O dia
que Justiça voltar à pôr a venda nos olhos aqui no Brasil, seremos presos por
coisas que hoje temos a certeza (e a liberdade) de que podemos fazer, com a
segurança de que nada nos aconteceria, tanto civil quanto criminalmente.
Passamos
hoje, toda nossa vida brincando de roleta russa, mas não brincando de pic
esconde com a polícia ou justiça (cometendo infrações cotidianas, daquelas que
já se tornaram rotina na nossa vida e que já consideramos até normal-obviamente
até eu estou me incluindo).
Quando
me refiro à roleta russa, estou falando da quantidade vezes que corremos risco
de vida (quando não transferimos à terceiros por causa dos nossos atos
infracionais no trânsito), como conversões perigosas e proibidas,
ultrapassagens arriscadas e também proibidas, que além de multa, podem custar
vidas.
E só
sentimos a liberdade e até prazer em fazer tais coisas, simplesmente porque
aqui não é os EUA, porque a justiça de lá não poupa ninguém, enquanto a justiça
daqui nos faz pensar que bandidos e criminosos são apenas os que portam armas,
mas se esquecem que também são criminosos os que portam carros, bebidas
alcoólicas ao volante, os que carregam consigo arma, feito 007 (com suposta autorização pra matar) e
com tamanha liberdade que mais parece que voltamos ao tempo do faroeste.
Vamos pôr
a mão na consciência e não contemplar apenas os que vão presos em outros
países, mas lamentar a falta de intimidação da nossa justiça aqui, por não
conseguir nos impedir de cometer erros, ao ponto de nos fazer sentir liberdade,
até mesmo em matar, abusar e maltratar, (quando não os próprios filhos)
crianças e adultos e pior, sem nenhum remorso.
Tudo
que julgamos ser hediondo nos outros, nós cometemos em pequenos tantos erros,
que no fundo também mereceríamos a mesma pena, apenas para nos pôr um freio e
um balde de d'água fria em nossas vãs pretensões.
Que Deus
consiga ter misericórdia de nós, porque as pessoas que já machucamos (e às que
iremos ainda ferir com tanta liberdade e segurança), com certeza não terão.
Amadeu
Epifânio
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