Projeto VIVA +

sábado, 11 de julho de 2020

"SÍNDROME DE TOURETT"



FETOS E RECÉM-NASCIDOS NÃO SÃO BRINQUEDOS.


Sempre manifestei curiosidade sobre esta síndrome, por achar que fosse algo  que não pudesse ser explicado.  Mas acessando o Youtube, pude observar alguns casos, padrões, comportamentos e manifestações bem variadas.  Comecei a observar bem e pude relembrar certos hábitos que muitas pessoas tem, que produzem até vídeos e postam na internet, por acharem engraçado e que, pela mesma razão, queiram partilhar com centenas ou milhares de outras pessoas.

Estou falando de brincadeiras que fazem com recém-nascidos e bebês de até 1(hum) ano de idade.  Essas brincadeiras podem ocorrer de várias maneiras, sendo a mais preferida, quando envolve animais de estimação, geralmente cães e gatos, provocando nos bebês, expressões de susto, medo e caretas.  Podem também envolver outras crianças, com idades pouco maiores, tipo entre 3 e 6 anos, as quais ainda não tem discernimento para saber, o quanto brincadeiras (que objetivam os mesmos propósitos) podem acabar provocando problemas nos bebês, por estes tentar corresponder às brincadeiras, em sua frequência, velocidade e intensidade.

Se já quando adultos, recebemos centenas de estímulos diários (até milhares), tentando corresponder às demandas, em suas velocidades de respostas e intensidades, que as mesmas nos impõe, nos deixando cansados e até estressados com a rotina, gerando para muitas pessoas, o que elas conhecem como Síndrome de Bornout.  Se para adultos já é estressante, seguir certas rotinas repetitivas, imaginem para jovens e adolescentes, com sua rotina escolar e universitária, ou para as mães, faxineiras, cuidadoras de idosos, enfermeiros, médicos plantonistas, etc.

Para os bebês, que durante seus primeiros meses de vida, enfrentam uma rotina, que vai desde a alimentação, higiene, sensações diversas, incômodos diversos,  como mosquitos, frio sem proteção adequada ou calor com cobertas e roupas quentes, frustrações por não ter o que quer ou por não saber se expressar para pedir ou negar, ter que aguentar ou suportar, situações que ultrapassam sua frágil tolerância de seus sentidos de percepção, não é pra qualquer um.

Juntando tudo isso, não é difícil um bebê não ter paz, seja para ter uma noite de sono tranquila ou poder gozar de um gostoso leite materno, usufruindo também do aconchego do afago e calor do corpo da mãe.  Já mencionei em diversos artigos que, da formação fetal aos 3 anos de idade, é preciso ter o máximo de atenção para com os bebês, para que não tenham algum tipo de transtorno psiquiátrico.

Já que entramos nesse tema, porque não falar da Síndrome de Tourett, cujo qual é resultado de muitos estímulos recebidos em curto espaço de tempo, em próprio ambiente ou de terceiros (casa de parentes), onde o bebê passa por situações de sustos, brincadeiras sem limites, advindo de outras crianças e dividir atração com animais de estimação, onde o bebê tenta, à todo custo, acompanhar as brincadeiras, tendo seu inconsciente que intervir, para gravar e guardar certas sensações, as quais, sem que tenha passado percebido pelos pais, passado por acúmulo de estresse.   Tenho dito em vários vídeos, que devemos nos atentar para as percepções dos pequenos e aprender à nos ajoelhar para entendê-los.

Nesses casos, o inconsciente, em vez de gravar o estresse, ele grava tudo pelo qual a criança foi obrigado à passar durante o dia ou, durante as primeiras semanas ou meses de vida, quando a rotina do ambiente em que vive, costuma manter-se, dado os hábitos costumeiros.  O resultado, para muitas dessas crianças, não é outro senão, adquirir como processo consequente, a síndrome de Tourett, que nada mais é do que a repetitividade e tentativas de corresponder aos diversos estímulos recebidos, em espaço curto de tempo.   Como sofremos, mais por não saber, do que pelo problema, devemos tratar, primeiro levantando os hábitos familiares e depois, comunicando à criança com a síndrome, as prováveis causas, dela estar passando por estes sintomas. 

O estresse dos bebês, à partir de 1 (hum) ano, compreende:

ü Perda involuntária de movimentos e de manifestações vocais e corporais;

ü Combinação de Estímulos provenientes de adultos, crianças e animais de estimação.  Entre alguns estímulos estão o susto e tentativa de corresponder aos movimentos, caretas e brincadeiras dos animais e de outras crianças maiores.  Nosso inconsciente, além disso, está fazendo o famoso “Sorria, você está sendo gravado”, com tudo que disser respeito ao momento da criança, durante o tempo que está sendo submetida ao estresse. 

“Eduquem os adultos, para que não seja necessário punir as crianças.”                       (Prof. Amadeu Epifânio)
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.










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sábado, 4 de julho de 2020

SUPERLOTAÇÃO DE TRANSPORTES PÚBLICOS.



A QUESTÃO É PSICOEMOCIONAL.


Fala sério mano, pegar metrô em São Paulo hoje, é como estar fugindo do fim do mundo, de forma desespera.  Já vivi em São Paulo por uns 15 anos e também estive recentemente e fiquei muito preocupado (pra não dizer perplexo), com a superlotação da linha 3 (que vai da Barra Funda até Itaquera).  Eu tentei pegar o metrô, já do lado leste, para tentar chegar à Rodoviária Tietê.  Mas foi em vão, pelo menos neste sentido.  Então o peguei (mesmo lotado), para o terminal Itaquera, para ver se conseguia um lugar pra sentar.  Fui obrigado à chegar no final da linha, para que, na famosa “dança das cadeiras”, eu conseguisse um lugar.  Quase não consegui.

Enquanto sentado e esperando chegar a estação da rodoviária, fui refletindo sobre este excesso de lotação e cheguei à algumas conclusões (pelo o que já conheço da humanidade em meus estudos).   Percebi que essa superlotação não se dá apenas por trabalhadores que precisam chegar ao seu local de trabalho.  Há muitos fatores que influenciam o comportamento das pessoas, que preferem pegar os primeiros horários dos trens e ônibus, para não só pra chegar cedo ao seu trabalho mas, da forma lotada à que se submete e se orgulha (apesar de reclamar).  Reclamar e orgulhar-se, são imposições inconscientes distintas, presentes em todo ser humano.

A sensação de sentir-se abarrotado(a) entre tantas outras pessoas, está no complexo psicológico de não sentir-se amparado quando durante seus primeiros meses de vida, tendo a mãe que sair cedo para trabalhar, deixando seu pequeno aos cuidados de terceiros.  Vamos ser sinceros e racionais, o ser humano não faz mais, o tipo afetivo como outrora, nem mesmo entre seus próprios familiares. O Paulistano por exemplo, sempre opta, (já por vício), em conversar sempre brigando, discutindo intempestivamente para impôr a sua razão perante os demais.   Tão intenso é o calor da discussão (enquanto dura) que, se eu pusesse uma arma de fogo nas mãos de apenas um deles, fatalmente apertaria o gatilho.  Enquanto vivi nesta cidade, tive inúmeras oportunidades de perceber o mesmo comportamento, em inúmeras situações e em diversos lugares.  A carência afetiva tornou-se uma dependência.

Outro vício do ser humano, está no hábito de se colocar em filas e, não apenas isso, defendê-la como seu próprio território, chegando quase à brigar quando alguém tenta furar a fila.  Resumindo, o paulistano não é muito sociável, ao mesmo tempo que sente a necessidade de estar próximo (mesmo sem saber ao certo, o porque), como uma forma de compensação à perda do período de simbiose (período em que o recém-nascido deseja ardentemente estar perto da mãe, não apenas para se alimentar do leite materno, como também do calor do corpo da mãe, durante este gostoso e prolongado período.  Como isso lhe foi tirado, seu inconsciente gravou essa sensação de frustração e agora, depois de crescido, vive repetindo feito um disco arranhado, na ânsia de satisfazer psicoemocionalmente seu corpo, colocando-o em meio à lotações de transportes públicos, sempre abarrotados, representando o “calor” do afago roubado, não importando o destino da sua viagem.

Qualquer que seja a razão usada para justificar sua presença em meio à um ônibus ou trem abarrotado, será sempre uma desculpa para estar ali, naquelas condições.  Não fosse isso, os seres humanos seriam pessoas mais “flexíveis” à adaptação de mudanças, provocadas por diversos motivos (entre eles a pandemia de coronavírus).  Muitas pessoas ficam desesperadas, quando uma situação o mantém distanciado de centenas de outras pessoas (mesmo não demonstrando mas) sentindo enorme carência e medo de solidão, o que sempre justifica estar entre acúmulo ou aglomeração de pessoas, mesmo diante de situações que ofereçam riscos às suas vidas.

Ver locais em São Paulo, como o Brás, Praça da Sé, Anhangabaú, zona leste, Centro Paulistano, Rodoviárias, entre tantos outros (sempre lotadas), antes de ser um pretexto de trabalho, é uma necessidade de estar sempre em contato com pessoas, ao ponto de nem pensar na sua auto preservação, nos cuidados ao coronavírus.  Se estou errado, prova para mim, mudando seus hábitos de deslocamento para outros horários que não os de pico, quando os transportes públicos não estão tão cheios.  

Muitas pessoas já nem reclamam quando está em uma fila, eles à protege como à um território.  Ele briga quando tentam furar fila, porque temem “serem deixados para trás” (psicologicamente falando), como quando sempre se sentiu, quando ainda um recém-nascido.  E olha que não são poucos, já que o fenômeno ocorre mundialmente, ou seja, mais do que um hábito, um condicionamento contínuo, comportamental, com influências pregressas.

“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro.  Mas a real tragédia da vida é quando os homens tem medo da luz.”    (Platão)


 Professor Amadeu Epifânio
 Pesquisador/Psicanalista Autodidata.










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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Sofrer de graça tem graça ?

ASSISTA AO VÍDEO (DO LINK ABAIXO) E APRENDA UM EXERCÍCIO QUE VAI FAZER VOCÊ SOFRER MENOS.




https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu/videos/2318874275075346/ 

Professor Amadeu Epifânio 
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.








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sexta-feira, 19 de junho de 2020

SOMOS O QUE SOMOS...



...PELAS LIMITAÇÕES QUE CRIAMOS.



Olá, criei este gráfico para explicar como funciona o nosso sistema de respostas, prazeres e compensações, em razão dos questionamentos que recebemos, em forma de estímulos verbais, dores, sofrimentos, alegrias, etc.  O tipo de resposta que somos induzidos (ordenados por um dos nossos inconscientes), vai depender da rapidez de resposta, da possibilidade de termos a resposta em acervo, mais a rapidez com que nosso inconsciente racional (EGO) leva para encontra tal resposta no acervo.

Faz parte do mesmo acervo, as experiências emocionais que tivemos ao longo da vida, boas e ruins, as quais poderão, segundo sua frequência aritmética, influenciar na rapidez e precisão das raspostas, bem como se elas virão de forma verbal, como ação ou reação (positiva ou negativa).  Como veem, não é tão simples tomarmos boas decisões, uma vez que existem condições à serem satisfeitas, antes de responder ou decidir sobre certa questão.

No lado oposto à isso, temos o inconsciente inconsequente Id, o qual representa os nossos impulsos que, quase sempre nos leva à lamentações, arrependimentos e remorsos se, formos agraciados por nossos pais, com tais princípios e valores morais.  Para algumas decisões existem consequências, como as erradas ou de forma imprudente, negligente ou sem a devida perícia, cabendo ao ID nos fornecer, como resposta, o que julgar como apropriado ao momento, proveniente do seu imenso acervo, de natureza questionável.

Qual o propósito disso ?  Nos forçar à aprimorar nosso próprio acervo, o qual pertence ao inconsciente racional Ego, o qual tem sempre a prioridade de nos fornecer as respostas pelas quais devemos nos esmerar por arrebanhar, com o objetivo de manter nosso equilíbrio psíquico, pelo maior tempo possível.  

Ambos inconscientes buscam promover nossa estabilidade emocional e bem estar e (como podem ver no gráfico), fica mais fácil atingir este “prêmio”, mais pelo Ego do que do ID, razão pela qual, torna-se imperativo (repito) esmerar-se por elevar o nível de qualidade do acervo do Ego, não somente no plano cultural como também na esfera emocional, visto que (já dito antes), é pelo conteúdo aritmético deste que definirá nosso temperamento dominante, usualmente partilhado com outras pessoas.

Já mencionei em outros artigos, aqui neste Blog, que a humanidade está um tanto inerte diante dos estímulos recebidos, de toda sorte, o que fatalmente prevalece como fornecedor de suas respostas e reações, o inconsequente inconsciente ID, o qual não mede consequências e não pressente perigo, diante das tentações que somos acometidos pelos estímulos, cujo resultado dependerá de muita sorte, para que o dano consequente, não seja tão desastroso, nocivo ou até mesmo, letal.   Referi-me à humanidade, pois que este gráfico é aplicado à todo ser humano e faixa etária, em qualquer parte do planeta.

O Ambiente é sempre responsável pela predominância dos nosso conceitos, bem como da frequência (da forma) de resposta que compartilhamos, favorecendo ou não, a continuidade do tipo de convivência que partilhamos neste, ou em qualquer outro ambiente, podendo o mesmo ser familiar, social ou profissional.  

É nos conceitos que estabelecemos, que elevamos (ou não) a qualidade e quantidade do acervo do Ego, tendo em vista que, para o Id, seu acervo é arriscadamente fornecido, podendo nos causar danos, desde de banais à irreparáveis, perante aos que nos são próximos ou para os que coincidentemente, cruzam nosso caminho em hora e local errados.

Não deixem de comentar, o Blog não tem moderação.


A vida feliz consiste na tranquilidade da mente.    (Cícero)


Professor Amadeu Epifânio

Pesquisador / Psicanalista Autodidata.



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quarta-feira, 10 de junho de 2020

BULIMIA (E NERVOSA)



DOIS FATOS PARA SEREM ANALISADOS SEPARADAMENTE.




A Bulimia nervosa são duas situações que (embora sequenciais) devem ser separadamente analisadas, porque ?  Porque envolve duas reações distintas, sendo a primeira positiva e a segunda, de natureza negativa.  A primeira ação (comer de forma compulsiva), envolve não somente a ação de comer, como também e associado, o fato de comer rápido, como se algo dependesse disso.  Vamos primeiramente, nos reportar à idade em que ocorreu a primeira vez, tendo a criança uma faixa etária entre 8 e 12 anos, pois a ação que ela tomará, não pode ser tomada por uma criança de idade muito pequena.

Vamos simular uma situação, à qual irá retratar a criação da Bulimia.  Uma criança (na faixa supra citada), que deseja descer ao PlayGround para brincar com o s amigos, no momento em que a refeição está posta na mesa, houve do pai ou da mãe a condição, de que só poderá descer, tão logo termine sua refeição.  A criança, mesmo frustrada e com uma única escolha, resolve então, acabar com a refeição em poucos minutos, objetivando alcançar a recompensa prometida porém, ao terminar a refeição e pedir autorização para descer, toma um balde de água fria ao ser negado pelos pais.

Embora rogando o fato de que sua parte fora cumprida, a palavra em torno da promessa, não.  Sem mais nada poder fazer ele vai para o quarto porém, tomado por sua indignação, se dirige ao banheiro, tranca a porta, provoca o estômago à por pra fora toda a janta, em sinal de repulsa e rejeição ao comportamento dos pais.         Um outro fator que também pode gerar a Bulimia nervosa, é quando uma criança, de gênero masculino, vê no pai um concorrente aos afagos da mãe, trata de jantar de forma rápida, à fim de poder gozar privativamente da mãe, antes da chegada do pai do trabalho, fato que acabará por alugar a mãe, na atenção sobre ele.

De forma afoita, termina o jantar (uma vez que a mãe diria à ela a mesma coisa, na citação anterior, colocando o término da refeição como condição primária para obter o prêmio tão sonhado.  Mas tão logo termina sua refeição, eis que chega o pai do trabalho e com ele (e por água abaixo), toda sua desejosa esperança de ter, por alguns minutos a atenção da mãe.  É um fato que acaba lhe causando enorme frustração e também raiva do pai, por sua concorrência e interferência, na disputa pelos afagos maternos.  Da mesma forma, vendo seu esforço ir para o “ralo”, ele vai ao banheiro e repete a mesma ação que o primeiro, desfazendo-se do seu esforço.

Sei que pode vos parecer pequena a ação, para justiicar um problema sério como a Bulimia porém, tem essa observação, uma justificativa bastante fundada, no fato de que não estamos pensando sob a perspectiva da criança (ou do jovem ou adolescente, praticante ainda do problema), na idade em que a mesma está.  Mantemos o velho hábito de querer entender dos filhos pequenos e suas percepções, na visão apenas de adulto, o que dificilmente conseguiremos grandes resultados ou, simplesmente nenhum.  Para os adultos, a criança passará apenas por uma breve sensação de frustração, mas que logo acabará e esquecerá.  DOCE ILUSÃO.

Em nossas caixas pretas, especialmente das experiências emocionais, este episódio jamais se apagará, podendo agora somente, ser “sufocado” por bons momento se, for este o desejo dos pais.  Do contrário a dupla atitude (comer e vomitar), se repetirá por gatilhos emocionais acessíveis, bastando apenas olhar para os pais, para comer rápido sua refeição, para em seguida, regogitá-la como repulsa. Obviamente, para a pessoa (jovem ou adolescente), tais atitudes são involuntárias e, portanto, sem o respectivo controle, adotando fantasiosos argumentos, como preocupações com peso, vestuários, auto-imagem, etc, para tentar justificar sua atitude, aparentemente inexplicável.

Somente um psicanalista para ajudar à livrar-se desse pesadelo.  Até então, qualquer tipo de censura, bronca ou lição de moral, será totalmente desnecessário, uma vez que a Bulimia é inconsciente e involuntária, presa no reprimido, na idade em que se deu a primeira experiência.  Sem contar que os pais podem ter influência direta ou indireta sobre o problema e consequências decorrentes do transtorno, que não são poucas, muito menos saudáveis.

Ambas as situações, o comer rápido e desfazer-se do que comeu, são duas ações distintas, não cabendo que sejam tratadas juntamente.  É recomendável que apenas a primeira parte seja tratada, para que a seguinte se resolva “automaticamente”.  Por não levarmos em conta as perspectivas dos filhos, em suas respectivas idades, muita coisa passa batido, muitas broncas, indiferenças, castigos injustos e outras punições, podem, à depender de fatores diversos, causar problemas na vida adulta dos filhos.  Nada acontece por acaso ou só para irritar os pais, melhor que puxe uma conversa, à fim de descobrir o que de fato está ocorrendo, do que fazer com que nossa reputação piore.


Ninguém é igual a ninguém. 
Todo o ser humano é um estranho ímpar.   
(Carlos Drummond de Andrade)


     Professor Amadeu Epifânio - Pesquisador/Psicanalista Autodidata.
     










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terça-feira, 2 de junho de 2020

sexta-feira, 29 de maio de 2020

PROVOCANDO SUICÍDIO...

...MESMO EM VIDA.



Não é preciso nenhum expert, pra saber (e ver) que o mundo está um tanto egoísta e culturalmente limitado.  Valores essenciais estão sendo deixados de lado (quando não esquecidos), mesmo quando somos lembrados o tempo todo.  A humanidade tem se apegado à materialidade, em todo seu universo (especialmente eletrônicos) e fazendo uso do mesmo, para distrair os que nos cobram atenção e afeto.

Com essa atitude, contribuímos para os principais fatores que agravam, de forma severa, as condições psicoemocionais, dos que se sentem abandonados ou rejeitados, em seu ambiente de convivência.  Vou enumerar esses fatores e ver se existe alguém que se identifica com a “história” que está ocorrendo em seu próprio universo.  Senão vejamos:

 Banalização da vida
 Banalização dos sentimentos
 Rompimento afetivo
 Egoísmo e individualização do ser
 Sentimento de abandono ou Rejeição
 Sentimento de frustração
 Sentimento de Decepção
 Sensação de Desprezo
 Sensaão de Indiferença

Isso ainda não é tudo.  À depender da idade, intensidade e severidade da sensação, quem sofre pode estar acumulando tudo isso, numa contínua sensação de angústia, por não ver perspectiva de melhora, da situação em que se encontra.  Perda de confiança é a primeira consequência, isto é, não importa o quanto se prometa que irá melhorar, que a intenção se torna palavras ao vento, sem nenhum efeito prático.

Outras duas consequências costumam se tornar evidente, provocado pelo inconsciente imaturo porém, no sentido de mostrar à quem fere, o mal que está causando com ou sem intenção.  Um deles é o isolamento e a negação de se abrir com outras pessoas (por mais próxima que seja).  A segunda é o inverso, isto é, quando começa à fazer programas de baladas com amigos, com intuito de beber, se divertir mas, não de forma natural e sim, como mecanismo de defesa inconsciente e involuntário, para conter uma dor, de intensidade significativa (e insuportável).

Tal reação pode levá-lo(a) à compulsão alcoólica ou uso de cocaína.   Tal reação tem a pretensão de mostrar o quanto se está sendo desprezado(a) e quanto se está fazendo o que quer e deixando de lado, alguém que julgava ser importante.  O universo de famílias de classe média e alta, está repleta de situações como estas, haja vista as boates que vivem (ou viviam) cheias, antes da pandemia.  Mas não esquenta, ainda temos (as roletas russas da vida), com os famosos rachas com carros potentes, patrocinados pelo os que patrocinam tais comportamentos.  O suicídio (pela banalização da própria vida) vem da velocidade, que representa a vida ativa do seu algoz, que mal dá tempo de se verem, mesmo em seu ambiente de convivência.

Nos dias atuais, não é preciso muito, para criar situações de risco.  Pode-se (quem sofre) não morrer em decorrência de suas compensações porém, ainda sim, estará “morto” em vida, para aquele cujo qual o (a) desprezou, a maior parte de sua vida.  Não preciso dizer que trata-se de um processo aritmético, isto é, que tal postura já advém de algum tempo e, por mais que tenha rogado atenção, a frustração alcançou “altitudes” quase inatingíveis, necessitando esforço maior agora, se quiser consertar para reverter o dano causado.

O texto está meio generalizado, pois que, cada família, filho e pais, tem concepções diferentes, à cerca do que entende por atenção e afeto, para com os seus entes (enquanto que por milagre) ainda vivem.  Quando o ambiente se restringe à classes menos favorecidas, não é tão difícil criar condição semelhante, com excessão apenas, nas formas de compensação, por tratamentos bem diferentes do esperado, sendo as consequências, quase que um padrão comum.

Nada é suficiente para quem o suficiente é pouco.    (Epicuro)

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.




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