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quinta-feira, 2 de maio de 2013


AS 3 FASES PARA UMA BOA EDUCAÇÃO.

Não é de hoje que estranhamos comportamentos arredios advindos de jovens que mal saíram do estágio de infância, mas que ainda apresentam traços relacionados com esta faixa etária, como rebeldias e até agressividades (dependendo do caso). Não é prematuro afirmar que tal comportamento esteja relacionado intrinsecamente com a ausência de autoridade dos pais e que, permanecendo a fraqueza desta conduta, o estágio de rebeldia tem-se a manter-se ou mesmo agrava-se com o passar do tempo.

A questão da delegação de autoridade, da paterna à materna (ou vice-versa), é um dos primeiros dilemas conjugais, tão logo os filhos nascem, o que de pronto é reconhecido e identificado pela criança, tão logo esta já adquira os primeiros sinais de entendimento sobre o “mundo” que a rodeia.   Como já diz o velho ditado: “Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa”, aqui neste caso, quando a autoridade é ausente, a criança é quem manda, até como instinto de sobrevivência dela.

Porque sempre é um dilema impor comando sobre um ser tão indefeso ?   O papel dos pais (para simplificar suas atribuições) deve passar, impreterivelmente, por 3 (três) fases distintas, à saber:  A primeira é a fase do comandante, que vai desde o nascimento do bebê até a puberdade.  É a etapa que compreende as lições (ou noções) de autoridade, hierarquia e disciplina. Essa característica de comando é primordial para que a criança perceba de pronto, que existe “alguém mais forte” do que ela e sobre o(a) qual deverá exercer o princípio da obediência.   

A segunda fase à ser aplicada é a do treinador (semelhante às do jogo de vôlei, por exemplo), quando o mesmo interrompe a partida sempre que o time não está rendendo.   Em outras palavras, é difícil fazer nossos filhos “parar de jogar”, mas podemos (como pais) solicitar à eles um “tempo-técnico” para passar-lhes novas instruções.  Tais instruções compreendem as etapas de disciplina e de educação.   Essa técnica permite e favorece um maior contato com os filhos e estes por sua vês, contam de forma ininterrupta, com o apoio “técnico” dos pais, além do afeto mútuo decorrente.   É bom que fique claro que não existe idade certa para se introduzir os dois tipos de comando, pois é os pais que irão perceber, quando é hora da criança entender para cumprir as ordens recebidas.   

Bom, se bem aplicadas as etapas anteriores, resta-nos a terceira e definitiva etapa, que é a do observador, que compreenderá a continuidade do ofício de treinador, aliado à uma relação de confiança mútua, construída ao longo de todo o processo, desde o nascimento da criança.  Para se educar os filhos, é preciso pará-los e isso só pode ser feito com a devida autoridade e disciplina.  

Em escolas públicas ou privadas, sempre existe o dilema, por parte dos professores e até da direção da escola, de como lidar com alunos tão imperativos, rebeldes e até agressivos.   Sinal de que os pais não conseguiram fazê-los parar para ensinar.   E, à meu ver, não cabe aos professores e às instituições de ensino, educar os “filhos dos outros”.

Neste festival de higiene, onde todos lavam as mãos, qual o destino mais provável destes jovens ? 

Para facilitar o trabalho, vou deixar-lhes umas dicas, que muitas vezes passam despercebidos pelos pais, mas não pelos filhos.

a) Maior cumplicidade com a vida e o futuro deles;
b) Monitoramento das idéias que rolam na cabeça deles;
c) Compensar ausência física com presença psicológica;
d) Redução dos atritos conjugais, também na frente deles;
e) Comando firme sem precisar ser arbitrário;
f)  Maior participação dos filhos nas decisões familiares;
g) Presentes fora de hora, somente por merecimento;
h) Permissões ou negativas, sempre justificadas com a verdade;
i) Demonstre respeito, saiba ouví-los.

                                                                            Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !


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