Projeto VIVA +

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

SITUAÇÃO ESTÁ SOB CONTROLE ?



VOCÊ QUE CONTROLA A SITUAÇÃO OU ELA TE CONTROLA ?



Não é difícil perceber que as pessoas estão perdendo e saindo do seu controle, primeiro emocional e depois, físico.  Se discute o porte de armas, enquanto centenas de pessoas estão morrendo por elas, por razões que não justificaria matar, nem mesmo uma barata.  Por outro lado e, como sempre digo aqui, nada acontece de graça.  Não bastasse o descontrole emocional (involuntário e inconsciente), ainda há aqueles que gostam de cutucar a “sorte” com vara curta.  Quando se perde o controle, perde-se com ele, a autoridade.   Não a autoridade que lhe dá o suposto direito de matar, ofender ou machucar, mas a autoridade que lhe garanta o controle de si próprio e da situação.

Existe uma série de fatos que nos leva à perder o controle, diante do inesperado.  O conceito que tínhamos sobre o que é certo, está sendo sufocado por uma enxurrada de conveniências práticas, não tão certas (se não erradas), que nos provoca o pensamento, se não estamos nos sentindo únicos à pensar “diferente” da grande maioria.  Por ser mais fácil, prático e não exigir esforço mental demasiado, mergulhamos nessa mesma corredeira, sem se quer refletir, sobre onde ela vai dar mas, devemos admitir que consequências poderão advir e teremos de lidar, boas ou ruins.

O mundo mudou, a tecnologia chegou, com ela os eletrônicos e, lamentavelmente com ela, os celulares, sob os quais nutrimos incondicional dependência, mais psicológica que física, fazendo-nos prisioneiros robotizados e privando-nos mentalmente de administrar os “percalços” do nosso cotidiano.  No momento que a necessidade por um celular, se transforma num hábito rotineiro e daí para uma dependência psicológica, estamos usando o celular, tanto quanto usamos o álcool, o cigarro ou de uma agressividade, para desviar-nos do foco dos infortúnios emocionais (os quais muitas vezes nem sabemos que existem), mas estão presentes. 

Autoridade pode ser a altura de um “pedestal”, criado à partir de falsos alicerces, sustentado por convicções “fictícias”, que vão desde argumento social, militar, financeiro, profissional, entre outros.  Tais convicções não ostentariam (por si só) o perfil correspondente, por (talvez) não ser capaz de evitar conflitos de natureza diversa (quando não os provoca), ganhando para si (não uma ostentação de inteligência) mas uma fama que não reflete a imagem que uma sociedade precisa, para exercer o convívio comum.  Para tal ostentação, é primordial possuir um equilíbrio psíquico que, combinado com a posição social que ocupa, concederá ao seu respectivo portador, uma autoridade sólida e construtiva, que objetiva o bem comum (em vez da ignorância geral).

As novas gerações estão crescendo, sem ter muito no que se esmerar de bom; estão sendo só criadas em vez de educadas e, o que absorvem é o que veem (contando com a sorte de verem o melhor de cada um).  Mas todos sabemos que isso está cada dia, mais distante.  Por não pensarem no amanhã dos filhos, estão crescendo sem as ambições de ter uma família bem constituída e um patrimônio que lhe garanta sustento e conforto. Por não pensar nem com a idade dos filhos, à fim de aplicar-lhe ensinamento, conforme o seu entendimento ou por tornar-se indiferentes aos mesmos, a estatística de crianças portadoras de transtornos e traumas, só aumenta, tornando-se adultos com dificuldades laborais.  Como se não bastasse, além de contribuir diretamente para dar “transtorno” ao filho, ainda os censura, por não conseguirem lidar com as consequências correspondentes.   E ainda ostentam uma autoridade “vazia”, cheia de arrogância.

O tempo urge e as oportunidades passam (e tão cedo nos darão nova chance).  Chance de amar os filhos, chance para nos reconciliar com eles, chance para deixar de ser orgulhoso com quem ama, que por não terem se conhecido mais, pensam que não conseguirão do companheiro ou companheira, o apoio que ambos precisam.  Sempre digo que amor não é sentimento, mas se podemos promover ao outro, afeto, segurança, confiança e fidelidade, sim, então estarão amando.   É preciso ter muita confiança, para ostentar uma autoridade, porque ela poderá deixar “rastros”, positivos ou negativos.  A primeira leva tempo, já a segunda é difícil mudar.

Construir um legado, pode levar uma vida inteira, porque não se trata apenas de construir alicerces, mas mantê-los em ambientes adversos. Desta forma pode-se usar as adversidades como testes, à fim de sabermos se estamos no caminho certo ou, se é preciso corrigir posturas, conceitos e pensamentos.  A sociedade está mudando, não reflete mais, só decide o que for mais conveniente (porque acha que pensar faz perder tempo e oportunidades).  Mas, perder oportunidades, que nos levaria ao erro, é o mesmo que “trancarmos as portas” e jogarmos a chave fora, dificultando (e muito), qualquer tentativa de recomeço.

Para um bom vendedor, imagem é tudo mas, para nós, o que vendemos, é uma imagem refletida, na quantidade aritmética do conhecimento que adquirimos, acrescido da capacidade de análise e reflexão, sobre a maior parte das decisões que tomamos.  Parece complicado ? Pois  isso se reflete no critério de escolha, de ambientes e pessoas, com as quais desejamos estar e conviver.  Muitos jovens não tiveram essas características e caíram nas drogas e alcoolismo, porque não tiveram condições de lidar com suas limitações.  Saber preparar os filhos, significa torná-los aptos à esses desafios (que não são poucos).  Ou seja, precisam estar no controle, objetivando metas.  Estou exagerando ?   Existe em todo planeta, hoje, 250 milhões de usuários de drogas.

Acho que já é hora de deixarmos de lado, a arrogância da autoridade que nutrimos, por fazer nos achar que somos tão bons, à ponto de não enxergar o outro como deveríamos, negligenciando não apenas a visível necessidade de ajuda, como a chance de mostrar ao mundo, que não somos seres robotizados e que, ainda somos capazes de ser atenciosos e solidários, pois no “final”, é isso que mais contará.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-Didata. 

               


sábado, 3 de agosto de 2019

MEDO É COMO ESCORPIÃO !!



É DO VENENO QUE SE EXTRAI A CURA.


Quantos de nós não dá ”marcha-à-ré”, ao primeiro sinal de medo? Quantos não pressentem o medo e mergulham de cabeça numa aventura?  Quantos já passaram por uma experiência ruim e não conseguem dar um passo no mesmo sentido ?   Já repararam que, por causa de um medo, muitos já deixaram de cometer erros ou se salvaram de uma tragédia ?  Afinal, o medo é bom ou ruim ?  Milhares de pessoas estão trancadas em si mesmo, por conta do que o medo (ou arrependimento de não ter tido), lhe causou.

Por um lado, o medo pode funcionar como um instrumento de dominação, de si próprio, por algo ou de alguém.  Uma forma de estímulo (mencionado no último artigo).  O medo pode ser imposto, de forma voluntária (e direta) ou involuntária (e inconsciente).  O medo pode representar prudência, enquanto que o excesso de medo lhe pareça uma prisão (ainda que carregue consigo, a chave da sela).  O medo procede do nossos alicerces, do nosso passado e que, de alguma forma, foi mantido (ou aumentado) durante toda a vida.  Ele não é único, por isso carece ser explorado, para que possa ser controlado.

Com o decorrer do tempo, o medo cria formas, nomes, denominações, como autoridade ou arbitrariedade, poder ou abuso, perigo e pavor.  De uma forma ou de outra norteia a nossa vida e controla nossos passos.  Mas o que não percebemos é que, de tanto invadir nossa vida, não percebemos que a maior arma que temos, para controlar (não extinguir) o medo, é ele próprio, porém usando-o em nosso favor e não, contra nós.

O primeiro passo é aceitar sua existência, em seguida é retratá-lo, descrevê-lo com toda riqueza de detalhes, mesmo que o faz parecer absurdo, bobo ou insano, pois é daí que conseguiremos extrair o “veneno” e sintetizá-lo, ou seja, descobrir a origem e perceber o quanto (além do necessário), deixamos crescer esse medo (mesmo não percebendo).  Comece se perguntando porque e do quê, sente medo, o que impede de fazer ou agir de uma forma, quando deveria fazer de outra ?  Volte ao passado e reveja alguns fatos que podem ter lhe causado o mesmo medo.  Não esqueça de pensar com a idade em que está no passado (se criança e de quantos anos).

Tente imaginar com que idade poderia ter constituído o cenário que gerou o seu medo e em qual circunstância.  Lembre-se, não estamos procurando culpados rsr e sim, circunstâncias que nos levam à agir de forma diferente.  Também não estamos procurando o medo em si, mas um evento ocorrido e traumático (para a mentalidade da criança, cuja idade está idealizando).  Entendam, uma pequena aranha que desce na teia, até a ponta do nariz de um bebê, pode lhe causar um pavor e arrastá-lo à fase adulta. 

O ponto de partida é o medo que há em você, hoje (já descrito com detalhes).  Agora você está procurando um evento, pelo qual tenha passado e lhe gerado este medo (de reviver o mesmo evento).  Se caso sente que seu medo é forte, então terá de fazer esta busca, com ajuda profissional terapêutica.

Outro fato que vale à pena lembrar é que, comportamentos não percebidos, podem levar adultos e crianças, à alimentar (e elevar), medos já existentes dentro de si.  Ninguém sabe que há um medo em si próprio, até que um fato, de mesma intensidade, o faça descobrir.  Mais uma vez a necessidade de investigar, para ser possível, controlar.

Ao perceber que há um medo em você, que lhe “freia” em suas atividades, deve saber que não veio do nada, que foi uma sensação vivida em algum evento passado e que está presente, porque algum “gatilho” o fez reviver a mesma sensação.  É como sofrer um atropelamento e reviver a sensação, sempre que passar pelo mesmo cruzamento.  Nada é gratuito, medo não surge do nada nem de repente, mas devemos aproveitá-lo como prudência, para não nos atirarmos de cabeça, em algum projeto arriscado ou perigoso. 

Não vamos querer viver uma vida inteira em apenas 1 dia, não é mesmo ?

(Deixem suas dúvidas nos comentários.  Todas serão respondidas).


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

               


segunda-feira, 29 de julho de 2019

ZONA DE CONFORTO !



INDIFERENÇA COM O PRESENTE, NEGLIGÊNCIA COM O FUTURO.


Toda fase adolescente costuma ser confirmação de conceitos adquiridos na juventude, que por sua vez, trás consigo, as marcas, traumas (ou estabilidade), adquiridas e vivenciadas na infância, juntamente com problemas médicos ou experiências sensitivas, vividas no útero, antes e depois de formado.

Vivemos de estímulos, adquiridos ao longo da vida, alguns marcam (outros nem tanto). Estes estímulos se fundem com todos os outros, sempre presentes em cada ambiente em que estamos, dando-nos a falsa pretensão de estarmos sempre no controle da nossa vida e principalmente, de ter controle sobre outras pessoas ou de situações.  O medo é o principal estímulo que nos move, pois vivemos para proteger e alimentar os medos que temos (todos de natureza inconsciente, fora os que acreditamos ser).

Como são raros os momentos em que “de fato”, podemos nos orgulhar de controlar alguma coisa, melhor aproveitar para aprimorarmos a percepção, para calibrar os conceitos que criamos, especialmente em torno de outros, para não cometer erros grotescos de julgamentos infundados, de natureza genérica.

Passe este princípio à crianças, para que, quando jovens e adolescentes, não herdem e proliferem os defeitos dos pais.  Este texto faz referência ao erro comum, que não se deve julgar nada ou ninguém, apenas pelo o que se vê, mas que se deve apurar com profundidade os fatos, não apenas para descobrirmos razões ou causas, mas permitir a contínua e ininterrupta arte de raciocinar e aprender. 

Do “Pó” viemos e ao mesmo, voltaremos, isto porque, passaremos nossa vida inteira, sem entendermos à nós mesmos.  Que dirá os outros!  Que dirá os filhos!  Olhem à sua volta e vejam o caos que se instalou, vejam quantas pessoas estão tirando a vida de outras, por motivações cada vez mais banais.  Quando antes bastava apenas um diálogo que, fosse para reconciliar ou mesmo aceitar uma separação, hoje está se resolvendo da pior forma possível.  São pessoas encarando o valor do “bem” que possui, no poder que se tem sobre o outro e, no medo de perder (pra variar).

Se devemos de ser bons, para sermos modelo perante os filhos, devemos também lhes ensinar a arte do exercício do raciocínio, sempre que lhe for necessário julgar, para termos esperança em um futuro mais promissor, sem tanta ignorância e morte.  O tempo é curto e as oportunidades são raras, de forma que não devemos perder mais tempo, só para educar, mas passar aos filhos, princípios que lhe servirão em qualquer situação que esteja e que lhes permita tomar sempre, a decisão que for a mais racional e apropriada ao momento que atravessa.  Por exemplo, serem verdadeiramente justos (indiferente ao conceito que os demais possam fazer à respeito).

Pareço dramático ?  Olhem à sua volta, veja as manchetes.  Não obrigue os filhos à serem somente, pessoas de bem, mas faça com que eles vejam neste princípio, a condição intrínsica para uma vida (e quem sabe, sobrevivência) mais segura. Devemos nos perguntar: O que está se criando em casa hoje ? Feminicistas? terroristas ?  fanáticos ? gananciosos ?  Quando criaremos jovens capazes de lidar com seus próprios conflitos ?  Devemos criar filhos sãos, para que possam proteger a continuidade da vida (em vez de se revoltar, destruir ou matar, por não aceitar um “não” como resposta). 

Vivemos numa zona de conforto, em que não precisamos “nos mexer muito” para ensinar os filhos, por acreditar que podem se virar sozinhos porém, ninguém se pergunta o quanto de “lixo cultural” adquirem quando estão sós.  Quanto de influência adquirem, de formas mais variadas, como deixar uma TV ligada o dia inteiro ? quantos não sofrem indiferença, omissão, negligência, passividade, violência, abuso, Bulliyng, separações, óbitos, entre vários outros ?  Tudo isso, desde a infância, contamina as perspectivas, criando doenças psicológicas ou psiquiátricas, quando não, suicídio.

Com a falência de todas as instituições, como política, justiça, “poder executivo”, família, igrejas, religiões, corrupção em vários órgãos governamentais, descaso com a população, (in)segurança pública agindo como nos tempos do faroeste, matando em vez de só intimidar.  O problema é que os bandidos aprenderam o mesmo princípio, e com mais eficiência.   É sob esse prisma de instabilidade, que estamos tentando preparar os filhos pra vida, ou seja, falando de futuro, enquanto o presente ainda, é algo incerto.

Se desejamos um futuro promissor e produtivo para os filhos, o trabalho começa bem antes, basicamente desde a gestação, pois que, qualquer problema nesta fase, pode levar insegurança para a vida toda.  Na primeira infância, que vai até os 3(três) anos de idade (cinco, dependendo), é uma fase de muita vulnerabilidade para a criança.  Como não tem ainda, a percepção necessária para entender tudo que se passa consigo e ao seu redor, o grau de perplexidade aumenta e muitas sensações são gravadas pelo inconsciente e mais tarde repetidas insistentemente, para que possam ser entendidas e extintas. Como não conseguem entender, mais um problema nas costas dos jovens e adolescentes, comprometendo e muito, sua capacidade laborativa.

Olhe ao seu redor e pense muito, antes de pôr mais um filho no mundo. Vocês não viverão no meio do deserto (pra que eles não sofram influência externa à de vocês).  Pelo contrário, eles receberão mais influências do mundo lá fora, do que de vocês e, como vocês estarão muito ocupados e atarefados, não acompanharão o desenvolvimento deles.  Não se trata apenas do que ele terão de enfrentar “lá fora” um dia, mas que vocês (pais), não terão capacidade e tempo, para criá-lo, educá-lo, ensiná-lo, prepará-lo e o mais importante, fazer com que eles passem a primeira fase da vida deles (da gestação aos 3 anos) sem vir à constituir nenhum tipo de transtorno psiquiátrico.  Isso porque, além de serem constituídos “dentro de casa”, vocês ainda irão julgar seus comportamentos, crises, sintomas e pensamentos suicidas.  Tem muita gente ainda por aí, lavando as mãos (sem alvejante) e se julgando o máximo.

De nada resolve, querer tirar as pedras, do caminho dos filhos.

Melhor que o ensinemos à escolher quais tirar e quais passar por cima.  Bom pra ele. Bom para todos nós.



Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL
Influência Pregressa em Respostas Emocionais

               


quarta-feira, 17 de julho de 2019

NÃO NEGLIGENCIE A VIDA !!!


AQUELES QUE GOSTAM DE BANCAR OS MACHÕES E DURÕES, PERANTE OS FILHOS PEQUENOS OU GESTANTES QUE NEM LIGAM PARA O QUE O FETOS POSSAM ESTAR PASSANDO OU SENTINDO, SAIBAM QUE PODEM ESTAR CONDENANDO OS FILHOS, À UMA VIDA DE SOFRIMENTO, QUE MUITAS VEZES PODEM LEVÁ-LOS AO SUICÍDIO.  ACORDA !!!

ANTES DE DECIDIR ALGO QUE ENVOLVA FETOS E FILHOS PEQUENOS, PENSE SE OS MESMOS IRÃO APROVAR, ACEITAR OU SUPORTAR, O QUE LHE CAIRÁ "SOBRE AS COSTAS".


segunda-feira, 15 de julho de 2019

TRAUMAS NÃO SE ESQUECE !



MAS PODEM SER EXTINTOS !!


Não se trata apenas, deixar de lado as marcas deixadas, mas saber lidar com as limitações impostas pelo trauma.  Sempre digo aqui que, não sofremos por ter "problemas" (diversos), mas por não entendê-los.  Deve-se à todo custo, buscar a compreensão dos fatos que nos atormenta e nos limita, em vez de ficarmos passivos, achando que estamos acorrentado à uma corrente invisível. Deve-se em primeiro lugar, registrar tudo que acontece consigo, anotar em um caderno só pra isso, por um tempo mínimo, entre 3 a 6 meses.

Faça uma cronologia dos fatos e tudo que transcorrer deles.  Em segundo, leia e releia até que comece à fazer sentido pra você.  Por método de associação inconsciente, os fatos registrados, nos leva à lembrar de eventos, até então bloqueados na memória. Anote-os também no mesmo caderno. Quanto mais lembranças reunir, mais tomará conhecimento do que o(a) atormenta ou limita-o(a). Isto feito, os sintomas começarão à vir com menos intensidade e até com menos frequência.

Tenha em mente que não há pressa em se levantar fatos, porque eles não virão à tona, sob pressão, é preciso ficar relaxado.   As dúvidas que forem surgindo, anote-as para fazer à algum terapeuta (se necessário), para identificar alguma possível "peça" que não esteja se encaixando.  O terapeuta não dirá à você, mas o ajudará à lembrar-se.

É importante que saiba que, seja qual for o evento que gerou seu transtorno, não se trata de evento traumático severo ou terrível.  Isso porque, primeiro, quem passa pela situação é a sua criança, que poderia estar ainda, no ventre materno ou estar com até 3 anos de idade. É sempre o fato de não entendermos o que se passa, que nos deixa perturbados e, para uma criança, isso é ainda pior.   Compreendem ?

Portanto, quando investigamos nossos sintomas, o estamos fazendo, para entender o que passamos, quando criança.  Nossa fase adulta acaba sendo um amplificador de emoções, isto é, o que sofremos quando temos sintomas e crises, estamos na verdade, revivendo um momento perturbador de nossa infância, mais nada. Portanto, em vez de ficar passivo, aproveite para registrar o que se passa, para depois entender.   Dessa forma, as crises não pegarão mais você, se surpresa.

Tenha os pensamentos negativos, como um termômetro de desempenho de sua investigação, à fim de saber se está indo bem ou não.  Sem pressa e sem estresse, melhor devagar e sempre, do que sempre devagar (ou parado rsr).  Se a vida fosse perfeita, não aprenderíamos nada e continuaríamos insatisfeitos.  Com a vida nos desafiando o tempo todo, temos a percepção de estar vivos e (me perdoe os defensores dos animais), matando um leão por dia.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

               

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