SABER DIFERENCIAR, PARA SOFRER MENOS.
Muitas pessoas confundem e alimentam
sentimentos e ressentimentos errados (quando não, invertidos), ao considerar
erroneamente o que lhe ocorreu. Qualquer um dos dois pode causar consequências
sérias ou deixar os "mais fortes" por um longo tempo, entristecido.
Mas vamos à diferença.
Sentir-se frustrado é não poder mais contar
com uma certa pessoa ou condição (sem que eles saibam), que provavelmente
pudesse, um ou outro, trazer-lhe certo benefício, como emocional, financeiro,
profissional, ou outros.
Na frustração contamos com algo ou alguém
que não sabe, mesmo apesar de sua representatividade para conosco, como Pais, chefes, amigos, familiares, etc.
Exemplo disso é quando ainda criança, vemos nossos pais se separarem e
ver um deles ir para muito longe ou tornar-se indiferente, negligenciando os
laços que tinha até então.
A
dependência alcoólica tem sua raiz em sentimentos de frustração.
Já a decepção é pior que o inverso porque,
além da pessoa saber que estamos contando com ela, a mesma ainda puxa o
"carro e o tapete", dizendo não poder (ou não querer) nos ajudar, não
importando a forma. Simplesmente
recusa-se à ser solidário ou solícito.
Não sofra por quem não
merece.
Ainda que a decepção seja uma forma
dolorosa de não obter o que esperávamos de certa pessoa, cabe à nós ainda
refletir que, apesar da negação da pessoa, se realmente ela teria, de fato,
condições reais de nos ajudar, provendo o que tanto esperávamos dela. Porque se não pudesse, não caberia à nós,
sofrer por alguém que não merece e que estaria se valendo da própria desgraça
ou incapacidade, para lesar emocionalmente, outras pessoas.
O mesmo raciocínio se aplica à circunstâncias que esperávamos acontecer, também para nos favorecer de alguma forma. Se realmente traria o resultado esperado e se nos levaria à sacrificar algo tão ou mais relevante.
Então, por mais doloroso que esteja seu
momento, deixe um pouco de razão para avaliar a real situação, para que não
entre em sofrimento de forma desnecessária. Saiba que a dor é um dos raros
instrumentos (para os que entendem desta forma), para o amadurecimento do
espírito, pois o que sofre é o corpo, mas se mantivermos o espírito
fortalecido em Deus, cada vez menos sofreremos as maldades de outros seres
humanos (e de circunstâncias adversas), também na carne. Pense nisso.
Dependência Química tem raiz profunda em decepções
e frustrações,
especialmente com os pais.
Noventa e nove por cento dos usuários de
drogas diversas, em todo o mundo, tem raiz familiar. Nesta raiz costumam ocorrer
tanto frustração (de não tê-los quando mais se precisa) como a decepção de
virarem a cara quando percebe e tomam ciência de que o filho está usando
drogas. A dependência não começa especificamente quando se experimenta. Ela
fatidicamente começa quando as pessoas que mais amamos viram as costas
nesse momento. Para o novo usuário, é um tiro de misericórdia.
Muitas perdas, tanto de convivência quanto
de óbito (de filho dependente), se deram em razão de não terem tido tempo de se
reconciliarem ou se quer, esclarecer “maus entendidos”. Julgamos os filhos com a mesma prepotência
que os fez errar, ou seja, deixando-nos levar mais pelo sentimento do que pela
razão. Ao ver o filho impotente diante
da droga, nos vemos nele, em espelho, a mesma sensação.
Para consertar um “vaso quebrado”,
precisamos antes,
consertar a
visão que tínhamos dele.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista Auto-Didata
PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL
Influência Pregressa em Respostas Emocionais
Contatos: https://www.facebook.com/ProfAmadeu
Nenhum comentário:
Postar um comentário