...MAS TRANSMITEM MUITAS COISAS.
Toda situação, em que um paciente
entra em estado de coma, gera para os parentes, comoção,
tristeza e insegurança (quanto à acreditar se ele voltará à lucidez e, sob
quais circunstâncias). É sabido que o
coma acontece, não somente pelas condições do quadro clínico do paciente, pois
que, também os médicos podem induzi-lo, objetivando estabilizar um quadro mais severo (como em queimaduras graves por exemplo), para não sentir dor e poder
avaliar melhor, suas condições, expectativas de vida, tratamento apropriado e
tempo de recuperação.
Mas como fica o espírito, nestas
situações ? Embora toda experiência
vivida pelo espírito, tem um caráter dogmático e engrandecedor (direcionado
para a sua evolução), algumas situações de provação, podem levar mais tempo,
para atingir o mesmo resultado. Por
exemplo, é esperado que um estado de coma possa estender-se por tempo mais
longo do que esperamos, o que não imlica dizer que corpo e espírito estejam sofrendo.
Durante este tempo, o espírito
continua apegado ao corpo, mas acordado e interagindo com o ambiente. Isso nos faz lembrar dos conselhos de manter
boas vibrações, para que o espírito da pessoa que está enferma, possa receber
essas vibrações, além receber ajuda de outras entidades de luz (como mentores),
que estejam próximas, auxiliando no que
for possível, pois que, sempre irá depender do seu estado de evolução,
saber aceitar e submeter-se à essa ajuda, para aceitar a situação, pela qual
passa.
Vou citar um exemplo: Meu espírito
ocupa meu corpo, como uma roupa que vestimos, com todas suas imperfeições, seja
por estar apertado demais, costura mal feita, tecido que “pinica” no corpo,
estar manchado, amarrotado, enfim.
Passamos a vida “vestindo esse corpo” e tentando corrigir essas
imperfeições, quando na verdade o que deveríamos estar fazendo é saber aceitar
e viver com o corpo que recebemos e aproveitar a imperfeições para aprender,
crescer e evoluir.
Um corpo em estado de coma, parece
ocioso, sem nada para aprender mas, sua condição momentânea está mexendo com
uma série de pessoas, pensamentos, espíritos (e mentores)
de todos os que estão envolvidos com este enfermo. Como veem, ele não está tão ocioso
assim. Não significa dizer que seu
espírito esteja sofrendo de alguma forma, pelo contrário, ele está em processo
de constante aprendizado, aproveitando para conhecer o que for possível,
inclusive sobre a atual condição clínica do corpo.
Ouvimos muito, falar em “passar
boas vibrações”, na presença ou em razão de entes enfermos (ou mesmo em
velórios). Isto é necessário porque
nestes lugares, costuma haver ambiente pesado, com pessimismo, lembranças
tristes ou de raiva pelo houve. Vibrações significam sentimentos que nutrimos e,
boas vibrações significa pelo menos, não alimentar ressentimentos, pensamentos
negativos, desejos de raiva e falsos desejos de justiça (quando na verdade, o
que queremos mesmo é vingança), aos que machucaram ou mataram um ente
nosso.
Isso em nada contribui para a
melhora do enfermo (ou processo de desencarne ou evolução do seu espírito), pois que esse tipo de
pensamento, atrai mais rancor e espíritos mais densos, os quais ainda nutrem
esses ressentimentos e passam à conviver perto de pessoas iguais, em afinidade
negativa.
A condição que o espírito se
encontra está condicionado às concepções que ele mesmo cria e nutre, em torno
de suas expiações e provações. Quanto
mais (em condição terrena), pudermos aprender sobre a doutrina espírita, mais
entenderemos o processo pelo qual, todos haveremos de passar, para atingirmos
uma maturidade tal, que nos permita descobrir que, provações e expiações são
necessárias, tanto ao nosso resgate de vidas passadas, quanto ao ininterrupto processo evolutivo. A ideia não é sofrer para crescer mas, saber
aceitar o que está passando, para ganhar mais experiência e então evoluir.
Com relação à vida terrena, todos
já nascemos, com a “passagem de volta” comprada, não sabendo o dia nem a
“poltrona” (a forma como se dará). O
coma pode ser uma forma suspensiva, para se descobrir se o quadro clínico
poderá melhorar, manter-se estável ou piorar e a melhor forma da família lidar
com essa situação momentânea de dor, é entender que todos nós, temos um tempo
certo e um roteiro à ser cumprido (uma missão específica), como uma representação
numa grande peça. Esse roteiro pode nos
levar à um tempo de vida longo ou curto.
Quando o roteiro termina,
independente da idade que tenha e, se outros ainda estarão “no palco”, é hora de ir embora e que, esta
partida (se assim tiver de ser), deve ser encarada como uma decisão (do mundo
espiritual), já previamente determinada.
Não se revolte com a forma como a
vida se apresenta. Nada é por acaso e
sempre existe uma razão para acontecer e a lição que se tira disso, é que
sempre se aprende algo mais e, depois de certo tempo, como (eternos) alunos,
podemos começar à ensinar, os que estão apenas começando seu caminho ou que
ainda estão à se revoltar, no porque a vida lhe persegue tanto. Mal sabem que estão sendo treinados, à se
tornarem mais um professor. O que temos
hoje, é uma sociedade (e humanidade) cheia de alunos que não entende e não
aceita muita coisa e muitos, muitos professores despreparados para orientá-los, num caminho certo e seguro.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista
Auto-didata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário