Projeto VIVA +

sábado, 3 de setembro de 2016

FAZENDO ARTE !!!

VOCÊ DESAFIA SEU FILHO(a) ?


Este é um artigo curioso e também um alerta, sobre como estamos lidando com crianças muito pequenas (aproximadamente os primeiros 3 anos de idade).   Se pararmos pra reparar, estamos enchendo o quarto deles com excesso de brinquedos ou deixamos uma TV ligada o dia todo, com o objetivo maior de mantê-los entretidos.  A forma como tentamos entreter crianças nessa idade, não fará diferença para os pais, pois os resultados (se feitos da forma correta) trarão os mesmos resultados e benefícios esperados, ou seja, crianças seguras e comportadas.

O ser humano, desde muito cedo e, por mecanismo de defesa inconsciente, adquiriu característica de auto-desafio (e sem limites, diga-se de passagem), para manter a cabeça ocupada e não pensar na carência afetiva dos seus genitores, rompendo desde cedo o processo de simbiose, que é o desejo do bebê em manter-se coladinho na mamãe o tempo todo (e não apenas na hora de mamar). 

Partindo desse princípio, a característica de auto-desafio é logo imposta, fazendo com que o bebê sinta-se logo saciado e por duas razões, ou pela falta do que se entreter ou por "excesso" de oferta, não conseguindo estimular-se para desafiar-se. Adulto só começa à querer poupar dinheiro quando este começa a faltar.  Da mesma forma as crianças só começarão à criar (desafiar-se) diante de poucas opções e não tão acessíveis.


A prateleira (na foto), com altura regulável, vai subindo à medida que a criança cresce e lá devem ser postos poucos brinquedos, para que a criança tenha de buscar (ao invés de já estar acessível).  A altura da prateleira deve corresponder ao tamanho da criança quando de pé.   Quando não quiser mais esses brinquedos (e sem a criança ver) a mãe pegará esses brinquedos, guardará num armário inacessível, em troca de outros, preservando um ou dois, para que não passe na criança, a sensação de tê-los perdidos e vir à sentir falta deles.

Sozinha, a própria criança deseja ser auto-desafiadora (ainda que inconsciente) e não somente os pais, como as escolas, precisam corresponder à este desafio, para que, por falta deles, a criança  não venham buscar desafios em aventuras arriscadas.  Não podemos nos esquecer de outras características peculiares aos "anjinhos" rsr, tipo: "Não mede conseqüência, não pressente perigo e (na hora da arte, está sempre sozinho).

Correspondendo à esse desafio, os benefícios não ficam somente por aí, mas se estendem, fazendo com que eles aprendam o significado entre fazer escolhas acertadas e erradas e saibam, de antemão, onde as decisões erradas podem levá-los.   Com isso damos aos filhos (indiretamente apenas) o limite que o inconsciente deles não os atribui, mantendo neles o espírito desafiador porém, de uma forma bem mais segura e repleta de benefícios.  Escolhas não estão entre errar e acertar, mas entre errar ou não, para que ao decidir pelo "não, só lhe reste fazer o que é certo, como última escolha.

A escola também pode fazer o mesmo, através de um sistema de advertência progressiva culminando para o castigo, para que, desta forma, os "hiperativos" (em qualquer grau) tenham antes, a chance de escolher ser ou não punido, para que, não querendo, resta-lhe somente, a opção de voltar o foco para o estudo.  

Muitos problemas de desavenças entre jovens, adolescentes e até entre crianças, dá-se em razão da falta de limites sim, PORÉM NÃO AO CONSCIENTE, mas ao inconsciente.  Tentar implantar limites ao lado consciente da criança, pode até mudar o comportamento mas, dependendo dos acontecimentos que se seguem, o conceito negativo criado em torno de quem lhe deu o castigo, pode tanto melhorar quanto piorar e muito.  Conceitos são criados em torno de um processo aritmético, ou seja, é preciso haver a prevalência de postura (positiva ou negativa) dos pais, para se instituir o conceito e, acredite, mudar pra melhor é muito difícil. Agora,  mudar um conceito pra pior, é a coisa mais fácil que existe, porque é alimentado pela sociedade.

Sendo assim, comece a observar o comportamento da criança, especialmente os bebês quando já começam à engatinhar;  institua um perímetro de segurança para eles, onde não possam correr nenhum tipo de risco, especialmente quando não estão sendo observados (pois que para alguns é como distrair a atenção do volante rsr).   Faça o rodízio de brinquedos conforme colocado neste texto mais acima.  Evite deixar televisão ligada o tempo todo, como eles não conhece personagens de desenho animados, o que eles acabam absorvendo mais, são as imagens e daí, podem surgir "idéias" de desafios para eles.  Procure comprar brinquedos que estimule a criatividade, pois que, para eles, funcionarão como desafios, deixando muito mais atrativos, pois que assim, saberão que fazer com eles. 

Cuidar e educar filhos não é complicado, é um desafio gostoso, onde se aprende...ensinando.

Professor Amadeu Epifânio
Psicanalista / Pesquisador

             

Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.




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