Projeto VIVA +

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

ALCOOLISMO PODE SER TRATADO !


MAS CENSURA DE FAMILIARES É UM RETROCESSO.




Infelizmente a compulsão alcoólica é algo ainda não compreendido (não apenas por familiares) mas, por toda sociedade, em qualquer parte do mundo e, ainda sim, na ânsia de querer “ajudar”, usa de censuras para repreender o alcoólico, achando que está contribuindo e que, com essa medida extremista, irá fazer com que a pessoa pare instantaneamente de beber, como num passe de mágica.  

Às vezes é preciso que familiares e pessoas próximas, também façam terapia (ou até antes do alcoólico), para que saibam efetivamente, como ajudar.  Pelo menos tomar conhecimento de coisas que não podem ser ditas, pois que, em alguns casos, palavras erradas ou ditas de maneira errada, pode levar até mesmo, um alcoólico ao suicídio.

A compulsão alcoólica é involuntária, uma forma de conter uma dor emocional que carrega consigo desde a infância e que, chega uma hora que não dá mais pra segurar (NINGUÉM ESCOLHE SER ALCOÓLICO OU DEPENDENTE QUÍMICO).   Quando o corpo chega nesse ponto, o inconsciente vê-se na obrigação de promover o equilíbrio psíquico da mente, escolhendo entre diversos fatores, aquele que melhor atende, ainda que de forma paliativa  (e repetitiva, diga-se de passagem).  Pelo certo, nossa formação familiar e cultural, deveria ser suficiente, para conter e administrar este impasse psicológico mas, não é o que acontece.  Por consequência, a carência de tal formação, tem nos causado diversos momentos de instabilidade emocional e, para os quais, usamos de diversos recursos, entre eles o álcool, as drogas, a agressão e até morte (de si próprio e de outrem).

Sempre que nos deparamos com algo que não sabemos lidar e, dependendo do que seja, da sua dimensão e dos danos que esteja causando, nos deixa ainda mais perplexo e nos obriga à fazer algo à respeito.  A primeira coisa à ser feita, é oferecer apoio, para que que o alcoólico não se sinta sozinho em seu calvário.  Embora possa demonstrar um aparente estado de conformismo, ao lidar com sua compulsão, saibam que existe por trás, um estado de dor e sofrimento, por não saber e não ter condições, de enfrentar sozinho, o desafio de parar de beber.  Sempre que entra em estado de abstinência, vem junto a consciência do quão fundo está, em um poço que não pediu para entrar.  

Para os que se acham “imunes” à adquirir a mesma compulsão, saibam que o mesmo impulso é dado à pessoas que tem outras compulsões, como julgar, ofender, machucar, ferir, agredir, suicidar-se ou tirar a vida de outrem.  Ou seja, como ninguém “manda no coração”, o inconsciente reina sozinho e sem interferência nossa, sempre que a nossa capacidade de resolver um conflito psicoemocional ou estar sob forte pressão emocional, simplesmente some.

Outra forma de ajudar um alcoólico é convencê-lo à ir ao Alcoólicos Anônimos, oferecer apoio para acompanhá-lo nas reuniões (ao menos nas primeiras seções).  Mas é bom que seja uma pessoa que lhe seja mais próxima que a ligação parental ou o título de amigo (pois nessas horas se ouve até o canto dos grilos).  Não creio que será preciso acompanhá-lo(a) em todas as seções (12 passos).  Creio que nas primeiras reuniões, o alcoólico já deva sentir-se “acompanhado”, por outras pessoas, as quais já passaram pelo mesmo início.  Estas reuniões permite ao alcoólico, sua desintoxicação, entendimento e enfrentamento do problema porém, há uma coisa que considero necessária, no que concerne à resolução definitiva do alcoolismo, no que diz respeito à longa abstinência. 

Entendam que, um fator psicoemocional foi responsável por levá-lo(a) à compulsão alcoólica. Um sentimento forte de frustração, ainda na primeira infância, gerada com alguém (ou por causa deste), que lhe faltou quando mais precisava, fosse por falecimento ou omitindo-se à prestar assistência psico-afetiva (não sabendo o quão representava de alicerce para a criança).  Pois bem, o que precisa ser feito, tão logo se complete os 12 passos dos A.A. é que, o ex-alcoólico submeta-se à terapia, à fim de extinguir definitivamente a causa psicológica.  

É sabido que, em pessoas que conseguiram abster-se do consumo alcoólico, após tratamento e, mesmo tendo passado anos de abstinência, ao tomar um único gole de álcool, voltou-se à compulsão novamente.  Isto porque a causa de fato, que gerou a compulsão, não havia ainda, sido extinta de fato.

O tratamento da compulsão alcoólica (e até mesmo da dependência química), segue o mesmo passo, isto é, primeiramente a desintoxicação de um ou de ambos e, necessariamente após, o tratamento psicológico da causa que gerou o problema.  Não esquecendo que, aos familiares e amigos, comprometidos na assistência, que participem de ambos os processos, para estar verdadeiramente “junto”, pois que somente assim, os resultados sejam contínuos, progressivos e conclusivos e definitivamente extinto, da mente e da vida de quem passou por tal pesadê-lo.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.
               
               

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

SEU CÉREBRO É FELIZ ?



  BUSQUE ALEGRIA DE VIVER (porque a dor já sabemos onde está).



Pessoal, o mais importante de tudo, é manter o cérebro feliz e contente. Enquanto estiver assim, todo o resto entrará em equilíbrio. Não precisamos pensar na tristeza ou na dor, porque sabemos onde está. Pensemos em encontrar a harmonia, buscando e mantendo a presença de Deus em nossas vidas, 25 horas do dia e por dia. Peça à Ele que faça as malas e prepare uma acomodação no coração, porque ele não irá embora tão cedo.

Busque essa harmonia, que tudo entrará em equilíbrio. Pense que tudo existe por uma razão, que nos leva à crescer. Saber aceitar pra poder entender, para aliviar estresse, dor e até sofrimento e deixar o cérebro risonho, como esse aí que mora na minha cachola. Não perde o humor, nem quando é aberto e operado, pra tirar um tumor, que entrou feito penetra na festa. rsr

Torço para que o cérebro de vocês seja tão criativo e alegre como este.

Deus Abençoe à todos.

Professor Amadeu Epifânio – Psicanalista Auto-didata.
(Dono de um cérebro tão doido quanto eu !!!)  rsr.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

DE VOLTA AOS TRILHOS !!!


ACORDANDO PRA VIDA !


Temos vivido momentos difíceis nestes últimos anos e, à medida que aumenta nossas dificuldades, dores e adversidades, lamentavelmente diminui muito, nossa relação para com Deus e tudo que acreditamos por religiosidade, não importando a crença.  Sejamos francos:  Não temos trabalhado muito, nossa ligação com Deus, que dirá nossa fé.  Muitos acreditam que religião, Fé e Deus, são como “souvernir”, os quais devem ser procurados apenas, em momentos específicos e, independentemente do resultado que obtenha (positivo ou não), o colocamos de volta na “prateleira”, até a próxima utilização.  Perdoe-me o aparente excesso de realismo.  É que existem situações que não se deve ficar passando a mão sobre a cabeça, como se tivéssemos premiando as pessoas por suas precipitadas concepções religiosas, as quais, além não surtirem efeito prático, ainda os leva à descrença religiosa e principalmente com Deus.

Nos momentos atuais, o mundo tem propagado de maneira exacerbada, a banalização da vida e do discernimento, apelando para o imediatismo prático, indiferente, agressivo, quando não violento.  Tem manifestado reações de ódio e vingança, em diversas situações, como nos feminicídios, confrontos entre a força policial e bandidos, quando não são os civis à pagarem a conta da violência gratuita entre aqueles, que resvala em balas perdidas, em todas as direções.  A corrupção presente em membros das coorporações policiais, acabam por promover e contribuir para o aumento (não só da violência em si), mas no impulso psicológico que todo ser humano tem, de causar dolo à outrem, em razão dos seus traumas sofridos quando criança.  Nossas instituições são “freios motivacionais, psicológicos e morais”, os quais deveriam fazer com que, pensássemos antes de agir.  Mas ao invés disso, a humanidade vai na regra do: “Porque ele fez, também posso fazer”.

A educação infantil também tropeça em princípios e alicerces básicos.  Quando o certo deveria ser a formação moral, ética e familiar, que contribui para uma estabilidade psicoemocional (à qual deveria capacitar crianças, jovens e adolescentes, à lidarem com suas frustrações e adversidades), a simples falta resulta em sentimentos de revolta e frustração consigo mesmo, sentindo-se incapazes de enfrentar os próprios desafios, impossibilitando-os de criarem perspectivas profissionais futuras de sucesso ou, ao menos financeiramente estável.  Não dá mais pra ficarmos parados diante da vida, enquanto as oportunidades passam por nossa janela, como uma brisa num calor escaldante (tal como está a vida hoje), com centenas de milhares de pessoas inseguras, seguindo qualquer corredeira, que os leve em qualquer direção, apenas para não se sentirem sós (mesmo que a corredeira os afaste dos sonhos, que um dia desejou alcançar).
Tudo isso limita nossa criatividade na solução de problemas, tendendo resolver para o que for mais prático e imediatista, para resolver o problema hoje e, deixar para depois, o que empurramos pra frente.  Eu já havia dito em outros artigos que, vivemos sob diversas formas de estímulos, que nos faz acreditar que vivemos integralmente, no controle da nossa vontade.  Não percebemos o quão escravos ficamos de uma rotina estressante (até de prazeres), para compensar e atenuar as pressões diárias, geradas à partir das dificuldades que temos, de controlar compromissos, deveres e obrigações, como filhos, trabalho, relatórios, clientes que não sabem esperar e chefes que não cansam de cobrar resultados. Definir prioridades e respectivo tempo para cada um, é uma forma de se reorganizar e ter de volta a velha sensação (prazerosa) de estar novamente, no controle.

Crianças, jovens e adolescentes, se esmeram mais no que veem, do que ouvem, de forma que, de nada adianta querer ensinar (ainda que o certo) no grito, porque eles verão que a atitude anula o ensinamento e a oportunidade de aprender aquela certa lição, terá passado em branco e desperdiçado.  O termômetro que nos mostra se, estamos fazendo do jeito certo, é vê-los praticando o que ensinamos.  Isso nos mostra que estamos retomando o controle da situação (em vez dela sobre nós).  

Ninguém disse que seria fácil, mas que não precisa ser impossível.  Ficará mais fácil quando estabelecermos um propósito, isto é, que tudo que fazemos deve haver uma razão específica, para sabermos se estamos conseguindo cumprir o “cronograma”.  Vai parecer meio paranóico no começo, mas depois pegamos o jeito e o hábito e (melhor), transferimos esse hábito para os nossos filhos, diminuindo consideravelmente, a “carga” de ensiná-los, deixando que aprendam sozinhos, à lidarem com seus desafios e valorizar mais, as suas conquistas.

A vida difícil não é para nos irritar, ela é difícil para provocar-nos à nos adaptar.  Ela é como o chefe que grita para nos cobrar, nos fazer acordar, porque o tempo urge e não espera e as providências e decisões não podem esperar.  Apenas quando retomarmos o controle (de novo) da situação, é que poderemos escolher quais problemas resolver e quais poderão esperar e como serão resolvidos.  A melhor forma de não nos sentirmos sós e ociosos, é treinar o controle sobre a nossa vida, perguntar-nos porque estamos passando por tal problema e porque...e porque...e porque, até desfragmentar o problema e resolvê-lo por partes, em vez de um “todo” enorme e difícil.  Se não fizermos por vontade própria, a vida virá como um tsunami e nos arrastará, dificultando cada vez mais, de assumirmos o controle. 

Está com você agora !  Mas se ficar difícil, lembre-se que Deus não é souvernir de prateleira e, mais do que wi-fi de celular, Ele está sempre conectado mas, para que possamos entrar nessa frequência com Deus, precisamos ficar “debaixo da área de cobertura” e por 24 horas.  Isso não é Ele que exige, é uma condição mínima que precisamos estar, para merecermos tal ajuda. 

Tenha por si, estabelecer um telefone vermelho com Deus (e mantenha).  Isso nos obrigará à aceitar os problemas e até a dor, como condição intrínseca, para o nosso amadurecimento espiritual (ou religioso, se preferir).  Com este canal aberto, as coisas ficarão menos difíceis. Nossas preocupações serão compartilhadas e a compreensão, mais aguçada.  Só pra lembrar, não sofremos por ter os problemas, mas por não entendê-los.

“Não estamos sós” (nunca estivemos), mas precisamos fazer a nossa parte, para merecer essa a atenção de Deus.

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.






domingo, 8 de setembro de 2019

EXCELENTE NOTÍCIA !!!


Prezados amigos leitores,

A cirurgia foi um sucesso, todo tumor foi retirado, já tive alta e estou em casa dando continuidade à recuperação.  Na foto abaixo, a seta indica o curativo por onde se chegou até o tumor.  Ainda deverei ficar ausente, pelo menos até a retirada dos pontos, que deve ocorrer até o final deste mês.  

Quero agradecer à todos pelo apoio e compreensão em esperar meu retorno.  Já estou pensando no próximo artigo que deverei postar no começo de Outubro. Peço um pouco mais de paciência.   Continuamos juntos !!!

Meus sinceros agradecimentos.

Abraço carinhoso.

Professor Amadeu Epifânio - Psicanalista



sexta-feira, 30 de agosto de 2019

PESSOAS QUE MATAM OUTRAS - Parte II

REVELANDO SEGREDOS




Como costumo sempre dizer, nada acontece por acaso e, quer queira ou não, existe uma razão chave, para sermos ofensivos ou agressivos, para com outras pessoas, mesmo aquelas que nos são próximas. Que dirá com estranhos.

O grau ofensivo (bastante variado por sinal), com que lidamos com as pessoas, está relacionado (acredite), com o medo que sentimos por eles. Isso mesmo, medo. Medo do que irá dizer; medo do que irão pensar; medo do como irão reagir; Medo como ela irá se portar, se eu me abrir e disser que eu à amo. Medo da rejeição. Medo de perder a pessoa que ama. Ou seja, medos que se transformam em pavor (para uns) e terror, para outros. Mas o problema não acaba aqui.

Existem dois tipos de reações naturais, diante do medo. O primeiro deles é fugir, enquanto o segundo é o enfrentamento (mas que não se traduz em coragem de agir) e sim, avaliar a situação, desde que com “pé atrás”, temeroso, inseguro ou agressivo, carregando nas mãos trêmulas a sensação de como se estivesse portando algum tipo de objeto para se defender. Uma sensação que faz elevar a adrenalina. A pessoa teme a outra, até que descubra o que pensa, o que sente ou que irá dizer ou fazer. Até lá, vai preferir continuar (psicologicamente) “armado”, sem dar chances ao coração, de manifestar seus sentimentos. É a mente protegendo o corpo da possível ameaça. Uma ameaça que pode levar horas, dias, meses ou anos, porque não se manifesta, para declarar realmente o que sente ou que acontece consigo. Se não dissermos o que precisa ser dito, damos ao outro o direito de ficar apreensivo, temeroso, inseguro, indiferente ou até mesmo, agressivo.

Os tempos mudam e a sociedade principalmente. Aprenderam à nutrir o medo (pra se sentirem seguros) e agora passam este medo adiante, para os que estão “chegando”, sendo agora mais um obstáculo nas relações humanas (já conflitantes). Um medo que já alcança níveis alarmantes, como se o ser humano tivesse ultrapassando os próprios limites. A velha regra de estar com o “dedo nervoso” ao segurar uma arma, também vale (acredite), para nossa língua, uma arma poderosa, que pode deflagrar guerras entre pessoas estranhas e entre familiares (tornando-os estranhos entre si). Guerras sangrentas, guerras de vingança, por herança, por traições e rompimentos. O tipo de guerra que não se encontra diálogo, onde o primeiro impulso é o dolo, decidindo apenas, do que fará uso, para causá-lo. A língua é o carrasco, porque já foi ordenada inconscientemente, à agir.

Uma criança que sofre uma repreenda severa, pode desencadear nela um medo que, dependendo, poderá inibi-la de partilhar dores ou tristeza, até o limite do suportável. Também já havia afirmado que, em namoros se criam expectativas diversas à cerca do outro. Mas, do que adianta criar tanta expectativa, se não forem compartilhadas entre si ? É o mesmo que idealizar sonhos, fantasias, que muitas vezes acabam se tornando filmes de terror. Relações amorosas estão se tornando contratos de propriedade, tendo como principal punição rescisória, a morte. Isso, pela pressa em se unir ou, pela pressa em se romper ou, pelo risco de se perdoar a primeira agressão (pelo medo de ficar só e ainda ter que ouvir dos outros: “Não foi por falta de aviso”).

Pessoas escondem segredos, guardam consigo, por medo do julgamento do outro e, ambos sofrem por isso, por não se fazer revelar, o que para ambos, seria positivo. Pessoas também seguram ressentimentos eternos, ferem e machucam à outros, porque não conseguem revelar sua dor, por medo do julgamento daqueles, à quem faz sofrer, fazendo sofrer à ambos. É o medo reinando, imperando e causando dor (quando não mata e não destrói, pessoas e famílias inteiras). O medo é uma arma inconsciente, um meio de proteger o próprio corpo. Mas isso só acontece, porque não conseguimos nutrir aprendizados, para nós e, depois compartilhar.

A Bíblia diz, que o pecado é uma porta larga e sempre aberta. Tal qual é o medo, sempre disponível e acessível. Se não conseguirmos nutrir aprendizados, se não conseguirmos deixar de nutrir o medo, resta então o “plano B”, que é estabelecer o que realmente queremos pra nós. Que tipo de pessoas queremos ser e que tipo de imagem queremos passar aos filhos (ou perante à sociedade), porque irão esmerar-se mais, no que veem, do que dos conselhos que ouvem (por mais que pregamos). Se não for assim, seus inconscientes adotarão o medo por proteção e a repulsa, ofensa e indiferença como armas, para se protegerem das pessoas e, à julgar pela loucura que está o mundo, dá pra notar que não andamos nos esmerando muito, para passar bons exemplos.

Ou fazemos hoje, o que é certo, ou seremos doravante, escravos de nós mesmos. Se soubermos o que queremos para nós, se soubermos o porquê de estarmos fazendo nosso trabalho (não apenas para o pão de cada dia), mas para provermos e mantermos, para nós e os que amamos, segurança, estabilidade e bem estar, nenhum trabalho será entendiado, nenhum curso universitário terá a sensação que não seja “sua praia” e o fará com muito mais emprenho, dedicação e orgulho, sabendo para quê o está fazendo (não apenas por fazer). Estudar o mercado e a profissão antes mesmo de concluí-la, para levantar “filões” e brechas, de como e onde irá explorar seus conhecimentos, é melhor do que ficar esperando eternamente pelo emprego ideal tão sonhado e que, quando ainda surgir, nunca será o que sempre quis, além de passar a vida inteira procurando.

O medo não só aprisiona, ele nos limita. Precisamos exercitar e incentivar o raciocínio, o discernimento, a reflexão, valer-nos de forma mais produtiva, dos conhecimentos que adquirimos diariamente e, se ainda sofremos, é porque não estamos aprendendo nada ou, os ambientes que frequentamos, não estão oferecendo nada de útil, que possa nos promover estabilidade e bem estar. Nossa estabilidade psicoemocional é conseguida somente, de forma indireta, isto é, precisamos nutrir informações de qualidade e deixar que nossa mente se encarregue de processar e nos devolver de forma útil, produtiva e emocionalmente estável.

Está na hora de sermos mais seletos no aprender pois, se almejamos ser pessoas sócio emocionalmente estáveis e produtivas, precisamos selecionar melhor, a fonte dos nossos conhecimentos, porque certamente isso irá reduzir (e muito), nossos níveis de estresse e de medo, com relação à tudo e à todos, reduzindo junto, a insegurança e a adrenalina, permitindo-nos lidar melhor com as adversidades, sem precisar ofender, agredir ou matar, como resposta.

Nosso inconsciente se vale do mercado livre de opções de respostas, presentes ao redor, embora não muito ético e moralmente falando. Neste mesmo mercado, está faltando mais produtos, os bons exemplos, que não é tão bem divulgado, quanto os erros. Policiais, de tanto medo (imposto por eles mesmos, aos bandidos), já chegam ao local da ocorrência, com arma em punho e “dedo nervoso”. Assaltantes (por medo que a vítima seja policial), matam ao menor esboço de reação. Políticos se valem da revolta da população, por seus entes vitimados, para aprovar o porte de arma. Quem nos governa de fato ?

O medo é uma correnteza forte, tal qual deve ser nosso empenho na manutenção do pensamento certo, sem influências, ainda que seja o único à pensar diferente, pois que nada adiantará juntar-se à uma legião de apavorados, para agir conforme a conveniência comum, imediatista e descontrolada, quando não agressiva (como em torcidas organizadas) ou violenta (como em casos também, de linchamento público). Quando se extravasa raiva, perde-se o medo de ser nós mesmos, para sermos a pessoa mais assustada do mundo, que usa da violência para bater em “tudo que já lhe causou medo e pavor, quando criança”. É o único momento que não temos medo de nada.





Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

               

NOTA:  Prezados Leitores, estarei me ausentando por algumas           
             semanas, para realização de uma cirurgia e respectivo
             tempo de recuperação. Trata-se de um tumor benigno, que  
             surgiu na base do crânio e cuja cirurgia é a única opção. 
             Conto com o apoio de todos para manutenção do nosso 
             blog, bem como a continuidade de sua divulgação.
              Conto também com as orações e vibrações de todos.  
             Manterei à todos, informados, na medida do possível.  
          Estarei de volta, em breve, dando continuidade em    
          nosso trabalho.  Deus abençoe à todos.  Até breve.

           (Professor Amadeu Epifânio - Psicanalista) 




sexta-feira, 23 de agosto de 2019

PORQUE SOFREMOS ?



Não existe frio...sem Cobertor Apropriado.


Está cada dia mais comum, o ser humano mais reagir, do que agir. Mais temer, do que enfrentar. Mais sofrer, do que entender o que se passa. Existe uma inteligência que coordena a vida de todos nós e o propósito que cada um deve cumprir, enquanto ainda neste mundo, tendo como base, as vidas pregressas que tivemos, como tudo que decorreu, contra, ou a nosso favor.  Tudo isso faz parte dos nossos registros no mundo espiritual (que é de onde viemos) os quais serão relevados, à fim de fazerem parte do enredo de nossa próxima vida.

Nada acontece por acaso ! Eis um velho jargão espírita e, verdadeiro, tal como na visão psicanalítica, isto é, nenhum passo é dado, que não esteja sofrendo algum tipo de estímulo, seja ele do ambiente em que estamos ou, seja ele interno, isto é, do nosso corpo (que nos faz por exemplo, nos deslocar até um consultório ou à emergência de um hospital). Devemos acreditar sempre que, se estamos passando por um momento conturbado, certamente há de existir uma razão (explicado na psicanálise) e, provavelmente um propósito, amparado na ciência espiritual (que não é uma religião).

Vivemos sob uma grande árvore genealógica espiritual, com vínculos de vidas passadas, que hoje (nesta vida) assumem o papel de desafetos, para que resgatemos com eles, algum tipo de dano, que por ventura causamos (naquela vida), de forma física ou por traumas psicoemocionais. Nesta vida atual, corrigimos o que fizemos à outrem, em vidas passadas, numa espécie de “Lei de Taleão”, mas não contra nós e sim, por nós mesmos, para que não tenhamos de sofrer com tanta dor e intensidade, em vidas futuras. Isso de fato nos leva ao propósito de evitarmos novos danos, com novas pessoas, que poderão gerar desafetos futuros (incorrendo num ciclo contínuo).

Aqueles que hoje, representam nossos desafetos, também possui seus próprios desafetos, em graus maiores ou menores que os nossos. Ou seja, nesta ciranda espiritual, a vida está sendo corrigida, para nos aprimorarmos, para que um dia venhamos mais, para ajudar, do que para sofrermos.  O lado positivo disso, é que não temos de depender de terceiros, para melhorarmos, que tudo depende de nós mesmos e com ajuda de Deus, (para os que acreditam). Deus não nos impõe as cobranças espirituais, isso é feito por nós mesmos, pelo o que fazemos, pelo o que causamos e, também pelos danos que sofremos de outros, em mesma situação.

Sim, podemos ser algozes e desafetos perante outras pessoas. Quantos filhos são perseguidos por seus pais, que sofrem por causa deles ou por causa de sua omissão e negligência, em ver o que se passam e nada fazem ? Quantos parentes, irmãos, pais, avós, que sofrem maus tratos dos filhos ou de outros irmãos ? Vale lembrar que, nossos desafetos, não passam de meros figurantes, apenas cumprindo seu papel e roteiro (assim como nós, com nossas “vitimas” rsr).

Nem sempre o que sofremos, está relacionado com vidas passadas, mas com o fato de não buscarmos entendimento do que se passa, sua possível procedência, nossa participação direta ou indireta, as causas que nos limita de buscar entendimento e explicações à respeito; o porque de não buscarmos uma melhor qualidade de vida e principalmente, o porque de preferirmos alimentar ressentimentos, contra tudo ou contra todos, como uma zona de conforto, para nos “consolar” de nossos infortúnios. Infelizmente isso existe em larga escala (os feminicídios e homicídios banais, estão aí para nos provar isso).

Prezados, precisaremos um dia, passar por um processo de entendimento de uma nova condição, quando sairmos deste mundo. Contudo, ainda existem pessoas que não conseguem se quer, entender sua condição aqui, neste mundo. São pessoas cuja capacidade cognitiva se estabilizou, parou, não consegue dar um passo adiante, para entender o que não aceita e aceitar o que não entende. Não precisaria mencionar o quanto de avanço de evolução, seria para si mesmo e o quanto o ajudaria à reduzir, seus transtornos e problemas, de natureza diversa.

Não existe frio sem cobertor apropriado. Podemos achar que não serve e não aquece mas, apenas por estarmos focados “no frio”. Se achamos que Deus não ajuda, não é porque ele não vê, mas porque estamos muito distante, que nos preocupamos mais com um sinal de Wi-Fi, do que a ligação com Ele, desejando que tudo ocorra de forma automática ou de “bandeja”. 

Deus pode intervir em nosso favor, se caso mereçamos. Mas que não há de ser condição apenas momentânea, isto é, posso não merecer hoje, mas fazer com que talvez amanhã, seja.  Existe a justiça que tanto exigimos e à que devemos buscar, que se traduz no justo equilíbrio das coisas, da vida, da nossa vida e de “nossas” vidas, hoje e sempre.   Isso porque o mundo não pára, de forma que devemos acompanhar o passo, para fazermos parte sempre do presente, em vez de vivermos somente... “do passado”.

Aqueça primeiro o "coração", que o resto se aquecerá sozinho.



Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.