Quando o emocional interior fala mais alto.
Cenas como essas, em
qualquer lugar do mundo, sempre geram especulações de toda espécie, dirigidas
aos jovens e também aos pais, como responsáveis diretos pelos desvios de
conduta dos filhos. Em geral são
criticas duras, isentas de qualquer critério de julgamento, no que concerne à
causas e motivos, que levam os jovens à pratica de delitos.
Não é da noite pro dia que
ocorre um desvio de conduta. “Ninguém
faz nada se não em razão de algo que o motive”.
Juntando essas duas frases, podemos concluir que o problema de conduta
já vem de algum tempo e o que é pior, sendo alimentado durante todo esse
período, por pessoas, eventos e circunstâncias em caráter constante ou
periódico.
Abaixo uma sequência lógica
dos fatos, até a pratica de delitos.
a)
Instabilidade
ou fragilidade emocional, diante de um conflito;
b)
Falta de
um diálogo mais profundo em família (apenas o básico);
c)
Referências
institucionais fragilizados
(Justiça, Família, Igreja ou Religião)
(Justiça, Família, Igreja ou Religião)
d)
Pressão
vinda de modelos e comportamentos negativos;
e) Negligência
dos pais, para perceber mudança
de temperamento / comportamento do filho;
de temperamento / comportamento do filho;
f)
Ausência
de perspectiva do filho, quanto à ver solução ao seu conflito;
g)
Prejuízo
de conceito moral na escolha de amizades;
h)
Desistência
na espera de atenção paterna e/ou materna;
i)
Adoção de
novo padrão (negativo) por conveniência;
j)
Prática de
pequenos furtos com sucesso;
k) Sensação
de não ter mais volta, por parte do jovem;
l) Prática
dos primeiros delitos com sucesso (e prazer);
m)
Passa à
praticar mais por impulso que pela própria vontade;
n)
Perde o
medo da justiça, mesmo quando preso.
Quando
o jovem ou adolescente chega à este estágio, nada ainda está perdido pois, com
certo tempo preso, seu emocional (responsável por suas “aventuras”), poder-se-á
dá-se por satisfeito e deixar cair o pano da consciência e se der conta de tudo
que fez com demonstração de remorso. Se
o jovem (ou a jovem) ainda não demonstrar remorso, sinal que a influência do
seu estado inconsciente ainda está presente, esboçando sinais de deboche,
ironia e indiferença diante da consternação dos pais ou da autoridade policial.
Em
alguns países desenvolvidos, as instituições em que são presos os jovens e
adolescentes, em conflito com a sociedade, tem bons programas de
ressocialização e de reintegração á sociedade.
Já aqui no Brazil, isso já não existe e os modelos existentes não
correspondem às expectativas de uma sociedade que anseia por ver seus filhos de
volta e recuperados.
Não
basta apenas ficar preso e esperar o tempo passar, pois que, se for desta forma
e leve o tempo que levar, estes jovens voltarão à praticar crimes e
delitos. É preciso fazer um trabalho em
duas frentes sequenciais, na primeira, buscar alternativas sociais viáveis ao
convívio do jovem, depois de libertado. Em segundo, ainda preso e acompanhado
psicológico, fazer com que as alternativas criadas sejam sugeridas ao jovem
infrator, para que aceitando, possa ele mesmo e inconscientemente, iniciar seu
processo de mudança de conceito de vida para algo mais saudável e social, em
substituição ao destrutivo e nocivo.
É
bem verdade que, quanto mais tempo na vida delituosa, maior tempo será exigido
para a sua recuperação, pois o conformismo e o prazer que sentia na prática de
crimes, levará tempo para ser substituído, porque nestes casos, fica cada vês
mais difícil ter alternativas que possam ser oferecidas, em sugestão para uma
mudança de vida. Isso vai depender
especificamente de cada país e de suas políticas (quando tem) de
ressocialização.
A
maior e melhor prevenção para se evitar que se chegue à este estágio, em 1º
lugar é estabelecer o padrão habitual dos filhos, para que pequenas mudanças
sejam de pronto, percebidas e identificadas.
Em segundo, um diálogo franco, aberto, sem orgulhos nem deboches ou
ironias, para que não se crie bloqueios irreversíveis para se dialogar. Em terceiro, respeitar o momento dele (ou
dela) e buscar formas de resolver ou contornar o problema, mas nunca
negligenciar, adiar ou tornar-se passivo diante de ideias e atitudes erradas,
deles.
Situações
drásticas, nem sempre requerem atitudes drásticas mas... racionais.
Amadeu Epifânio
PROJETO
CONSCIENTIZAR – VIVER BEM É POSSÍVEL !
Corrigindo
Passos para um Caminho Seguro.
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