É PRECISO SABER SEPARAR, PARA MELHOR TRATAR.
Ansiedade e pânico são primos, mas não são irmãos. Como assim ?
Pânico pode sofrer influência da ansiedade, mas não é ela o
desencadeador da crise. Cada uma tem
causa específica e bem diferentes, ainda que os sintomas muitas vezes se
confundem. É válido frisar essa
diferença porque dela pode depender a forma de tratamento e da prescrição de
remédio e para qual objetivo.
Somente a ansiedade tem fobia anunciada. Pânico não tem. Se tiver, não é Pânico, é fobia específica
por alguma coisa, lugares fechados, avião, elevador, etc. Síndrome de Pânico não avisa com
antecedência. Somente quando se está no
lugar (e dependendo das circunstâncias), é que o Pânico manifesta sua crise. Se uma pessoa manifesta uma crise de pânico
dentro de um avião ou dentro de um elevador, não censure nem critique, pois é
uma crise onde a pessoa não tem controle, por ser de natureza inconsciente. É preciso tentar acalmá-la, mas com palavras
de apoio, do tipo: Estou aqui com você, logo sairemos daqui, fica comigo. Mandar se acalmar pode não funcionar e ainda
piorar.
Devemos lembrar que todo transtorno tem sua constituição na
infância, o que nos leva a deduzir que qualquer evento que ocorra já se torna
grande em razão da pouca idade e do pouco discernimento. Ok ? Este evento, por sua natureza e intensidade
emocional, é gravado pelo inconsciente para ser posteriormente lembrado por
ele, à fim que saibamos a razão do porque estarmos passando por tais sintomas e
tão fortes.
O problema é que o inconsciente não sabe se manifestar de
forma clara, para nos dizer o que houve.
Contrário à isso ele faz lembrar apenas, o que sentimos em decorrência
do que nos aconteceu. Isso se reflete nas intensas crises que temos. Intensas, porque são sintomas de uma criança
sendo amplificado por um adulto, tornando uma sensação infantil em algo muito
grande.
No dois transtornos (ansiedade e pânico) a constituição do
transtorno dá-se em idades bem parecidas e muito precoces, considerando a baixa
compreensão de entendimento do que ocorre em sua volta. Basicamente são idades entre 6 e 12 meses,
idade em que mais se absorve porém, sem discernir para poder classificar sua
significância. Sempre é oportuno
lembrar que não sofremos por ter transtorno e sim, por não sabermos o que nos
acontece, muito menos porque acontece.
O Transtorno de ansiedade nos reporta à uma situação de
incerteza aflitiva, ou seja, de algo que pode estar prestes (ou esperamos)
acontecer, podendo nunca se consumar. Em
contrapartida, na síndrome de pânico é praticamente o oposto, ou seja, o medo
dá-se em razão de algo que já está acontecendo e conseqüentemente gerando
grande pavor (repito, para um bebê), lembrem-se sempre deste diferencial. Para um pequeno bebê, qualquer situação de
aparente inocência para um adulto, para eles pode representar grande medo ou
pavor, dependendo das circunstâncias.
Ter um transtorno é praticamente ser "sorteado",
por que são inúmeros os fatores que pode desencadear (ou não) sua constituição. Fatores como idade (que pode ser entre o
período fetal até aproximadamente 3 anos), capacidade cognitiva (praticamente
nula nessa idade porém, lembrando que o inconsciente nasce junto com o corpo,
já com a missão de proteger seu pequeno transporte, diante de perigos ou
ameaças). Severidade do evento específico. Ambiente que está inserido (para o feto,
ambiente é o que se reflete no útero, como ambiente seguro ou instável).
Devemos tomar cuidado também, com o que dizemos para uma
criança pequena (ou na frente dela). Crianças idolatram seus pais, tem
verdadeira paixão por eles, contudo, se algo os ferir severamente, retomar a
confiança naquela pessoa (pai, mãe, etc) será muito difícil. Isso porque quem primeiro é atingido é o
inconsciente, de forma que, se quisermos nos reconciliar, com certeza não
deverá ser somente com palavras, mas atitudes aritmeticamente positivas.
Palavras de caráter depreciativo como "-Você nunca vai
conseguir fazer nada direito !", pode levar uma criança à um estado
depressivo, que pode durar a vida toda e pior, sem saber o que de fato está causando
a depressão (como já acontece atualmente).
Por falar na depressão, as fases depressivas nos
transtornos de ansiedade e pânico são de natureza conseqüente (e não recorrente),
ou seja, não é + um transtorno e sim, um sentimento decorrente da sensação de
impotência diante do que não consegue entender.
Resumindo, esse é um tipo de depressão que (teoricamente) não se trata,
pois tende à reduzir e sumir à medida que o transtorno principal vai sendo tratado
e seus resultados (benéficos), progressivamente atingidos.
O tratamento tanto da ansiedade quanto do pânico (e de
qualquer outro transtorno) deve estar centrado nos seguintes focos:
1) Trabalhar o auto controle emocional;
2) Trabalhar para elevar o grau de tolerância
(Paciência) diante da dor;
3) Elevar a própria resiliência (Reserva de
tolerância);
4) Pesquisar, estudar e explorar ao máximo o
transtorno que tem;
5) Monitore de perto as medicações (horários e
efeitos);
6) Lembre-se: sofremos apenas, pelo o que não
conhecemos;
7) Desmembre seus medos e trabalhe cada um
deles, na terapia.
8) Cobre resultados do médico e terapeuta, eles
estudaram pra isso.
9) Não se conforme com a incompetência deles,
queira viver bem.
Entender
o máximo do problema que tem ou carrega consigo, é a melhor forma de atenuar os
efeitos negativos que ele representa num dado momento ou durante a vida (nos
casos de transtorno). Quanto mais saber
de si, melhor conseguirá administrar sua vida.
Creia nisso. Para os que
acreditam em Deus, um papinho com Ele, sem dúvida ajuda muito. Para os que não
crêem... também. Se cuidem.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.
PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL
Influência Pregressa em Respostas Emocionais
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