...E TAMBÉM DOS TRANSTORNOS.
A Psicanálise tem sua forma autônoma de defesa, independente
dos demais sistemas que existem, entre eles, como o linfático, nervoso e
circulatório. A Psicanálise procura entender,
o porque do corpo ter chegado à um estado crítico ou, descobrir como trabalhar
sua baixa auto-estima, comprometendo severamente todo o tratamento.
Quando lidamos com questões que envolvem comprometimento
corporal e limitação de alguns dos sentidos de percepção, muito provável que
este corpo tenha passado por uma experiência sensitiva e traumática (para a sua
frágil e vulnerável tolerância). Um dos
dois inconscientes, que “nascem” no mesmo momento que a formação fetal, (o Id),
é responsável por registrar (gravar) e guardar, as sensações decorrentes deste
evento. Isto porque, na Psicanálise, o
que mais importa para compreensão dos fatos, é a intensidade com que sua
influência atua sobre a vontade consciente.
O mesmo princípio se atribui à Transtornos
Psiquiátricos diversos.
Entender a dinâmica e a dimensão desta influência, é que
pode fazer toda a diferença num tratamento, porque é à partir daí que podemos conseguir
avaliar o grau e tipo de comprometimento e quais setores estão sendo
preservados pelo inconsciente, como região que mais sofreu ou que faça parte da
causa de sua condição limítrofe. No caso
de Transtorno, é a idade do trauma (qual período entre a formação fetal até os
3 anos), que está sendo preservada, até que se descubra e compreenda, o que de
fato ocorreu, para que enfim, o transtorno seja extinto.
Como exemplos de comprometimentos, podemos citar dois casos,
em que o corpo tenha dificuldade de comunicação com o mundo que o cerca. De um lado está o Autismo, onde sua maior
limitação não está na fala (como se acredita) mas, numa condição de trauma
reprimido, por ter sido submetido à uma perturbação auditiva, superior para a sua
frágil capacidade.
Por outro lado temos a paralisia cerebral, cujo qual também
impede o processo natural de formação natural da criança, em que tais aprendizados
necessitam de ajuda, para que lhe seja incorporada a construção de linguagem,
na área verbal, expressões visuais, manifestação da vontade, através de
dispositivos de imagens do dia a dia (fotos), como comer, beber, dormir,
brincar, tomar banho, entre outros, bastando apontar para a imagem que
representa o seu desejo. A mesma metodologia
pode ser aplicada aos autistas, em qualquer idade física que estiver,
preservando ainda a idade mental. Esta
atividade favorece sua formação, fazendo com que o segundo inconsciente (o
Ego), administre e use esta formação, ajudando seu corpo.
Nem toda limitação advém apenas, da patologia adquirida (conforme
diagnosticado), sendo este apenas (ou muitas vezes), a causa da sua limitação
porém, não à que está, efetivamente, lhe causando tais comprometimentos. Devemos saber que, existe toda uma rede
interna do corpo humano, agindo em função de sua patologia presente. Sistemas linfático, circulatório, nervoso (seu
impacto com os ossos do corpo e respectivos membros afetados).
Vale lembrar que, a falta de coordenação motora de alguns
(ou+), dos membros do corpo, pode estar relacionada com a ausência de sua formação
mental, fazendo parecer inicialmente que, o inconsciente Id, do portador de tal
limítrofe, esteja vivenciando seus momentos de vida uterina, cuja ação dos membros comprometidos, esteja sendo feita apenas, por impulsos elétricos
sensoriais. À medida que a formação se
constitui na mente, os membros tenderão à corresponder aos novos impulsos,
agora de forma mais ordenada, até seu controle quase absoluto, à depender principalmente, de
sua condição limítrofe (em progresso ou estacionário).
Psicanálise e Neurologia estão presentes em todo diagnóstico mas, correndo paralelamente, sem interferência ou que, se negligencie a ação de ambos, sobre um mesmo problema, não importando a sua natureza e extensão. Em todo diagnóstico existe uma causa (ainda que incerta). Contudo, o estudo sobre o que está acontecendo, como, origem, do porque e o que antecedeu (num estudo retrospecto), pode fazer chegar, não somente à causa, mas se estabelecer um prognóstico, em período suficientemente necessário, para ser contido e tratado.
Cito como sugestão de patologia, o AVC, que sobre o mesmo não existe ainda, diagnóstico, exceto se não, quando se está ocorrendo.
Deve merecer o prêmio Nobel, à aquele que conseguir prever a ocorrência de um ataque de Acidente Vascular Cerebral, com tempo suficiente para contê-lo, tratar, curar ou suspender sob medicação.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.
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