É POSSÍVEL TENTAR EVITAR.
Ideação suicida é uma coisa emblemática; Evento de natureza decorrente ou consequente, de fatores psicológicos, psiquiátricos ou patológicos (quando mais avançado). De natureza sempre involuntária, faz parecer que todos que cometem suicídio, o fazem por livre vontade e por uma infinidade de razões. Leigos sempre julgam como sendo de motivação banal e por fraqueza de caráter. Creio que estejam todos errados.
Ideação
suicida não é patológico e sim resposta construída à partir de fatores
psicológicos graves ou de quadros depressivos, quando não controlados por uso
de medicação específica, para se evitar fatores que venham
a desencadear a ideação suicida, que por sua vês, autônoma, mas presente nos
casos onde o próprio corpo encontra-se em condição suspensiva (temporária ou
precária) de buscar seu próprio alimento (ou recebê-lo) ou quando fatores o(a)
fazem perder o prazer (e o interesse) pela vida, comprometendo sua condição de autossubsistência (propósito maior de nossa existência
terrena).
Quando
se fala em ideação suicida, estamos falando de um corpo obedecendo ordens da
mente, cuja ação é involuntária. (Apenas) teoricamente, a decisão de suicídio
tem caráter unilateral e inconsciente, restando ao corpo (estado consciente)
apenas obedecer. Mas não é o que sempre
acontece. Em razão de algumas atitudes,
muitas vezes, de resistência à esta ordem e por iniciativa própria, o corpo
fica ainda na dependência de que “alguém”, de alguma forma, o faça desistir de
consumar. O grande problema é quando
ele(a) se encontra sozinho(a) e sem ninguém por perto. Triste desfecho.
Existem
suicidas que anunciam que vão se matar, sinal de que é o corpo, em seu estado
consciente, que está resistindo a ordem recebida de atentar contra a própria
vida. A forma com que cada pessoa faz
uso, para consumar o suicídio não é aleatória e sim também, parte da mesma
decisão vindo da mente, ou seja: “faça e desta forma”. Lembram-se
do artigo (aqui mesmo no blog) que fala que a nossa mente é como um
liquidificador. Pois é, o suicídio é
resultado de tudo que foi processado na mente, por média aritmética,
prevalecendo o que foi mais determinante na vida da pessoa, por certo período
de tempo.
Os
de natureza psiquiátrica ocorrem da mesma forma, com exceção de que o remédio
bloqueia de alguma forma, os fatores que desencadeia a ideação. Como o próprio nome diz, é uma ideia de
suicídio, significa que mesmo que ocorra subitamente, ela já foi sendo
construída ao longo de determinado período de tempo, ficando apenas na condição
de se ter ou não alguém próximo, que lhe diga as “palavras mágicas” para
impedir o ato.
Ideação
suicida (quando não de natureza psiquiátrica), ainda que involuntário, é
resultado de baixa tolerância, falta de discernimento, de uma Fé não
trabalhada; do sentimento de solidão (ainda que não esteja só), etc. Desespero
também é fator resultante. A falta de todos estes atributos não dá alternativas
para a mente utilizar oportunamente à nosso favor, como ferramentas de solução
para os nossos problemas e sofrimentos, ainda que seja para ganharmos tempo,
para conseguir ajuda, de Deus, Jesus ou de terceiros.
Qualquer
um de nós pode ser um candidato em potencial para desenvolver ideação
suicida. A diferença pode estar na forma
de vida de cada um, nos valores que cada um preserva (filhos, união, harmonia
conjugal, familiar, etc.), presença de Deus em sua vida; ambição moderada; atos
solidários; atividades saudáveis que envolva prazer; Enfim, ponha tudo isso no teu
“liquidificador” e terás afastado de vês, a sombra da ideação suicida.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.
Somos pelo o que somos.
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