Projeto VIVA +

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Conflito de Gerações.

O PAVIO PARA COMEÇO DE MUITAS GUERRAS ! 


Eis a principal razão, para o início de muitos conflitos, de natureza filial, especialmente nas relações entre pais e filhos e, entre alunos e educadores. Um detalhe tão presente quanto expressivo e todos, esquecem de considerá-lo, seja no trato para com filhos ou com os alunos, não importa a série em que estão. Toda questão recai sobre o mesmo ponto:, os que vieram “ontem”, desejam que os novatos, façam, sigam, obedeça sem questionar, tal como era “antes” (bem lá no passado).

Do passado trazemos na bagagem muitas coisas, como educação austera por exemplo. Não que tenha sido algo tão presente e penoso para os filhos e alunos, uma vez que era tão comum quanto aceito pela maioria da época e que, portanto, não cabia comparação, pois que a resposta seria indiscutivelmente, a mesma. “Lá em casa é sempre assim, já estou acostumado” (mesmo quando as lições tinham de ser mantidas, para alguns, na base da palmatória).

Mas o mundo mudou e houve certo avanço na forma de se educar as novas gerações, muito embora ainda haja quem tremule a mesma bandeira do passado, num presente onde a mesma já deixou de ser hasteada por muitos. Culturas se divergiram e se espalharam pelo mundo, certas, erradas, diferentes, enquanto outras ainda persistentes. Não se pode querer implantar o passado forçosamente, enquanto muitos ainda estão tentando fazer o seu melhor, para que seus filhos possam ter uma formação tal que lhe assegure estabilidade num mundo instável e hostil. Persistir numa postura atrasada é o mesmo que implantar uma mina terrestre dentro da própria casa e que, mais dia menos dia acabará pisando nela e os danos com certeza, serão irreversíveis.

De qualquer forma, está fazendo com que essa austeridade seja levada e transferida adiante pelos filhos e repassada aos netos da mesma forma, causando neles problemas psicológicos, traumas, compulsões alcoólica e drogas, quando não alguma forma de transtorno, como ansiedade, pânico, depressão ou quem sabe ainda, suicídio, pelo simples fato de não entender porque em vez de amor, alguns pais retribuem com repúdio, ignorância ou indiferença. As cracolândias estão aí, cheias de exemplo, de jovens que até hoje estão tentando entender essa postura e provavelmente, vão acabar morrendo sem saber, porque nem a droga (nem os traficantes) esperam.

Pais e educadores precisam saber aceitar o óbvio, que entre o dia que nasceram e o dia que seus filhos (e futuros alunos) nasceram, quanta água já não passou debaixo dessa ponte ? É preciso aceitar o inevitável, da violência que assola os inocentes, das balas perdidas que só acham o coração dos que amamos, mas que nem por isso paramos para abraçá-los, pois não sabemos se eles irão voltar para casa ou, se irão nos encontrar ao final de mais um dia de trabalho ou de faculdade.

A vida em família ou, a vida escolar, não consiste em impôr uma cultura em detrimento de outra, mas sim, trabalhar para que ambos conciliem interesses comuns e possam conviver em harmonia, independente do quanto se divergem em cultura e educação. Conflito de gerações está presente em diversos setores da sociedade, como nas relações entre empresas e clientes, médicos e pacientes, patrões e empregados, técnicos e atletas.


As diferenças de gerações são sentidas por cada pessoa, de acordo com seu modo de vida, idade, maturidade, conceitos, expectativas e perspectivas. Ou seja, há muito que considerar, quando se é cobrado o papel de educar, orientar, aconselhar, instruir e ensinar. Fazer tudo isso de uma forma errada, austera e grosseira, pode estar desperdiçando a última chance de fazê-lo, pois aqueles que ouvem, estão também, perdendo a confiança (por mais que se queira passar o melhor conselho do mundo).


O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.”

(Jean Piaget, biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço)



Professor Amadeu Epifânio – Psicanalista Cognitivo 


domingo, 1 de maio de 2022

CRISE DE AUTISMO NÃO É BIRRA !!

Crise de autistas não são birras. Eles apenas estão revivendo episódio que gerou o autismo. Assista o vídeo e veja como reduzir as crises. Ajude divulgando em suas redes sociais, muitos pais (com filhos autistas) precisam dessas dicas. Obrigado.


http://deondeparei.blogspot.com/2022/05/crise-de-autismo-nao-e-birra.html 

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Professor Amadeu Epifânio - Psicanalista Cognitivo - Projeto VIVA+



domingo, 17 de abril de 2022

ANSIEDADE OU COMOÇÃO, COLETIVA?

 QUAL A DIFERENÇA ?


Ansiedade coletiva pode nos dar o alerta que precisamos, para um problema até então "invisível".

Volta e meia nos deparamos com situações que nos causa grande perplexidade, seguido de estado de tensão (quando não uma sensação de aparente ansiedade), gerada pela expectativa de demoradas notícias a respeito de um evento específico.. Pode tratar-se de algum tipo de acidente trágico, tumultos, confusões ou esperar por alguém num aeroporto, que não via à muito tempo.

Eventos que geram demasiada sensação de tensão, por si só é o bastante para se criar um cenário de crise de ansiedade, seguido de arritmias e mal estar, cujo quadro pode estender-se simultaneamente, entre várias pessoas (contagiando-as). Mas é possível haver crises coletivas de ansiedade ? Sim. Não tão comum, mas é possível, até porque (embora as sensações sejam individuais), uma euforia coletiva, causada por um certo evento, pode influenciar a sensação entre outras pessoas, de baixa tolerância emotiva. Além de ansiedade, euforia pública pode levar também à histerias, agressões e pânico.

Muitos ainda não percebem, mas podem estar carregando consigo (mesmo sendo leve), um transtorno de ansiedade, o qual só se manifestará, conforme o tipo e grau de intensidade do gatilho psicológico. É possível que nesses casos, o quadro se confunda num cenário de comoção social, em que possa haver, em algumas pessoas, deficiência de hormônio antiestresse (cortisol), responsável por promover a estabilidade psicoemocional do nosso corpo, sempre que houver um pico de estresse. Diante deste cenário, ambas as condições podem se fundir num mesmo tipo de evento específico.  Comoção pode estar:

Em esperas “intermináveis” em Aeroportos;

Sepultamentos resultantes de tragédias (como Petrópolis);

Participações (de jovens) em shows artísticos lotados;

Notícias inesperadas envolvendo mudanças súbita de planos.

Ameaças apocalípticas (bomba nuclear, asteroides, etc.)

Por isso sempre aconselho que conheça o transtorno que tem, para que, em momentos como estes, em que há forte estimulação de comoção coletiva, que possa se auto avaliar, se o que está sentindo é proveniente do que já tem ou se está sendo provocado por fatores externos visíveis. Quando várias pessoas vivenciam uma mesma experiência, suas reações podem influenciar outras pessoas e levar à comoção social, que leva à ansiedade coletiva, causada por insuficiência de hormônio do estresse (cortisol).

Gatilhos psicológicos são “invisíveis” à percepção, isto é, não sabemos de onde vem e o quê está provocando a ansiedade. Já um evento de comoção coletiva é mais fácil saber, porque ficamos excessivamente ansiosos, por razões “táteis”. Saber, nos faz sofrer menos.. Assim como a primeira reação (numa fase de luto) é a negação, ela é também responsável por disparar nosso descontrole emocional..

Até que possamos “aceitar” para entender o que foi presenciado ou o que se esteja sentido, é bom fazer um autoquestionamento da situação, com o objetivo de reduzir o nível de estresse e ajudar o corpo à se restabelecer emocionalmente. A comoção pode ser coletiva, mas pode levar situações de mau estar, à pessoas de baixa tolerância emotiva.

Não podemos viver para sofrer a vida toda, isso acaba nos consumindo e nos fazendo adoecer com o tempo. Não viva para descobrir seus limites. Ajude seu corpo à lidar com as emoções, especialmente às inesperadas.


Vivemos pela percepção da vida que levamos 

e da expectativa de vida que temos.”

                                                            (Professor Amadeu Epifânio - Psicanalista Cognitivo)

PROJETO VIVA+

quarta-feira, 13 de abril de 2022

PORQUE OS FILHOS NÃO SE INTERESSAM PELOS ESTUDOS ?

 


Porque não são motivados para isso. Crianças vivem recebendo brinquedos, celular e vontades, o que às deixa saciadas em tempo recorde e por isso vivem sempre pedindo mais coisas. Já os jovens não tem expectativa de futuro, de um amanhã. Não sabem porque nem para quê estudam, não sabem se os pais irão estar juntos ainda amanhã (de tanto que brigam); Não sabem o que representa para os pais, que papel desenvolve dentro da família. 

Por essas razões não se motivam à estudar ou querer desenvolver habilidades ou (quem sabe), escolher uma carreira. Estão na idade de esperar pra ver se a postura dos pais irá mudar ou serão doravante, do mesmo jeito, isto é, indiferente à vida dos filhos. Juventude é a fase mais vulnerável dos jovens, pois é nessa fase que se entra para as drogas (à depender ainda de outros fatores (que nem assim minimiza os riscos, mas são relevantes), como idade, maturidade, ambiente, convivência, momento psicoemocional, perspectiva de ver o problema resolvido ou de que seus pais irão (ou não) perceber que precisa de ajuda. 

Como vê, é uma fase em que se cai numa "teia". Se a aranha vier ou não, é outra história.



Professor Amadeu Epifânio - Psicanalista Cognitivo - PROJETO VIVA+





segunda-feira, 11 de abril de 2022

Porque somos rudes com as pessoas, sem necessidade?

NÃO É O QUE SE DIZ QUE MACHUCA, MAS QUEM E DE QUE FORMA É DITO !


Sempre carregamos marcas e traumas conosco, do mais leve ao mais intenso. Nem sempre o que fazemos está ligado diretamente a outra pessoa, mas algo relacionado, como o que diz, a forma que diz, etc. 

Isso às vezes faz reascender velhas feridas infantis, as quais ficam reprimidas à espera de serem manifestadas, quando provocadas por algum tipo de gatilho psicológico. É claro que a figura da pessoa também pode influenciar, se caso ela tenha lhe feito algo quando criança. 

Não é o que a pessoa diz que "machuca", mas quem e de que forma foi dito. Se está sendo rude com mais frequência do que gostaria, então precisa procurar ajuda terapêutica (talvez uma terapia cognitiva). Outro recurso é estabelecer para si um propósito, de sempre procurar compreender a vida, tal como ela aparece. Isso irá enriquecer o inconsciente à ter sempre as respostas mais apropriadas e sem tons de ironia ou ofensa. 

A vida não é perfeita, ninguém é 100%. Tenha isso sempre em mente.


Professor Amadeu Epifânio - Psicanalista Cognitivo.


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sábado, 2 de abril de 2022

É POSSÍVEL EVITAR O QUE NÃO SE CONSEGUE LIDAR !

 

https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu/videos/2705749222903174

Professor Amadeu Epifânio - Psicanalista Cognitivo - PROJETO VIVA+



sexta-feira, 4 de março de 2022

NARCISISMO – Porque o prazer em machucar os outros ?

 

O narcisismo é uma personalidade complexa, difícil ser compreendida. Apesar disso não deixa de ser mais um transtorno (de personalidade) como outro qualquer e, como tal, se insere nos mesmos critérios de interpretação, que os demais. Há ponderações à serem relevadas, como a obsessão pela autoimagem, ser reconhecido, admirado, persuasivo e temperamental, além do prazer em machucar outras pessoas (quando estas o frustram de alguma forma). Seduz para si suas companheiras, para depois deixar sua “assinatura” peculiar.


Como todo transtorno de personalidade é composto por crises, elas nada mais são do que a representação do evento primário que gerou seu transtorno e que geralmente, começam à se manifestar na pré-adolescência, quando o evento em questão já deve ter sido incorporado à sua personalidade. À partir daí, começam a manifestar os sintomas, que são como dicas do que lhe ocorreu. Tais dicas são como brincadeiras de “mímica”, tentando expressar algo, mas sem nada poder dizer, apenas gesticular-se, cabendo ao colega tentar interpretar.


Diverso é o perfil narcisista, o que dificulta alguém descobrir se é, e do que está à procura. Como a crise do transtorno, em geral está sempre ligado à momentos de raiva ou desconforto emocional (também diverso), a crise só acabará, quando dentro de si a raiva passar e com ela, a motivação correspondente. Tal motivação pode estar ligado à pessoas, situações, lugares, momentos, etc. Ligado à crise está o “cenário” em que se deu o evento que gerou o transtorno, como a própria casa, um cômodo, a rua, um parque, etc.


Pois bem, o narcisista gesticula através de personalidade e persuasão, bem como do seu temperamento (se tranquilo, tenso, agressivo, etc). Muito se tem ouvido falar sobre perfil narcisista, porém pouco se tem tirado proveito para que pudesse aprender um pouco mais sobre sua realidade e personalidade, à fim de se prevenir sobre suas articulações e pretensões, antes de machucar alguém. Uma das características narcisista é não saber lidar com as frustrações, de forma que é esperado uma reação mais intensa (ou menos normal), quando frustrado.


Como suas pretensões são inconscientes e (acredite) involuntárias, o narcisista nunca se saciará do que procura, ora com uma pessoa, ora com outra e, com cada pessoa ele aprende mais formas de persuadi-las, para conseguir o que quer. Essas tentativas ininterruptas se dão, porque o narciso está sendo influenciado mais, por um inconsciente (ID), que é imaturo, inconsequente e também infantil (o que poderia ajudar a identificar, se o mesmo tem ou não, personalidade narcisa). Outra razão é que, o acervo do seu inconsciente racional (Ego), além de não ter conteúdo propício para a intensidade de suas frustrações infantis, ainda tem que lidar com o resultado aritmético de todas suas experiências emocionais (sensações vivenciadas quando ainda criança), que pelo visto não foram poucas, em detrimento de uma formação mínima que o ajudasse à lidar com as emoções.

Muito provável que um narcisista tenha sua frustração de origem, na figura paterna ou materna (e aqui entra o famoso complexo de édito, ou seja, gêneros trocados) entre pais e filhos, o que explica o narciso escolher um parceiro ou parceira hétero, para relacionamento, salvo quando em conflitos com colegas de trabalho, no trânsito ou qualquer outro lugar. Nada nessa vida é gratuita, nada acontece por acaso e para tudo há uma explicação. Para cada situação ou conflito existente, saiba que sempre haverá razões pregressas que justifique as atitudes ou ocorrências envolvidas, as quais não carece sofrer por não conseguir entender.


Em referência ao título, o prazer do narcisista, pela forma que irá machucar alguém, está diretamente ligado à forma com que foi tratado na infância, bem como de quem o tratou que, como já mencionado, está ligado à figura do gênero trocado, se paterno ou materno, sendo sua possível vítima, um personagem da mãe (se homem) e vice-versa. Como existe cada vez mais, relatos ligados à personalidade narcisa, dá pra se ter uma ideia, de quanto anda as relações familiares e, sendo cada vez piores, à medida que a vantagem da condição financeira acaba sendo mais, um entrave, do que um favorecimento.


Como todo transtorno, a terapia acaba sendo o melhor refúgio, para os narcisistas com alguma lucidez, que queiram sair do seu labirinto, o qual entrou feito uma armadilha e que agora não consegue sair. Eles não compraram a personalidade narcisa, nem herdaram geneticamente, portanto são isentos de culpa direta pelo o que fazem (embora exista a compulsão de fazer), não merecendo contudo, comparações com psicopatas e outros adjetivos atribuídos sem nenhum questionamento à respeito. Trata-se de um transtorno como outro qualquer e que carece de tratamento similar, como terapêutico e psiquiátrico.


O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.”    Buda



Professor Amadeu Epifânio – Psicanalista Cognitivo – PROJETO VIVA+