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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

SINTOMAS, CRISES E TRANSTORNOS !



ENTENDA O QUE DE FATO OCORRE.


Pessoal (curto e grosso), vou passar à vocês o que de fato ocorre e o que devemos fazer pra melhor conviver e até curar-se.  Na verdade o que vou dizer, já foi dito em outros artigos, só que voltados para transtornos específicos.  Agora vou colocar de forma genérica. 

Tudo que se sente, por causa de qualquer transtorno, é reflexo psicológico do que JÁ foi vivenciado por vocês mesmos, em algum momento, enquanto feto, recém nascidos de primeiras semanas, meses, até os 3 anos de idade.  Cada sintoma que sentem, reflete o momento específico que vivenciaram,  quando ficaram submetidos à uma condição de desconforto físico ou emocional (ou ambos), por tempo prolongado ou de forma súbita ou repetido por algumas vezes.

A idade da criança (de feto à 3 anos, em média) + O tipo de evento + tempo de exposição + a severidade do evento + o ambiente (convivência em família), é que irá determinar o tipo de transtorno que terão e sua severidade.

Mas, ao contrário do que possamos imaginar e, frente à incompetência da psiquiatria hoje, em promover uma melhor qualidade de vida, o portador pode se ajudar no processo de auto ajuda.   Como cada sintoma e crise reflete um momento que já vivenciei, então sempre que sentir algum tipo de sintoma ou de crise e, caso consiga, tentar descrever tudo que estiver relacionado, poderei com o tempo, montar o quebra-cabeça sobre o que de fato aconteceu e que e gerou esse transtorno (nos dois sentidos da palavra).  Vou dar-lhes algumas dicas do que deve considerar:


1.   Momento do dia (manhã, tarde ou noite)
2.   Ambiente em que se deu o sintoma ou crise (cômodo, casa, na rua e onde).
3.  O que estava fazendo (limpando a casa, lavando roupa, fazendo comida, etc)
4.   O que estava assistindo ou ouvindo (TV, rádio, vitrola, campainha, gritos)
5.   O tempo que estava fazendo, dentro e fora de casa (calor, frio, chuvoso, etc)
6.   Se estava sozinho(a) ou acompanhado(a) e com quem.
7.   Se acompanhado(a), sobre o que conversavam ?
8.   A casa ainda preserva objetos ou decoração, de quando ainda criança ?
9.   Procure lembrar do que sentiu e/ou disse durante uma crise ou sintoma.
Um fato que descobri é que, momentos presentes que se assemelham com fatos ocorridos quando criança (ou durante a sua gestação), podem se reencontrar através de um recurso do inconsciente que eu chamo de método associativo e, sempre que isso ocorre, desperta no portador a sensação decorrente.  É quando se dá o respectivo sintoma ou mesmo a crise, que durará enquanto durou quando era criança.

Quando tiver um desses sintomas, começa à questionar-se e começar à especular sobre o que pode ter acontecido, que pode ter lhe gerado a mesma sensação, com base nas dicas acima.  Se necessário anote também.  Mas lembre-se, pense como criança, cabeça de criança, tolerância de criança. 

Vamos iniciar um trabalho de auto investigação sobre o que de fato ocorreu, onde ocorreu, com quem estava e  o que estava fazendo.  Não vamos nos pegar na primeira conclusão que aparecer, porque as variáveis são muitas.

Cada hipótese, provável ou não provável, deverá ser anotada e mais tarde, à medida que novas informações forem surgindo, algumas das primeiras hipóteses poderão ser descartadas, enquanto outras, consideradas.  É como um jogo e nosso “adversário” somos nós mesmos, quando criança.  Não precisamos fixar tempo pra acabar esse jogo, porque o importante aqui é o próprio jogo (a auto-investigação).

Em outras palavras, ao invés de nos escondermos do transtorno (qualquer um deles), seja depressão, bipolaridade, tdah, borderline, pânico, ansiedade, etc., vamos nos ocupar deles.   Vocês poderão compartilhar no face, nos grupos, como estão indo e o que estão descobrindo.  Nessa auto-investigação, vocês podem (sem saber), descobrir algo sobre o que lhe ocorreu e, sem saberem também, poderão eliminar alguns dos pontos que desencadeia um sintoma, eliminando aos poucos, os fatores que concorrem para provocá-lo.

Pensem numa coisa: Se temos um "inquilino" que não podemos despejá-lo, devemos então, encontrar formas de conhecer e conviver.

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista

              



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