Projeto VIVA +

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

PARALISIA CEREBRAL !!!



QUANDO AFETA A MENTE, A COORDENAÇÃO
E A CRIANÇA NÃO SABE O QUE ESTÁ SE PASSANDO.

ELAS PRECISAM SABER.


Muitos dos problemas, pelos quais passamos, ficamos atônitos por não compreender sua origem, bem como a razão do porque estar acontecendo.  Se o corpo não consegue “montar guarda” em si mesmo, não conseguirá combater as adversidades, quando surgirem, não importando a idade que se tenha.  Se pudermos descobrir a origem e essência do problema, ainda que manifestado de forma inesperada, o corpo, o organismo, poderá tentar descobrir formas de lidar ou combater, valendo-se de qualquer recurso que se mostrar disponível em si mesmo.

Contudo, vale lembrar que, só podemos acessar "armas para lutar", se estivermos em vigília, isto é, se tivermos consciência do “suposto inimigo”. Se tivermos ideia de sua extensão, magnitude e intensidade, poderei mensurar o quanto de recursos e habilidades terei, para poder lidar, de forma contínua, contra as limitações que são impostas, que compromete parte do desejo e também, parte da mobilidade e coordenação.

Perguntas que precisamos responder:

1)     Quanto a criança tem (ou não), de consciência, sobre o problema ?
2)     Responde à algum estímulo provocado, em alguma região do corpo ?
3)     Que comandos tem, sobre quais ações (inclusive mental) ?
4)     Manifesta reações à sustos, que são provocados ?
5)     Reaje quando é levemente beliscado ou espetado ?
6)     Reaje quando um objeto desliza sobre o corpo e partes ?
7)     Quais partes aparenta ter algum controle mental ?
8)     É treinado à observar direções e objetos ?
9)     Corresponde ou reconhece à eles ?
10)   É treinado(a) ao exercício da fala ?
11)    Reconhece pessoas, objetos e lugares ?
12)    Como se dá essa reação ?  Existe lugar que a criança não gosta ?


A suspensão de algumas habilidades, não representa perda ou impossibilidade permanente, apenas pode indicar que não houve tempo hábil (para a criança) para que tal membro tenha sido exercitado com consciência.  Enquanto no útero, cada movimento é dado por estímulo, quando nasce, cada parte do corpo é descoberto de forma lenta e progressiva, à medida que vai sendo (oportunamente) necessário.  Enquanto assim não se fizer, a criança mal sabe que tem (pernas, por exemplo), ou cabelo (até que puxe) ou se veja no espelho.

Assim sendo, parte das limitações, que são apresentadas num diagnostico de paralisia cerebral, podem, talvez, esconder limitações psicológicas, não relacionadas diretamente, com o problema em questão.  É de se esperar que uma criança ou bebê, possa não manifestar-se conscientemente, no sentido de se auto-ajudar mas, existe uma forma de tornar possível, suas defesas, inconscientemente (e até involuntariamente), por seus dois inconscientes (como qualquer pessoa).  Ambos inconscientes “nascem” junto com a formação completa do feto, sendo que apenas 1(hum) deles (nesse período), trabalha em benefício do próprio corpo, procurando ajudá-lo e protegê-lo, dentro dos recursos que lhe for permitido.

Entre esses recursos, está o de gravar e guardar, experiências vividas pelo feto, que venham à causar-lhe dor, incômodo ou perturbação, guardando essas memórias, até que o corpo cresça e  tenha condições para lembrá-lo e consequentemente, entender o “recado” (o qual se resume apenas, na lembrança das sensações vivenciadas).   Como é difícil entender uma sensação que não conhece sua origem, muitas delas se transformam em transtornos psiquiátricos.  O inconsciente continuará tentando lembrá-lo do evento (como um carteiro à insistir na entrega de um "pacote").  Enquanto negarmos o pacote, por não entendê-lo, o "carteiro" será insistentemente, até que consiga.

Em nosso caso, de paralisia cerebral, a parte da mente (do segundo inconsciente), responsável por abrigar a formação da razão, conhecimento e de informações diversas, que não se desenvolveu (em razão de sua “aparente” limitação), pode estar ainda, esperando para ser explorada e enriquecida, com informações básicas, como família, noções de afeto, carícia, voz da mãe, do pai, do médico, gesto, brincadeiras, palavras e associações diversas.  Tudo isso, em muito, pode corroborar no tratamento, correspondendo à comandos e estímulos, buscando cada vez mais, que se promova, na criança, alcançar uma autonomia, que lhe favoreça desempenhar atividades mínimas e básicas, como alimentar-se, tomar líquidos, pedir coisas, chamar pessoas, etc.

Até que essas informações sejam incorporadas e absorvidas, a criança ficará mais limitada, sem muito controle de coordenação motora ou de fala.  Para ajudar na fala, pode se fazer um painel de fotos (poucas fotos), com os momentos mais frequentes da criança, como banho, papinha, papai, mamãe, vovó  e irmãos, carrinho de bebê, o brinquedo, a atividade que mais gosta.  Pode-se estimular, no começo, a mãe apontar (e pronunciar) as fotos, para o bebê (ou criança maior), para ir se familiarizando com o ambiente.  Pode incluir também, a foto do médico ou médica que o(a) acompanha.  

Muitas vezes vemos a criança, agir como se fosse ainda, um feto, mais gemendo que gesticulando.  Isso representa a falta de construção de linguagem. Isso pode ser fotografado e guardado, como uma referência de tempo e de evolução de tratamento, para saber à quanto se está evoluindo, no processo de autonomia da criança (ou jovem), que é o momento (conforme já mencionei), que ela pedirá coisas, chamará pessoas ou apontará para a foto que deseja ter ou fazer, num dado momento.  Quando se acredita, tudo se torna possível. 


À medida que o tempo passa, a criança ou jovem, já poderá pronunciar algumas palavras ou sílabas, relativo à algum desejo ou à uma foto específica.  Crianças tem sentimentos e elas procurarão manifestar isso de alguma forma, desejando colo, abraço, um beijo, até mesmo como recompensa por algum progresso.  Exercícios com os braços, as pernas, com andador, jogar e tentar apanhar bola, pendurar um brinquedo num barbante e fazer com que ele levante os braços para tentar pegar, estimulando coordenação, através de uma ação específica.  Pôr uma cesta de basquete (ou improvisar com um baldinho), na parede, à altura da criança, sentada, para jogar dentro, as bolas (que pode ser de papel), estimulando com recompensa.  Feche a saída da cesta, pois em algum momento em que estiver sozinho(a), poderá tentar colocar a bola, para esperar uma boa recompensa. rsr

Pense na criança como um HD vazio de computador, precisando ser preenchido com os programas, pra rodar de forma satisfatória.  Precisa aos pouco, trocar o fazer por ele, com o “fazer ele fazer” e atribuir a recompensa, que pode ser um abraço, um beijo, um carinho, uma colher de iogurte, etc.  À medida que for evoluindo pode “aumentar” as tarefas à fazer, como ensiná-lo à pedir água, biscoito, geleia, etc.  O ensinamento não pode parar, palavras novas precisam fazer parte do repertório de aprendizado.  Quanto mais aprender, mais interativo e colaborativo será e, sentindo-se útil, será ainda mais feliz.

Criança com paralisia tem limitações ? Pode ter .  Mas vamos fazer o que pudermos para tornar a vida dela, mais interativa, participativa e mais feliz.  Depois a gente vê o que sobra de limitação.   Se sobrar.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista

             




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O MÉRITO É DE VOCÊS !!!


      ABAIXO, OS PAÍSES QUE JÁ ACESSAM E SE BENEFICIAM DO NOSSO BLOG.


                                                  OBRIGADO À TODOS.


domingo, 3 de fevereiro de 2019

NADA É IMPOSSÍVEL !



ACIMA DE TUDO, ACREDITE !!!



Temos passado boa parte da vida, vivendo situações, cuja as quais não aceitamos, repudiamos, nos revoltamos. Roubamos de nós mesmos, a chance de buscar entender o que se passa, porque simplesmente não acreditamos em nós mesmos.  Desprezamos o melhor de nós (porque sempre há), em pró de uma auto-lamentação (como zona de conforto), porque parece ser a única forma de vivermos, em meio aos problemas pelos quais passamos e sofremos.

Neste cenário, o tempo parece correr, enquanto nós vemos os trens (das oportunidades), passarem diante de nós, como se em alta velocidade, não nos sentindo capazes de alcançá-lo e pegá-lo, para deixar para trás o que não nos agrada e também, nos consome.

Mas então o que fazer ?   Concentre-se em si mesmo, deixe de lado os problemas (até porque não dá mesmo pra ignorar).  Questione-se sobre você mesmo(a) e sobre quais limitações não permite que pegue as oportunidades, sem todos os medos que, sobre elas possa existir.  Depois levante todas as aptidões que já teve oportunidade de exercer.  Saiba que és uma pessoa de valor, que de alguma forma já teve a chance de demonstrar (não importa o que, nem quanto seja). 

Só nos voltamos para o problema que nos consome, porque permitimos, porque não acreditamos em nós mesmos e em tudo que sejamos capazes de fazer.  Mas não podemos nos reerguer com arrogância, pois isso seria o mesmo que ostentar um orgulho que apenas aparentamos, para ocultar nosso momento difícil.  Na hora de se levantar, é preciso despir-se do orgulho, da vaidade, da inveja e começar à nos reerguer pelo sentimento mais simples de sentir, que é a humildade, isto é, aceitar que cairmos mas, por minhas aptidões, serei capaz de me levantar.

Podemos não cair por nossa culpa, em decorrência de fatos, sobre os quais não tivemos, controle ou discernimento e, razão pela qual suprimiu nossa auto estima e roubando nossa energia.  Tudo isso (se pararmos pra pensar), é apenas em razão de algo, sobre o qual não aprofundamos nosso entendimento, à fim de mensurar sua dimensão, para então poder descobrir, o quanto de meu potencial posso empregar, sem comprometer o que sou e, no que acredito ser capaz.

Tudo existe por uma razão, resgate, resgate espiritual.  Se não acredita não importa.  Pode acreditar em oportunidade de crescimento.  Se a vida nos cobra, é porque carecemos de lições para aprender, para que, progressivamente, os problemas se mostrem cada vez menores, de menos intensidade, magnitude e cada vez mais fáceis de lidar.   É a roda da vida que precisa girar e, nosso desempenho poderá ser a graxa que movimenta ou a ferrugem que emperra.  A escolha é sua.

Acredite em si mesmo(a), porque é o único à quem dará valor e, para muitos, mais tarde, poderá exibir um orgulho de vencedor (mas não agora).  O agora depende mais de si mesmo(a) e acreditar no próprio potencial, é todo propósito de que precisa.  Que suas conquistas sejam tua torcida (não importa se pequenas), pois estará solidificando os degraus dos próximos passos.  Como se costuma dizer, um dia de cada vez, porque a pressa é inimiga da perfeição.

Não perca seu tempo, dando valor à censuras e críticas, porque isso sim, vem dos fracos, pois é mais fácil censurar, do que o esforço de escolher as palavras certas de motivação.   Precisa lembrar-se sempre, que não está competindo com ninguém (nem consigo mesmo).  Apenas estará dando um passo de cada vez, rumo à um sucesso (cuja interpretação é subjetivamente pessoal).  Porque cada um sabe o que é para si, alcançar seu próprio sucesso.  Também não pense em desistir, porque cada passo não dado, são dois ou mais, que ficará devendo à si mesmo.  Você é a única pessoa que pode confiar é em si próprio(a) e sua autoconfiança é tudo que precisa, para vencer.  Lembre-se disso.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista

               

Contatos: https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu



quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

PORQUE FICAMOS ATÔNITOS ?



PORQUE MOMENTOS SÚBITOS NOS ASSUSTAM ?



Pessoal, em um parque aquático que visitei, passei por uma experiência (em uma das atrações), que me deixou perplexo e assustado, num primeiro momento. A atração consiste em receber uma tromba d’água de grande volume, de certa altura.  Mas a sensação que alguns (como eu), já com 60 anos, passa nessa hora, num primeiro momento, é nada mais nada menos que assustador.  

Então (como psicanalista que eu sou), fiquei analisando essa minha reação e, cheguei à conclusão que, o que passou comigo, foi um conflito inconsciente, isto é, uma indecisão que ocorre entre os dois inconscientes que temos (Ego e Id, racional e imaturo respectivamente), em se determinar qual dos dois determinará o tipo de reação que terei, diante de uma certa situação, em que uma resposta súbita é exigida, de forma repentina.  A razão do conflito consiste no fato que, ambos os inconscientes nos governam porém, de forma alternada e, onde o Ego tem sempre a prevalência.

Para sabermos um pouco mais sobre isso, imaginemos o Ego, um motorista habilitado e competente, enquanto o Id, um co-piloto que nem habilitação tem, quase nem dirige, mas que fará de tudo para nos socorrer.  Tipo aquela pessoa com boas intenções mas nenhuma habilidade. rsr  O problema é que existem situações que passamos, como assalto, furto de carro, notícia de falecimento de alguém que nos é importante e demais situações que nos deixam atônitos, num primeiro momento. Mas os inconscientes não são os maiores culpados nessa hora, pois que eles lidam e agem, apenas pela formação e experiências emocionais que recebem ao longo da vida, desde a formação uterina. 

   Já ouviram dizer que existe consciente e inconsciente ?     Esquece !   O que chamamos de estado consciente, nos é dado pelo o que conhecemos por “Livre Arbítrio”, que se traduz na sensação que temos, de estarmos no controle da situação, da nossa vida (quando não, da vida alheia).   Contudo, consideremos o livre arbítrio como uma “fresta” de liberdade, ou seja, momentos raros que temos, que devem ser aproveitados ao máximo (cada minuto), para absorver novos conhecimentos e experiências, que serão extremamente úteis para os nossos inconscientes, como valoroso acervo, para evitar situações de conflitos de jurisdição entre eles e, principalmente, para que as melhores decisões (as mais racionais), sejam sempre tomadas, em momentos de tensão súbita ou extrema.  

Pergunte-se como gostaria de reagir situações de tensão e o que é necessário adquirir, para que tais respostas lhes sejam dadas pelo Ego (não no aspecto vaidoso da palavra), mas no sentido racional de relevância e prevalência da vida, tanto nossa, quanto dos que amamos, quanto dos que ferimos (física ou emocionalmente).  O mundo está ficando egoísta, porque perdemos o interesse de aprender e adquirir conhecimentos úteis, não apenas para usufruirmos, mas para ensiná-los ou partilhar-los.  Em resposta à isso, quem mais nos governa é o “motorista” imaturo, que não mede consequências nem pressente perigo, sempre “rendendo” o Ego porque, este nada dispõe, que priorize o valor ético, moral e espiritual da vida como um todo, não favorecendo que haja nem o conflito com o Id, para que algum benefício próprio lhe seja dado, ainda que para seu próprio amadurecimento.

Livre arbítrio é um recurso para enriquecer nosso Ego, com a melhor formação possível, com os melhores conceitos, premissas, valores éticos, morais, familiares e sua relevância para nós.  Se não dermos destinação útil e produtiva, à tudo que aprendemos e adquirimos, pouca ou nenhuma relevância, terá nossa vida nesse mundo.  Até criminosos dão destinação à tudo de errado que que aprendem e, talvez por isso ganharam o status de “organizado”.   O que precisamos é dar destinação ao que de bom recebermos e, se nem isso formos contemplados, que busquemos então, porque havemos de ser os únicos à acreditar em nós mesmos, antes de qualquer pessoa e, como somos todos, “tomé”, devemos antes, ser, para que os demais creiam (e sigam).

Muitas atitudes que vemos hoje, estão nos deixando atônitos, perplexos, que por não poderem contar com uma justiça justa, agem pelas próprias mãos, sem medir consequências, nem nesta vida e principalmente, para quando estiver na outra.  Não podemos tornar-nos indiferente ao mundo presente, porque é nele que nossos filhos e netos andarão e como ficaremos ao verem sendo expostos, ao mundo que negligenciamos, apenas por acreditar que nada podia ser feito ?  Andarão em eterno conflito, por não saberem no que crer ou qual perspectiva ser, ao mesmo tempo, a mais promissora e menos nociva ou letal.

O mundo exige respostas, soluções, oxigênio respirável, valores para acreditar.  É o mundo se despedaçando, pessoas matando por motivos banais e se matando por não acreditar que seu problema possa ter uma solução.  Crianças continuarão à nascer e a forma delas interagirem com esse mundo, vai depender do exemplo que pudermos passar à elas, por que é isso (e não palavras), que elas seguirão.  Façamos valer o Livre Arbítrio adquirido.  Todos precisamos.



Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista Auto-didata.

              

Contatos:  https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu