Projeto VIVA +

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ALCOOLISMO – Causa pode estar também na carência.
Atrás de um inocente chopinho pode estar a causa da ruína de uma pessoa.  Nem sempre pela força do álcool, mas pelo desejo incontido da mente para conter momentos de carência,  (momentânea ou acumulada) ou talvez solidão ou mesmo desconhecimento de tal necessidade, supondo ser apenas uma saída inocente com os amigos, seguido de alguns copos de choop ou caipirinha.
A dependência alcoólica (como muitos acreditam), não se inicia no álcool.  Ela começa na cabeça (na mente), através de uma coisa chamada pré-disposição que, ao ter contato com álcool, tem início à um processo químico e associativo, que se resultará num processo de consumo compulsivo e também contínuo, até que fique completamente fora de controle.
                        O estado de carência afetiva é de natureza involuntária, subestimado e perigoso, podendo aflorar conscientemente quando intenso, deixando a pessoa mais vulnerável, baixando a guarda e relaxando critérios quanto da escolha de pessoas e lugares para sair e conversar, quando não (também) da falta de limites quanto à sua sobriedade ou segurança.
A cultura hoje que se reflete na sociedade é: Absorver pra tentar entender, quando deveria ser: Entender para absorver, isto é, estar preparado para lidar com adversidades ao invés de receber, perceber e reagir.  As formas de reação são diversas, inclusive pelo álcool.   Agir é menos nocivo que reagir, pois a reação tende a vir mais potencializada, o que leva uma pessoa à beber muito em pouco tempo, para tentar suprimir a sua adrenalina momentânea, resultado da carência, que é  inerente ao ser humano, não podendo ser eliminada, apenas suprida.  A questão, é como isso é feito.
Essa atitude de beber muito em pouco tempo e com prazer (diga-se de passagem) é o que pode levar a mente à sacramentar essa atitude como padrão de resposta, instituindo-a em seu senso de recompensa como forma de promover o seu bem estar.  Em outras palavras, o álcool será sempre a primeira opção, sempre que o corpo apresentar qualquer forma de desconforto (ou descontrole) emocional, ficando apenas à cargo de conceito e concepção que faz si, sua vida e seus valores (vide artigo: “Não somos Indiana Jones”, aqui neste blog), para não ceder ao convite.
O senso de recompensa responde à nós (involuntariamente), por hábitos que criamos conscientemente, bons ou ruins, saudáveis ou nocivos.  O dependente químico, por exemplo, consome drogas, parte pela influência da droga e parte por influência do senso de recompensa.  Os (maus) hábitos alimentares da anorexia e bulimia ocorrem da mesma forma, após as primeiras atitudes.
 Dependência alcoólica, não se constitui apenas com pré-disposição, mas também, subestimando à si próprio, desconhecendo que é apenas metade de um todo, onde é a outra metade (à que você não conhece) que deseja beber e aprontar.  Sempre que uma ação ou reação manifestar-se de forma fácil demais ou parecer inconseqüente, reflita sobre “o dia depois de amanhã, onde e como você e sua vida vão estar”. (Veja também aqui no blog: “Adoecemos por nossa vontade”).  Conheça e respeite mais à si próprio e terás uma vida mais longa, saudável, sem sofrimentos desnecessários. 
Somos pelo o que somos.

                                                        Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar -  Viver bem é Possível !

Nenhum comentário:

Postar um comentário