Projeto VIVA +

sábado, 23 de fevereiro de 2013


ALGUMAS RAZÕES PODEM SER MIRAGENS DO INCONSCIENTE.



Precisamos nos ater e conciliar os interesses que há entre o desejo e a realização, para não acontecer de nos apoiarmos em falsos alicerces e o desejarmos ardentemente, para depois não passarmos o resto dos nossos dias, nos arrependendo amargamente da decisão que tomamos.

O ser humano nunca está 100% feliz e em razão disso, vive idealizando fantasias do mundo que gostaria de ter ou ser.  Estas fantasias vão para o inconsciente e lá ela se potencializa e se junta com outras já formadas desde a nossa infância, que já tínhamos esquecidos, mas elas não esqueceram de nós.  Como uma parte de nossa mente têm sempre o propósito de promover o nosso bem estar, normalmente ele o faz com a nossa formação adquirida.  Mas como há uma enorme quantidade de “insatisfações” (fantasias) esperando por uma definição, são elas que vão furar a fila e serem utilizadas para o nosso bem estar.  Já viram no que isso vai dar.

Essas fantasias contam com uma energia muito grande e vão fazer uma pressão enorme sobre o nosso estado consciente, como um gênio liberto de sua lâmpada após longo tempo aprisionado.   Entre tantas fantasias, há sempre aquela que está mais ativa e persistente e tão logo esta se manifeste, consiga o que quer (atropelando o estado consciente), deixa o emocional mais calmo e voltamos novamente ao nosso estado normal, geralmente como numa ressaca, sem lembrar ao certo o quê e porquê fizemos tal coisa.

Este lado obscuro do inconsciente é uma parte de nós que jamais conheceremos.  Só precisamos saber uma coisa: Considere o inconsciente como um liquidificador, onde lá depositamos toda a nossa vivência, experiências, nossas fantasias e principalmente a formação que nós adquirimos ao longo do tempo (esta, como fator primordial, pois é a nossa formação que dará o gosto final de tudo que é processado neste liquidificador).  Vai depender do que você adquirir.

Quanto mais enriquecermos nosso discernimento, nossa capacidade de compreender nossas adversidades e principalmente nossa capacidade de lidarmos e aprendermos com ela, maior a possibilidade de não vivermos sob a influência constante do inconsciente e das nossas fantasias.  Aceitar a realidade e nos adaptarmos à ela (e não o inverso) também ajuda e muito.

Vida conjugal deve estar longe de ser um calvário, porque no mínimo têm a presença de Deus no meio (desde que haja o interesse do casal que Êle faça parte).  Outra coisa, ninguém nos prometeu uma vida perfeita, porque o mundo não é perfeito, as pessoas não são perfeitas porque todas elas estão sendo influenciadas por suas fantasias inconscientes e tornando-se pessoas com diversas formas de manifestação, como rebeldes, agressivas, inseguras, medrosas ou violentas.

Por isso a necessidade de nos adaptar e aceitar a vida como ela se apresenta e juntos, o casal, fazer do seu espaço, o seu casamento, o seu mundo perfeito, porque isso sim é possível.  A insegurança que alimentamos passamos para os filhos e eles acabam se tornando rebeldes não por malcriação, mas por insegurança e medo de um futuro que os pais ainda não prepararam.

Namoro é oportunidade para ambos se conhecerem e não apenas ficarem trocando beijinhos e juras de amor.  Não crie logo de início a fantasia que aquela pessoa irá completar o que falta em você, é pra sentir isso no outro e não fantasiar, só assim uma união se solidifica.

Quando o “clima” não vai muito bem, não é sinal para se darem um tempo, mas sim de cada um avaliar se o que está esperando no outro não é fantasia criada.  Deixe a expectativa de lado e conviva com o realmente existe.  Se necessário, namore de novo, conheça as expectativas de cada um em relação ao outro e recomecem de onde pararam.

A união necessita estar estável para que os filhos sintam essa segurança ainda dentro do ventre da mãe, pois a criança registra tudo que acontece durante a gestação e pode, dependendo do que gravou, levar para a vida adolescente ou adulta e prejudicá-lo.

O mundo não é mais aquela miragem de mundo perfeito, mas cada um pode fazer perfeito o seu mundo, sua vida, seu casamento e a vida dos seus filhos.  Viver bem é Possível !


                                       Amadeu Epifânio



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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


VIDA INTRAUTERINA – TUDO É SENTIDO, TUDO É REGISTRADO.



Já foi o tempo em que nossa atenção (como pais) fixava os olhos e nossa atenção apenas no aspecto físico do feto e na sua saúde de uma forma geral.  Enquanto isso, dentro do útero materno, o feto passa por inúmeras experiências e vive suas primeiras emoções e registra tudo.


Da mesma forma que sentimos as oscilações e os balanços quando viajamos de navio ou dentro de um avião, também com o feto não é diferente.  No útero, a placenta da mãe cumpre teoricamente dois papéis simultâneos, qual seja, age um pouco como amortecedor de impactos e também, de certa forma, como um amplificador de sons, repassando de forma um pouco mais intensa (quando não confuso ou distorcida) quase tudo que acontece do lado de fora.  Por isso a necessidade de se ter sempre um ambiente tranquilo para a mamãe e consequentemente também para o feto.


A parte preocupante deve estar nas oscilações de humor da mãe, quando ela entra num estado de ansiedade, medo, desespero, aborrecimento, tristeza, etc.  Até hoje negligenciávamos que o feto pudesse absorver todos esses sentimentos e ainda dizíamos com certa segurança: “-Ainda bem que ele ainda não veio ao mundo pra passar o que eu estou passando.”  Lembram-se disso ?   Só que não é bem assim.  Não só o bebê sente como pode ser tranquilizado ainda na barriga da mamãe, através de uma conversa com ele seguida de alguns carinhos.


Como já disse antes, tudo que acontece com o feto durante a gestação (enquanto doce inquilino da barriga da mamãe), é registrado, inclusive alguns hábitos nada saudáveis, como fumar, tomar bebida alcoólica durante a gravidez (quando não fazer uso de drogas).  Substâncias como estas atravessam a placenta e chegam até o bebê através do líquido amniótico, onde é, por ele absorvido, podendo fazê-lo adquirir os mesmos hábitos depois de crescidos, simplesmente porque estes hábitos já estarão registrados no banco de memória do bebê.


À medida que a gestação avança, novos “acessórios” vão sendo incorporados ao feto, como aparelhos de percepção, receptores sensoriais, vias de condução do estímulo nervoso, etc.  O que propicia ao feto ter maior sensibilidade e mais autonomia e individualidade, como a capacidade de sorrir, sonhar, bocejar, se mexer, abrir os olhos, sentir com mais intensidade os carinhos da mamãe, do papai, dos irmãozinhos, do vovô, da vovó, o que o faz sentir-se mais seguro e acolhido, o que é um fator extremamente essencial para o bebê.


Desde cedo é prudente já ter o hábito de se conversar com o bebê ainda dentro da barriga da mamãe, pois isso o faz sentir-se seguro em momentos em que o “lado de fora” causa instabilidade do lado de dentro, como em discussões, crises nervosas, até mesmos alguns impactos sofridos pela mãe, como pequenos acidentes.  Esses eventos, dependendo do fato e da intensidade, podem ser levados para a vida adulta e interferir em seus pensamentos e atitudes e o que é pior, sem que ele saiba o que tanto o incomoda.


Irmãos mais velhos devem ser preparados para a chegada do novo irmãozinho ou irmãzinha, para minimizar os casos de ciúme que, quando acontece, é porque os que já estão aqui, já estão sentindo-se meio que largados e com a atenção mais exacerbada no “novo visitante”, natural que o emocional do mais velho ou mais velha, fique mais aguçada e mais sensível, o que uma boa conversa tranquilizadora pode resolver o problema.


Vale lembrar que crianças e bebês não são obrigadas a entender porque os pais não podem ficar o tempo perto deles (o que inconscientemente é um desejo ardente e até egoísta deles).  Sempre converse, explique e exponha a realidade para eles, para que eles não criem fantasias negativas e que mais tarde vão se transformar em problemas psicológicos, quando às vezes somente um psicanalista pode ajudar.


Conversar não custa dinheiro, além de economizar nas consultas de um médico ou psicólogo na hora de reverter a situação.  Afinal, todos nós gostamos de um pouco de satisfação não é mesmo ?  Que dirá os bebês, que chegam ao mundo cheios de questionamentos para serem respondidos ou esclarecidos.


Se somos pelo o que somos, os bebês são pelo o que sentem.




  ProfAmadeu Epifânio





sábado, 16 de fevereiro de 2013

OS DESPERDÍCIOS DA NOSSA VIDA, QUE ALIMENTAMOS.


É muito triste ver pessoas desperdiçando suas vidas perseguindo, maltratando ou tratando com desrespeito outras pessoas ou almejando objetivos que (assim como no efeito de drogas) irá proporcionar-lhes apenas, prazer por curto período de tempo, sendo necessário submeter-se à novo sofrimento para atingir outros propósitos com o mesmo objetivo, entrando num ciclo vicioso quando não destrutivo para si mesmo(a).  Que dirá os outros.

O sofrimento à que me refiro é de natureza inconsciente mas, que ainda sim interfere na vida consciente, atropelando e passando por cima de si mesmo e dos outros, só se dando conta depois que o estrago foi feito, no que geralmente já se torna tarde demais para reparar.

“Ninguém faz nada senão em razão de algo que o motive” ou “nada acontece por acaso”, escolha a frase que quiser, mas saiba que se chegamos à este ponto não foi por mero acaso mas sim por um processo psicossomático, que teve seu início muito provavelmente na infância ou quando bebê ou ainda como feto.
 
Desde essa fase muito tenra, o bebê (e mais tarde, criança), sofre inúmeras frustrações, que por não compreender tem sua lembrança reprimida até a fase juvenil ou pré-adolescente, que é quando ela começa à se manifestar na ânsia de ser entendida, resolvida e por fim, apagada de seu emocional.  Memórias, traumas, fantasias, não importa, tudo isso é natural do ser humano e não, privilégio de poucos.

O grande problema não está no fato de criarmos fantasias mas sim o de serem alimentados constantemente, quando os pais não conseguem provar em contrário as concepções que fazemos quando criança e transformadas em fantasias.  É quando começa à se construir os traumas que uma criança terá quando jovem ou adulto e como de praxe, não compreendidos.
 
Outro fator resultante da ausência constante ou contínua dos pais com os filhos é quando a criança começa à valer-se de eventos e personagens com o propósito de conter o vazio que carrega consigo.  Entre eles (para não me estender muito) está o que a psicanálise chama de “suporte”, isto é, quando já como adulto e sem saber que o passado lhe provoca em silêncio, esta “criança grande” faz, de outras pessoas, personagens de seus pais, agindo sobre elas como se quisesse castigá-los pela ausência, castigos e broncas recebidas.

Como o tempo não existe no inconsciente, a força com que ela atua é tão determinada como se estivesse ela com a idade em que tudo começou.  A expressão “desperdício de vida” é pelo fato dessas pessoas agirem com tanta naturalidade, sem a suspeita se quer de que tal fato não é coisa normal, para que elas mesmas desejassem tratar-se e se tornarem pessoas mais amáveis.  Coisa difícil é aceitar de terceiros a “sugestão” de que precisa de ajuda.

Nesses casos o Psicanalista é o melhor remédio para extrair (com algumas sessões), a fantasia reprimida e retomar novamente o estado de normalidade.  Pergunta: Você se considera uma pessoa normal ?  Também pensava como você, mas infelizmente estamos distante desta realidade, que poderia nos fazer pessoas mais felizes e realizadas.  O auto-conhecimento assim como o desejo de melhorar + a capacidade de transformar adversidades em lições de vida, com certeza o fará uma pessoa menos angustiada e triste, promovendo acima de tudo uma vida mais plena.

Não esqueça de indicar este blog aos amigos ou parentes que, com certeza estejam precisando ver este blog, que já cruzou os mares e está em países como Alemanha, EUA, Portugal, Malásia, Reino Unido, Rússia, Argentina, Índia e Arábia Saudita, além do Brasil.  Se você tiver parentes morando no exterior ou filiais (ou matriz) do seu trabalho, faça este blog chegar até eles.  Você estará dando uma grande contribuição.  

Se puder fazer tradução de alguns artigos para o Espanhol ou língua Inglesa, ficarei eternamente grato, além de levar este trabalho ainda mais longe.

Que Deus os Proteja e Abençoe à todos.

                                                                                                  Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !
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(Com certeza) Somos pelo o que somos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013


NO TREM DA EXPECTATIVA, A FORÇA DAS NOSSAS FANTASIAS.

Não é de hoje que muitos embarcam no trem das expectativas, fantasiando desejos (ou sonhos) de vê-los realizados no mais curto espaço de tempo possível.  Essa é a regra que impera por exemplo, em muitos dos jovens e adolescentes de hoje, impacientes e agressivos, quanto à atirar-se em novas aventuras e experiências, em busca de algo que nem sabe ao certo descrever, mas sabe que incomoda o que está sentindo e quer ver longe ou apagada esta sensação.

Enquanto não descobre o que está sentindo, aumenta a vontade em querer apagá-lo da mente.  Sem saber, ao desejar com ímpeto este anseio, ele vai jogando esta vontade para dentro do seu próprio eu, como um maquinista que alimenta a máquina da sua locomotiva.   Ao alimentar seu interior, este, não demorará muito, acabará emergindo, buscando desenfreadamente algo que o faça conter-se à todo custo.  É quando às vezes a droga acaba sendo a única e melhor opção.

Nosso lado interior ninguém pode afirmar conhecer, mas a força com que ele surge, vem atropelar nosso estado consciente assumindo o controle até ver-se saciado ou impedido por algo ou alguém, de ir adiante.  Dois exemplos clássicos estão nos filmes “O Professor Aloprado” e o “Hulk”.  No professor aloprado a sede estava em querer emagrecer e ao criar uma fórmula especial, seu lado interior “magro” não só se contemplou em emagrecer como quis valer-se dos benefícios de sua nova condição física, negligenciando por completo o estado consciente de sua condição gorda anterior.  

Nos filmes do Hulk (vários), uma característica lhe é peculiar, o de não ser constrangido ou irritado que logo uma química interior o transformava numa condição física avantajada e verde.  Em ambas as situações, existe fantasias reprimidas de emagrecer e outra de curar-se mas, se em ambas as situações não for resolvido seus conflitos internos, eles continuarão prevalecendo e se manifestando vez ou outra, mesma sem fórmula especial.

A melhor maneira de não jogarmos essas brasas para dentro de nós, como carvão de uma caldeira incandescente, é enfrentar as adversidades e não delegá-las às pessoas ou ao tempo que venham resolvê-los para você, pois se isso acontecer, acabarás se tornando uma locomotiva sem freio e sem condutor, só parando quando machucar os outros ou à si próprio(a) ou aos dois.

Fato despercebido é o de negligenciar os anseios e fantasias das crianças, quando desejam ardentemente ter os pais por perto, frustrando-se severamente quando os pais se distancia, sem ao menos dar-lhes alguma satisfação, apenas deixando-os aos cuidados de terceiros.  Quando o tempo passa sem nada mudar nesta condição, as crianças tornam-se pequenas locomotivas à brigar pelo o que lhe foi suprido e reprimido, só que agora de forma inconsciente e determinada.

Satisfação, compromisso, cumplicidade entre pais filhos é de graça e não precisa ficar pagando imposto à eles com presentes e vontades toda vês que precisa sair para trabalhar ou, terás de tentar alcançar a locomotiva deles, fazê-las parar e esfriar a caldeira das fantasias.  Muitas vezes o efeito colateral de uma fantasia frustrada se reproduz em problemas e doenças físicas que em algumas vezes não são denunciadas em exames clínicos comuns ou laboratoriais, restando à um psicanalista examinar, identificar os sintomas e extrair as fantasias que foram causas do distúrbio em algum momento da vida dela, para enfim, voltar à ter uma vida normal outravês.

Faça a criança entender a realidade em que vive, porque a sua realidade, mais cedo ou mais tarde estará sendo comparada com os padrões dos outros colegas e sempre haverá diferença, às vezes grotescas e nem sempre à seu favor, por isso mesmo, chegue na frente e converse.

“Uma tripulação unida é a certeza de uma viagem segura”.

                                                                                           Amadeu Epifânio

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


COMO VOCÊ DIZ O QUE ESTÁ QUERENDO DIZER ?



Este têm sido um dos grandes dilemas da humanidade, isto é, a falta de “tato” ou de sensibilidade para colocar as palavras do jeito que elas têm que sair, adaptado à realidade da situação se encontra no momento.   Parece difícil não é ?  Mas este é o espírito.  Se tudo fosse fácil na vida, perderíamos a capacidade de exercitar o raciocínio e a reflexão.

Muitas vezes precisamos atentar mais  na forma de falar, do que exatamente na informação em sí.  Por exemplo, como você diz pra alguém que um certo parente dela acabou de falecer ou, como você diz para o dono do carro que você acabou de pedir emprestado, que o carro dele bateu ?  Complicado não é ?

Podemos mudar a vida e até o destino de uma pessoa dependendo a forma de como passamos uma notícia ou uma informação.  Quer um exemplo ?  os filhos.  Como conversar com eles num mundo globalizado onde tudo chama a tenção deles ?  E ainda têm pais que entende que a melhor linguagem é o da compensação, através de vontades e presentes.

Para um relacionamento que já está difícil, fazer vontades só piora as coisas.  É preciso parar e fechar pra balanço, pai (ou mãe) e filho (ou filha).   É preciso que se levante as razões da divergência e se estabeleça um acordo de cooperação mútua, embora a cobrança virá sempre dos filhos para os pais, porque nós (pais) somos exemplo de modelo e se houve divergência é porque houve falha, ou seja, nosso modelo foi arranhado.  Às vezes aranhamos nossa imagem por algo que dissemos à eles, mas da forma errada.

Veja bem, nós criamos expectativas de uma vida melhor e reclamamos da vida difícil.  Aí eu pergunto: alguém lhe disse que seria fácil ?  Então porque da expectativa ?  A mesma coisa os nossos filhos.  A maior e mais importante expectativa que eles criam pra si é de ter os pais sempre perto deles, primeiramente a mãe, por causa da amamentação, do calor e do afago do corpo dela.  Depois, mais tarde, o pai.

Porque mais tarde ?  mais tarde não significa dizer anos depois, mas depois da fase da amamentação, quando o corpo da mãe se afasta quando ela deixa de dar o peito.  A criança, dentro dela, da cabecinha dela, também cria fantasias, fantasias da mãe não gostar mais dela por ter se afastado e deixado de dar o peito; fantasia do pai não gostar dela porque chamou a atenção e presença da mãe.  É hora de pai e mãe dividir o tempo com o bebê e conciliar o tempo e o trabalho mais tarde, já na fase infantil com 3 a 5 anos + ou -.

Não se pode apenas largar os filhos com alguém ou na casa dos avós e ir trabalhar e esperar que a criança, sozinha, entenda esse processo de se afastar para trabalhar para trazer dinheiro pra casa, pois o que eles apenas querem são os pais por perto o tempo todo.  Quanto mais o tempo passa sem que essa satisfação seja dada e “da forma correta”, mais a criança alimentará suas fantasias de que os pais não gostam dela e tudo que os pais vierem à fazer, como trazer presentes da rua para compensar a ausência, terá sido mera desculpa para justificar seu afastamento (para ela, intencional).

Sim, é um pensamento egoísta da criança mas é assim que acontece e somente mais tarde (saindo da fase de bebê), quando ela der os primeiros sinais de entendimento, já é hora de iniciar novos aprendizados.  Quando sair para trabalhar, pergunte para a criança de 2 ou 3 anos aonde o papai ou a mãe vai e espere ela responder: “- vai trabalhar”.  Pode ainda perguntar quando é a hora do papai ou mamãe chegar em casa.  Dessa forma ela passa entender e se adaptar à essa rotina e não fica criando fantasias que mais poderá se transformar em problema psicológico.

Quando pedir para guardar os brinquedos não incentive apenas a organização mas também a segurança, dizendo que é para não escorregar em algum brinquedo e se machucar, tanto a criança quanto os pais ou os avós.  Assim, a criança passa a agir sempre por causa de um propósito útil e importante.  Por consequência o quarto dela (ou a casa), se manterá arrumado.

Se o problema entre irmãos for ciúme, converta o ciúme em solidariedade, pedindo que o enciumado ajude o irmão no que for preciso ou que ajude o papai ou e a mamãe a olhar o irmãozinho(a) enquanto ela faz a janta ou arruma a casa.  Sentindo-se útil, não sobrará tempo para sentir ciúme, além de promover a harmonia entre os dois.

É claro que existe uma série de desafios relativos à educação de filhos, mas é importante frisar que a primeira preocupação é sempre o quê e como falar com os filhos, pois um jeito diferente de falar pode quebrar fantasias e frustrar expectativas e ganhar a confiança deles novamente pode ser um processo difícil, demorado, sem falar na necessidade da ajuda de psicólogo para reverter o quadro.

Deixe a sua dúvida ou sugestão no e-mail: vivamelhor307@gmail.com sobre temas para serem abordados aqui no Blog.  Dá uma revisada nos artigos anteriores e veja se já não há algum artigo pertinente à sua dúvida, mas não se preocupe, de qualquer forma, sua dúvida pode ser a resposta que outras pessoas estejam precisando e sendo assim, terei o maior prazer em responder.  Se estiverem tendo dificuldade em postar comentários, me avise no e-mail acima que eu procurarei resolver o problema, ok ? 

Perdoem-me a extensão do texto, mas o tema exigiu.  Abraço à todos.


                                                                             Amadeu Epifânio


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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


NOSSA CABEÇA, NOSSOS CURTOS CIRCUITOS.
                      Olhando bem esta foto podemos ter uma idéia do jogo complicado de engrenagens que compõe o nosso raciocínio, semelhante aquelas maquininhas de relógio despertador mecânico antigo, com meia dúzia de catracas de tamanhos diferenciados porém, todas interligadas e dependentes uma das outras.  Basta apenas que uma pequena pedrinha ou outro objeto intruso seja atirado para dentro, para que a máquina comece a trabalhar com dificuldades, não é mesmo?

Isso nos serve para mostrar que todas as nossas decisões e atitudes com certeza hão de gerar algum tipo de consequência, por menor que seja (do tamanho da menor das catracas) mas, como ela também faz parte do processo, levará sua consequência para outras áreas, como ansiedade, medo, gastrite, entre outros.  Evidente que se a decisão que tormarmos for positiva ou saudável, a resposta também haverá de ser positiva, como bem estar, felicidade, alívio emocional, entre outros.

Podemos chamar isso de psicologia mecânica, o que nos faz lembrar a Lei da ação e reação, isto é, para cada ação sempre existirá uma resposta ou consequência, na esfera consciente ou na inconsciente (ou involuntária).  Consequências nesta área involuntária costumam ter caráter perigoso, pois as lembranças que caem aqui vivem interferindo sobre o nosso estado consciente, nos causando alguns transtornos, alguns de natureza física (ansiedade) enquanto outras, psicológica.

Quanto mais condições tivermos de resolver nossas adversidades e infortúnios, menos lembranças (problemas) levaremos para dentro de nós e mais tranquilo viveremos (o que para o ser humano nunca é tarefa fácil).  Não podemos evitar que nada caia para dentro do lado inconsciente ou involuntário mas se pudermos não “chutar o balde” toda vez que uma dificuldade se apresenta diante de nós, será menos uma lembrança indigesta à nos atormentar.

Transtornos diversos (mesmo os de herança genética) nasceram um dia por traumas gerados no involuntário desde nossa idade mais tenra ou de nossa vida intrauterina e trazidos à pré-adolescência como uma idade que fosse capaz de entender e corrigir o trauma, o que nem sempre acontece, razão pela qual necessitamos muitas vezes de ajuda profissional de um psicólogo ou de um psicanalista, associado talves com um psiquiatra, para conter os sintomas através de medicação.

 É imperativo observar os filhos desde a fase intrauterina, conversar com eles e também acalmá-los sempre que haja uma discussão mais acalorada onde a mãe esteja presente ou seja parte da discussão.  O feto sente a instabilidade que ronda a placenta e se sente inseguro e esta insegurança pode se refletir para a sua vida dele depois do nascimento.  Criança sempre necessita do afago materno e também do pai, pois este sempre representa uma ameaça para a criança, sempre que chama a atenção (ou a presença) da mãe, fazendo-a se afastar do filho.

É preciso que a criança se sinta segura quanto à isso, para que tenha um infância mais tranquila e sem traumas.  Atente para comportamentos fora do normal e leve ao médico em caso de dúvida.  Converse sempre, ajude-os à tomar decisões.  Crianças pedem várias coisas ao mesmo tempo é importante que elas mesmas saibam pedir e saibam desde cedo a ouvir um não, quando a vontade não pode ser atendida e porquê.
 

Não podemos criar uma blindagem na criança pra que não entre “pedrinhas” na sua cabeça e faça um estrago no seu temperamento e comportamento. Por isso a necessidade de monitorá-los através do diálogo.  Lembre-se que a sua forma de educar e o seu padrão familiar estarão sempre sendo comparados lá fora pelos filhos e de forma inconsciente, automática, como nós mesmos adultos fazemos, quando desejamos ter igual, o carro novo do vizinho.

Bicho de 7 cabeças não são os filhos ou como educá-los, mas sim toda sorte de atrativos que tiram a atenção deles sobre nós, dificultando nosso relacionamento.  Fazê-los parar para nos ouvir é um eterno calvário e comprar um computador para ele ficar em casa também não é a solução.  Fazer as vontades é o mesmo que dar corda para afastá-los ainda mais de nós. 

Quanto antes se criar um laço de cumplicidade entre pais e filhos, maiores as chances desse relacionamento ser mais harmonioso, estável e principalmente seguro para eles.  Filhos sempre desejam ter os pais por perto e se tornam rebeldes é porque sentiram a falta, presença (também psicológica) e autoridade (não confundir com arbitrariedade).  Eles precisam ser comandados senão, do contrário, eles se rebelam e praticamente assumem o controle e depois... coitado dos pais.

Eu poderia ficar aqui falando dos nossos curtos circuitos e encher dezenas de páginas, mas creio que tudo, de certa forma, já esteja escrito e distribuído entre os quase 100 artigos deste blog, o que dá à voces, conhecimento necessário para entender e aprender sobre o universo da nossa mente e de como ela pode nos trair se baixarmos a guarda ou gostarmos de chutar uns baldes.  Não, não pretendo me aposentar nem deixar de escrever, pois sempre haverá uma nova forma de curto circuito na mente para que eu possa alertá-los e prevení-los. Lembre-se do lema acima no cabeçalho do blog: “Ninguém faz nada senão em razão de algo que o motive.”  Fiquem na Paz de Deus.

                                                                                                   Amadeu Epifânio

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