Projeto VIVA +

sábado, 13 de dezembro de 2014

DROGAS e TRANSTORNOS.


PREVENÇÃO COMEÇA ANTES DO QUE SE IMAGINA.


  


Existe ainda hoje, a crença (ou mito) de que somente quando os filhos crescem é que se pode falar com eles sobre drogas, tendo ainda que depender do entendimento deles em querer ou não, aceitar o conselho, o que quase sempre é utópico, haja vista as razões constantes no artigo anterior, sob o título: “Educar é um desafio, porque não existe consenso”.    Como visto no artigo, não são as drogas a única preocupação dos pais em relação aos filhos, pois há ainda uma infinidade de “armadilhas” à espreita de um deslize.

Enquanto crescem e vivenciam suas experiências, sem que percebam, tudo está sendo gravado, cada momento e, dependendo do seu modo de vida, estas memórias podem vir à interferir diretamente sobre a vida dele, mais especificamente em seu temperamento.   Por esta razão, os primeiros anos de vida... ôpa, desculpa, eu quis dizer desde a gestação de nossos filhos, tudo que ocorrer com eles, deve ser observado, monitorado e, se necessário, fazer as devidas correções, que não implica passar a mão sobre sua cabeça, sempre, mas sempre faze-los entender o momento pelo qual passam.

Por exemplo, se o momento for ainda a gestação e se durante o seu curso, houver conflitos, divergências, brigas e discussões acaloradas, depois que tudo passar, é dever da mãe, recolher-se em um cômodo mais tranquilo da casa, posicionar-se confortavelmente  e acariciar a barriga e conversar com o bebê, provavelmente ainda assustado com o que passou indiretamente e passivamente, à fim de tranquilizá-lo e confortá-lo, para que se diminua os riscos de se contrair alguma forma de transtorno, em momento futuro (muito provavelmente, esquizofrenia) e quem sabe, mais tarde, alguma droga, por não conseguir lidar com uma doença severa, de fatores desconhecidos.

Ou ainda, ficar desatento com os cuidados do filho recém-nascido, ainda que seja necessário deixa-lo sob a guarda de outra pessoa, para que a mãe ou os pais possam trabalhar.  É preciso sempre observar a criança desde o seu nascimento, seu temperamento precoce e seu comportamento, enquanto, brinca, toma seu banho, dorme, amamenta, enfim, todos os passos, pois que se algo diferente lhe ocorrer, se alguma forma de abuso ele sofrer, você poderá logo identificar e procurar atenuar os efeitos ainda que precocemente pequenos.  Do contrário, essa criança, quando adulto ou adulta, carregará consigo, os severos sintomas de um Transtorno de Personalidade Borderline (Transtorno decorrente de abuso sofrido na infância ou bebê).  Que poderá, mais tarde, fazer uso de drogas ou cortar os próprios pulsos pra conter sua dor.

Vejam, crianças pequenas sempre idolatram os pais (talvez mais um que à outro) e que por isso mesmo, qualquer castigo ou mesmo uma bronca, sofrem uma enorme frustração, pois é algo que jamais esperariam que o seu “super-herói” fizesse algum dia.  Podem acreditar que à partir deste dia, esta criança terá criado dentro de si a concepção de que aquele à frustrou não merece sua confiança e que portanto passará, doravante, à ficar com o “pé atrás”, até que se convença de que foi coisa passageira ou, de que irá manter o pé, pelas constantes broncas.

Quando chegar à juventude terá contraído uma apatia com os pais (ou um deles) que nem mesmo ambos (pais e filhos) saberão porque e a tendência é sempre piorar.

Uma educação satisfatória é aquela que faz com que os filhos tentem entender o que se passa, que passem à refletir, com a ajuda dos pais, o porquê dos “nãos” constantes.   Usar de barganha com eles, usando como “moeda de troca”, desejos x tarefas, pra que ela saiba de que nada é gratuito na vida e tudo tem que fazer por merecer.  Fazê-los entender a realidade do seu padrão familiar, principalmente se conta com poucos recursos e que na sua escola ele encontrará muitos outros modelos, condição financeira e padrões de educação (não melhores ou piores), mas diferentes entre si, conforme o modo de vida de cada um.

Isso pode fazer uma enorme diferença no psicoemocional deles, que poderá garantir uma estabilidade segura, na hora de lidar com seus primeiros conflitos, sabendo que eles um dia apareceriam e que devia saber lidar, sem se desesperar ou se revoltar.

O que os transtornos diversos e as drogas tem em comum, é que para se adquirir um deles (ou os dois), basta apenas negligenciarmos a vida e o desenvolvimento dos nossos filhos, em seus primeiros anos de vida (até ainda durante a gestação), pois que a falta de uma atenção maior, poderá carretar prejuízos pro resto da vida deles, definindo um destino muito distante ao do que eles com certeza iriam escolher para si. 

Leiam o artigo citado acima “Educar é um desafio, porque não existe consenso”.

Quanto mais estruturarmos uma boa infância, menos preocupações teremos com a juventude e adolescência deles, seja com transtorno ou com drogas.


                         Amadeu Epifânio


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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

QUER SE LIBERTAR DE SUAS PRISÕES ?


VEJA COMO É FÁCIL !


Já não é de hoje que a humanidade anda correndo contra o relógio, para praticamente tudo na vida.  Já houve o tempo em que o relógio não era, para muitos, seu grande algoz (tal como é nos dias de hoje).  Sem perceber as pessoas criam e entram (e não sabem como sair) do seu próprio círculo vicioso, pois o tempo nunca é suficientemente generoso para permitir fazer tudo que se queira, sacrificando para o dia seguinte o que faltou, somado às tarefas do dia, onde mais uma vês o tempo não cederá um segundo à mais.   E assim, sucessivamente.

Não obstante à isso, nossa vida é repleta (de acordo com a concepção de cada um) de vários tipos de contratempos, mais por influência psicológica do que material ou física, pois temos a tendência de fazê-los aumentar em demasia, na busca pela própria valorização dos esforços desprendidos.  Mas isso tem um preço à pagar, pois, na mesma proporção que aumentamos “o valor” dos nossos esforços, aumentamos consideravelmente e proporcionalmente, o tempo que será necessário para realizá-lo.   O que nos leva novamente ao círculo vicioso.

E não para por aí os obstáculos, que como uma grande gincana (que não é brincadeira), sempre haverá uma condição para satisfazer outra, reduzindo cada vês mais e sempre, o que já nos parece escasso.  Isso mesmo, nosso maior algoz, o Sr. Tempo.  Mas é o tempo que nos escraviza e nos aprisiona ?  Evidente que não.  Somos antes, escravos de nós mesmos e das concepções que criamos em torno de tudo que nos ronda, tornando tudo maior e mais difícil, necessitando cada vês mais, do que a vida só nos dá em porção específica para cada um, ou seja... tempo, que se não for nos dado mais, nos sentimos cada vês menos e mais impotente e mais incapaz, nos transformando numa bomba relógio, repleta de angústias e ansiedades.

A pressa e a intolerância é hoje umas das grandes causas de acidentes, principalmente no trânsito e nas estradas, muitos deles seguidos de óbitos, por ultrapassagens perigosas e arriscadas, em razão de um veículo lento que ia à sua frente.  O tempo também provoca acidentes laborais, que pela pressa em termina-lo, acaba (por negligência) provocando ou se envolvendo em acidentes, tanto grave quanto fatal.  Pressa, intolerância, impaciência, angústia, ansiedade, são tudo concepções que criamos em torno de uma realidade ou de um evento, que por darmos valor demais, o preço à ser pago também não é pequeno, às vezes até com a própria vida ou de terceiros.  Vidas desperdiçadas por causa de uma visão psicológica utópica, provocado talvez por excesso de orgulho, vaidade, ganância ou nível de soberba em relação aos que pensa serem menores do que ele.

Paralelamente à isso temos os portadores de síndromes e transtornos psiquiátricos que, como se já não fosse difícil carregá-los, ainda atribuem à estes, valor ainda maior, em detrimento da própria capacidade, do discernimento e da própria inteligência (que todos herdamos geneticamente de Deus, diferenciando-nos apenas no quanto à utilizamos e não pelas dificuldades que temos na vida.

Portanto, antes de julgar que tal obstáculo, dor ou sofrimento é demasiadamente alto, pesado ou doloroso para suportá-lo, entenda que a dificuldade maior está dentro de você, na forma de como o vê pois, se ele se apresenta grande demais, é porque sabemos muito pouco sobre ele, nos tornando pequenos, incapazes e consequentemente intolerantes diante dele, o que para o corpo é um grande risco, pois coloca-se emocionalmente vulnerável diante de reações impulsivas, nocivas, perigosas, dolorosas e para muitos, até letais, como drogas e ideação suicida (quando não, sua consumação).

Moral da história, ou saibamos dar os passos certos ou criamos nossas próprias prisões.

                                                Amadeu Epifânio

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domingo, 16 de novembro de 2014

EDUCAR É SEMPRE UM DESAFIO...


...PORQUE NÃO HÁ CONSENSO.



Está cada dia mais difícil mantermos um nível de convivência prazeroso e harmonioso com nossos filhos, já repararam nisso ?  A atenção dos filhos, hoje, está muito dispersa e cada vês menos focada na família.  São inúmeros os fatores que exercem sobre a educação uma verdadeira concorrência, numa disputa acirrada pela atenção dos filhos.  Como se não bastasse, existe ainda uma infinidade de padrões familiares, indiferente à condição econômica, não havendo portanto um consenso sobre uma forma que fosse mais ideal ou mais perfeita.

Não muito distante à isso, as escolas onde estudam nossos filhos, estão repletas de modelos educacionais, vindos de toda parte da cidade, que mesmo que os filhos não percebam, esses modelos estão sendo mesclados e comparados o tempo todo e, nesta hora, será mais predominante o que for mais relevante para eles, involuntariamente.  Por isso é utópico delegar às escolas a educação dos nossos filhos, quando já se é difícil atrair 100% a atenção deles para passar-lhes o conhecimento letivo e cultural.

Por falar em referências, este é mais um fator que acaba por dificultar ainda mais, valores que tentamos passar à eles, como ética, respeito, solidariedade e caráter.  Instituições como política, justiça, religião e até “família” (numa visão geral) estão se enfraquecendo e que nos obriga sempre à manter um monitoramento, para sabermos o quanto ainda estão firmes no que ensinamos e se por acaso não esteja sendo necessário fazer algumas correções.

“Jogo de cintura”, essa parece ser a fórmula mágica para lidar com todos os imprevistos decorrentes desta infinidade de distrações que bombardeiam nossos filhos e nossas famílias, buscando sempre desestruturá-las de alguma forma.  Ao chegar em casa da escola, muitas crianças trazem consigo, “poeiras” de outros modelos familiares e que, pela falta de jogo de cintura, acaba se criando conflitos por divergência de opiniões e de valores, tanto os que ensinamos quanto os que eles absorveram e aceitam.

Vejam, a aceitação desses padrões (quase sempre opostos aos nossos), nunca é gratuita, mas sim em razão de lacunas que são deixadas nos filhos, que podem à todo instante, serem preenchidos de outras formas e distrações, sendo a primeira delas o celular, depois o computador, depois a instabilidade conjugal e/ou familiar (que praticamente os empurra para fora de casa), quando buscam para si, lugares supostamente mais “seguros”.

À partir desta concepção criadas por eles (sendo seu ambiente familiar um lugar inseguro pra se conviver) começa um processo estacionário (quando não retrógrado) pela busca do seu próprio bem estar, tanto emocional quanto psicológico.  Doravante, seus critérios de seleção de amizades (até então mais exigentes) sofrem um relaxamento, dado o momento de instabilidade emocional pelo qual passam. 

Eu citei no artigo anterior, sobre prevenção de drogas, que sua experimentação dá-se sempre em momentos que manifestamos, diante de uma adversidade, sensações simultâneas de incapacidade e intolerância para administrá-lo, no que imediatamente, transferimos o comando do nosso corpo e da nossa vontade, para os nossos impulsos, que na verdade somos nós mesmos, porém com um raciocínio equivalente ao de uma criança de 3 anos.

Como dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, sempre que este impulsos assume o controle, nosso estado consciente cede espaço, cedendo o comando.  Este estado impulsivo e infantil (que repito, somos nós mesmos), está carregado de uma série de experiências, também negativas, associado ainda à uma série de coisas, as quais desejamos ardentemente possuir ou realizar, porém, por determinadas razões, nós o suprimimos.

Agora, tentem imaginar como age este impulso (que já é infantil) no corpo de uma criança, entre seus 3 e 6 anos por exemplo.  Uma mistura “explosiva”, não concordam?  Repleta de muitas birras e malcriações rsr.  Quase sempre não dá pra perceber qual das duas está no controle, em razão da idade. 

Mas entendam uma coisa, situações como birras, malcriações, “autoritarismo”, nunca são gratuitos, mas sim, insatisfações, inaceitação e um que precisa ser constantemente monitorado, a concepção que  se cria em torno dos pais, que se não corrigido, se arrasta para a juventude e adolescência, manifestando apatia gratuita e involuntária por um ou por outro.  Involuntária, porque quem estabelece o conceito são os impulsos infantis (segundo Freud) e não a própria criança em seu estado consciente.

Por isso está tão difícil administrar uma família, porque são grandes os desafios que se contrapõe à tudo que tentamos defender e passar.  São tantas as pessoas e famílias que seguem modelos sem grande expressividade e eficácia, que aqueles que não seguem, sentem-se em minoria e acabam por segui-los, por acharem que a “voz do povo é a voz de Deus”.   Ninguém merece.

Aproveitem o fim de ano que se aproxima, “fechem pra balanço”, reúnam a família (sem os parentes, de preferência, apenas pais e filhos), e aproveitem para pôr a conversa em dia.  Saibam o que se passa no coração e na cabeça deles, veja se algo triste se passa na vida deles e como eles estão administrando isso.  Só para terem uma ideia, não são poucos os sentimentos considerados por muitos, como insuportáveis, como por exemplo, sentimentos de perda, seja de entes queridos ou de namoradas(os), companheiras (os), animais de estimação, empregos, maridos, esposas, quando não, a própria família.

Ensine e ajude seus filhos à não se desesperar diante de uma situação como essas ou outras que por ventura, num primeiro momento, não esteja sabendo enfrentar.  Ajude-os à elevar a própria tolerância, pois que ela é fator condicionante para experimentação de drogas (sempre experimentada pelos impulsos e nunca por seu lado consciente).

Passar por esta vida e poder deixar este mundo sem drogas, não alcoolizado, não marginalizado e, na medida do possível, deixar de lado nosso individualismo exacerbado, para ajudarmos os que precisam também de nós, é sem dúvida, um grande e merecido troféu.

Pra finalizar e para os religiosos:  Qual o significado da crucificação de Jesus ? Seria por acaso o de pagar os pecados da humanidade ?  Mas a humanidade continua pecando e das formas mais estúpidas possíveis.  Para não chegarmos à dizer que a morte de Jesus teria sido em vão, em razão disso, deixo para vocês uma segunda reflexão sobre a crucificação:

“O verdadeiro Amor exige sacrifícios, muitas vezes dolorosos”.

Deus abençoe à todos.  

Os que preferirem deixar seus comentários, sugestões e críticas, podem fazê-lo sem reservas, no espaço destinado aos comentários.  A colaboração de uns favorece esclarecer a dúvida de outros.  Obrigado.


                                           Amadeu Epifânio

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