Projeto VIVA +

domingo, 22 de julho de 2012

Elogie do jeito certo

          

Recentemente um grupo de crianças passou por um teste muito interessante.
Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas.

Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempoEm seguida, foram divididas em dois grupos: o grupo A foi elogiado quanto à inteligência. Uau, como você é inteligente! Que esperta você é!  Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!  E outros elogios à capacidade de cada criança.
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!  Menino, que legal ter visto seu esforço!   Que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem! E outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças.  Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.  As respostas das crianças surpreenderam.  A grande maioria do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa.  As crianças não queriam nem tentar.

Por outro lado, quase todas as do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.   A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos: o ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças inteligentes não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas.
Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente.
As esforçadas não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado.   No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética.   Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas.
Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração. – Parabéns, meu filho, por ter dito a verdade apesar de estar com medo... Você é éticoFilha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... Você é solidária.
Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança, que tenderá a repeti-los. Isso não é tática paterna, é incentivo real.
Elogiar superficialmente é mais fácil para os educadores, pois tais expressões quase sempre são padrões e não exigem reflexão por parte de quem as diz.  Mas, os pais esforçados não devem estar atrás de soluções fáceis, mas sim das melhores soluções para a educação de seus rebentos. 

Aprendamos a elogiar corretamente nossos filhos, reforçando comportamentos positivos, contribuindo na formação de homens e mulheres de bem.

Redação do Momento Espírita com base no artigo Elogie do jeito certo, de Marcos Meier,
Em 23.11.2011.

INDIQUE ESTE BLOG PARA 1 AMIGO.

sábado, 21 de julho de 2012

TRANSTORNO BIPOLAR – Uma metade que precisa ser mais conhecida e conciliada.

                   Tenho acompanhado literaturas e relatos de médicos psiquiatras e pacientes, à respeito do transtorno bipolar e suas comorbidades e tenho me sensibilizado, tentando chegar o mais perto possível, quanto à imaginar ser uma pessoa nessa condição e admito não ser tarefa fácil, muito embora acredito que ainda sim haja uma forma de atenuar seus efeitos, por si e pelos familiares.

Ser um borderline, um bipolar, para quem é, é o pior calvário do mundo e (sem querer desmerecer ou desrespeitar essa dor), também é para o dependente químico de crack e seus familiares, para o alcoólico e seus familiares, para o jogador e outras compulsividades e por aí vai.  Contudo, faço valer a teoria filosófica do meu projeto, qual seja: “Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive”,  isto é, se para tudo há uma razão de ser, motivada quem sabe pelo próprio homem, então o próprio homem pode ter o controle da situação, para reverter ou atenuar suas próprias adversidades.
Assim como em toda estratégia de guerra, em que se faz  primeiro o reconhecimento do inimigo, para em seguida atacar com segurança, nesta guerra psicológica, cujo adversário é o transtorno bipolar, cabe também ao seu portador, a tarefa de explorar ao máximo essa nova realidade, pois aqui o objetivo não é o de destruir, mas o de conviver.
O que à princípio gera certa tristeza ou angústia, pode na verdade ser utilizado como ferramenta de ajuda, como é o caso do tempo que já carrega esse “saco de cimento” nas costas, os remédios que têm de tomar, a dosagem, bem como dos resultados e seus efeitos colaterais.  Tudo é objeto de avaliação de resultados e padrões de referência, para ser utilizado nas crises e os efeitos que da medicação está proporcionando, como satisfatória ou não, e quanto.
A maioria que é Bipolar, tenta levar sua vida pessoal, profissional, familiar e social, da melhor forma que puder, mas se esquece de administrar esse “inquilino permanente” em sua vida ou o faz mas sob a condição de obrigatoriedade, causando maior tristeza e ansiedade.  Algumas medidas de cara devem ser tomadas ou preservadas, como a manutenção do tratamento e da medicação, para controlar o problema e tentar ter uma vida mais próxima possível do normal, o que não é tão difícil assim.
O que muitos bipolares costumam fazer é abandonar o tratamento sob duas justificativas: Ou porque acha que já está bom e não precisa mais, tomar os remédios ou porque tá chutando o balde, achando que não existe remédio certo para o seu problema.  Este último pode ser resultado da ineficácia do medicamento ou da dosagem.  Se o problema persistir, busque uma segunda opinião com outro médico, só não desista.
É importante lembrar que o transtorno bipolar varia de pessoa pra pessoa e sendo assim, torna-se um pouco difícil acertar a medicação logo na primeira tentativa e se tiver comorbidade com outro tipo de transtorno, é um pouco mais difícil.  Por isso é primordial a cooperação do paciente, em se auto-conhecer melhor, quanto aos medicamentos que está tomando, em relação aos sintomas e efeitos colaterais, para que no menor tempo possível, o médico possa acertar na medicação.
Faça uma auto-avaliação, conheça melhor sua realidade, comece a registrar o que se passa, com maior interesse em se conhecer do que por obrigação.  Dessa forma, quem sabe, saberá o período de uma nova crise e se programar, para avisar à algumas pessoas sobre reações “diferentes” que possam surgir nos próximos dias.   Se puder compartilhar com Deus sua nova fase, Êle poderá lhe ajudar nesse processo e você verá que poderá levar sua vida um pouco mais tranqüila, proporcional ao seu empenho.  Veja pelo lado bom:  Esse é um casamento que não tem sogra.
                                                  Amadeu Epifânio
Viver bem é Possível !
Projeto Conscientizar

AJUDE À DIVULGAR ESTE TRABALHO

quinta-feira, 19 de julho de 2012

PORQUE É TÃO DIFÍCL O USUÁRIO SE TRATAR ?

                       O que atormenta o adicto (usuário) são as lembranças, o passado, que fica interferindo na sua vida presente, lhe sugando as forças e as energias que precisaria para sair dessa lama.
Essas lembranças, principalmente as negativas, elas ficam lá dentro da mente, em algum quarto de bagunça, pro resto da vida, se nada antes invadir esse espaço e roubar essas memórias, tal como acontece com as drogas.  Essas memórias não se eliminam, o que se pode fazer é substituí-las por novos eventos, novos focos, tão determinantes quanto a força dessas lembranças.
Por enquanto, a droga está lhe proporcionando um ciclo, ou seja, a droga lhe faz lembrar algo que tu não goste ou não aceite e você procura a droga para esquecer essa lembrança ou, para justificar-se da vergonha de ter que consumir. Seja como for, o dependente precisa de alguém para puxá-lo para fora dessa areia movediça, porque sozinho, é muito difícil.  
Às vezes, em razão de alguns problemas, eu chego à me imaginar como um usuário e fico imaginando também as palavras que eu gostaria de ouvir, se estivesse em tal situação.
Por um lado, existem coisas que a gente detestaria ouvir, ainda mais de certas pessoas que a gente não gosta de jeito nenhum (o que só iria piorar a situação ainda mais).  Se este alguém me dissesse "vai se tratar", soaria pra mim, não como uma sugestão para o meu problema, mas como uma dura ofensa, advinda de alguém que não gosto.
Por outro lado, sendo uma pessoa que eu goste (talvês muito), eu gostaria que ela me fizesse lembrar de coisas que foram importantes pra mim um dia e que ao invés de ouvir "vai se tratar", essa pessoa me dissesse: "se você quer reviver esses momentos, você sabe o que deve fazer".  Com certeza, essas palavras me fariam juntar todas as forças que restassem ainda, para dizer: "Me ajuda pelo amor de Deus !" e me submeteria à um tratamento.
Palavras, às vezes, são como senhas de internet: às vezes entra, às vezes... não.  Quem sabe, se a forma como lidamos com os dependentes próximos, como os filhos, não esteja só dificultando as coisas pra eles e atrasando ainda mais as chances e a oportunidade deles se tratarem e voltarem limpos pra casa e poderem dizer pra si mesmos: “Estou recomeçando...de onde parei”.

                                                  Amadeu Epifânio
Viver Bem é Possível !
Projeto Conscientizar


BULLYING   

Uma forma diferente de enxergar o problema.

O Bullying parece ser uma problemática, hoje, longe de ter uma solução.  Porque será ?  Não será talvez pelo fato de estarmos vendo o problema por uma ótica prática, imediatista e errada ?  Temos focado essa questão tão exclusivamente como um monstro e de duas cabeças, ou seja, o lado sempre da vítima, isto é, de quem sofre o bullying e conseqüentemente a quase criminalização de quem o pratica, não é verdade ?  Não é assim ?

Pois bem, vou mostrar-lhes um novo lado:  O Bullying é, na verdade, a manifestação exacerbada do sentimento de abandono.  Isso significa que mesmo antes de um ato de bullying ser praticado, seu autor já se encontra em estado de dor e sofrimento, por já estar sendo desprezado em sua própria casa.  E mais, em razão do seu momento, a prática do bullying é, em geral, praticada contra jovens passivos, que não têm capacidade ou iniciativa para se defenderem, como um alerta dado ironicamente em favor da vítima, como quem diz: “Acorda, reaja, ou vai passar pelo o que eu estou passando e sofrer o que eu estou sofrendo”.  (Obviamente isso não é consciente).
Temos a cômoda pretensão de julgarmos apenas o que vemos, mas não o que se esconde por tráz.  Se temos realmente o desejo de ver extinto esta prática, devemos pensar em se extinguir a causa e não ficarmos perdendo tempo em ficar remediando os efeitos.  Com certeza a causa não está em quem pratica o Bullying, mas na família deste, isto é, nos pais dele, pois é lá o epicentro do terremoto que está gerando toda instabilidade e desvio de conduta dos filhos. 
A prática do Bullying, por mais dolorosa e traumática que seja para quem sofre, é apenas conseqüência de um desajuste ou desequilíbrio familiar ou conjugal, assim como acontece com as drogas (pragas que recaem sobre as famílias para alertá-las que estão agindo errado e que seu erro está gerando sérias conseqüências).  A Pedofilia é outra praga com o mesmo propósito, cujo alerta é para avisar que a conseqüência chega mais cedo do que se espera.  Mas nada disso parece sacudir as famílias, visto que a ficha parece estar bem mais segura do que se espera, à ponto de não deixá-la cair.
Um fator agravante que sempre acaba gerando novos praticantes de bullying e novos dependentes químicos é a separação conjugal, que tráz consigo efeitos colaterais graves, como o jogo de culpas entre os cônjuges e pior: o de jogar os filhos contra o cônjuge, seja para não querer acompanhá-los nas visitas programadas ou para não querer ficar com quem ficou com aguarda provisória.  Depois dizem que quem consome drogas têm cabeça fraca.  Pudera, estando no meio da linha de fogo...
É preciso que a sociedade pressione às autoridades (todas) à encarar o Bullying da forma correta, ou seja, agindo sobre a família de quem pratica o bullying, oferecendo (ou obrigando) os dois (pais e filhos), à fazerem um acompanhamento psicoterápico ou Psiquiátrico, se for o caso.  Criminalizar o Bullying é jogar + lenha na fogueira.  Se agirmos na causa, o Bullying terá solução.

                                                                  Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !  
                                                       
Contatos: 6742-0694 (DDD 21)

                         AJUDE À DIVULGAR ESTE BLOG


terça-feira, 17 de julho de 2012

O QUE HÁ POR TRAZ DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA ? 
                 Prezados, o que pode ser mais triste que ver pessoas mergulhadas na dependência das drogas, é imaginar as razões que precedem o vício.  Não precisamos esmiuçar muito para presumir uma possível presença de conflito ou desentendimento;  Quem sabe não fosse um mal entendido que não teve tempo de ser reparado ou esclarecido.  Quem sabe não fosse ainda a falta de maior compreensão sobre os sentimentos alheios ou de achar que a tristeza de alguém fosse algo apenas passageiro, que não precisasse ser investigado ou questionado. 
Precisamos lembrar que, dependendo da pessoa, nem sempre é preciso muito para levar alguém a experimentar uma cocaína por exemplo, que causa dependência quase que instantânea.  Causas podem estar relacionadas à diversos fatores, o que só faz aumentar a necessidade de mais diálogo no lar.  Pelo diálogo (tanto quanto o temperamento de um jovem), é capaz de denunciar mudanças de postura que, se não forem investigados, podem deixar um jovem em condições de vulnerabilidade. 
Para experimentar uma droga, os motivos podem não ter caráter imediato ou recente, mas podem vir acumulando ao longo do tempo, necessitando apenas de um estopim, uma gota d’água ou um tiro de misericórdia.  As drogas são conseqüência de causas, que podem ser conseqüência de outras causas, relacionadas com a falta de entendimento conjugal ou ausência psicológica destes sobre os filhos.
Presença psicológica é condição “cinequanon” e engana-se que apenas a presença física, sozinha, seja capaz de oferecer aos filhos a estabilidade e a segurança emocional necessária;  fator este de caráter exclusivamente involuntário, feito vírus de computador que ninguém vê, mas está lá, causando interferência no modo de vida e na maneira de pensar, fazendo-os se acostumarem à um modo errado de pensar, como se normal fosse.   Após certo tempo, divergências entre mesmo pontos de vista, começam a alterar a rotina no lar.
As causam que abalam um relacionamento familiar, provém de pequenos abalos sísmicos, que precisam ser logo investigados e resolvidos e não deixar que chegue à erupção, para que tudo não se destrua.  Somos pelo o que somos, pelo o que causamos e pelo bem que podemos proporcionar.  Não se esqueça disso.

                                                                                           Amadeu Epifânio

Colaboração: Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

PESSOAS COM TRANSTORNO BORDERLINE
Hora de transformar um problema em solução.
Elaborei, com base em estudos preliminares, dez perguntas à serem relevadas no Borderline, enquanto estiver ele em momentos de alterações de comportamento, em razão do transtorno.   As perguntas são seguidas de suas respectivas justificativas, sublinhadas. 
A comunicação da mente de um borderline (com o mundo exterior) pode se dar justamente durante as crises, que é quando a mente “se liberta”, sem condições de suprimir ou neutralizar suas memórias traumáticas (embora de forma confusa, dada a incapacidade de compreensão dos fatos à epoca que os mesmos ocorreram); Enquanto consciente, a mente impede essa comunicação, enquanto que um novo estado de ansiedade, decorrente de fatores ainda incompreendidos, propicie e desencadeia as estranhas e repentinas crises.  Procure imaginar alguém preso num lugar, onde em horários programáveis, uma pequena janela se abra para o mundo, com tempo de abertura relativamente curtíssimo, para poder o borderline gritar e pedir por socorro, para qualquer sombra de ser vivo que se aproxime desta janela, ou seja, não dá pra dizer tanta coisa em tão pouco tempo.  As crises de um borderline podem ser um pedido psicológico de socorro.  Pense nisso.
Leia atentamente as perguntas e verifique se a pessoa com T.B. se identifica com o perfil em alguma dela e não esqueça de fazer as anotações pertinentes.  Elas podem ser úteis para o tratamento psicológico do paciente, durante as sessões de terapia com o psicólogo.  Caso não veja ou não consiga desenvolver esta tarefa, não se angustie.  O transtorno borderline é ainda um enigma à ser desvendado.  Este estudo visa apenas tentar identificar traços com possíveis traumas de infância (se não herdado por herança genética).  Boa sorte.
1)     Se ele faz menção à alguém que seja estranho ao convívio ou alguém que já tenha falecido  (e de que forma se deu o seu falecimento) ?  (Personagem do seu trauma de infância pode misturar-se na mente e interferir no seu momento presente).

2)     Se existem variações de sentimentos durante as crises, como raiva, ciúme, inveja, etc, ou todos ou a prevalência de apenas um deles em determinadas crises.  (Muitas vezes é no limiar relativamente alto, de tolerância de dor e sofrimento, que deixamos escapar reações que até então estavam guardadas e escondidas e que julgávamos ter esquecido (página virada). Nestas horas, as palavras são usadas como uma das formas destas reações, porém manifestadas involuntariamente.)

3)     As crises são iguais perante as mesmas pessoas que convivem com o Borderline, como irmãos, amigos, namorados e cônjuges ? ou para com determinada pessoa, existe um comportamento diferenciado do Borderline ?  (Algumas pessoas, por características específicas, para ele (de forma consciente) ou para a mente (de forma involuntária) podem oferecer ou passar uma forma de paz para o borderline ou o contrário, que por processo associativo e/ou por ter alguma similaridade com o seu algóz no passado, pode provocar crises mais fortes do que o habitual).

4)     Existe algum tipo de padronização nas crises do borderline ?  (Quando as reações se mostram semelhantes, sem grandes oscilações, demonstrando quase sempre um mesmo padrão, pode ser sinal de que o transtorno seja menos grave do que se imagina, pois o foco do borderline está mais convergente do que divergente).

5)      É preciso reparar se o borderline faz algum tipo de cobrança ou jogo de culpa contra si mesmo ou algum familiar ou pessoa próxima, como amigo ou namorados.  (Às vezes o passado vêm à consciência, em razão de algum fator que tenha passado despercebido e é preciso aproveitar esses momentos para identificar possíveis traços que ligue o borderline aos fatos que provocaram o seu transtorno).  Eu acredito, que quando sabemos o porquê estamos fazendo o quê, fica mais fácil estabelecer o controle sobre nossas reações, uma vês que fica mais fácil descobrir os pontos que desencadeiam as crises).

6)     Já se verificou se existe algum tipo de comportamento que indique que o borderline entrará numa nova crise ?  (Para estabelecer algum tipo de parâmetro que possa indicar ou identificar um começo de crise, para que tão logo identificado, possa de pronto ser neutralizado e assim, se evitar uma nova crise.  O estado de ansiedade costume ser o “gatilho” nestas horas, como um vulcão prestes à explodir).

7)     Como se comporta um borderline após cada crise ?  Se lembra de tudo que aconteceu e o que disse ?  Mais importante:  Se lembra de como disse o que disse ? (Muitas vezes a combinação de palavras com certas expressões pode denunciar alguma característica que atormenta o borderline, mentalmente. Mesmo nos momentos sem crise ele está doente.  Uma batalha se trava em sua mente e quando ela se torna insuportável, é quando estoura uma nova crise).


8)     Como são as noites de sono ?

- Fala enquanto dorme (encontro da realidade com o passado)
- Acorda várias vezes (sonhos confusos e agitados, que despertam)
- Dorme com dificuldade (medo e ansiedade de uma nova crise)
- Se mexe muito pra dormir (falta de tranqüilidade)
- Têm crises no meio da noite (quando a ansiedade dispara o gatilho da crise)

9)     Existem momentos do dia em que uma crise se mostra mais ou menos intensa ?   (Em razão do Ritmo Circadiano, que pode interferir no comportamento de um borderline, como interfere nas pessoas comuns.)

10)    Algumas reações aparentam ter mais ou menos duração do que outras ?  (As crises, em razão da batalha que se trava na mente de um borderline, pode ter uma reação de propósito à ser alcançado.  Um dependente químico não consegue ter a tranqüilidade necessária para se expressar e se comunicar em função do efeito da droga em sua mente. 

        Reações e manifestações humanas, até de pessoas que julgamos estarem, ao menos aparentemente no seu estado normal, nos dão dicas de que algo com certeza, não está bem.  Nos acostumamos e nos conformamos com nosso estado físico e psicológico, mesmo sabendo às vezes, que não estamos bem e que sofremos com as adversidades, quando elas aparecem, não buscando formas de prever ou mesmo de tirar proveito para aprender com elas e assim nos favorecer, conscientemente, para uma melhor qualidade de vida.  Imagine para pessoas com Transtorno Bipolar (também os borderline), a dificuldade que é, tentar se comunicar de forma às vezes pacífica ou harmoniosa.  Uma pessoa que sabe que têm problemas, sofre e muito com eles, de forma até bem visível para os que convivem com ele, mas que nem por isso, sejam capazes de interpretar que o borderline esteja tentando se comunicar, para tentar passar orientações de como se chegar àquela pequena prisão, para ser libertado(a).  Um trabalho que deve envolver presteza, paciência, investigação psicoemocional e determinação, por parte de profissionais, devidamente habilitados, mas que, sem a ajuda daqueles que com ele ou ela (borderline) convive, fica muito mais difícil este trabalho.   Espero, com toda sinceridade, que este texto possa ser oportunamente útil, quando do tratamento de qualquer pessoa com este tipo de transtorno e, sem maiores pretensões, coloco-me à disposição para maiores esclarecimentos sobre este texto ou sobre o projeto que eu desenvolvo. 

Viver bem é Possível !  -  Projeto Conscientizar

Amadeu Epifânio - Idealizador