PILAR DA ALMA OU RIQUEZA DO EGO.
No que
concerne ao consumo de drogas, qualquer uma delas é sempre uma droga à mais na "loja"
dos traficantes ou na prateleira de bebidas de um supermercado. Mas ao contrário do muitos (ou todos)
acreditam, não são os jovens os maiores clientes e consumidores dessas
mercadorias (qualquer uma que seja, isto é, tanto as lícitas quanto as
ilícitas). O grande risco e poder de
aproximação está na intolerância dos jovens em suportar suas dores, até mesmo
as cotidianas, como nos relacionamentos e perdas, tanto amorosos quanto
familiares.
Mas a
intolerância não age direta, mas de forma subjetiva, isso porque ela está
diretamente ligada mais com o nosso inconsciente do que o consciente. A tolerância é um dos nossos pilares
psicoemocionais e que, quando enfraquecido nos torna vulneráveis e à mercê da
vontade de um lado inconsciente de nós, que pouco ou nada conhecemos, mas que
pode nos destruir sem que tenhamos conhecimento e controle sobre, enquanto agir
sobre nós.
O
verdadeiro nome do pilar chama-se resiliência
e a tolerância é a condição para mantê-lo forte dentro de nós. Se a tolerância diminui, a resistência do
pilar enfraquece. Se uma pessoa sente
muita vontade de beber ou se deixa levar pela roda de "amigos", pode
apostar que seu pilar já está enfraquecido, o que significa que algo mais profundo
está acontecendo por dentro e que ela não percebe ou julga saber que é algo
pequeno e que por isso não dá a devida importância. Mas a medida que o tempo avança e esse
conflito interno não se resolve, a angústia (até então, invisível) vai
aumentando e tomando forma já visível (através da ansiedade), o que leva nossa
mente (como medida preventiva de auto defesa), ter de correr para conter esta
sensação já nociva, antes que atinja o precipício da razão e perca o controle
consciente.
A
tolerância (enquanto ainda presente, mesmo que em níveis baixos) ainda nos dá a
chance de resolver o conflito de maneira segura, mas é preciso que já tenhamos
adquirido previamente, subsídios que a nossa mente possa utilizar em nosso
favor nessas horas, nem que seja para ganhar mais tempo. Mas como é vão o nosso desejo em nutrir-se de
conhecimento e, não encontrando o que procura em tempo hábil, automaticamente o
comando do corpo e da vontade desta pessoa, é transferido para um outro
administrador do lado inconsciente (que são os nossos impulsos), que tão
intolerante quanto, dará novas ordens ao mesmo corpo, que faça uso do que
estiver ao alcance para conter suas dores, ansiedades ou sofrimentos, não tendo
mais que procurar entre as montanhas de “lixo cultural” que absorvemos
diariamente.
O
resultado desta medida não poderia ser diferente, ou seja, pode estar numa
droga qualquer, sendo portada por qualquer pessoa, sem que esta necessite fazer
qualquer tipo de ameaça para vender ou ceder, pois que ela será aceita ou mesmo
solicitada de qualquer forma e INVOLUNTARIAMENTE.
Nessa
mesma regra vivem nas crises, pessoas que sofrem de alguns transtornos
psiquiátricos, com atitudes semelhantes à de crianças “machucadas”
emocionalmente.
Na
mesma regra também estão inclusos todos os atos delituosos e infracionais que
cometemos todos os dias, apenas por enfraquecermos na vigilância da nossa
tolerância perante os fatos que não aceitamos ou que simplesmente não
compreendemos, mas que pela preguiça de aprendermos, nos rendemos à praticidade
dos pensamentos e o comodismo das nossas ações, preferindo mais julgar do que
agir favoravelmente, negar do que ajudar, odiar do que amar. Na forma mais avançada da intolerância estão
os crimes mais graves, como a homofobia, intolerância racial e religiosa (e
esportiva), o Bulliyng, os crimes (tanto culposos quanto hediondos), os
passionais e os familiares (como os de Susane e de Alexandre Nardoni, entre
tantos outros).
Mais
do que uma fraca resiliência, mais do que uma baixa tolerância, nossa maior
fraqueza está no baixo interesse de aprender, tanto nos conhecimentos que as
diversas literaturas nos oferece quanto nas experiências que a vida nos provoca
à aprender e que muitas vezes negamos. O
que só nos faz diminuir drasticamente os níveis de tolerância e a resistência
da nossa resiliência, levando-nos à cometer erros e mais erros, crimes e mais
crimes, matando-nos uns aos outros, tanto físico quanto moralmente, como nos
casos de pedofilia e abusos contra crianças.
Não
sei se dá mais tempo de reverter tudo isso.
Nem é preciso que pensemos em salvar o mundo de tanta maldade e selvageria,
mas se cada um trabalhar em si mesmo, buscando reforçar seus pilares, bem como
de ajudar nossos filhos e jovens no verdadeiro conselho e ensinamento
subjetivo, para que involuntariamente não
venha recorrer, tanto em escolhas erradas (como as drogas) quanto em atitudes
nocivas, aí teremos uma chance.
Conhecimento
não é ouro dos tolos, ele será o ouro de maior valor, onde nesta reta final da
vida humana, nenhuma outra riqueza prevalecerá.
O conhecimento da Palavra de Deus será o de maior valor (se não o único)
à prevalecer e reinar, para todo aquele que não só acreditar como fazer valer,
pelo menos por entre os que estiverem próximos de si, como amigos e
familiares. Cada um terá sua vida salva,
no salvamento de quantos puderem levar consigo.
A
mesma história foi escrita para todos, acreditando nela, ou não.
Amadeu Epifânio
Contatos pelo face (ProfAmadeu Epifanio)
Tolerancia se mede até onde o outro ve seus direitos. Chamar a prostituta de prostituta e a tratar como tal é um exemplo.
ResponderExcluirSe vou depender de terceiros pra medir minha tolerância, já teria jogado a toalha à muito tempo. Tolerância não se mede, se produz e aí sim, nos outros eu posso ver o quanto já elevei. Eu vejo isso à medida em que consigo não relevar o quanto os outros conseguem ou não, medir o que sou pra eles. Quando não me importar mais, é porque me tornei tolerante o bastante para desprezá-los.
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