...MESMO EM VIDA.
Não é preciso nenhum expert, pra saber (e ver) que o mundo
está um tanto egoísta e culturalmente limitado.
Valores essenciais estão sendo deixados de lado (quando não esquecidos),
mesmo quando somos lembrados o tempo todo.
A humanidade tem se apegado à materialidade, em todo seu universo
(especialmente eletrônicos) e fazendo uso do mesmo, para distrair os que nos
cobram atenção e afeto.
Com essa atitude, contribuímos para os principais fatores
que agravam, de forma severa, as condições psicoemocionais, dos que se sentem
abandonados ou rejeitados, em seu ambiente de convivência. Vou enumerar esses fatores e ver se existe
alguém que se identifica com a “história” que está ocorrendo em seu próprio
universo. Senão vejamos:
Banalização da vida
Banalização dos sentimentos
Rompimento afetivo
Egoísmo e individualização do ser
Sentimento de abandono ou Rejeição
Sentimento de frustração
Sentimento de Decepção
Sensação de Desprezo
Sensaão de Indiferença
Isso ainda não é tudo.
À depender da idade, intensidade e severidade da sensação, quem sofre
pode estar acumulando tudo isso, numa contínua sensação de angústia, por não
ver perspectiva de melhora, da situação em que se encontra. Perda de confiança é a primeira consequência,
isto é, não importa o quanto se prometa que irá melhorar, que a intenção se
torna palavras ao vento, sem nenhum efeito prático.
Outras duas consequências costumam se tornar evidente,
provocado pelo inconsciente imaturo porém, no sentido de mostrar à quem fere, o
mal que está causando com ou sem intenção.
Um deles é o isolamento e a negação de se abrir com outras pessoas (por
mais próxima que seja). A segunda é o
inverso, isto é, quando começa à fazer programas de baladas com amigos, com
intuito de beber, se divertir mas, não de forma natural e sim, como mecanismo
de defesa inconsciente e involuntário, para conter uma dor, de intensidade
significativa (e insuportável).
Tal reação pode levá-lo(a) à compulsão alcoólica ou uso de
cocaína. Tal reação tem a pretensão de
mostrar o quanto se está sendo desprezado(a) e quanto se está fazendo o que
quer e deixando de lado, alguém que julgava ser importante. O universo de famílias de classe média e
alta, está repleta de situações como estas, haja vista as boates que vivem (ou
viviam) cheias, antes da pandemia. Mas não
esquenta, ainda temos (as roletas russas da vida), com os famosos rachas com
carros potentes, patrocinados pelo os que patrocinam tais comportamentos. O suicídio (pela banalização da própria vida)
vem da velocidade, que representa a vida ativa do seu algoz, que mal dá tempo
de se verem, mesmo em seu ambiente de convivência.
Nos dias atuais, não é preciso muito, para criar situações
de risco. Pode-se (quem sofre) não
morrer em decorrência de suas compensações porém, ainda sim, estará “morto” em
vida, para aquele cujo qual o (a) desprezou, a maior parte de sua vida. Não preciso dizer que trata-se de um processo
aritmético, isto é, que tal postura já advém de algum tempo e, por mais que
tenha rogado atenção, a frustração alcançou “altitudes” quase inatingíveis,
necessitando esforço maior agora, se quiser consertar para reverter o dano
causado.
O texto está meio generalizado, pois que, cada família,
filho e pais, tem concepções diferentes, à cerca do que entende por atenção e
afeto, para com os seus entes (enquanto que por milagre) ainda vivem. Quando o ambiente se restringe à classes
menos favorecidas, não é tão difícil criar condição semelhante, com excessão
apenas, nas formas de compensação, por tratamentos bem diferentes do esperado,
sendo as consequências, quase que um padrão comum.
Nada é suficiente para
quem o suficiente é pouco. (Epicuro)
Professor Amadeu
Epifânio
Pesquisador/Psicanalista
Autodidata.
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