CENAS LAMENTAVELMENTE COMUNS. FREUD EXPLICA ?
Cenas como estas estão se tornando cada vês mais comuns entre famílias do mundo todo e a única consequência previsível é a falta de paciência dos pais, seguido de alguma forma de castigo ou de punição para com os filhos.
Por
incrível que pareça estas atitudes dos filhos, quando ocorrem, não é simplesmente
uma ação de rebeldia ou de malcriação, é na verdade uma reação, à algum evento
já previamente ocorrido numa fase ainda mais tenra da criança, que gerou uma
frustração e que foi alimentada no decorrer do seu crescimento e que agora,
estas atitudes nada mais são do que formas de chamar a atenção para algo que
está errado, continua errado e com grandes chances de piora do quadro.
Filhos
têm desejo pelos pais à vida toda, mas é na fase gestacional e infantil que
este desejo se desenvolve com muito mais ímpeto pela criança, principalmente
pela mãe, em razão da amamentação e do calor do seu corpo enquanto amamenta ou
conversa com o feto, ao mesmo tempo que acaricia a barriga, promovendo
tranquilidade para o bebê ainda dentro da barriga.
Por
incrível que pareça, fetos ainda na barriga da mamãe, desenvolve padrões de
comportamento que determina já nesta fase sua ligação com a mãe, como sendo de
afeto ou de rejeição (ou abandono), estes quando a mamãe praticamente não
conversa com o bebê na barrida, deixando-o sentir-se abandonado e
inseguro. Tal sensação, quando se torna
frequente, eleva o nível de insegurança da criança, desde pequena, podendo
levar esta insegurança para a fase adulta, tornando-a excessivamente tímida ou
insegura.
Por
outro lado, outras formas de insegurança, como ambientes instáveis, com brigas
e desentendimentos constantes, que faz “tremer” tudo dentro da barriga, faz a
criança desenvolver seu instinto de sobrevivência, reagindo intempestivamente e
levando essa instabilidade para a fase juvenil, tornando-se uma criança mais
hiperativa ou mesmo rebelde, como forma de se defender da instabilidade
instaurada quando ainda inquilina da barriga da mamãe.
Castigos
e punições sempre acabam piorando o quadro, confirmando o conceito que a
criança já formou, tanto do lar quando dos pais (ou um dos dois). O que a criança precisa é sentir-se segura
onde habita e para isso, nada melhor do que uma boa conversa, procurando
primeiro, tentar extrair onde está concentrada a insegurança da criança e
somente depois promover tal desconforto, tranquilizando-a.
Se
a criança ainda for pequena, tipo um ou dois anos, o hábito de parar um pouco,
perder um pouco de tempo para se dedicar a criança, conversar, acariciar,
brincar, também costuma promover um equilíbrio emocional na criança, tornando-a
menos agitada e chorona. Claro, deve-se
verificar, antes de tudo, quaisquer outros sintomas e causas orgânicas ou
físicas para o seu desconforto e irritabilidade, como fome, sono, dores
localizadas ou no corpo; saber se a família possui histórico de doenças
hereditárias, como diabetes, bipolaridades, entre outros.
Nunca
demore tanto para investigar todas as possibilidades, pois além de trazer um
alívio (quando nada se acha), ajuda a agilizar o tratamento de qualquer
problema (se houver) e quanto antes identificar o problema, maiores as chances
de ter uma vida saudável e praticamente normal, com tratamento adequado. Se o tratamento estiver correspondendo, não
interrompa por conta própria, achando que já está curado(a). Qualquer atitude deve ter o consentimento e a
anuência do médico responsável.
Nunca
ache, julgue ou especule sobre o comportamento de uma criança. Certifique-se.
Somos pelo o que somos.
Amadeu Epifânio
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