AS 3 FASES PARA UMA BOA EDUCAÇÃO.
Não
é de hoje que estranhamos comportamentos arredios advindos de jovens que mal
saíram do estágio de infância, mas que ainda apresentam traços relacionados com
esta faixa etária, como rebeldias e até agressividades (dependendo do caso). Não
é prematuro afirmar que tal comportamento esteja relacionado intrinsecamente
com a ausência de autoridade dos pais e que, permanecendo a fraqueza desta
conduta, o estágio de rebeldia tem-se a manter-se ou mesmo agrava-se com o passar
do tempo.
A
questão da delegação de autoridade, da paterna à materna (ou vice-versa), é um
dos primeiros dilemas conjugais, tão logo os filhos nascem, o que de pronto é
reconhecido e identificado pela criança, tão logo esta já adquira os primeiros
sinais de entendimento sobre o “mundo” que a rodeia. Como já diz o velho ditado: “Quando os gatos
saem, os ratos fazem a festa”, aqui neste caso, quando a autoridade é ausente,
a criança é quem manda, até como instinto de sobrevivência dela.
Porque
sempre é um dilema impor comando sobre um ser tão indefeso ? O papel dos pais (para simplificar suas
atribuições) deve passar, impreterivelmente, por 3 (três) fases distintas, à
saber: A primeira é a fase do
comandante, que vai desde o nascimento do bebê até a puberdade. É a etapa que compreende as lições (ou
noções) de autoridade, hierarquia e disciplina. Essa característica de comando
é primordial para que a criança perceba de pronto, que existe “alguém mais
forte” do que ela e sobre o(a) qual deverá exercer o princípio da obediência.
A
segunda fase à ser aplicada é a do treinador (semelhante às do jogo de vôlei,
por exemplo), quando o mesmo interrompe a partida sempre que o time não está
rendendo. Em outras palavras, é difícil
fazer nossos filhos “parar de jogar”, mas podemos (como pais) solicitar à eles
um “tempo-técnico” para passar-lhes novas instruções. Tais instruções compreendem as etapas de
disciplina e de educação. Essa técnica permite e favorece um maior
contato com os filhos e estes por sua vês, contam de forma ininterrupta, com o
apoio “técnico” dos pais, além do afeto mútuo decorrente. É bom que fique claro que não existe idade
certa para se introduzir os dois tipos de comando, pois é os pais que irão
perceber, quando é hora da criança entender para cumprir as ordens
recebidas.
Bom,
se bem aplicadas as etapas anteriores, resta-nos a terceira e definitiva etapa,
que é a do observador, que compreenderá a continuidade do ofício de treinador,
aliado à uma relação de confiança mútua, construída ao longo de todo o
processo, desde o nascimento da criança.
Para se educar os filhos, é preciso pará-los e isso só pode ser feito
com a devida autoridade e disciplina.
Em
escolas públicas ou privadas, sempre existe o dilema, por parte dos professores
e até da direção da escola, de como lidar com alunos tão imperativos, rebeldes
e até agressivos. Sinal de que os pais
não conseguiram fazê-los parar para ensinar.
E, à meu ver, não cabe aos professores e às instituições de ensino,
educar os “filhos dos outros”.
Neste
festival de higiene, onde todos lavam as mãos, qual o destino mais provável destes
jovens ?
Para facilitar o trabalho, vou deixar-lhes umas dicas, que muitas vezes passam despercebidos pelos pais, mas não pelos filhos.
a) Maior cumplicidade com a vida e o futuro deles;
b) Monitoramento das idéias que rolam na cabeça deles;
c) Compensar ausência física com presença psicológica;
d) Redução dos atritos conjugais, também na frente deles;
e) Comando firme sem precisar ser arbitrário;
f) Maior participação dos filhos nas decisões familiares;
g) Presentes fora de hora, somente por merecimento;
h) Permissões ou negativas, sempre justificadas com a verdade;
i) Demonstre respeito, saiba ouví-los.
Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar –
Viver bem é Possível !
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