NOSSOS “TRANSTORNOS”, NOSSO MAIOR
DESAFIO.
Não
tem sido fácil a vida de pessoas que carregam consigo algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como depressão, bipolaridade, de personalidade, ansiedade,
pânico, esquizofrenia e uma infinidade de outros. Ficam limitados e privados de uma série de
coisas e entretenimentos, pelo fato de terem perdido já, o interesse e o
prazer.
Sem
perceber, uma escolha foi feita, talvez até de forma involuntária, mas muitos,
sem perceber, escolheram viver em torno da dor e do “marketing” patológico,
porque de tanto achar que nunca mais serão agraciados pela cura e, de tanto queixar-se de
um sintoma e de outro, a mente acabou vendo que isso, de certa forma, os
agradava e passou a adotar este hábito, sempre que o vento tenta lhe abrir uma
janela.
Isso
não é uma crítica, por certo que não, mas um alerta, uma advertência, de que
boa parte da libido está sendo concentrada de maneira inapropriada, deixando no
vácuo qualquer forma de entusiasmo de se fazer uma tentativa na direção de uma
melhora, pois que é de um degrau de cada vês que se alcança o topo da escada.
Nossa
vida é conduzida através de parâmetros de referência, em praticamente tudo que
fazemos, falamos ou pensamos, pois que é sempre em função de um evento já
vivido que uma decisão é tomada. O
grande problema é saber se os passos seguintes serão para manter, regredir ou
progredir, seja numa ação, pensamento ou concepção que se tem à respeito de
algo, pois esta concepção é que determinará, não somente os próximos passos,
mas principalmente a direção que eles, doravante, seguirão.
Nossas
decisões estão sempre sendo influenciadas por essas referências, assim como
também, os caminhos que escolhemos, muitas vezes de maneira involuntária, pelo
motivo de estarmos “emperrados” numa mesma concepção, resistindo em aceitar uma
ideia diferente, de tanto estarmos convencidos na regra do... “lamentar é o que
me alimenta”.
Isso
com certeza é involuntário, acredito nisso e por uma razão simples: nossos
problemas e “transtornos” (nos 2 sentidos) inibem reconhecer as referências
positivas (as quais já fizeram parte da nossa história), mas que não às
consideramos, porque estamos comprometendo libido demais nas lamentações (ainda
que involuntárias). Precisamos reviver
tudo que já fizemos e que um dia nos tornaram pessoas felizes, alegres, perseverantes
ou determinadas e usar essas lembranças sim, como fortes referenciais, para
buscarmos novamente o desejo de querer viver bem e melhor, porque é possível.
-Ah, mas, meu transtorno não deixa eu
viver, isso é impossível.
(certamente é o que você diria pra mim). Mas existe um caminho para abrir a porteira
para o estouro da libido na direção que precisamos e não na que queremos.
Deixa
eu perguntar uma coisa à vocês: Como age
um estrategista de guerra ? Não é encima
das fraquezas do inimigo ? Pois então,
que busquemos e exploremos as fraquezas e as brechas do transtorno que levamos (que seja este o verdadeiro sentido,
isto é, que não seja o transtorno à nos levar, mas nós, à ele, sob o nosso
controle), pois quanto mais explorarmos este nosso “adversário”, mas saberemos
como conduzi-lo, sem que ele venha a comprometer minha vida, meus planos e meus
projetos.
Qual
é a estratégia então ? Conhecer as
fraquezas do “inimigo”, soltar o que está preso (libido), ganhar território
(retomar projetos) e manter o “inimigo” sob nossa vigilância e controle.
Isso
não é vídeo game, assim como o transtorno é uma situação real, também nossos
esforços assim devem ser, fazendo uso da
mesma força (se não, mais) com que ele os prende e os torna reféns. Administrar para evitar a submissão e
passividade.
Ter
esta estratégia não me priva de ter sofrer, mas eu os controlo e não eles à mim, do contrário nem estaria aqui passando
essas orientações, que nada mais são que testemunhos meus, pois que se dá certo
pra mim, também haverá de trazer grandes resultados para vocês.
Eu
conto com Deus (não para resolver meus conflitos e sofrimentos), mas para
dar-me a força extra e a sabedoria necessária para resolvê-los e nisso, sempre pude contar
com Êle e nunca me falhou, porque também sempre me tive fiel à Êle, tal como
filho que sou, assim como todos nós.
Sempre
podemos nos ajudar, energia pra isso tem de sobra, só precisamos destiná-la e
direcioná-la da forma correta e para isso, basta seguir a estratégia. Ok ?
Que
Deus abençoe à todos.
Amadeu
Epifânio
PROJETO
VIVA+
Eu tento de toda maneira me reintegrar na sociedade mas é muito difícil, as coisas já não tem mais sentido, a vida que vivo não é minha. Anos buscando tratamento e com uma esperança de melhoras mas a cada dia me sinto pior, me sinto uma inutilidade enorme. Olho da sacada da minha casa aquelas pessoas andando na rua sorrindo, brincando pulando ou até mesmo indo trabalhar e depois me olho ali sempre na mesma, isso trás um desconforto para o próprio eu. Eu gostaria sim de conseguir pelo menos sentir alegria, conseguir sair de casa ter amigo, mas não tenho ninguém. Meu amigo de todos os dias é o escuro onde me sinto segura a solidão que me acompanha com o silêncio que me acalma. Esse foi somente um desabafo de um sentimento que eu não queria sentir.
ResponderExcluirOi, espero que veja essa resposta. Entendo perfeitamente seu momento, é fator resultante não apenas do transtorno (depois me diz qual seu diagnostico) mas do que não consegue entender. É esse mistério que os atormenta. Primeiramente quero lhe falar que voltar à sentir alegria é possível. Preciso que creia nisso ok ?
ResponderExcluirBeleza, o próximo ponto é saber que qualquer transtorno tem dois lados, o lado das crise e o lado depressivo. O lado das crises é proveniente do seu lado inconsciente (que apesar do "transtorno" está apenas tentando lhe dizer que existe nele uma memória presa, querendo e precisando sair (que só o psicanalista é que poderá extrair isso). Do outro lado está a fase depressiva, que é você por fora, tentando entender tudo isso. Vou pedir pra que faça uma coisa e vai me prometer que vai fazer ! Quero que passe à escrever nu caderno sua vida em torno do seu transtorno (não importa qual, para todos se adapta o mesmo princípio). Tudo que lhe acontece durante o dia, em que hora ou momento do dia o transtorno ou a fase depressiva mais lhe atrapalha. Muito difícil essa fase durar o dia todo, ou é mais pela manhã ou á tarde ou ainda à noite, o que pode dar indiciação do período do dia em que ocorreu o episódio que lhe gerou o transtorno, ocorrido em alguma fase infantil sua (tal como em todas as pessoas com algum tipo de transtorno). Portanto, não é privilégio só seu ok ?
Esse diário que estou pedindo para que faça (que preferencialmente não pode ser pouca coisa), você vai levá-lo à um psiquiatra, de preferência recomendado por quem foi bem atendido por ele), pois irá ajudá-lo à reavaliar seu transtorno e dar uma prescrição mais adequada à sua realidade (não somente ao seu transtorno) entendeu?
Escreva com o máximo detalhes que puder. Se lembrar de fatos que julgar relevante, pode incluir também (deixa que o médico julgue se é ou não procedente). https://www.facebook.com/ProfAmadeu (use este link pra conversar comigo pelo face). Só não se isole, preciso ouvir você. Por hora, faça o que estou pedindo, sem pressa, depois disso, quero que decore o máximo que puder (não precisa ser na frente do espelho kk). Só quero que tenha segurança quando tiver com o psiquiatra e saber responder com precisão o que lhe for perguntado. ok ? Ninguém quer sentir o que você está sentindo, significa que o que está sentindo é fruto de problema interno. Procure também um terapeuta recomendado e trabalhe com ele, pontos que se ajudar, vão lhe trazer certo alívio. Pode me procurar sempre que desejar (lá pelo face). Vá na página principal aqui do Blog e leia um texto postado esta semana, com a foto de um navio). Vae lhe ajudar um pouco. Se cuida de verdade. Abs.