QUAL O TAMANHO DO SEU
?
Devemos considerar a libido (não como estimulante sexual), mas
como a energia necessária para sairmos do estado de estagnação que o transtorno
nos deixa. Um outro fator negativo para
os que possuem transtorno (todos eles), é fazer uma “feira livre” de sintomas,
de tudo que possa ser encontrado ou sentido, como tudo sendo parte do
transtorno que tem. Se sentimos
pontada no dedão do pé, é sintoma, se o corpo esquenta ou esfria de forma
repentina, é sintoma do meu transtorno.
Com isso estamos tentando transportar um corpo (o nosso) com uma gama
muito grande de sintomas “comprados”, muito além do que de fato existe, em cada
transtorno. Esvazie seu caminhão de
sintomas, para sinta sua vida muito mais leve de carregar.
De acordo com Freud, o ser humano apresenta uma fonte de energia
(libido) separada para cada um dos instintos gerais. Ou seja, nossa libido não deve ser entendida
como estimulador sexual ou concentrá-la sempre que considerarmos nossa condição no limite. Imagine a Libido como
bolinhas de gude. Toda vez que achamos
que tudo está contra nós, nos achando culpados pela existência do mundo,
concentramos todas as bolinhas em um único lugar, tornando difícil, desta
forma, pensarmos diferente.
Porém, no
momento que conseguirmos uma distração qualquer e por tempo prolongado, as
bolinhas (nossa libido), começam à se dispersar, se espalhar e,
consequentemente, aos poucos, começamos à sentir uma espécie de leveza e bem
estar, porque toda energia que estava concentrada, começou à se espalhar pelos
pontos vitais do corpo e, assim devemos fazer por preservar.
Um outro fator ainda é responsável por atrasar nossa vida: Comorbidades.
Se tem uma coisa que aprendi nos meus 20 anos de pesquisa, é que eles
não existem de verdade, isto é, ninguém (absolutamente ninguém), possui mais de
um transtorno. Mesmo a depressão ou fase
depressiva, é sintoma consequente, o que significa dizer que, se bem tratado e
medicado, a depressão não tem porque existir. E mais, o que pensam ser depressão (associada
à um transtorno) é na verdade uma forte sensação de impotência, diante de uma
sensação que não entende porque ela existe e, por não entender, se enquadra
numa categoria do CID-10 ou DSM, gerando um tipo de transtorno e com ele, os
sintomas correspondentes.
Já foi dito algumas vezes que, não sofremos por ter transtornos e sintomas, mas por não compreendê-los. Não precisa descobrir de onde veio, mas descubra como conviver com seu "inquilino", para que possa conviver em harmonia.
Sintomas de
transtornos se dividem entre principal, decorrentes e consequentes. Por exemplo: Sentir medo ao entrar no elevador é Síndrome
de Pânico (sintoma principal). Não
querer sair à rua pra não ter que entrar num elevador, é decorrente. Tornar-se uma pessoa
insegura, é sintoma consequente.
É um efeito dominó, mas que a grande maioria “compra” tudo como
principal e mais, querendo se medicar pra tudo, quando bastava apenas, tratar o sintoma o
principal e o resto não existiria.
É comum, admito, sair “comprando” ideias de que tudo que
acontece são sintomas do meu transtorno.
Acredite, sei como é isso. Mas se
não controlarmos esses impulsos, precisaremos de um “caminhão” ainda maior e
começaremos à nos arrastar, ao invés de viver.
Mas ainda dá tempo de termos uma vida muito mais aproveitável e melhor
vivida, se começarmos à ser mais “seletos” nos sintomas que verdadeiramente
temos.
Está mais do que na hora também,
de exigirmos dos nossos psiquiatras, maior competência no exercício da
especialidade que escolheram, pois que, estão à usar seus pacientes como cobaias de
laboratório farmacêuticos, empurrando placebos que não funcionam, fazendo não
só, estender o sofrimento dos mesmos, como desestimulando-os à continuarem o tratamento (quando não acabam com a própria vida, junto com o
sofrimento). ISSO PRECISA PARAR !
Professor Amadeu Epifânio
Projeto Viva+ (Por um Caminho + Seguro)