PODE NÃO SER O QUE IMAGINAMOS !
Pessoal,
transtorno Borderline é mais um transtorno. Transtorno é reflexo de um evento
vivido quando criança (à época dela). O que eu quero dizer com isso ? Que para
uma criança, não é preciso muito para deixá-la desconfortada ou incomodada com
alguma coisa. E quanto menor é a criança (de poucos meses ou feto), ela sente
mais ainda qualquer desconforto, físico ou emocional.
É a intensidade desses
incômodos que faz toda diferença, pois que, ao tornar-se mais severo (não
necessariamente grave), o inconsciente grava-o e guarda para nos mostrar mais
tarde, como quem diz: "Veja, foi isso que aconteceu com você". Só que o
inconsciente não diz isso com todas as letras, ele faz lembrar apenas a sensação que vivenciamos. E é
isso que, por não entendermos, se converte em sintomas e crises e por fim se
converte numa classificação do CID-10.
Pois bem, o que é levado em conta para que um evento se converta
em um transtorno ?
1) A idade da criança (à época do evento)
2) O tipo de evento
3) A severidade do evento (não necessariamente grave)
4) O local onde ocorreu o evento (cenário em torno)
5) O ambiente de convivência do novo portador de um transtorno.
Tipo de evento
pode ser um desconforto físico prolongado (podendo gerar dor, medo ou mesmo
pânico). Pode ser um evento único
relevante ou algo mais prolongado.
O termo cenário,
para o local do evento, significa onde que ele ocorreu, se dentro de casa ou na
rua e, dependendo de onde seja, existe todo o cenário constituído à sua volta,
envolvendo pessoas (voz, vestuário, personalidade) ou objetos (que neste caso
são muitos). Por que o cenário é
relevante ? Porque quando o
inconsciente perceber, no tempo presente, algo ou alguém que se assemelha ao
evento vivenciado, ele o fará relembrar das sensações que teve na quela
época. Aqueles desconfortos emocionais
que sentimos vez ou outra, não importa onde estejamos.
Vale lembrar
que, existe situações em que, em razão de membros de uma mesma família estarem
com um mesmo transtorno, a ideia é "vendida" para o novo membro, que
à compra por sua ingenuidade e passa à viver como tal, por achar que alguns
comportamentos se assemelham.
Em se tratando de transtorno, ninguém o ganha de
forma genética. O que se herda são
traços comportamentais e de personalidade (não necessariamente o mesmo
transtorno), cujo o mesmo, pode ser reversível se, bem tratado.
Transtorno
Borderline (pouco mais severo que um transtorno bipolar), dá indícios que a
severidade do evento que sofreu quando criança, tenha sido um pouco mais
intenso ou, de forma mais prolongada. Sofremos por não entender o que se passa
(e não por termos um transtorno). Se pararmos para refletir sobre isso,
poderemos respirar melhor.
Então aprofunde seu conhecimento sobre o que você
carrega consigo. Se vamos entrar em combate com algo, precisamos conhecer suas
fraquezas (que só se torna forte por não o conhecermos). O que vocês sentem (se
parar pra perceber), são atitudes pouco infantis, em razão de estarem revivendo
fatos de quando criança ou bebês ou mesmo feto (uma vez que um feto sente tudo que
se passa com a mãe e absorve seu estado de tensão).
Uma gestante
pode levar um susto, discutir com alguém, aborrecer-se com uma situação, estar
dirigindo ou ser passageira num trânsito engarrafado, com horário aperto para
um compromisso, etc. Tudo isso, se levado com apreensão, quer queira ou não, o
feto irá absorver.
Não se esconda
do transtorno, ocupe-se dele, estude-o, conheça-o e vai poder viver uma vida
muito melhor. Reitero o desejo que
vejam o artigo sobre induzir hábitos (http://deondeparei.blogspot.com.br/2017/09/transtornos-induzem-habitos.html) ele os ajudará à retomar o controle da
vontade e permitir retomar as rédeas da vida de vocês, novamente.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-Didata
Contatos: https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu
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