, 11 de novembro de 2023

ESTAMOS DESPERDIÇANDO UM TEMPO PRECIOSO...

 

...PARA ESCOLHA E PLANEJAMENTO
DA CARREIRA !

Estamos sempre correndo o risco de cair numa perigosa rotina, não apenas de atividades, mas principalmente de pensamentos, nos condicionando à uma prisão, cuja a chave estamos prestes à jogá-la fora (depois de trancar a porta de nossa cela é claro).

Sem uma vida planejada ficamos à mercê dos pensamentos que vão surgindo no decorrer do dia, com poucas alternativas de solução. Tudo por acreditar que estamos envoltos em algum tipo de conspiração contra nós.

Tudo há de ser planejado: Do namoro à união, da identificação à afinidade mútua; da vinda de uma criança à formação uterina; do nascimento aos primeiros 36 meses, todos sem estresse. Não implica satisfazer todas as vontades. Sê firme na condução do desenvolvimento, sem austeridade, desde o início, para condicionar a criança à obediência, sem rebeldia. Se conseguir passar por esses meses, de maneira plena e com harmonia, as chances de se constituir um transtorno ou trauma psicológico, serão mínimas.

Treine com a criança o exercício de discernimento e o saber julgar, com prudência e racionalidade. Se chegar a dar um celular para a criança, estimule o uso responsável do mesmo como instrumento de pesquisa, tanto na escola quanto em casa. Isso fará com que a criança seja mais seletiva na forma de utilizar o aparelho, sem perder o sono noturno repousante ou ser mais um “paranoico(a)” ansioso(a) com esperas eternas por mensagens que nunca chegam.

Já mostraram aos filhos o local de trabalho de vocês ? Já imaginaram quantas vezes eles desejaram fazer parte disso ? Muitos pais são breves em dizer o que fazem e onde trabalham (como se envergonhasse disso). No mínimo faça uma boa explanação sobre o que faz, aonde faz e leve-os para passar um dia com vocês (ou algumas horas). Lembre-se que os pais são sempre razão de orgulho dos filhos e será preciso muita cautela para não deixar que esta imagem se arranhe logo nos primeiros anos de vida deles.

Sejam pais presentes (mesmo ausentes), porque isso altera e muito, a forma com que os filhos fazem uso do celular, para pior ou para melhor. Sejam modelos, porque aquele velho jargão do “faz o que eu falo…”, já não existe mais. Para eles a imagem tem muito mais valor do que meras palavras.

Lembrem-se que cada faixa etária tem um grau de tolerância específico, para vários fins, como dores físicas e emocionais por exemplo. Se existem momentos em que os filhos se frustram com os pais, os filhos escondem essas dores. Por um lado pode ser parecer positivo, mas por outro, são experiências dolorosas que ficam suspensos no reprimido, sempre à espera de serem extintos. O que é bem mais difícil.

Estudos é para ser valorizado pelos filhos, em vês de serem cobrados pelos pais. Faça os entender sobre a relevância do aprendizado em cada etapa da vida e a única forma de saber se estão aprendendo bem, são pelas notas que tiram. A faixa etária de 15 anos (ou de inclusão no ensino fundamental II), é crucial para iniciar o planejamento da carreira. Durante esta fase eles ficam ociosos e também expostos e vulneráveis à influência de tudo que gira ao seu redor, porém sem entender o quanto isso os prejudica no dia a dia. Está tudo sendo absorvido, porém nada aproveitado.

Incentive-os a descobrir a carreira que irão seguir, porque os próximos passos serão cruciais, como ensino médio e universidade. Deixar para pensar em carreira, somente depois que sai da faculdade, já pode significar um grande atraso e também desperdício. O mercado está carente de profissionais (não de + 1) e as filas de emprego que crescem à cada dia, reproduz bem o que estou dizendo. Curso superior não é sinônimo de qualificação, é preciso mais, para estar capacitado. Empresas estão cada vês mais seletivas e nunca se sabe ao certo o que elas querem e porque querem. A única forma de vencer a concorrência na busca de uma boa colocação no futuro, é se preparando desde já.

A melhor forma de motivar os jovens aos estudos, é dar aplicabilidade ao que se aprende. Onde se pode aplicar, no dia dia, cada palavra e conceito que se aprende em sala de aula ? Porque tenho que aprender isso ? (a pergunta que sempre fazem). Posso sugerir um fórum de debates com alunos, sobre aplicabilidade e destinação do que se aprende na escola, desde o fundamental II. Matérias jornalísticas sobre extração de recursos naturais; A violência como fator impactante; A questão do clima (secas, queimadas, enchentes, ciclones, deslizamentos, catástrofes, etc). Onde estamos errando ? Quais disciplinas podem explicar esses fenômenos e o que se pode fazer ? Enquanto não tivermos uma real noção da realidade que vivemos, qualquer ideia de futuro tenderão para períodos cada vês mais curtos e mais próximos do presente.

¨¨As guerras são sustentadas pelas ideias que às faz existir”. Podemos matar todos os (dito) inimigos, mas jamais faltará quem defenda a mesma ideia e tudo pode vir à tona novamente. Haja vista algumas guerras nunca se extinguem. É como o tráfico ou milícia, já é uma ideia. Não importa quantos líderes morram ou são presos. Não falta quem defenda a mesma ideia. Enquanto a ideia existir, ninguém estará seguro ! Por essa razão os jovens precisam trabalhar a ideia da carreira desde já e não fazer da própria exposição, uma feira livre para ideia dos outros.



Professor Amadeu Epifânio – Psicanalista Cognitivo – PROJETO VIVA+