COMO AJUDAR VERDADEIRAMENTE UM
DEPRESSIVO CRÔNICO ?
O que mais importa
numa Depressão, é saber como lidar e tratar; Antes de ser depressão é um problema emocional
que precisa ser sanado, resolvido e, enquanto não se resolve, uma das
consequências é a depressão, que se não tratada adequadamente, pode vir à
agravar-se, acarretando em severas consequências e até mesmo a morte.
A depressão é
subjetiva, motivos ocultos e inconscientes, que nem mesmo sabemos e que,
julgamos ser por motivações presentes (o que até pode contribuir para a
manutenção do problema ou do estado de depressão). Como é subjetivo, é uma ajuda que tem partir
de dentro pra fora e não o inverso. Vou
dar-lhes um exemplo típico e vocês aplicam segundo a realidade de cada um ok ?
Como uma grande
maioria de pessoas, que por não ter, não entende nem sabem como agir
corretamente, normalmente eles diriam:
"Fulano
(...), está chegando o natal, levanta dessa cama, vamos comemorar juntos, deixa
de frescura...".
Quando a abordagem correta seria:
"Fulano,
nos anos anteriores você preparou uma ceia como ninguém, só você sabe preparar
com o carinho que só você sabe fazer. Estamos todos torcendo pra que nos ajude
de novo".
Perceberam a diferença ? ou
ainda...
“-Fulano, sua presença nos enche de alegria e orgulho, estamos contando
com você mais uma vês”.
"-Fulano, o que quer que esteja
passando, não há de ser maior que o carinho que temos por você".
Apenas digam, sem fazer cobranças ou esperar por respostas imediatas. O
depressivo precisa de tempo pra ruminar dentro de si, estas palavras.
Não preciso dizer que a sinceridade é condição fundamental, para que um
depressivo ponha fé nas suas palavras porque, se perceber o mínimo de demagogia
ou falsidade... adeus, perde-se a confiança, drasticamente). Se coloque no lugar de uma pessoa depressiva e
pergunte à si mesmo se aceitaria tais palavras de pessoas falsas ou aquelas com
que o seu “santo nunca bateu” com o dele. rsrs.
Pessoas que desejam verdadeiramente ajudar, devem fazê-lo à partir do
ponto de dor do outro e não da nossa visão. Isso significa respeitar a dor.
Existem três condições contribuindo para o estado depressivo da pessoa, uma
delas é a causa escondida em meio à um inconsciente ferido emocionalmente. Outra é o que o depressivo imagina ser, como
sendo a real causa (que por não saber, conjetura). Em alguns casos, ambos se conciliam. Uma terceira
é a falta de “tato” de pessoas, que não só, não sabem como lidar com a questão,
como ainda podem contribuir para o agravamento do quadro.
Em depressivos comórbidos (recorrente de outro transtorno e, não que por
isso, seja mais brando), tem sua depressão atrelada quase que 100% ao
transtorno principal, de forma que não dá pra tratar a depressão de maneira
isolada, negligenciando o fator gerador (que aqui conhecemos). No mesmo princípio dado à depressão e,
dependendo do transtorno em si, ele não deixa de ser, antes, um fator
psicológico (bastante precoce), que por não ter tido sua especial atenção e
diagnostico também precoce (e considerando a tese do estado de normalidade),
também no transtorno, acontece a mesma coisa.
A depressão pode vir à tornar-se
realmente uma enfermidade patológica (ou psiquiátrica) grave, mas isso não
implica dizer que já nascemos depressivos ou com predisposição para
desenvolvermos depressão. No artigo anterior (sobre este tema), eu disse que
seriam necessários, pelo menos, entre 5 a 7 anos de carência, pra que uma
tristeza profunda venha à adquirir ares de depressão. Qualquer coisa que venha transpor, em nós, o
estado de normalidade, haverá também de causar as alterações correspondentes e
em áreas responsáveis, que venham a controlar o equilíbrio psíquico do ser
humano.
Se me permitem repetir uma expressão forense, que casualmente utilizo em
alguns momentos no Facebook (nas páginas de grupos de transtornos): Não existe crime perfeito mas, mal investigado,
também na esfera psiquiátrica (pelo o que tenho percebido nos últimos 18 meses
de frequência naqueles grupos, acontece o mesmo, isto é, procuram mais
enquadrar um paciente numa classificação específica, apenas como referência,
para submetê-la à um tratamento psicoterápico e farmacológico, do que
especificamente, analisar caso a caso, cada paciente, com seu histórico
pregresso diferenciado. Não fosse assim,
uma mesma medicação, atenderiam todas as pessoas de um mesmo transtorno, o que
sabemos de antemão, que não é o que acontece.
Auto conhecimento continua sendo a chave mestra para abrir portas que
levam à uma vida mais plena e menos sofrida, visto que é preciso antes, saber o
que realmente se passa consigo, porque sente, quando, por quanto tempo, qual a
frequência e saber, acima de tudo, que não existem culpados e que não carecem,
tratar ou admitir-se de tal forma.
Que Deus ilumine e abençoe à todos.
“Todas
as coisas têm seu tempo certo e sua oportunidade,/
E é
grande a aflição do homem/em ignorar coisas passadas,
E estar
na impossibilidade de receber qualquer nova, do futuro.”
(Eclesiastes
8, 6)
Amadeu
Epifânio
Contatos: Pelo facebook como (ProfAmadeu Epifânio)
A pessoa que desenvolve mania de depressao nao pode permanecer em convivio da sociedade, ao reves de que mesmo com tudo isso encontrar algo realmente bom que valha a pena para que nao tornar a propria vida, um inferno para quem circunda.
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