Projeto VIVA +

terça-feira, 10 de julho de 2018

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE.



Mais hiperatividade, que falta de atenção.



Quem tem TDAH tem uma espécie de energia à mais acumulada, à qual não sabe onde, nem como gastar, razão pela qual quer fazer (ou acha que pode) fazer várias coisas e, com isso, distrai-se facilmente, das tarefas que precisa fazer e terminar. Sem dúvida isso é psicológico, o inconsciente está tentando se "comunicar" com o meio externo, para avisar que há uma pendência reprimida no inconsciente, que precisa ser tratada e extinta.

Como não pode simplesmente relatar o fato, ele (o inconsciente) usa de "charadas", através dos sintomas, que são dicas do que pode ter ocorrido, provavelmente quando ainda um bebê de primeiras semanas ou poucos meses (no máximo, 24).  Medicação serve apenas para neutralizar a insistência do inconsciente, em tentar nos avisar, mas é preciso investigar, tomar conhecimento e reviver o fato, para que o transtorno seja enfim, extinto.

Um coisa que vale à pena avisar, não "comprem" sintomas em feira livre, achando que tudo que acontece é decorrente do transtorno.  Isso não existe, pois os sintomas são todos provenientes do período em que foi gerado o transtorno.   Depressão também não existe. O que existe é uma forte sensação de impotência (e tristeza), diante do que não entende e, por não entender não aceita e, por não aceitar, sofre.

Preste bem atenção à todos os sintomas que tem (aqueles que cada um, diferentemente, tem) e anote numa espécie de diário, observando o seguinte:

- Quando começa e termina
- O que pensa nessa hora
- O que faz, o que diz e pra quem diz
- Se o tempo está frio, calor ou ameno
- Se implica com determinada pessoa em casa
- Sensações de sintomas que sente na rua ou lugar específico.
- Tipo de local onde sente o sintoma, com mais frequência
- Verifique e anote informações sobre a medicação, efeito e duração.
- Não tenha pressa, porque as informações não vem na hora que desejamos.


Esses profissionais precisam começar à ser mais cobrados, afinal, eles não trabalham de graça e o tratamento é caro, incluindo consulta, remédio e terapia. ok ?

Não se conforme em achar que não conseguirá estabilizar os sintomas ("desconta" no psiquiatra rsr).  Afinal, ele estudou quase 10 anos pra fazer o que faz, enquanto o terapeuta, uns 6 anos, fora alguma pós graduação.

Questione também os familiares, sobre momentos da sua primeira infância e peça pra que relate tudo que lembrar (não precisa ser de uma vez só).  Nisso, vai se montando um quebra cabeça e, o inconsciente percebendo, dará um jeito de ajudar (pois é isso que ele mais quer, isto é, resolver o passado).


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista

               

                   PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL
                   Influência Pregressa em Respostas Emocionais



quarta-feira, 4 de julho de 2018

DEPRESSÃO ! ! !


Porque sofremos tanto ?



A depressão é praticamente uma batalha entre nós e um inconsciente ferido, quando ainda criança (na grande maioria das vezes).  É aquela criança quem está gritando (não nós).   Nós apenas, como um grande amplificador de emoções, manifestamos a tristeza ou a dor daquela criança. 

Muito provavelmente essa ferida está relacionada à uma ofensa depreciativa, feita por alguém que amávamos muito na época, praticamente à idolatrávamos com a força de uma criança (que é muito maior que à de um adulto).  Fomos feridos duas vezes, ou seja, pela ofensa e (mais importante que isso) por aquela pessoa. 

Ofensas muitas vezes que passam batido, porque pensamos que é coisa que de momento e que a criança não irá guardar.  De fato, a criança pode até brincar dois dias depois, podemos até continuar amando hoje, a mesma pessoa que nos machucou lá atrás porém, aquela ferida ainda está aberta e causando enorme dor.

Medicação é aspirina para o corpo (paliativo necessário e provisório) mas, para curar aquela ferida, somente uma boa terapia, com um excelente profissional, vocacionado em verdadeiramente ajudar seus semelhantes (e não fazer da dor uma fonte de renda).

Aquele momento, preso, reprimido no inconsciente, precisa ser trazido à tona e tomado conhecimento, para que enfim, possa ser extinto para sempre.   Uma coisa que sempre digo:  Terapia é como reforma que fazemos em casa, não podemos passar meses sem progresso.   Saibam cobrar do profissional, testem a terapia, acompanhe o tratamento, tente fazer o que a depressão, antes não deixava.  Antes de chegar ao "destino", precisamos ir tirando as pedras do caminho.

NÃO IMPORTA O QUANTO UM PROFISSIONAL SEJA BOM (OU RUIM):   

100 A PARTICIPAÇÃO DO PACIENTE, 100 CHANCE.

Professor Amadeu Epifânio

Pesquisador/Psicanalista




quinta-feira, 28 de junho de 2018

CAMINHÃO DE SINTOMAS !


QUAL O TAMANHO DO SEU ?


Devemos considerar a libido (não como estimulante sexual), mas como a energia necessária para sairmos do estado de estagnação que o transtorno nos deixa.  Um outro fator negativo para os que possuem transtorno (todos eles), é fazer uma “feira livre” de sintomas, de tudo que possa ser encontrado ou sentido, como tudo sendo parte do transtorno que tem.  Se sentimos pontada no dedão do pé, é sintoma, se o corpo esquenta ou esfria de forma repentina, é sintoma do meu transtorno.   

Com isso estamos tentando transportar um corpo (o nosso) com uma gama muito grande de sintomas “comprados”, muito além do que de fato existe, em cada transtorno.  Esvazie seu caminhão de sintomas, para sinta sua vida muito mais leve de carregar.

De acordo com Freud, o ser humano apresenta uma fonte de energia (libido) separada para cada um dos instintos gerais.   Ou seja, nossa libido não deve ser entendida como estimulador sexual ou concentrá-la sempre que considerarmos nossa condição no limite.   Imagine a Libido como bolinhas de gude.  Toda vez que achamos que tudo está contra nós, nos achando culpados pela existência do mundo, concentramos todas as bolinhas em um único lugar, tornando difícil, desta forma, pensarmos diferente.  

Porém, no momento que conseguirmos uma distração qualquer e por tempo prolongado, as bolinhas (nossa libido), começam à se dispersar, se espalhar e, consequentemente, aos poucos, começamos à sentir uma espécie de leveza e bem estar, porque toda energia que estava concentrada, começou à se espalhar pelos pontos vitais do corpo e, assim devemos fazer por preservar.

Um outro fator ainda é responsável por atrasar nossa vida:  Comorbidades.  Se tem uma coisa que aprendi nos meus 20 anos de pesquisa, é que eles não existem de verdade, isto é, ninguém (absolutamente ninguém), possui mais de um transtorno.  Mesmo a depressão ou fase depressiva, é sintoma consequente, o que significa dizer que, se bem tratado e medicado, a depressão não tem porque existir.            E mais, o que pensam ser depressão (associada à um transtorno) é na verdade uma forte sensação de impotência, diante de uma sensação que não entende porque ela existe e, por não entender, se enquadra numa categoria do CID-10 ou DSM, gerando um tipo de transtorno e com ele, os sintomas correspondentes.   

Já foi dito algumas vezes que, não sofremos por ter transtornos e sintomas, mas por não compreendê-los.  Não precisa descobrir de onde veio, mas descubra como conviver com seu "inquilino", para que possa conviver em harmonia. 

Sintomas de transtornos se dividem entre principal, decorrentes e consequentes.  Por exemplo:  Sentir medo ao entrar no elevador é Síndrome de Pânico (sintoma principal).   Não querer sair à rua pra não ter que entrar num elevador, é decorrente.  Tornar-se uma pessoa insegura, é sintoma consequente.  É um efeito dominó, mas que a grande maioria “compra” tudo como principal e mais, querendo se medicar pra tudo, quando bastava apenas, tratar o sintoma o principal e o resto não existiria.

É comum, admito, sair “comprando” ideias de que tudo que acontece são sintomas do meu transtorno.  Acredite, sei como é isso.  Mas se não controlarmos esses impulsos, precisaremos de um “caminhão” ainda maior e começaremos à nos arrastar, ao invés de viver.  Mas ainda dá tempo de termos uma vida muito mais aproveitável e melhor vivida, se começarmos à ser mais “seletos” nos sintomas que verdadeiramente temos.   

Está mais do que na hora também, de exigirmos dos nossos psiquiatras, maior competência no exercício da especialidade que escolheram, pois que, estão à usar seus pacientes como cobaias de laboratório farmacêuticos, empurrando placebos que não funcionam, fazendo não só, estender o sofrimento dos mesmos, como desestimulando-os à continuarem o tratamento (quando não acabam com a própria vida, junto com o sofrimento).   ISSO PRECISA PARAR !

Professor Amadeu Epifânio

Projeto Viva+ (Por um Caminho + Seguro)

              


domingo, 17 de junho de 2018

NADA FICA NO ESQUECIMENTO !

MESMO O QUE NOS FEZ GERAR NOSSOS TRANSTORNOS.



Nossa vida está sendo "registrada", desde os primeiros momentos de sopro, quando a vida intrauterina é formada dentro de um ventre, à partir do seu quinto mês de gestação.   À partir de então, uma série de experiências vividas pelo pequeno ser, começa à fazer parte dos registros da história da sua vida.  Quando nascemos, a vida não começa, ela simplesmente continua, como uma grande jornada. 

À medida que vai crescendo, vai experimentando emoções e ganhando conhecimento e conhecendo pessoas novas e tudo isso vai sendo registrado, nada passa batido.   Algumas emoções extrapolam demasiado, suas expectativas (quando vem ao mundo), quando é censurado por suas maiores paixões, que são os pais, porém, como o desejo do pequeno ser é de amá-los incondicionalmente, ele acaba perdoando (quando não, aprendendo algo mais). 

Porém, seu inconsciente (nossa "caixa preta") não perdoa e registra dentro de si, este episódio, assim como tantos outros, que ainda virão.   Emoções de alegria, felicidade, contentamento, tristeza, dor, sofrimento, cada sentimento correspondente à idade em que está, em cada momento e, tão forte quanto o que sentimos, quando adultos.   

Esta "caixa preta" de nossas memórias e de nossas experiências emocionais, só pode ser aberta de 3(três) formas, à saber: Por um terapeuta, pelas drogas e pela compulsão alcoólica.  As duas últimas precisarão do primeiro (terapeuta), para corrigir a verdadeira causa ou, entrarão em reincidência novamente, ao próximo contato que tiverem, não importando quanto tempo tenha passado. 
 
A quantidade e conteúdo aritmético desta caixa pode influenciar nossa vida, temperamento, medos, ações e personalidade.  Se achar que está perdendo o controle sobre situações banais, é um alerta de que o conteúdo desta caixa, começa à "vazar" e incomodar.   Não é para entrar em pânico ou desespero, mas pensar que é hora de procurar ajuda profissional.  Todo transtorno é psicológico, podendo ser tratado (se por um bom terapeuta ou terapia conitiva).

Por hora, tenha por si que, ninguém é perfeito e nada é 100%, portanto não espere perfeição em ninguém, mas faça valer seus princípios, pra você fazer o que for certo, não importa a correnteza em contrário. 

Muita coisa que consta nessa caixa preta, é conteúdo extraído do ambiente, ou seja, nem tudo foi nós que passamos (mais um motivo para não se alarmar).  

Respeitar a vida, significa valorizar nossa história, porque sempre haverá o que nos orgulharmos (ainda que, momentaneamente, esteja sufocado pela dor).   Aprender com as experiências é saber administrar o conteúdo de nossa "caixa preta".


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista