Projeto VIVA +

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

BEBÊS

O QUE ELES REVELAM ENQUANTO BRINCAM ?



Basicamente revelam o que já descobriram até então; bebês observam e absorvem tudo (como um aspirador de conhecimento), sem contudo, obviamente discernir detalhes ou peculiaridades; eles observam mas não necessariamente imitam, exceto senão por reação à um estímulo específico.  Vão absorvendo curiosidades, esperando descobrir seus significados.

Muitas vezes algumas coisas são revelados através do recurso de método associativo, só que no caso dos bebês, isso é feito através de combinações semelhantes, onde houve alguém dizer seguidamente uma palavra e pronto, aquela curiosidade ou objeto é "cadastrado" na mente do bebê, passando à fazer parte do pequeno acervo de experiências (já constituído desde a fase intra-uterina).

Sempre bom lembrar que experiências vividas pelos bebês ou fetos, que tenham gerados perturbação ou tensão, necessitam ser de pronto acalmados e acariciados seguidamente por alguns minutos, porque ? Porque a experiência fica registrada e fica também associado à momentos desagradáveis ou desconfortantes.

A questão não é só (1)uma experiência, mas a possibilidade de haver outras de forma sucessiva ou mesmo esporádica que, dependendo do tempo passado, pode fazer parte da pequena estatística (na cabecinha da criança), onde a criança acabará estabelecendo conceitos de negação em torno, ou do ambiente, ou de uma pessoa, um objeto, enfim, o fato em si + o que tiver relação, como o cenário existente em torno (dificultado assim se descobrir quais prováveis causas do bebê estar se comportando de forma estranha, sempre que o fato repetir ou estar próximo.

Uma das coisas que passa batido pelos pais e parentes de um bebê é, ao se referir à ele, pensam à partir do ponto de vista adulto e esquecem de se "ajoelhar", para tentar entender como pensa essa criaturinha tão pequena e seu mundo ainda tão restrito, tão pouco descoberto. Lembram da frase: "Todo cuidado é pouco" ? Pois bem, o que vocês imaginarem como sendo "pouco", tentem "baixar" ainda mais, considerando uma sensibilidade ainda maior.

Aproveitando a oportunidade, vai aqui mais umas recomendações, para um bebê, especialmente ainda de primeiras semanas ou primeiros meses e até para quem ainda é gestante:

1) Evitar ao máximo brigar ou discutir, próximo de um bebê ou de uma gestante (ou com ela). E não adianta fechar a porta e manter a gritaria.

2) Se a gestante discutir ou levar um susto, ao se recuperar, deve buscar um cômodo tranqüilo da casa, acomodar-se bem e conversar com o bebê, acariciando a barriga. 
O feto sente o estado de tensão da mãe, seja num susto, numa discussão (ou próximo de uma).

3) Dependendo da programação que estiver assistindo na TV, bem como o volume (se estiver alto demais para um bebê), mantenha o carrinho com bebê relativamente afastado, sem contudo perdê-lo de vista e se puder, diminua o volume, pois o bebê está ouvindo apenas barulho e isso pode trazer desconforto após certo período.

4) certifique-se que a criança esteja protegida e segura onde estiver, como em berço, carrinho, cadeirinhas nos carros, ou mesmo quando estiver no chão, porém longe de móveis pontudos, portas abertas e de locais arriscados e acessíveis (como cozinha ou escadas).

5) Algo que considero importante: Para quem tem animais de estimação, deve ter cuidado redobrado, pois um bebê pode "mexer" (no animal) onde não se deve e o animal (cachorro ou gato por exemplo) ter uma reação e acabar ferindo o bebê.

Toda idade tem sua fase e isso é fato, mas a prematura requer muito mais atenção, dada sua enorme fragilidade, tanto dentro quanto fora da barriga.

Prof.Amadeu Epifânio
Psicanalista


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terça-feira, 9 de agosto de 2016

DEPRESSÃO (2ª Parte)


EM QUALQUER ESTÁGIO, SEMPRE POSSÍVEL TRATAR !



Pessoal, eis aí mais uma comparação para entendermos o progresso da depressão na nossa vida e qual melhor estágio para prevenirmos seu avanço.  A imagem faz referência ao progresso de acúmulo de gordura na artéria, dificultando e também impedindo (de forma livre) a passagem do sangue.  Mas é uma imagem que podemos utilizar no nosso caso. 

Vejam, na foto a imagem onde se lê "primeiros desconfortos", no caso real de gordura, de fato não se percebe quando as artérias começam a ficar obstruídas, percebendo apenas em casos que haja algum infarto (ou problemas deocrrentes).  Mas, no caso da depressão, esse estágio não é de forma ignorada, sendo possível perceber e sentir-nos diferentes do nosso habitual.     É onde devemos começar à investigar, principalmente por serem sintomas de procedência duvidosa.  Como um bom conselho (dado por toda classe médica, ao se detectar um problema que requer início de tratamento imediato): Quanto antes... melhor e de solução definitiva.

Já na terceira fase, com a depressão instalada, não é porque está neste estágio que o problema é irreversível.  Tanto lá quanto cá, a reversão não é só necessária quanto possível, bastando que haja, contudo, colaboração e interesse (e desejo) do paciente, na interação com o tratamento e seu posterior processo de recuperação, ainda que lento, porém progressivo, até seu término.

"Gorduras na artéria", no caso da depressão, significa conceitos e pensamentos negativos e até pessimistas, que vão se acumulando ao longo do tempo, contribuindo e impedindo-nos de ter nossa vida, ao menos de forma satisfatória, uma vez que sabemos que vida perfeita não existe, exceto se não, à que idealizamos.  Este é um fato que precisa ser "mensurado", isto é, avaliar o quanto (se for o caso), estamos desejando algo impossível ou mesmo muito difícil à curto prazo.  Esse paradoxo entre o  possível e o desejado, tanto pode gerar depressão quanto alimentá-la (se já instalada). 

Outro costume (eu diria até mesmo comum), está no fato de pessoas que atravessam certo problema (considerado pelos mesmos como sendo algo de difícil solução), é usar de "escudos psicológicos", como a depressão, para justificar exaustão emocional, quando da tentativa quase frustrada em tentar resolver o problema,  sem sucesso imediato.  O risco de valer-se desse escudo psicológico está na busca médica de querer ser tratado com medicamentos controlados, para inibir suposta sensação, entrando num ciclo vicioso e perigoso de tomar medicação inadequada, gerar efeitos colaterais desagradáveis (por não estar verdadeiramente depressivo) tendo que tomar novos medicamentos para inibir os efeitos colaterais do primeiro e assim, sucessivamente, privando a pessoa de colocar-se em condições emocionalmente normais para resolver o problema principal.

Depressão não é crucifixo que exibimos levando no peito, é coisa séria, portanto não carece ficar desfilando por aí como se fato tivesse.  Se acha que tem, procure um psiquiatra, conte realmente o que está acontecendo, SEM OMITIR NADA, que se for o caso será tratado como tal.

Para aqueles que tem depressão diagnosticada, saiba que existe uma grande e enorme "correnteza" de idéias pessimistas à cerca da depressão, como sendo algo irreversível, de tratamento ineficaz e que o último recurso acaba sendo o pensamento de morte como solução. 

Depressão, por pior que seja, é sempre mais um problema médico à ser tratado e corrigido, como outro qualquer. E como todo problema médico, requer colaboração do paciente para um tratamento adequado, de resultado progressivo e repito, até sua cura. Se médico não acerta diagnóstico nem prescrição de remédio, reclama, vai no CRM e relata o fato, que se ele estiver errado, vai se esmerar por corrigir e fazer direito.  O mesmo com relação aos terapeutas (psicólogos ou psicanalistas); está anos sem progresso ?  denuncia, investiga procedimento, que se tiver errado, receberá uma advertência ou punição e também irá se esmerar pra trabalha direito.  O que não pode é  se deixar levar pela "correnteza" e ficar jogado numa cama e se lamentando. 

A passividade é outra correnteza e grande entrave que alimenta os erros e é culpa nossa.  Precisamos sair da inércia, defender direitos e proteger a vida, pois quem estudou e formou-se com esse propósito, tem mais é que a obrigação de tratar e tratar direito, que gere resultado, cura e satisfação.   Vamos lutar mais por nosso bem estar e cobrar resultados de quem de direito.

Prof.Amadeu Epifânio
Psicanalista

             

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sábado, 6 de agosto de 2016

DEPRESSÃO


RETOMANDO AS RÉDEAS.



Tenho visto no facebook, infinitos relatos e até vídeos sobre a depressão, nos últimos cinco anos pelo menos.  Na sua grande maioria existe um padrão de relato e até de comportamento, tendendo sempre para o que parece ser uma prisão em si mesmo, onde aos poucos a ligação com o mundo externo vai se exaurindo.

Em um primeiro momento (e longe de fazer qualquer censura) percebo que há uma total falta de controle (não sobre si mesmo), mas sobre o distúrbio psicológico que está gerando a depressão.  Existe uma passividade sobre a influência dos fatores depressivos, de tal forma à fazer com que não se tenha a menor reflexão sobre a veracidade ou teor de consistência desses fatores.

Vejam, se deixarmos uma simples formiguinha passear por nossa mão, não nos causa nenhum tipo de ansiedade ou medo, porque julgamos ter o controle da situação, de que à qualquer momento podemos jogá-la fora ou matá-la.  Mas, ao perceber que a formiga começa à avançar sobre o braço e, por ser tão pequena torna-se difícil enxergá-la de imediato, a ansiedade começa à tomar forma até causar enorme desconforto, irritação, raiva e ansiedade extrema (não pânico).

Isso é o que está acontecendo com a depressão. Em algum momento deixamos que ela avançasse e, apesar do nome, é apenas um distúrbio psicológico de algo ocorrido à pelo menos uns  5 (cinco) anos antes, quando ela começou à causar desconfortos;  mas não ligamos (porque a formiga ainda passeava sobre nossa mão).  No momento que o desconforto, as sensações estranhas, (sem nenhuma aparente procedência), começaram realmente a incomodar, ao invés de jogar fora, descobrir o porque das sensações, não, deixamos a formiga invadir nosso corpo e agora achamos que ela nunca mais vai nos deixar.

A depressão (não desprezando o estrago causado), é um diálogo do inconsciente, que apesar do efeito negativo, está tentando nos avisar que a causa está nele, mas que precisa de ajuda para sair.  O problema é, que é uma espécie de comunicação invisível (que nos toca como uma formiga, mas que ao tentar tocá-la simplesmente não à vemos).  Teoricamente não existe a necessidade de medicação, apenas terapia, para extrair a causa de todo problema.  Apenas teoricamente.

De qualquer modo, a primeira providência à ser tomada por todos aqueles que carregam consigo o "transtorno" da depressão (nos dois sentidos da palavra), é mudar os paradigmas negativos criados em todo do mesmo:  que "não há cura", que  "nunca mais terei paz de novo", que "essa doença vai acabar me matando de alguma forma".   Isso não é menosprezar a dor decorrente do que sentem.  Isso é fazê-los despertar, porque estão cavando um poço, por algo que pode ser revertido, mas que é preciso reassumir as rédeas do controle (não da depressão) mas de vocês.

Precisam colocar na cabeça que o que estão passando (e causando enorme sofrimento), pode ser tratado, resolvido, curado.  O estágio em que chegaram não foi por vontade própria, portanto não carece críticas de que quer que seja.  O que nos leva à pensar que o desejo de viver corre livre por fora, não sendo tocado nem prejudicado, portanto possível.

Precisam voltar no tempo (se possível com ajuda de parentes, amigo ou namorados), para ajudá-los à relembrar quando, de fato, os primeiros sinais da depressão começaram e quais eventos se deram nesse período, digamos, entre 6 (seis) meses à 1(hum) ano antes, ou até mais, pois que os sinais da depressão (repito) pode ter sua origem até 5 (cinco) anos pra trás.

Ao relembrar (não importa quantos nem quais) anote todos eles, se possível com o máximo de detalhes que puder descrever.  Se chegar à sentir um "calafrio" ou uma leve tremedeira, não se preocupe, você pode ter chegado perto da causa, mas somente com o terapeuta isso será possível (sozinho é impossível ok ?).   Se nada sentir, também não se preocupe, é que pode estar um pouco mais profundo e com alguma resistência em se descobrir.  É normal.

É possível que, tomado pelo sofrimento, seja necessário uma medicação que ajude a controlar o humor, porque a causa da depressão vem de "dentro" (do inconsciente) e este só age quando não conseguimos lidar com a dor.  Controlando a dor, fica mais fácil administrar o problema e começar a descrever o que vier à cabeça.  Não tem pressa.  Se não tiver quem ajude,  existe uma forma de fazer lembrar o que precisa.  Nossa mente tem um recurso chamado "método associativo".  O que é isso ?

É um recurso que faz com que imagens, sons e eventos presentes, despertem ocorrências semelhantes ocorridas no passado (em qualquer tempo passado).  Significa que, ao andar pela rua, shoppings, mercados, praças, etc., com certeza seu inconsciente identificará situações que o farão lembrar de fatos semelhantes, que poderão estar relacionado com a causa da depressão, mas somente pela terapia será possível descobrir.  Procure anotar tudo que lembrar e se possível a época em que ocorreu e depois leve para a terapia ou análise, com psicanalista.

Sabemos o quanto se sofre, mas se sofre mais por não entendermos o que se passa do que pela depressão em si, que nada mais é do que algo que não entendemos (não sabermos em que parte do corpo está essa maldita formiga rsrs).  Não é só esperança, é uma certeza resolver o que nos faz sofrer tanto, mas vamos precisar de nós, da forma que foi colocado. Tudo bem ? Se cuidem.

Este texto é mais indicado para os que tem depressão como transtorno, pois os decorrente de outros transtornos é uma depressão de características diferentes.


Prof. Amadeu Epifânio
Psicanalista - TCC

           

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sábado, 9 de julho de 2016

NOSSAS CAIXAS PRETAS !!!

SEGREDOS QUE FEREM E INTERFEREM.


À medida que os meus estudos avançam, vou descobrindo fatos curiosos, responsáveis diretos e indiretos na interpretação  de nossas ações e manifestações, de natureza diversa e, porque não dizer...infinitas.  Na verdade não é uma descoberta física, mas algo que pode ser utilizado para entendermos porque fazemos o que fazemos.

Sim, o homem também possui suas próprias caixas pretas, semelhantes às utilizadas em grandes aeronaves.  Nestas, são registrados conversas entre pilotos e problemas mecânicos ou eletrônicos.  No ser humano é registrado numa caixa tudo que absorvemos de informação e conhecimento, enquanto que, na outra, experiências emocionais, desde a fase intra-uterina.  Isso mesmo, nossas caixas pretas (fictícias) já estão em nós desde a fase intra-uterina, registrando tudo que se passa lá dentro.

São esses registros, responsáveis por nossas ações e emoções, que poderão detectar e explicar, a existência de problemas que muitas vezes, só a medicina sozinha não consegue explicar.  A caixa que registra experiências emocionais por exemplo, só pode ser aberta (e com todo cuidado, diga-se de passagem) por um "perito" psicanalista.  Muitas vezes chegamos ao consultório com nossas caixas pretas avariadas (muito confusos e desorientados), dificultando num primeiro momento, extrair seu conteúdo.  Sim, é um trabalho de perícia e de avaliação cuidadosa, mas que não precisa, também, levar uma vida inteira para se descobrir o que os fez entrar em "pane".

Nas caixa-pretas presentes no ser humano, dependendo do seu conteúdo e da pressão que possa estar exercendo (intensidade), começa à "vazar" e influenciar em nossa vida.  Por exemplo, a caixa responsável por registrar nosso conteúdo de conhecimento geral, interfere mais no comportamento, enquanto que o conteúdo da caixa que registra nossas experiências emocionais, interfere com certa insistência e primeiramente, no nosso temperamento (depois no comportamento), criando uma verdadeira "fusão" de comando duplo (consciente e inconsciente), de forma simultânea, gerando problemas como depressão, transtorno bipolar e outros mais sérios.

O conteúdo dessas caixas, depois de registradas, não pode mais, ser apagado (enquanto não passar pela perícia de um psicanalista), contudo, é permitido que novos registros sejam feitos por cima do anterior, com o propósito de suprimir sua influência, quando de natureza nociva.  Não é apenas o que está registrado, que pode causar danos ao nosso psíquico e à nossa condição emocional mas principalmente, seu conteúdo aritmético, ou seja, quanto mais registro de eventos nocivos, traumáticos e tensos, maiores as chances deles virem à gerar, desde um distúrbio psicológico até algum tipo de transtorno psiquiátrico.

Nós temos o poder de buscar melhores "registros" para que possamos gozar de "viagem" (vida) segura e mais tranqüila, sabendo agora que tudo que assimilamos pode tanto nos gerar "dores de cabeça" como tranqüilidade. 

Mais do que tratar-se, é preciso saber tratar-se, ajudar-se, cobrar de si mesmo melhores resultados (não importando o tipo de profissional).  Agora sou eu que digo:  Profissionais estudaram pra isso e tem o dever de nos promover o nosso bem estar.  Se o paciente não ajuda, é obrigação deles saber com precisão, pedir ajuda específica ao paciente, para melhor interação no tratamento, tanto com medicação quanto com análise (em psicanálise) ou terapia (com psicólogo).  Buscar um ou outro vai depender do tipo de conteúdo e quantidade, em suas caixas pretas (memórias reprimidas).

Sabemos definir o que significa termos uma vida (no mínimo) estável, ou seja, com  condições de tomarmos decisões acertadas e agirmos dentro de um parâmetro de racionalidade.  Acima disso, o que ultrapassar, extrapolar, podemos considerar como sendo influência "terceirizada" de nossas caixas pretas (inconsciente), afetando nossa navegação e dirigibilidade, como um GPS defeituoso que só nos leva à lugares errados e perigosos.

Numa primeira fase de nossas vidas, está à cargo dos pais a responsabilidade no conteúdo das caixas pretas dos filhos, e é à partir deste conteúdo que nossas crianças começarão à viver e tomar suas decisões.  O que resultar de comportamento (eu diria) não adequado, como rebeldia, pirraças, maucriações, com certeza terá relação direta com os registros já existentes nas caixas pretas deles.  Pense no efeito dominó, passado de geração em geração.

À propósito, por falar em geração, a disparidade entre gerações de nascimento, entre pais e filhos é que também dificulta as relações parentais, porque, do momento que nasce o pai ou a mãe, até o momento que nasce seus filhos, muita água já terá passado pelo mesmo rio, debaixo da mesma ponte, ou seja, realidades diferentes, universos diferentes, padrões familiares diferentes e severamente alterados e mais permissivos do que nunca, que entrará em severo contraste com tudo que estamos tentando ensinar aos nossos filhos.  É uma educação que requer muita paciência e jogo de cintura.  Já há artigos relacionados no Blog, abordando essas questões.



ProfAmadeu Epifânio


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quarta-feira, 6 de julho de 2016

NÃO PUDE DEIXAR PASSAR !!!


PÁGINA DO PERFIL DO BLOG (GOOGLE+)

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O TRABALHO CONTINUA.

domingo, 3 de julho de 2016

TRANSTORNOS SÃO GERADOS NA INFÂNCIA !


NÃO DEIXE SEUS FILHOS TEREM OS SEUS !


Transtornos Psiquiátricos (com exceção da depressão), são todos provenientes de algum momento da infância da criança, desde a sua fase intra-uterina até o seus 3 anos aproximadamente (podendo se estender um pouco mais, dependendo do seu desempenho cognitivo).  Não precisam ser, necessariamente grave, exceto se não para o entendimento de um bebê ou de um feto.   No artigo recente em meu blog, sobre transtorno Borderline (postado em 31/maio último), citei algumas condições que são essenciais para se determinar o tipo de construção de um transtorno numa criança, à saber:

a) Idade ou tempo de vida da criança ou do feto;
b) Tipo de evento (gerador) ocorrido;
c) Grau de severidade deste evento;
d) Ambiente em que está inserido.

A combinação desses fatores pode (ou não) levar uma criança à desenvolver algum tipo de transtorno psiquiátrico.  Importante frisar que nenhum transtorno nasce pronto, mas sim, construídos de forma gradativa e progressiva com o desempenho cognitivo;  os acontecimentos e sua freqüência aritmética durante certo tempo.  Tudo isso não implica dizer que os filhos são "imexíveis", que não se deve tocá-los. Não vamos exagerar.  Mas que também não devemos deixá-los à deriva, achando que irão conseguir entender e aceitar tudo que lhes acontece.

Uma simples birra de criança não é caso de punição ou castigo por exemplo e sim, uma chance de investigar quais motivações estariam provocando aquelas reações.  É o caso de chamá-los para uma conversa, propor-lhes não castigá-los com o que disserem (mesmo relacionado aos pais).       A motivação pode estar no "pecado" dos pais em fazer algo diferente do que pregaram aos filhos ou criarem concepções imaturas, à cerca de algo que tenha tomado como injusto.

O que pode acabar gerando, nos filhos, um problema psicológico não é apenas o fato em si, ocorrido apenas uma vez (exceto senão por algo muito grave), mas sim a periodicidade com que um mesmo fato ocorra várias vezes, durante certo período de tempo.  Só se torna psiquiátrico o psicológico que não é relevado nem tratado em tempo hábil.  Com relação ao que pode ser grave, para uma criança de primeiros meses por exemplo, é ver a "figura" paterna batendo na mãe, vendo-a chorando e gritando de dor, enquanto o pai grita mas com ofensas e/ou ameaças.

Para um feto, um ambiente conflituoso, de constantes brigas, estado tenso e contínuo da mãe e com certa freqüência, gera para o feto o conceito do seu ambiente como sendo um lugar inseguro, além de toda perturbação e vozes decorrentes, que ficarão gravados, guardados e parte deles, bloqueados da memória (como defesa da mente), para que o feto possa desenvolver-se bem quando nascer, até atingir idade suficiente para que seja relembrado da pendência guardada, para que tome ciência, entenda o que se passou e aí sim, essas memórias serem finalmente eliminadas  e sua influência, cessada.  Enquanto isso não é feito, aquelas vozes (e o estado tenso correspondente) estarão sempre presentes e ativas, como se tivessem ouvidos ainda ontem, porque no inconsciente (segundo Freud), o tempo não existe.  Essas vozes ficam ecoando e perseguindo onde quer que vá, porque o feto estava ainda dentro do ventre quando às ouvia, por isso a sensação persecutória.

Estamos falando de caso típico de Esquizofrenia, onde sua tipologia está condicionada com as variações decorrentes de intensidade, vivenciadas ainda na fase fetal.

Uma boa prevenção, para se evitar que uma criança venha desenvolver algum tipo de transtorno, está numa boa educação, nutrida com ensinamentos, orientações, esclarecimentos, discernimento, diálogos, partilha, princípios solidários, etc.  Porque diálogo ?   Porque nos dias atuais, famílias não conversam mais, apenas se comunicam (vem comer, vai dormir, volta logo, boa noite). Ajudá-los à tomar decisões, ao invés de apenas fazer as vontades, também gera forte contribuição para o intelecto deles, fortalecendo seu psicoemocional.
  
A inserção de valores deve ser feita de forma indireta (não apenas com "discursos" moralistas).  Harmonia conjugal e familiar (aritmeticamente) constante;  Religião ou espiritualidade, também de forma indireta, porque não adianta os filhos nos ver os pais rezar e depois presenciar atitudes que não condizem com os ensinamentos sagrados que pregam ou que eles ouvem falar.

Ser humano nasce sem o seu manual de utilização, razão pela qual não consegue manter-se em "linha reta" por muito tempo e está sempre em situação de conflito, em geral consigo mesmo, não conseguindo fazer com que seus "descendentes" tenham uma vida mais segura e estável que a sua.


ProfAmadeu Epifânio

              

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