EDUCAÇÃO INFANTIL (2ª Parte) – Consequências na
Pré-Adolescência.
Começo
este texto com uma notícia não muito boa para os pais. Neste atual mundo globalizado com milhares de
atrativos e tentações para as crianças e jovens se entreterem e buscarem involuntariamente,
compensações por seus conflitos internos e familiares, fica muito difícil os
pais se manterem próximos o bastante dos filhos para conversar e monitorar tudo
que se passa na cabeça deles.
Cheguei
a mencionar também que aquilo que chamamos de “padrão familiar” também está
sendo sempre comparado com os padrões dos amigos e colegas dos nossos filhos e
também de forma involuntária, ou seja, é automático, não consciente. Uma série de fatores começa a construir uma
parede divisória entre pais e filhos, dificultando suas relações. Em parte pelo o que foi mencionado no primeiro
artigo desta série (quando ainda na infância) e parte por um cotidiano corrido,
onde o argumento de se trazer o sustento já começa à ser questionado.
Circunstâncias
que acabam por promover sérios problemas de relacionamento entre pai (ou mãe) e
filhos. Em geral quando chega neste
estágio, a impaciência já instaurada dificulta ainda mais qualquer tentativa de
reconciliação, somado ainda à falta de “habilidade” para lidar com situações
como essas.
Normalmente,
em razão da falta da estabilidade em família, os jovens costumam sair
(involuntariamente) à procura de locais ou ambientes aparentemente “mais
seguros” que, pela falta de uma melhor formação, acabam se frustrando
severamente, quando não pior.
Friso
muito a questão da involuntariedade porque temos um outro lado interior nosso
(outro “eu”) porém dotado de muita energia para agir, buscando compensar-se de
todas as dificuldades pela qual passou, só que sem regras e quase sem freio,
ficando seus impulsos condicionado apenas ao controle do nosso estado
consciente e no aprimoramento da nossa formação, tanto em jovens mas
principalmente em nós, adultos, porque nossa postura (positiva ou negativa) é
sempre referência para os jovens.
Quando
a relação entre pais e filhos fica difícil, é hora de promover um tratado de
paz entre ambos (ou trío), ou seja, deixar de lado a arrogância e a prepotência
e tentar buscar conciliar os interesses de todos. É preciso em primeiro lugar, os pais admitir
que erraram em sua concepção de educação, tendo esta falhado se considerar a
debilidade na relação entre ambos.
Em
segundo lugar é preciso ouvir as queixas do filho ou filha e propor melhorar a
postura para atingir a expectativa desejada por eles. Caso a queixa do “reclamante” não seja
procedente, é preciso fazê-lo entender a realidade, mas sem grosserias nem
arrogância, pois a primeira coisa que os pais precisam vender perante os filhos
(nesses casos) é a imagem de alguém que quer mudar em nome do amor que dizem
sentir por eles e acredite: não adianta o velho ditado: "Faz o que eu digo
e não o que eu faço”, porque nessas horas eles são como São Tomé, isto é, só
vão acreditar quando virem as mudanças, por dentro e por fora.
De
qualquer forma, quando se faz um acordo é preciso o compromisso de ambas as
partes, ou seja, os filhos deverão comprometer-se em não fazer nada de errado
em nome de um suposto mal entendido com os pais. Mas este pacto só terá validade enquanto os
pais estiverem cumprindo a sua parte do acordo.
Se houver recaída, pode não haver outra oportunidade.
Estágio
como este deixa as relações por um fio e basta apenas uma idiotice dita em
momento errado para romper de vês este laço e aí...não é muito difícil prever
as consequências. Somos pelo o que somos
e pelo o que deixamos de ser na hora que os filhos mais precisam.
Amadeu Epifanio
Projeto
Conscientizar – Viver bem é Possível !
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