Projeto VIVA +

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

TODOS SOMOS POTENCIALMENTE CAPAZES...DE MATAR OU SALVAR.


         Esta semana estamos sendo bombardeados (pelo menos aqui no Brazil) por uma série de especulações e conjeturas sobre o caso de um menino de 13 anos, ter matado toda sua família, num bairro da zona norte em São Paulo.  Para todos que assistem perplexos este episódio, fica a gloriosa pergunta:  Pode uma criança de 13 anos cometer tal atrocidade ?

Eu respondo: SIM, pode.   Tanto uma criança quanto um idoso ou uma pessoa qualquer, que tenha idade e capacidade suficiente (principalmente física), de segurar uma arma na mão e dar alguns disparos contra qualquer pessoa, parente próximo ou não.  E digo mais, enquanto a manifestação da vontade não estiver concluída ou consumada, leve o tempo que levar, ele vai manter o que foi planejado, até o último minuto.

Isso acontece com qualquer pessoa aqui do Brazil ou da China, Europa, Ásia ou em qualquer lugar do mundo, ou seja, é inerente ao ser humano.   O que diferencia a forma com que se mata ou se ajuda alguém, está na constituição do seu cérebro e em tudo que já foi absorvido pela pessoa, desde a sua vida intrauterina, ainda no ventre da mãe, pois que o feto ainda sente lá dentro da barriga da mãe, um ambiente que pode ser estável ou instável e isso ficar guardado na mente da criança, à espera, de quando nascer, de que tudo que sentiu lá dentro, vá, depois, ser sustentado ou não pela convivência com os pais.

Se não sustentado a concepção negativa de insegurança e medo, significa que os pais estão sendo amorosos, afetivos e cuidados para com a criança e isso pode, até certo ponto, “sufocar” aquela percepção, substituindo-a por um ambiente saudável, harmonioso e principalmente, estável e seguro.  Contudo, é possível esta criança desenvolver, mais tarde alguns traços diferente de personalidade (nada grave), em razão das memórias adquiridas quando ainda feto e que deve ser, o quanto antes, tratado por um psicanalista.  Os bons tratos para com a criança, muito ajudam no sentido de se não agravar ainda mais o quadro.

Agora, quando uma concepção negativa é lamentavelmente sustentada pelos pais (ainda que inconscientemente), aí os riscos aumentam consideravelmente, não somente para uma mudança de personalidade mas também de ambiente, ao crescer.  Porque ?  Por melhor que sejamos como pais, nossa forma de educar estará sempre sendo comparado com os pais dos outros colegas e isso também é involuntário, ou seja, não é um desejo deles em ficar comparando isso à todo momento.  Mas assim mesmo acontece e muito.

Se, após esta comparação, houver disparidade nos padrões e dependendo do modo de convivência familiar, ou seja, se os pais são do tipo que dão abertura para se falar sobre qualquer coisa, os efeitos negativos desta comparação podem ser amenizados, até totalmente e os filhos terem uma vida absolutamente normal.  Do contrário, começará haver uma regressão no comportamento do filho, buscando na rua, alguém que lhe dê o que não teve em casa, ou seja, atenção e diálogo (pelo menos).

Esta peregrinação do filho, em busca de uma “melhor forma de vida”, foi decidido pela mente dele, involuntariamente e ele, em seu estado consciente, obedece ao comando, satisfazendo um cenário criando externamente e incorporado ao “liquidificador” dele. (lembram ?).  Ao processar tudo, prevaleceu o que foi mais determinante, isto é, uma instabilidade de convivência familiar.  À partir de agora, o céu é o limite, porque a mente trabalhará mais com subsídios externos à ele, pois que nada nele existe (de instrução ou educação ou afeto ou religião), para contornar sua concepção negativa.

Tal concepção negativa o deixa vulnerável emocionalmente, satisfazendo-se mais em querer ouvir o que quer do que o que precisa ouvir, seja de quem for.  Reconquistar a confiança diante de um quadro como este, é muito difícil, mas não impossível.

Não deixe este tipo de cenário tomar conta da sua família.  Não tenha apenas filho, cuide, instrua, converse sempre, dê afeto, carinho, amor, formação e educação.  Isso irá comprometê-los, como pais, para o resto da vida de vocês, e deles.  Tenha a postura deles como um termômetro, para saber se estão errando ou acertando.  Ame-os, ou serão adotados pelas ruas, pelas drogas e os traficantes.   É ISSO QUE VOCÊS QUEREM ?
 
Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

Somos pelo o que somos.






domingo, 4 de agosto de 2013

Em Tempo.

Prezados Leitores,

                        Fiquem tranquilos, não houve nenhuma insinuação ou acusação formal ou informal de plágio por parte de quem quer que seja ou de qualquer obra que seja. O texto sobre Referência Bibliográfica, tem apenas o propósito de elucidar sobre a fundamentação de todo conhecimento utilizado em TODOS os artigos postados neste Blog.  

                        Tanto o Blog quanto o Projeto Conscientizar terão sua continuidade e todos continuarão a valer-se de seu valoroso conteúdo, de fundamento exclusivo e responsável, desde a sua fundação, desde o seu primeiro artigo no primeiro Blog (com meu nome), assim como também neste segundo.

                         Peço desculpas se os assustei, mas fiquem tranquilos, porque nada de errado há, que venha a comprometer o conteúdo deste extraordinário trabalho ou a imagem do autor que hora vos escreve.

                         Um grande abraço e que Deus abençoe à todos.

                          Respeitosamente,


                          Amadeu Epifânio


                          Projeto Conscientizar

                          Viver bem é Possível ! (e sempre será)

                          Contatos:  celular:  55-21-6742-0694 (claro)

                                           E-mails:  epifaniodg@hotmail.com
                                                         vivamelhor307@gmail.com
                        

                       

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Prezados Leitores do Blog do Projeto Conscientizar, de cujo autor, hora vos escreve.  Reconheço vossa preocupação, em desejar ver, sempre ao final de cada artigo postado, a expressão supra “Referências Bibliográficas”, o que venho agora até vós justificar ausência da referida expressão.

Sei que pode vos parecer estranho, mas cada artigo, cada tema escolhido, de forma alguma foi copiado ou plagiado de algum site e sim, extraído apenas a ideia do tema que será dissertado por mim, objetivando dar literatura responsável e diferenciada, de autoria especificamente minha, com o propósito de conciliar, patologia e convivência, para minimizar ao máximo os danos decorrentes de doenças, tanto psicológicas (drogas, bulimia, anorexia, entre outros) quanto psiquiátricas (transtornos bipolares, depressão, ideação suicida, etc).

Quanto à fundamentação do conteúdo em cada artigo postado, certifico que em cada um deles é dado atenção especial e diferenciada, preocupando-me em como cada leitor receberá cada palavra mencionada em cada artigo postado.   Me valho de minha própria experiência de vida e do orgulho de ter passado (e sobrevivido) por muitas das experiências, semelhante às vividas por tantas pessoas, as quais esmerei por mencioná-las em cada artigo.

Em outras, afirmo que muito perto cheguei também, de viver experiências das quais não me orgulharia de contar aqui, mas que Deus em sua sabedoria e misericórdia poupou-me, para que eu pudesse passar aos leitores mais jovens, as formas de como nos aproximamos “inocentemente” das armadilhas das drogas; de como nos tornamos fracos diante da força da dependência alcoólica e de tanto outros males “juvenis e adolescentes”, cujo os quais tanto nos orgulhamos, também inocentemente, de estarmos no controle.

Vivi muitas e tristes experiências, cuja as quais não desejaria ver em qualquer pessoa, ainda que se tornasse para mim, o mais cruel dos algozes, pois em muitos casos, o perdão ainda continua sendo um grande remédio e uma excelente terapia, para minimizar nossos sofrimentos, principalmente por causa de terceiros.

Consegui, por causa das experiências adquiridas ao longo dos meus quase 55 anos de existência, me colocar mentalmente na condição de pessoas que sofrem de tantos males e, colocando tudo em meu “liquidificador”, pude receber como resposta e resultado de meu lado inconsciente, a oportunidade de poder compartilhar minhas vitórias, resultados de muitas lutas, muitas delas sofridas, enquanto outras, muito dolorosas, que até hoje me questiono como estou de pé, no que Deus logo me lembra, que somente por causa dÊle, isso tem sido possível, pois de que outra forma poderia mostrar à tantas pessoas, como lutar e sobreviver em cada armadilha que a vida nos prega ?

Em todos meus artigos, faço valer a profecia que eu mesmo estabeleci, isto é, que Viver bem é Possível, mesmo diante de desafios tão difíceis e dolorosos, pois que em todos, somos forjados no calor das dificuldades, para estarmos sempre preparados para os desafios que não cessam de surgir, tanto para nós, para os que amamos e principalmente, para os que nem conhecemos, mas que não deixam de ser semelhantes nossos.

O fato de não fazer citações de obras, não significa dizer que os desprezo, muito pelo contrário, são autores cuja as obras os tornam ícones, também em compartilhar seus conhecimentos e a sabedoria que Deus concedeu à eles.  Minha condição financeira, por mais que desejasse, não me permite adquirir estas obras, que por sua importância e relevância, hão de ter seu devido e elevado valor.

Valho-me, enquanto isso, do meu precioso acervo (do qual não abro mão) e, com ele, a presença sempre constante de Deus em tudo que faço e escrevo.

O Projeto Conscientizar está sempre aberto à críticas, sugestões e doações de qualquer natureza, para mantê-lo sempre vivo e presente em todos os países, além do nosso querido Brasil (tão desprezado por nossos governantes e políticos), onde este trabalho já tenha sido acolhido.  Foram, até agora, quase 20 países, onde este trabalho passou e onde ele foi recebido e gostaria, com a ajuda de todos, que este projeto expandisse ainda mais.

Conto com a compreensão e apoio de todos em continuar divulgando este valoroso trabalho.  Que Deus Nosso Senhor, ampare, acolha e proteja à todos os leitores e que este trabalho possa levar um pouco de paz ou de esperança, quanto à ver suas dores e calvário terminados.

Abraço à todos.

Respeitosamente,

Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

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Conta para doação: Banco Itaú – Agência 7455 – Conta: 12.500-0 

 Teresópolis - RJ




IDEAÇÃO SUICIDA.

É POSSÍVEL TENTAR EVITAR.


Ideação suicida é uma coisa emblemática;  Evento de natureza decorrente ou consequente, de fatores psicológicos, psiquiátricos ou patológicos (quando mais avançado).  De natureza sempre involuntária, faz parecer que todos que cometem suicídio, o fazem por livre vontade e por uma infinidade de razões. Leigos sempre julgam como sendo de motivação banal e por fraqueza de caráter.   Creio que estejam todos errados.

Ideação suicida não é patológico e sim resposta construída à partir de fatores psicológicos graves ou de quadros depressivos, quando não controlados por uso de medicação específica, para se evitar fatores que venham a desencadear a ideação suicida, que por sua vês, autônoma, mas presente nos casos onde o próprio corpo encontra-se em condição suspensiva (temporária ou precária) de buscar seu próprio alimento (ou recebê-lo) ou quando fatores o(a) fazem perder o prazer (e o interesse) pela vida, comprometendo sua condição de autossubsistência  (propósito maior de nossa existência terrena).

Quando se fala em ideação suicida, estamos falando de um corpo obedecendo ordens da mente, cuja ação é involuntária.   (Apenas) teoricamente, a decisão de suicídio tem caráter unilateral e inconsciente, restando ao corpo (estado consciente) apenas obedecer.  Mas não é o que sempre acontece.  Em razão de algumas atitudes, muitas vezes, de resistência à esta ordem e por iniciativa própria, o corpo fica ainda na dependência de que “alguém”, de alguma forma, o faça desistir de consumar.  O grande problema é quando ele(a) se encontra sozinho(a) e sem ninguém por perto.  Triste desfecho.

Existem suicidas que anunciam que vão se matar, sinal de que é o corpo, em seu estado consciente, que está resistindo a ordem recebida de atentar contra a própria vida.  A forma com que cada pessoa faz uso, para consumar o suicídio não é aleatória e sim também, parte da mesma decisão vindo da mente, ou seja: “faça e desta forma”.   Lembram-se do artigo (aqui mesmo no blog) que fala que a nossa mente é como um liquidificador.  Pois é, o suicídio é resultado de tudo que foi processado na mente, por média aritmética, prevalecendo o que foi mais determinante na vida da pessoa, por certo período de tempo.

Os de natureza psiquiátrica ocorrem da mesma forma, com exceção de que o remédio bloqueia de alguma forma, os fatores que desencadeia a ideação.  Como o próprio nome diz, é uma ideia de suicídio, significa que mesmo que ocorra subitamente, ela já foi sendo construída ao longo de determinado período de tempo, ficando apenas na condição de se ter ou não alguém próximo, que lhe diga as “palavras mágicas” para impedir o ato.
 
Ideação suicida (quando não de natureza psiquiátrica), ainda que involuntário, é resultado de baixa tolerância, falta de discernimento, de uma Fé não trabalhada; do sentimento de solidão (ainda que não esteja só), etc. Desespero também é fator resultante. A falta de todos estes atributos não dá alternativas para a mente utilizar oportunamente à nosso favor, como ferramentas de solução para os nossos problemas e sofrimentos, ainda que seja para ganharmos tempo, para conseguir ajuda, de Deus, Jesus ou de terceiros.

Qualquer um de nós pode ser um candidato em potencial para desenvolver ideação suicida.  A diferença pode estar na forma de vida de cada um, nos valores que cada um preserva (filhos, união, harmonia conjugal, familiar, etc.), presença de Deus em sua vida; ambição moderada; atos solidários; atividades saudáveis que envolva prazer;  Enfim, ponha tudo isso no teu “liquidificador” e terás afastado de vês, a sombra da ideação suicida.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.  









Somos pelo o que somos.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

QUAL A “QUIMICA” QUE APROXIMA O JOVEM DA DROGA ?



Esta, verdadeiramente, é uma pergunta que ninguém faz pra si, dada a preocupação da grande maioria, em pensar somente no depois que as coisas acontecem, depois que já experimentou e tornou-se dependente; mas nunca antes, para prevenir os filhos, não com palavras, mas com atitudes, porque é isso que os jovens tanto anseiam ver nos adultos, ou seja, exemplo e referência.

Aproveitamos sempre o “gancho” dos inconformados, políticos, prefeitos, entre outros, para descarregar nossa revolta, por não conseguir ver alguma luz no fim do túnel, quanto à por um fim nas drogas e traficantes; mas não pegamos carona no trem da prevenção, porque os trens vão todos numa só direção e já estão abarrotados, quanto à acreditar na inocente pretensão da força de vontade dos jovens, tanto para experimentar (dizer não) quanto para deixar a dependência.

O problema é que as drogas continuam sendo procuradas e não estou falando de usuários e sim dos que à experimentam pela primeira vês.  Acham realmente que todos esses futuros dependentes experimentam por livre vontade ou curiosidade ?  (como se não soubessem, no “dia depois de amanhã”, como vão estar).

Porque então à cada dia, mais e mais jovens entram para o club dos dependentes químicos ?  O que realmente acontece para fazê-los experimentar algum tipo de droga ?  Jovens vivenciam inúmeras experiências, porque estão sempre descobrindo coisas novas, que acaba afastando-os do convívio familiar e também do interesse pelos estudos.  Entre essas experiências está a falta de preparo e de tolerância para lidar com os problemas em geral.

Essa falta de tolerância é gerada pela falta de entendimento e discernimento, já desde a fase infantil e que vai se arrastando até a juventude.  São vários os fatores que deixa as crianças confusas e que os pais não às fazem entender de forma clara e educativa, apenas com negativas ou respostas evasivas.  Existem traumas que as crianças adquirem na infância ou quando ainda bebês e cujo comportamento diferenciado leva tempo para os pais entender que se trata de um problema psicológico e não de birra ou frescura de criança.

Quando nossos filhos vão para a escola, eles convivem com vários outros alunos, onde ali existem inúmeras formas de se educar e de ser família e estes padrões serão involuntariamente comparados, pelos filhos, com a nossa forma de educar e de ser família e, se houver diferenças (e sempre existirão), elas devem ser ouvidas e sanadas, respeitando a idade e o grau de entendimento do filho e orientá-los que além da questão financeira, existe ainda a questão da “cultura”, quando tem famílias que educa, enquanto outras, apenas cuida.

Quanto mais deficitária for a educação e instrução dos filhos, mais falta fará no dia a dia deles, quanto à saber lidar com as adversidades, conflitos e as diferenças, bem como entender os sentimentos resultantes e querer sufocá-los o mais rápido possível.  É um jovem que estará sempre na condição de refém, sempre se defendendo quando poderia ser são, produtivo e emocionalmente estável. 

Filhos passam por 5 (cinco) estágios (antes da fase adulta), ou seja: intrauterina, bebês, infância, juventude e adolescência.  Cada fase dessas, serve de alicerce para a próxima e a deficiência afetiva, educacional e cultural em cada uma, prejudica e muito, a próxima.  A primeira, segunda e terceira fase, depende exclusivamente dos pais e família, para formar. 

Já a quarta e quinta fase, dependendo, pode ser tanto uma continuidade saudável e harmoniosa, quanto um resultado falho e desastroso das fases anteriores, como jovens que praticam Bullying; não partilham muito da convivência familiar; se envolvem com companhias erradas, quando não consomem álcool, drogas ou furtam para financiar os vícios.

Seja qual for a fase que os filhos tiverem, se estiverem com sérios problemas de comportamento ou temperamento, sempre se pode mudar, mas irá requerer dos pais muita determinação, pois que os filhos já conceituaram como sendo impossível a convivência em família e caberá aos pais agora, provar e CONVENCER o filho, que ainda é possível.  Peça perdão, prometa mudar e CUMPRA, do contrário perderá o pouco da confiança que seu filho tinha em você.  Porque uma coisa é certa:  Se falhar, dificilmente ele dará outra chance.   

Está em suas mãos, pais, decidir em que estágio vocês vão resolver trabalhar, para tentar garantir um futuro mais seguro para os filhos.  A concorrência é acirrada, porque há um monte de atrativos lá fora (além das drogas) puxando seu filho para longe de vocês e não será só com palavras que vocês o manterão próximos.  Lembrem-se disso e boa sorte.

Somos pelo o que somos.

                                                                    Amadeu Epifânio


Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !


sábado, 20 de julho de 2013

QUANDO MACHUCAMOS E NÃO PERCEBEMOS.



Nos dias de hoje, é lamentavelmente comum o fato de existirem pessoas que perseguem e oprimem outras pessoas e o que é pior, não se dão conta do quanto de mal e dor estão causando.  A parte que eu lamento é que isso têm cura, mas por causa dessas ações serem de caráter involuntário (nem mesmo o opressor admite e dá-se conta do que faz), o outro lado continuará sofrendo ininterruptamente.  Alguns meses de curso de Psicanálise me foram suficientes para descobrir causas para fatos até então, considerados inexplicáveis.

Este temperamento tem fundamento psicanalítico, ou seja: “Freud explica”.   Tudo começa ainda na infância quando, por causa das nossas travessuras e pirraças, atraímos o foco de nossos pais e com eles as repreendas, os castigos e as broncas.  É da natureza de qualquer criança, ainda pequena, o desejo de revidar aos pais os castigos e broncas (quando não pior), na ânsia de vê-los sentir a mesma “pimenta”, que para os outros é sempre refresco.

Obviamente isso não é possível, dada a diferença de tamanho entre “papai e eu”.  Em razão disso este desejo de revide não se desfaz, mas fica reprimido (guardado) à espera de quando crescer, poder enfim “dar o troco”.   Mas aí surge um dilema.  Agora que está crescido, o filho gosta do papai e mamãe de hoje, mas ainda têm internalizado dentro de si, a imagem dos pais de ontem, que machucaram e castigaram muito.  Como resolver isso ?

Quando não é possível o filho (depois de crescido) revidar os castigos nos pais atuais, ele então escolhe inconscientemente o que a psicanálise chama de “suporte”, que será uma pessoa ou um grupo de pessoas (como em cargos de chefia), para tratá-los como gostaria de tratar os pais internalizados, valendo-se da realidade presente (e não do passado) para “maltratar” os personagens de meus pais, aqui sim, do passado.
Como num Bullying, em geral escolhe-se pessoas mais indefesas ou subalternos, para que sinta maior liberdade em agir, não como chefe ou pai, mas como um filho que devolve aos pais todos os castigos que sofreu (na concepção de uma criança).  Essa atitude nunca terá um fim, enquanto não se passar por análise, com um psicanalista, para que este possa desmontar dentro de nós, as fantasias geradas no passado.  Os pais internalizados, após passar por análise, não serão apagados e sim equiparados com os pais atuais (que se espera serem melhores que os do passado).

Vejam, apesar de ser uma ocorrência comum à todos nós, isso nem sempre acontece, pois uma criança que é tratada com amor, afeto e diálogo (e não a palmatória), têm sufocados essas fantasias dentro de si e os pais internalizados não ficam com a imagem tão distante do atual, que é positiva.  Por outro lado, adultos que revidam nos outros as “chagas” do passado, é porque muito provavelmente, os pais mantiveram a mesma equiparação com a imagem dos pais internalizados, ou seja, a negativa.

Decida que imagem você quer deixar nos filhos, internalizados e ao vivo, para depois não reclamar ou lamentar.  Problemas emocionais que muitos jovens e adolescentes passam, são na verdade mecanismos defesa da mente, misturados um pouco com instinto de sobrevivência, quando a negligência vai além da conta.  Pais, estão em suas mãos o destino que os filhos irão fazer uso para seguir suas vidas, com tranquilidade ou... com traumas.

Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive.

Nada incomoda até... que nos incomoda.  Pensem nisso.


                                                                          Amadeu Epifânio



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sábado, 13 de julho de 2013

Deus Não é Garçom.



Passamos a vida questionando sobre a justiça de Deus e de sua “obrigação” para conosco, quanto à nos conceder o que pedimos, como se Êle fosse para nós uma espécie de garçom.  Haja vista o adesivo colado nos vidros traseiros dos automóveis que diz: “Deus é fiel”.  Pois bem, aí eu pergunto: E nós ?  Somos fiéis à Deus ?

Uns questionam à Deus, porque não recebem o que pedem, enquanto outros o culpam pelo o que “receberam”.   Acham que só porque Êle está lá no alto, vendo tudo lá de cima, que têm a obrigação de saber tudo o que precisamos e de nos atender prontamente, sem mesmo precisarmos pedir.  Imagine você, como pai ou mãe (caso ainda não seja), ter um filho que não vê à muito, muito tempo e de repente ele aparece do nada já lhe fazendo um pedido. “-Estou bem, obrigado por perguntar”, é o que você, com certeza, diria à ele, imagino.

Deus vê à todos nós, cristãos, católicos, evangélicos e outros religiosos, como dentro de um grande estádio de futebol lotado.  Todos gritam: chamando e clamando, mas quando Deus pergunta: “Cadê você ?”, ninguém se apresenta dizendo: ”Eis-me aqui Senhor”.

Rezam milhares de contas de terço durante o ano, mas quando a tribulação chega, entra em desespero e ainda questiona porque Deus deixou que acontecesse.  Onde está a fé ?  Cadê a fidelidade tão reciprocamente cobrada ?  Não acha que é hora de mudar essa postura ?  para uma postura que é também de filho(a), de filho(a) amável, que conversa e compartilha tudo que acontece com você, à Deus ?

Quando enfim “esse” milagre acontecer, aí estarás em evidência, à vista de Deus, sendo mais fácil agora Êle ajudar quem está vendo, do que à um monte de gente que não se apresenta, mas cobra, reclama e questiona quando nada dá certo na sua vida.

Deus não é garçom, também não têm preguiça em te ajudar, mas como Pai, também deseja um pouco de cumplicidade e afeto da tua parte; não por bajulação, mas por desejo de ter um Pai tão amoroso e dedicado.  Não acredita ?  Experimenta.  Se apresenta, converse sempre e não cobre, espere.

Deus trabalha com uma coisa chamada “intenção”, que podemos chamar de moeda de troca, entre o que pedimos e o que recebemos (fora quando não é hora de ter), dada a frase que Jesus sempre proferia quando curava os enfermos que vinham lhe pedir ajuda, qual seja: Seja Feito Conforme Creste, Tua Fé Te Salvou !”.  Jesus condicionava a cura da enfermidade (fosse qual fosse) à intenção de quem pedia. 

Para ser ter Fé, é preciso que a intenção seja livre de maldade, mal intencionada e, quando muito, solidária para com alguém que gostamos ou amamos.  DEUS NÃO IMPÕE CONDIÇÕES PARA NOS AMAR E AJUDAR !   A condição deve ser imposta por nós mesmos, como um zêlo para a nossa relação com Deus, para ela nunca esmorecer ou esfriar. 

Creia e confia, que Deus proverá a graça certa, no momento certo.


                                                                      Amadeu Epifânio



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