Estamos
vivendo momentos de incertezas, com pessoas cada vês (não mais
exigente), mas inseguras. Essa insegurança dá-se em razão do alto
índice de carência inconsciente, as quais ainda não nos demos
conta. Essa mesma carência gera medo, também inconsciente e ambos
manipulam e decidem sobre os rumos que tomamos. Ambos são pilares
que fazem com que os mesmos tenham de “rodar a baiana”, sempre
que um estímulo desafiador obriga-nos a encontrar a resposta
adequada, ao momento apropriado.
Cada
um é cada um, com anseios e desejos peculiares e a personalidade
respectiva que os norteia. Não dá para agradar à todo mundo, mas
podemos ser o mesmo diante de todos. Todas nossas respostas são
influenciadas por um processo aritmético, em que fazem parte dessa
equação, o conhecimento que assimilamos e as experiências
emocionais que vivenciamos, em cada pessoa e em cada intensidade
específica. Não relevar isso nos deixa num “vácuo”, sem poder
entender o porque sermos acometidos por mais uma experiência, sem
ainda ter dado tempo, de ter tirado uma lição plausível da última
que passamos.
Passamos
a vida perguntando porque temos de passar pelas mesmas situações
dezenas vezes, gerando-nos atrasos correspondentes e significativos,
além de nos causar sensações desagradáveis, como frustrações e
aborrecimentos. É de grande valia para nós, se acreditarmos que
essa vida é uma reprise do último ano “letivo” que tivemos na
vida anterior, mas que agora, nessa, estamos sendo como que forçados
a repetir de ano, tendo que refazer matérias, as quais ficamos
supostamente reprovados.
Imaginem
uma grande sala de aula repleta de alunos, de várias idades, sendo a
vida o único e melhor mestre que já tivemos, que explica com
paciência, mas cobra com grande habilidade, lições que resistimos
em não aprender. Nessa vida não há seleção de idade, todos são
matriculados, da formação fetal ao mais idoso de todos. Todos
passam pelo mesmo processo escolar, ou seja, hora aprendemos, hora
ensinamos, para depois passar aos pequenos a mesma lição. Podemos
considerar essa, uma das disciplinas mais importantes de todo nosso
processo letivo, direcionado a todos os alunos.
Não
existe data certa para definir quando é hora de qual, mas é certo
que deveremos aceitar o ofício quando chegar a hora. A violência
que corre o mundo hoje, dá-se em razão de muitos terem recusado e
negligenciado, à serem mestre da geração que devia sentir-se
protegida e amparada hoje, mas que agora não lhe resta tentar
defender-se e adaptar-se, da melhor forma que puder, ao consequente
mundo que os deixamos, restando para nós, no “futuro”, saber
quais disciplinas passamos e quais haveremos de repetir (de novo).
Se
me permitem fazer uma contribuição... para ajudá-los nos primeiros
anos de período letivo. A atenção dos docentes sobre os pequenos,
devem estar centrada desde a formação fetal, em que os fetos já
são dotados de percepções, especialmente auditivas e sensitivas,
com tolerâncias restritas e cujas quais devem ser relevadas, com
propósito de não ultrapassá-los, à fim de não lhes causar
qualquer forma de trauma ou transtorno, à levar para vida inteira,
tentando entender o que fez para merecê-lo.
Já
para os nascidos, o processo letivo (cognitivo), deve cumprir um
protocolo, composto de 3(três) etapas, sendo duas ministradas e a
terceira, consequente, à fim de sabermos se o ensinamento foi bem
passado. As duas primeiras são a CRIAÇÃO
e a EDUCAÇÃO. Criar
significa prover, como alimentação, vestuário, brinquedos, escola
e presença (ao menos) psicológica, dos pais. O ensino está ligado
à EDUCAÇÃO,
assim como disciplina, respeito e exercício da reflexão (para fazer
bons julgamentos). A terceira etapa, como frisei acima, ela é
consequente, isto é, consiste em fazer boas escolhas e tomar as
melhores decisões. Cumprindo bem as duas primeiras, a terceira será
fácil.
Não
esquecer que não existem medos (plural) e sim, apenas 1(hum). Isso
porque estamos volta e meia, tornando-o latente e até presente. Como
exemplo, posso citar duas formas de torná-lo latente. A primeira é
sentirmos impotentes diante um obstáculo. Isso gera insegurança que
gera medo. A segunda está ligado a carência inconsciente, quando
este estabelece critérios mínimos para contê-lo e quando não
atendidos, o medo emerge. Pessoas são diferentes na forma de sentir
seus medos e carência, razão pela qual torna-se prioritário uma
auto-reflexão, à fim de compreender melhor o que se passa. A vida
é complexa e nos permite (de um lado) sermos ágeis e inteligentes.
Mas por outro, o tempo nos cobra o que não temos, tornando-nos
impulsivos e imprudentes.
Somos
o resultado aritmético de tudo isso e aprender com os erros é
vital.
Professor
Amadeu Epifânio – Psicanalista Cognitivo
PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL
Influência Pregressa em Respostas Emocionais