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terça-feira, 9 de agosto de 2016

DEPRESSÃO (2ª Parte)


EM QUALQUER ESTÁGIO, SEMPRE POSSÍVEL TRATAR !



Pessoal, eis aí mais uma comparação para entendermos o progresso da depressão na nossa vida e qual melhor estágio para prevenirmos seu avanço.  A imagem faz referência ao progresso de acúmulo de gordura na artéria, dificultando e também impedindo (de forma livre) a passagem do sangue.  Mas é uma imagem que podemos utilizar no nosso caso. 

Vejam, na foto a imagem onde se lê "primeiros desconfortos", no caso real de gordura, de fato não se percebe quando as artérias começam a ficar obstruídas, percebendo apenas em casos que haja algum infarto (ou problemas deocrrentes).  Mas, no caso da depressão, esse estágio não é de forma ignorada, sendo possível perceber e sentir-nos diferentes do nosso habitual.     É onde devemos começar à investigar, principalmente por serem sintomas de procedência duvidosa.  Como um bom conselho (dado por toda classe médica, ao se detectar um problema que requer início de tratamento imediato): Quanto antes... melhor e de solução definitiva.

Já na terceira fase, com a depressão instalada, não é porque está neste estágio que o problema é irreversível.  Tanto lá quanto cá, a reversão não é só necessária quanto possível, bastando que haja, contudo, colaboração e interesse (e desejo) do paciente, na interação com o tratamento e seu posterior processo de recuperação, ainda que lento, porém progressivo, até seu término.

"Gorduras na artéria", no caso da depressão, significa conceitos e pensamentos negativos e até pessimistas, que vão se acumulando ao longo do tempo, contribuindo e impedindo-nos de ter nossa vida, ao menos de forma satisfatória, uma vez que sabemos que vida perfeita não existe, exceto se não, à que idealizamos.  Este é um fato que precisa ser "mensurado", isto é, avaliar o quanto (se for o caso), estamos desejando algo impossível ou mesmo muito difícil à curto prazo.  Esse paradoxo entre o  possível e o desejado, tanto pode gerar depressão quanto alimentá-la (se já instalada). 

Outro costume (eu diria até mesmo comum), está no fato de pessoas que atravessam certo problema (considerado pelos mesmos como sendo algo de difícil solução), é usar de "escudos psicológicos", como a depressão, para justificar exaustão emocional, quando da tentativa quase frustrada em tentar resolver o problema,  sem sucesso imediato.  O risco de valer-se desse escudo psicológico está na busca médica de querer ser tratado com medicamentos controlados, para inibir suposta sensação, entrando num ciclo vicioso e perigoso de tomar medicação inadequada, gerar efeitos colaterais desagradáveis (por não estar verdadeiramente depressivo) tendo que tomar novos medicamentos para inibir os efeitos colaterais do primeiro e assim, sucessivamente, privando a pessoa de colocar-se em condições emocionalmente normais para resolver o problema principal.

Depressão não é crucifixo que exibimos levando no peito, é coisa séria, portanto não carece ficar desfilando por aí como se fato tivesse.  Se acha que tem, procure um psiquiatra, conte realmente o que está acontecendo, SEM OMITIR NADA, que se for o caso será tratado como tal.

Para aqueles que tem depressão diagnosticada, saiba que existe uma grande e enorme "correnteza" de idéias pessimistas à cerca da depressão, como sendo algo irreversível, de tratamento ineficaz e que o último recurso acaba sendo o pensamento de morte como solução. 

Depressão, por pior que seja, é sempre mais um problema médico à ser tratado e corrigido, como outro qualquer. E como todo problema médico, requer colaboração do paciente para um tratamento adequado, de resultado progressivo e repito, até sua cura. Se médico não acerta diagnóstico nem prescrição de remédio, reclama, vai no CRM e relata o fato, que se ele estiver errado, vai se esmerar por corrigir e fazer direito.  O mesmo com relação aos terapeutas (psicólogos ou psicanalistas); está anos sem progresso ?  denuncia, investiga procedimento, que se tiver errado, receberá uma advertência ou punição e também irá se esmerar pra trabalha direito.  O que não pode é  se deixar levar pela "correnteza" e ficar jogado numa cama e se lamentando. 

A passividade é outra correnteza e grande entrave que alimenta os erros e é culpa nossa.  Precisamos sair da inércia, defender direitos e proteger a vida, pois quem estudou e formou-se com esse propósito, tem mais é que a obrigação de tratar e tratar direito, que gere resultado, cura e satisfação.   Vamos lutar mais por nosso bem estar e cobrar resultados de quem de direito.

Prof.Amadeu Epifânio
Psicanalista

             

Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.

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