Projeto VIVA +

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

De acordo com a Organização Mundial de Saúde...

Perto de um milhão de pessoas se matam por ano.


Ao contrário do que muitos acreditam, a ideação suicida não é voluntária, consciente ou por vontade própria.  Somos administrados nada menos do que por dois inconscientes, sendo um racional, enquanto o outro, imaturo e é sobre este que repousa a culpa do suicídio, como ? Ao inconsciente racional lhe cabe o ônus de encontrar para nós, todas as respostas de que precisamos para o nosso dia a dia, para todas as nossas necessidades, de diálogo, trabalho, canto, apresentação, representação, etc.   Conforme já dito em outros artigos aqui mesmo neste blog, o corpo obedece aos dois inconscientes, de forma alternada.

Essas respostas são dadas, desde que já absorvidas e inseridas em nosso banco de dados, isto é, dentro do acervo de tudo que já assimilamos durante toda a nossa vida.   À medida que nos falta informações específicas, a panela das reações começa à ferver, tendendo nós à ficarmos apreensivos, tensos, impacientes, bravos, tristes, com raiva, desesperado, angustiado, enfim, a reação que mais se aplica à intensidade do momento em questão.

Estas reações são provenientes do inconsciente imaturo (Id), que possui aproximadamente, idade semelhante à de uma criança de 3 anos de idade, com todas as características que lhe são peculiar, entre elas, não temer ou pressentir perigo nem medir consequências.   As respostas que por ventura este inconsciente prover, certamente haverão de nos causar constrangimento de alguma forma, quando não, reações mais severas.

Ambos os inconscientes, Ego (o racional) e o Id, trabalham de forma alternada, ou seja, sempre o Ego terá a prioridade de nos ajudar porém, se este falhar, o Id automaticamente assumirá a função de nos ajudar, sem nosso consentimento e sem os quesitos de racionalidade, valendo-se do que tiver à disposição e que atendam à demanda de intensidade do momento, bem como que tenha a eficácia apropriada à mesma demanda.

Imaginemos uma estante com uma infinidade de prateleiras, onde nela se encontram os artifícios que estão à disposição do Id, sempre que o Ego não conseguir nos ajudar, basicamente por não termos tido a iniciativa de absorver conhecimentos e valores, os quais gostaríamos de ter como respostas em situações específicas e, em quantidade aritmética, para que o ego possa, de imediato, encontrar o que procura.

Na estante que imaginamos, as prateleiras mais altas reservam os recursos mais críticos e não saudáveis, caso o momento exija tal resposta.  Em suma (de cima para baixo) são recursos como ideação suicida, drogas mais pesadas, que fazem efeito imediato, como crack e cocaína; álcool, etc.  Se um desses recursos for escolhido pelo Id, ele simplesmente fará com que o corpo aceite ou procure, dependendo apenas que algum fator alheio o impeça.   Resta ainda esta esperança.

Vale lembrar que se uma pessoa “foi sorteada” com a escolha do suicídio, ela se tornará criteriosamente seleta no que deseja ouvir, caso alguém tente persuadi-la do inverso.  Será como tentar adivinhar uma senha de internet, porque não se sabe a razão verdadeira de sua intenção, promovida pelo inconsciente.  Enquanto o Id tenta impôr sua “escolha”, o Ego desesperadamente tentará fazer o inverso, fazendo-a com que chame a atenção de alguém, para tentar contê-la.  O suicida acredita na causa que imagina ser.  Raras vezes coincide.

Somos pretensiosos em achar que podemos controlar uma situação, mas nada fazemos de fato para isso, apenas entregamos nossa vida ao acaso, esperando que nosso corpo nos obedeça quando desejamos.   Para fazer o carro mover-se, de nada adianta mandá-lo andar, se não pusermos combustível, bateria, calibrarmos os pneus e fazer uma série de coisas, para termos o carro sempre que precisarmos.  Da mesma forma nosso inconsciente racional, pois será ele que promoverá tudo que precisamos e ainda controlará as ações do Id, desde que tenha como fazê-lo, desde que inserimos o necessário para fazer o seu trabalho.   Não podemos mandar um pedreiro trabalhar se não lhe dermos tijolos, cimento, areia e ferramentas, não é verdade ?

Portanto, não se brinca nem se julga uma pessoa que está manifestando desejos suicida, pois que ela começa à perder de fato, o pouco de controle que tinha de si próprio, que é a mesma falta de controle de uma pessoa que à julga (ato também manifestado pelo Id) quando feito de forma imprudente e negligente, pois quando o julgamento é prudente, ele advém do Ego.

 Já disse em meu Blog que, se quisermos entender o mundo que nos cerca e as pessoas, devemos primeiro entender à nós mesmos.   Não sofremos por ter algum tipo de problema, sofremos por não entender o problema, sua dinâmica, origem e qual nossa responsabilidade e participação nele.  

Se soubermos compreender isso, teremos vida de estável pra feliz. Acredite.   A estatística (do título) acima só acontece por culpa de nós mesmos, por culpa dos que não nos preparam para a vida, dos que não nos ensinaram à pensar.   Quando crianças, somos reféns dos nossos pais, dependendo deles uma série de informações e conhecimentos, sob o pretexto de pelo menos, sofremos menos, para vivermos melhor.  Mas nem sempre é o que acontece e os filhos acabam sofrendo, quando pequenos, jovens, adolescentes e adultos, porque lhes faltou o essencial.  

O suicídio é o recurso que está sempre disponível e cada vez mais utilizado. Pense nisso.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista


sábado, 27 de janeiro de 2018

DEVEMOS FAZER SEMPRE O QUE É CERTO !


MAS SOBRE QUE BASE, DECIDIMOS O QUE É CERTO ?



Decisões que tomamos não é direta, não é apenas o que sai da minha boca, mas através do inconsciente (ou subconsciente se desejar).  É ele quem faz a seleção do que dizer e, ainda que tenha se nutrido de muito conhecimento, mesmo assim será influenciado por uma série de fatores condicionantes, tais como, problemas emocionais, aborrecimentos, ressentimentos, sentimentos de perda (se houver), problemas médicos, psicológicos e (transtornos) mentais, caso haja.  

Além disso, entra também nesse "liquidificador", os valores que alimentamos, conceitos que sustentamos e julgamentos que defendemos.  Podemos acrescentar também, desejos infantis reprimidos (que são mais determinantes que os de adulto), que dependendo do que seja e do quanto se desejava, a decisão que precisarmos tomar, poderá ficar seriamente comprometida. 

É por essas e outras que costumamos dizer que não devemos tomar decisões sob o “calor do momento”.  Tudo isso é um filtro severo, por onde passa a nossa vida sem percebermos e cuja influência pode tanto nos elevar, quanto nos derrubar. 

Portanto, não siga seus instintos, opte sempre pelo o que for mais sensato e racional à fazer, mesmo que cause dor, mas ainda sim, estará evitando sofrimentos ainda maiores, como arrependimentos e remorsos (que pode levar à sensações quase que insuportáveis). 
 
Assim como os “instrumentos” do erro estão sempre à disposição, devemos nos valer dos instrumentos certos para fazer a coisa certa.  A grande maioria sabe, conhece (até os tem), mas de tanto que não usa que estão esquecidos dentro de si.  Sabemos sempre o que é certo fazer, mas a preguiça e a conveniência nos sabota e faz com que enterramos cada vez mais o que há de melhor em nós e, como se já não fosse o bastante, comprometemos o bem estar dos que depende de nós, induzindo-os ao mesmo erro.   Como resultado, estamos vendo uma sociedade retrógrada, egoísta, individualista, que não consegue lutar mais por seu futuro, preferindo ficar preso aos erros do presente e comprometendo seu amanhã.

Já foi o tempo que a decisão de um, não comprometia mais ninguém.  Mas hoje, infelizmente, já não é mais assim.  Uma sociedade que necessita de “luz” pra sair do seu próprio e obscuro conveniente umbral, está cada vez mais cega, não encontrando nenhum faxo de luz em ninguém e os que conseguem reluzir na sua razão, são tão poucos, cuja a sua luz não se erradia o bastante.  O que nos leva à crer que, se quisermos claridade pra sair de nossa inércia, ela tem que sair mesmo é de dentro de cada um.  Seja Luz, clareie e busque em si próprio o que está esquecido e traga à tona.  Ainda que apenas poucos conseguirem se ajuntar, já terá luz bastante para induzir outros à fazer o mesmo.

Fazendo isso, estaremos eliminando uma série de fatores condicionantes (que hoje nos impede de agir corretamente, eticamente, com sensatez e racionalidade).  Seremos puramente nós em nossa essência, livres para lutar por um futuro mais seguro e de Paz.   O que temos hoje de concreto ?  Insegurança e incertezas para todo lugar que olhamos.  Nenhuma perspectiva de futuro seguro para os nosso filhos e jovens.  Vamos morrer e deixá-los à deriva.  Muitos já o fizeram, acreditando que estavam fazendo o que era certo, só que na visão vaga daqueles pais, sem certeza de nada e valendo-se da vã prepotência de estarem certos.

Com tudo isso, deixamos este mundo, literalmente desgovernado, sob a direção de ladrões e corruptos, decidindo por nós (através da procuração do nosso voto), o destino do país e o futuro dos nossos filhos.  Ainda há tempo, mas a mudança deve começar por dentro de nós, nos perguntando o que é importante pra nós, o que de fato não podemos abrir mão e deixar que pereça.  Cada um tem seu bem de maior valor e quando enfim a ficha cair, que todos se unam para defender o que é seu.

O tempo se esgota e cada dia ficamos mais condenados à um presente inseguro e à um futuro incerto.  Protejam aquilo que amam e saiba lutar, para que se perpetue.  Mexam-se !


PROJETO VIVA+

Por um futuro + Seguro.


Professor Amadeu Epifânio

Pesquisador/Psicanalista

sábado, 20 de janeiro de 2018

SOFREMOS POR DESCONHECER...

...QUE TEMOS A RESPOSTA.

Somos mera manifestação do nosso inconsciente, cuja a ordem que nos “manipular” é dada em razão do conteúdo (e qualidade aritmética) do que nós mesmo assimilamos ao longo da vida.  Nosso inconsciente é administrado por nada menos que dois personagens, que são, o Ego (administrador racional e prioritário no fornecimento de respostas e de ações) e o Id (administrador imaturo, responsável por nossos impulsos, com idade mental aproximada de três anos de idade). 

Contudo, temos algum controle sobre basicamente o Ego, responsável por controlar as atitudes impulsivas do Id.  Porém, este controle não é direto, mas indireto, ou seja, não se manda diretamente que o ego me envie as respostas que eu desejo em dado momento, mas, que eu forneça, antes, o que eu gostaria de ter como resposta em cada circunstância da vida.

Fazendo uma analogia, se eu contrato um pedreiro para que levante uma parede, não posso simplesmente mandá-lo trabalhar, se não lhe forneço o material necessário para o trabalho contratado.  Basta apenas que eu lhe forneça o material (e  de “boa qualidade”) e deixar que ele se encarregue do que precisa ser feito.   Da mesma forma as decisões ou atitudes que preciso tomar.  Se tomo uma atitude irracional para o momento, significa que o ego não teve o necessário, para que me fizesse tomar uma atitude mais adequada e apropriada ao momento.

Não podemos considerar que somos dono absoluto de nossas ações.  Isso é totalmente utópico. Porém, temos a opção de escolher o tipo de conhecimento que desejamos fazer uso, em momento oportuno da vida.  Essa opção nos é dada através do que conhecemos por livre arbítrio.   Mesmo o inconsciente valendo-se do meu corpo para agir, a forma de como ele agirá, me cabe responder por ela (até criminalmente se necessário) se, minha ação resultar em óbito de outrem.

Nossa forma de educar os filhos também não pode ser direta, ou seja, ordenar que os filhos obedeçam e que sejam educados.  Mais do que palavras, são gestos que contam e, de nada adianta ouvirem se não verem o que estão sendo aconselhados à ser e fazer.   Quando nos tornamos exemplo, incorporamos neles o conteúdo que eles farão uso, sempre que necessário.    Valores também são primordiais, como respeito aos pais, ao próximo, aos animais. Também solidariedade, caridade, religião, fé, Deus, afeto, cordialidade, etc.  Tudo isso será como sistema operacional, ou seja, agir em razão de algo que valha à pena ser, defender e lutar.  Uma vez inserido em nosso acervo, dificilmente será apagado e será sempre levado em conta.

Somos menos do que imaginávamos e, tudo que temos controle, serve apenas para dar direção ao caminho que verdadeiramente queremos seguir.  Podemos no máximo posicionar a vela, mas ainda dependeremos do vento, que sobre o qual não mandamos nem controlamos.  Utopicamente acreditamos estar seguindo um caminho perfeito, mas de fato não compete à nós decidir se realmente o é, se centrado nos preceitos que rege a boa convivência entre as pessoas.  Se não for (e ainda que perfeita), não se sustentará, não terá nenhum valor, nessa vida e principalmente para a próxima.

O tempo se esgota e à cada dia as chances e oportunidades de fazermos o que é esperado por Deus, ficam mais restritas e escassos.  Desperdiçá-las aqui pode representar um desperdício de vida para onde vamos e lá, seremos tudo que acreditamos ser, enquanto aqui estivemos.  Se acredita em inferno, considere-o como sendo neste mundo, porque no próximo, de alguma forma, encontraremos formas de nos reconciliarmos com nossa essência e com Deus.

O mesmo princípio adotado aqui (sobre sermos marionetes de nós mesmos), pode ser adotado com relação à nossos problemas psicológicos, bem como, com nossos transtornos, pois, estamos dando demasiada antenção ao problema, sem contudo darmos conta de que nosso ego está sem subsídios para trabalhar em nosso favor, para minimizar os efeitos negativos, causados pelos sintomas correspondentes.   Enquanto submetido aos efeitos dos mesmos, significa estar sob a jurisdição do inconciente Id, isto é, sob as emoções sentidas à época em que vivenciou o evento, que se transformaria mais tarde, no transtorno correspondente.  Os efeitos parecem fortes porque no inconsciente o tempo não existe, fazendo parecer que tudo ocorreu dias atrás, apenas.

Para lidar com esses sintomas, é preciso deixar o Ego trabalhar por você, mas dando à ele subsídios para que possa fazê-lo.  Existe uma série de coisas que pode servir de contra peso, para o ego lhe ajudar.  Entre elas estão: Trabalhar valores (família, irmãos, avós, amigos) – Auto-Estima - Autoconfiança – Religiosidade – Deus – Leitura - Pesquisas – Atividades - Viagem – Trabalho – Estudos – participar de Congressos – Palestras – Exposições – Museus, enfim, ganhar conhecimento.   Não importa como usará o que obter, isso ficará à cargo do Ego, apenas adquira mais conhecimento, experiências positivas, lembranças que valem à pena recordar. 

Estou entregando à vocês (sem falsa modéstia), o manual do ser humano, que esquecemos quando viemos à este mundo.  Agora, antes tarde do que nunca, ainda há tempo de termos a vida (certa) que sempre desejamos.  Use o que pensa ter controle de si mesmo, para o que for realmente utizável de forma correta, pois que, do contrário, estaremos vagando feito carangueijo nessa terra, sem poder contemplar dos prazeres de uma vida familiar, do convívio dos filhos e com Deus.  Saiba que tudo que possa ter dado errado na vida, foi porque não soubermos levar do jeito certo, por achar que tinhamos a certeza de que estávamos certos.  Agora sabemos onde erramos e melhor, sabemos como e por onde consertar.  Não perca mais tempo, achando que somente os outros estão errados.

Não se imagine ser tanto, se é na humildade 
que colhemos os melhores “frutos”.


  
    Professor Amadeu Epifânio
    Pesquisador/Psicanalista








domingo, 14 de janeiro de 2018

ENTENDA COMO NOSSA CABEÇA FUNCIONA !


  É MAIS FÁCIL QUE ENTENDER O PRÓPRIO TRANSTORNO.


Além do estímulo, o Id também influencia por causa de conflitos e traumas psicológicos, trazidos desde a infância (e até da gestação) ou adquiridos na juventude ou adolescência.  Dependendo do grau e de intensidade, pode interferir nas decisões, julgamentos e conceitos.  Para resolver isso, melhor que procure um bom profissional terapeuta e vá testando a terapia durante seu curso, para avaliar os possíveis progressos (ou não).  Faça o mesmo com o psiquiatra.  Você precisa de estabilidade, concentração e paz, então cobre.  Se ele estudou, tem o dever e as condições para te ajudar.

Entenda que, à partir do momento que sofre por conta de algum transtorno, saiba que trata-se apenas de "ecos" do passado, tendo suas sensações revividas pelo inconsciente, com o mero propósito de lembrá-los que há uma pendência interna à ser resolvida. Portanto, transtorno não é doença, mas um alerta inconsciente.  Não se martirize, não se culpe, não se deixe levar por julgamentos improcedentes de quem não tem discernimento para entender e lembre-se:  Não sofremos por ter problemas, mas por não entendê-los.  Se estude e encontrarás uma forma de conviver com o problema.   

Se souber conviver com os sintomas, sem que eles se tornem um entrave em sua vida, então poderá chegar um dia em que o inconsciente se conformará que não precisa relembrar que precisa resolver o passado, que da forma como está hoje, o corpo pode conviver em harmonia com os obstáculos já previsíveis do problema, permitindo que consiga ter uma vida, ao mesmo tempo, estável para produtiva.

O que acontece conosco, em razão de um transtorno, na cabeça de uma criança, pode ocorrer situações semelhantes, por razão até menores, mas que podem causar danos proporcionais aos de um adulto.  Isso porque subestimamos uma criança, ao tentar entendê-la na visão de um rélis adulto, ao invés de nos ajoelhar-mos, para estarmos frente a frente com o ponto de vista deles, bem como das concepçõe que podem fazer à nosso respeito.

Muitos dos transtornos (que hoje herdamos), com certeza foram gerados em alguma circunstância, em algum momento entre a gestação até os 3 anos aproximadamente (podendo avançar) dependendo.  Nenhum transtorno é genético, o que se herda são traços comportamentais, que nada tem haver com sintomas de transtornos.  Portando cuidado para não vender aos pequenos (precipitadamente) a ideia dela ter o mesmo tipo de transtorno que o seu.   Filhos não tem “cacife” para “pagar” e manter uma ideia comprada, só porque alguém já adquiriu e certamente não gostou e gostaria muito de poder devolver, se pudesse.

O amor aos filhos pode ser uma excelente terapia para livrar-se do seu transtorno.  Ao invés de afastar-se deles por achar que o transtorno não deixa, aproxime-se, ocupe-se deles, que o próprio inconsciente admitirá que está sobrando na história e deixará os dois em paz.  Preocupações como saúde, escola, sentimentos, desejos, brincadeiras, carinhos, afeto, lições de casa, arrumar o quarto, contar histórias, falar de Deus e seus ensinamentos.  Não vai faltar assuntos nem motivos para mantê-lo(a) ocupado(a).  O que tem à perder ?



Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista


terça-feira, 9 de janeiro de 2018

NÃO CONSEGUE LEMBRAR DE TOMAR A MEDICAÇÃO ?



Eis umas dicas que irão ajudá-los nessa dificuldade.


Oi pessoal, sei como é complicado tomarmos uma medicação nos horários e dias programados.  Quase sempre esquecemos e pior, não sabemos se devemos tomar outro ou esperar pela próxima hora.

Pra facilitar as coisas, escreva na cartela do remédio, os dias ou horários que precisa tomar. Se precisar tomar mais de um em horários diferentes, faça como nessa cartela, ponha o mesmo dia na quantidade de comprimidos que tem que tomar.   Pra marcar os horários, use o alarme do celular e marque pra que toque todos os dias.   Dessa forma não tem erro.   Você ainda vai poder saber se já tomou o remédio ou não.


Tomar medicações em horários certos é muito importante, porque o organismo se habitua em receber a próxima dosagem no tempo certo, pra que não haja retrocesso e ter que começar tudo de novo.   Deixa uma cartela na bolsa ou mochila também, caso esteja na rua quando tiver na hora de tomar.   Não é vergonha tomar remédio na rua, muito já fazem isso. Siga as recomendações do médico, sua saúde também depende de você.   Se cuida. Abs.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista

              


domingo, 31 de dezembro de 2017

PARA AJUDAR VERDADEIRAMENTE OS FILHOS


PRECISAMOS TER A PERCEPÇÃO DELES.



A pior das conveniências que o ser humano pode adotar é querer proteger os filhos, segundo sua própria percepção.  Não é para menos que existem hoje mais de 250 milhões de usuários de drogas no planeta, uma prova de que essa conveniência (desproporcional) acontece no mundo todo e, não apenas em nossa casa.

As percepções entre idades adultas e de um feto, um recém nascido, de uma criança ou de um jovem, são muito grande e também variadas.  Sensibilidade, dor, angústia, ansiedade, sentimentos de perda, frustração, decepção, insegurança, medo, desespero, etc.   Como quantificar o tamanho certo de cada sentimento desses, na vida dos nossos filhos ?   Nós, adultos, não desejamos outra coisa senão que alguém venha até nós e adivinhe o que temos, para nos consolar e confortar, porque mesmo quando adultos, temos a carência de uma criança.  

Quando não mensuramos a percepção dos sentimentos de uma criança ou de um feto, estamos simultaneamente, banalizando estes sentimentos e, nossos filhos não sofrem apenas pela dor que estão sentindo, estão sofrendo também por nossa omissão e negligência.  Um sentimento em dobro que está sendo registrado em seu inconsciente, para que (conforme a intensidade da sua dor), possa vir à se transformar em algum tipo de transtorno, como Ansiedade, Déficit de atenção e hiperatividade, Depressão e outros, conforme as características do evento, capacidade cognitiva e condições psicoemocionais deles.

Existem inúmeras situações em que fazemos e dissemos coisas, das quais nem nos damos conta, mas que atinge os filhos como uma flexa invisível e certeira direto no coração.  Críticas depreciativas, ditas no calor do momento, pode causar severos transtornos psicológicos (senão mental) numa criança.  Palavras como: “Você nunca faz nada direito”  ou  “Nunca vai ser nada na vida”  ou  “Você não serve pra nada” e outras de mesma natureza, gravadas pelo inconsciente, vão entrar em choque mais tarde, com a vida daquela criança, na adolescência, que mesmo tendo seus sonhos e projetos, vão estar sempre ameaçados, porque o inconsciente estará sempre lembrando aquelas palavras, dizendo pra ele justamente o oposto.

As relações familiares estão fragilizadas, os sentimentos banalizados, as conveniências ordenando que cada um pense em si próprio e achando que os demais entenderão e aceitarão o ambiente em que vivem.  Ou seja, até os fetos já estão sendo treinados à entrar em rodovia expressa em alta velocidade e adotam aquilo que absorve, como sendo o certo e padrão de conduta e também referência.  Como crianças nascem acreditando num “mundo perfeito”, qualquer situação fora do normal, gera expectativas se voltará à acontecer de novo e quando.  Tudo por causa da percepção que se faz em torno dos filhos.

Outro exemplo está na percepção auditiva de sons, entre adultos e fetos.  Uma gestante que vai ao estádio de futebol ou à uma festa de Revelion, provavelmente verá e ouvirá fogos de artifícios. Para ela, adulta, aqueles sons são toleráveis, já para o feto, podem ser perturbadores e insuportáveis, não apenas pelos estrondos, mas em razão do feto estar num ambiente fechado, sem nada poder ver, para que possa discernir sobre a origem do barulho.   Se fizéssemos nós, a mesma experiência, tenho a certeza que nos sentiríamos da mesma forma.  Como saber as condições que fica um feto, diante de uma experiência tão perturbadora ?

Mas a preocupação com banalidade sentimentos e deproporcionalidade perceptiva não ficam apenas na idade tenra, pois que crianças maiores e jovens também sofrem com sentimentos que não conseguem entender e, por não entender, não conseguem lidar e, por não conseguir lidar, sofrem.  O que poderia aplacar essa dor, seriam as relações familiares, embasadas em respeito, diálogo e afeto, porém, como essas características andam escassas por causa de um mundo cada vez mais capitalista, eletrônico e violento, nosso inconsciente racional (que seleciona em nós, nossas “aspirinas”), por falta dessas relações familiares (para conter a dor e enorme angústia), acaba fazendo uso de outros recursos, de eficácia mais ágil, como drogas e álcool.  Não é uma escolha consciente e voluntária, acredite.

Toda construção se firma sobre alicerces.  Dos filhos, a família, desta, a relação conjugal.    A causa antes da consequência.   Corrigindo onde o problema começa, as consequências cessam e retomam sua forma original, filhos voltam pra casa, relações conflituosas se resolvem e o núcleo da terra volta a girar.   Não adianta consertar um furo no cano sem fechar antes, o registro.

Uma tripulação unida é a certeza de uma viagem segura.  Pense nisso.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista

               

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