É DO VENENO QUE SE EXTRAI A CURA.
Quantos de nós não dá ”marcha-à-ré”, ao
primeiro sinal de medo? Quantos não
pressentem o medo e mergulham de cabeça numa aventura? Quantos já passaram por uma experiência ruim e
não conseguem dar um passo no mesmo sentido ?
Já repararam que, por causa de um medo, muitos já deixaram de cometer
erros ou se salvaram de uma tragédia ?
Afinal, o medo é bom ou ruim ? Milhares
de pessoas estão trancadas em si mesmo, por conta do que o medo (ou
arrependimento de não ter tido), lhe causou.
Por um lado, o medo pode funcionar como um
instrumento de dominação, de si próprio, por algo ou de alguém. Uma forma de estímulo (mencionado no último
artigo). O medo pode ser imposto, de
forma voluntária (e direta) ou involuntária (e inconsciente). O medo pode representar prudência, enquanto
que o excesso de medo lhe pareça uma prisão (ainda que carregue consigo, a
chave da sela). O medo procede do nossos
alicerces, do nosso passado e que, de alguma forma, foi mantido (ou aumentado)
durante toda a vida. Ele não é único,
por isso carece ser explorado, para que possa ser controlado.
Com o decorrer do tempo, o medo cria formas,
nomes, denominações, como autoridade ou arbitrariedade, poder ou abuso, perigo
e pavor. De uma forma ou de outra
norteia a nossa vida e controla nossos passos.
Mas o que não percebemos é que, de tanto invadir nossa vida, não
percebemos que a maior arma que temos, para controlar (não extinguir) o medo, é
ele próprio, porém usando-o em nosso favor e não, contra nós.
O primeiro passo é aceitar sua existência, em
seguida é retratá-lo, descrevê-lo com toda riqueza de detalhes, mesmo que o faz
parecer absurdo, bobo ou insano, pois é daí que conseguiremos extrair o
“veneno” e sintetizá-lo, ou seja, descobrir a origem e perceber o quanto (além do
necessário), deixamos crescer esse medo (mesmo não percebendo). Comece se perguntando porque e do quê, sente
medo, o que impede de fazer ou agir de uma forma, quando deveria fazer de outra
? Volte ao passado e reveja alguns fatos
que podem ter lhe causado o mesmo medo.
Não esqueça de pensar com a idade em que está no passado (se criança e
de quantos anos).
Tente imaginar com que idade poderia ter
constituído o cenário que gerou o seu medo e em qual circunstância. Lembre-se, não estamos procurando culpados
rsr e sim, circunstâncias que nos levam à agir de forma diferente. Também não estamos procurando o medo em si,
mas um evento ocorrido e traumático (para a mentalidade da criança, cuja idade
está idealizando). Entendam, uma pequena
aranha que desce na teia, até a ponta do nariz de um bebê, pode lhe causar um
pavor e arrastá-lo à fase adulta.
O ponto de partida é o medo que há em você, hoje
(já descrito com detalhes). Agora você
está procurando um evento, pelo qual tenha passado e lhe gerado este medo (de
reviver o mesmo evento). Se caso sente
que seu medo é forte, então terá de fazer esta busca, com ajuda profissional
terapêutica.
Outro fato que vale à pena lembrar é que,
comportamentos não percebidos, podem levar adultos e crianças, à alimentar (e
elevar), medos já existentes dentro de si.
Ninguém sabe que há um medo em si próprio, até que um fato, de mesma
intensidade, o faça descobrir. Mais uma
vez a necessidade de investigar, para ser possível, controlar.
Ao perceber que há um medo em você, que lhe
“freia” em suas atividades, deve saber que não veio do nada, que foi uma
sensação vivida em algum evento passado e que está presente, porque algum
“gatilho” o fez reviver a mesma sensação.
É como sofrer um atropelamento e reviver a sensação, sempre que passar
pelo mesmo cruzamento. Nada é gratuito,
medo não surge do nada nem de repente, mas devemos aproveitá-lo como prudência,
para não nos atirarmos de cabeça, em algum projeto arriscado ou perigoso.
Não vamos querer viver uma vida inteira em apenas 1
dia, não é mesmo ?
(Deixem suas dúvidas nos comentários. Todas serão respondidas).
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.
ótimo tutorial de rastreio. tks
ResponderExcluirObrigado.
ResponderExcluirTop de linha. Ü
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